segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pilantragem?!?!?!?!

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O senhor presidente do Botafogo afirmou:
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– "Não aguento mais. É um absurdo o que a arbitragem tem feito com o Botafogo. O nome disso é pilantragem. Não ficaremos mais calados. Não levarão o Botafogo para a Segunda Divisão. Não permitiremos."
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Fantásticas declarações de quem no início do ano calava os nossos prejuízos e desenvolveu a estratégia da 'conversa mole' de corredor na esperança de obter resultados pela submissão. Agora que a segundona espreita, o senhor presidente descobriu finalmente que existe 'pilantragem', acordou da sua letargia e talvez o Botafogo acorde da letargia imposta pela diretoria. Provavelmente o presidente aprenderá deste modo a não fazer o contrário do que devia ter feito e perceba que tem feito tudo errado. Embora seja difícil que mude realmente, porque quem faz tantos erros na sua idade, geralmente é porque não soube aprender a ser melhor ao longo da vida.
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Duas coisas são necessárias e urgentes:
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1) Que Estevam acabe com o nosso modo de jogar, que faça não tomarmos tantos gols desnecessários e que acabe de vez as bobagens de uma 'defesa natalícia' sempre com prendas a oferecer aos adversários;
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2) Que Maurício Assumpção honre o Botafogo, que pense por si, com coragem e discernimento, e que desse modo desenvolva uma estratégia fortíssima contra as arbitragens medonhas que estão apontadas ao nosso coração.
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As arbitragens tem margem de manobra devido aos nossos disparates, porque se jogassemos concentradamente, nem metade dos gols adversários surgiriam e, então, os senhores do apito não teriam margem de manobra suficiente para nos tornarem alvo de... sabem o resto, não sabem, amigos?...
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Esta diretoria está à 'beira do caos', e não sei se irá a tempo de nos afastar do abismo para onde nos levou... Que os deuses do futebol inspirem Estevam e Assumpção, porque seguramente não poderão contar com as capacidades dos gerentes do futebol...
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FICHA TÉCNICA
> Botafogo 3x3 Grêmio
> Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
> Data/hora: 30/08/09
> Arbitragem: Rodrigo Cintra (SP). Márcio Luís Augusto (SP) e Anderson José Coelho (SP)
> Cartões amarelos: Lúcio Flávio, Alessandro (Botafogo); Souza, Mário Fernandes (Grêmio)
> Gols: Reinaldo, 19'/1°T (1-0); Jonas, 23'/1°T (1-1); Victor Simões, 01'/2°T (2-1); Jonas, 12'/2°T (2-2); Souza, 27'/2°T (2-3); Leandro Guerreiro, 43'/2°T (3-3)
> Botafogo: Castillo, Alessandro, Juninho, Wellington e Thiaguinho; Leandro Guerreiro, Michael (Jônatas, 34'/2ºT), Lucio Flavio e Reinaldo (Renato, 25'/2ºT); Victor Simões (Ricardinho), 32'/2ºT)e André Lima. Técnico: Estevam Soares.
> Grêmio: Victor, Mário Fernandes, Rafael Marques, Réver e Bruno Collaço (Lúcio, 36'/1ºT); Adílson, Túlio, Souza e Tcheco; Perea (Herrera, 15'/2ºT) e Jonas (Makelele, 30'/2ºT). Técnico: Paulo Autuori.

O drible

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por Gerson Soares

Vou me vingar desse Garrincha. Sexta-feira vou jogar contra ele, vou fazer o mesmo que faz com os zagueiros do meu time e, na presença de vocês todos, vou deixá-lo caído de bunda no chão com um drible. A promessa, feita diante dos amigos do colégio, não seria de todo impossível, caso não acontecesse um lamentável incidente.

Mané precisava fazer uma viajem a São Paulo e me pediu para cuidar de seus passarinhos. E recomendou que eu tivesse especial cuidado com o melro, da maior estimação. Disse a Mané que não se preocupasse, pois não era desastrado como meus irmãos.

No dia seguinte fui a limpar as gaiolas do homem. A do melro, pesada, eu peguei com o máximo cuidado. O melro revoou assustado. Limpei o piso, troquei a água, fui à geladeira buscar uma espiga de milho... Ao voltar, um susto: a porta da gaiola estava aberta, o melro havia fugido. Meu coração disparou, fiquei apavorado, aquele pássaro era seu companheiro há mais de cinco anos.

Mané chegou à tarde de São Paulo, me arrepiei ao ouvir o seu tradicional assobio, que penetrou em minha alma como uma bala de fuzil. Era com um assobio que ele avisava ao melro de sua chegada. Segui um conselho de meu pai: “Filho! Sendo bom ou ruim para você, fale sempre a verdade”.

Mané disparou um palavrão, me olhou de forma esquisita, não deu uma palavra e se trancou no quarto. Na sexta-feira, às cinco horas da tarde, estávamos no campo para a pelada. Meus amigos de colégio, entre eles Sandra, por quem eu era apaixonado, chegaram para ver eu jogar Garrincha no chão com o tal drible.

Estranhei o fato de Mané se escalar justamente na lateral esquerda. Nesse caso, ele me marcaria, pois eu gostava de jogar na ponta direita. Algo me dizia que queria se vingar. Não me intimidei, era a oportunidade de jogá-lo ao chão e crescer diante da galera do colégio, impressionar Sandra.

Na primeira jogada, parti em velocidade para cima dele, que me desarmou com facilidade. Para minha surpresa, afirmou:

“Juca, você, como ponta-direita e tratador de passarinhos, é um fracasso. Preste atenção. Quando pegar a bola, caminhe com ela o mais perto possível da linha lateral, você vai passar facilmente por seus marcadores. É assim que faço com meus joões.”

Fiquei com o coração apertado. Deixara fugir seu melro estimado e mesmo assim ele me ensinava a jogar. Mas eu tinha de driblá-lo, jogá-lo ao chão, me sentia um canalha. Na segunda bola que peguei, Garrincha, com o dedo polegar, indicava por onde passar. Respirei fundo, fiquei lado a lado, ombro a ombro, preparei-me para, num impulso, de surpresa, aplicar-lhe uma finta, iludi-lo. Recebi um impacto proposital, inesperado, de seu ombro. Meu corpo subiu, levitou, decolei sem nenhum controle. Mergulhei de cabeça numa vala negra que beirava o campo. Afundei por inteiro na água podre, fétida. Levantei-me tonto, imundo, não enxergava nada. Ouvia somente as gargalhadas no campo e em volta dele. Até Sandra sorria.

Com se nada tivesse acontecido, Garrincha se aproximou e suas palavras disseram tudo:
“Da próxima vez tenha cuidado com meus passarinhos e principalmente com quem guarda seus segredos. Eu não ia jogar essa pelada hoje. Mas soltar meu melro e ainda querer me jogar no chão com um drible...”

Fonte: www.sosserve.com.br 

31 de Agosto


No dia 31 de Agosto de 1976 o Botafogo sagrou-se campeão da Taça Carioca de seniores de pólo aquático (invicto) ao vencer o Gama Filho por 6x5.

Fonte
Acervo de Claudio Marinho Falcão

domingo, 30 de agosto de 2009

CAROS AMIGOS

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Inesperadamente estou com problemas no computador e com dificuldades de inserção, especialmente em introduzir fotos. A acessibilidade das redes na Tunísia são geralmente más, mesmo num hotel de cinco estrelas...

Peço desculpa pelas falhas.
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Botafoguenses na Tunísia e tunisianos em Botafogo


No ano passado, quando estive de férias na Croácia, por sugestão do meu amigo Macau (Arena Alvinegra) pesquisei um artigo inédito e muito interessante sobre o Botafogo, incluindo uma fotografia com Puskas a oferecer uma bandeira ao Botafogo. Neste ano de 2009, um dos botafoguenses na Tunísia podia ser eu, mas este artigo não é sobre mim, mas sobre outros botafoguenses.

Estando na Tunísia, verifiquei que no meu acervo não existe nenhum jogo do Botafogo contra equipas tunisianas, nem nenhuma viagem à Tunísia, apesar de o nosso clube ter jogado em mais de cem cidades por todo o mundo.

Porém, pesquisando com um pouco mais de exaustão, verifiquei que já tivemos um botafoguense a jogar futebol em Tunis, capital da Tunísia, em 1973. Trata-se do célebre Wendell, que no dia 6 de Junho de 1973 defendeu as redes do Brasil contra a Selecção da Tunísia, enquanto o ex-botafoguense Paulo César Lima assinalou os dois primeiros gols canarinhos.

FICHA TÉCNICA
Brasil 4x1 Tunísia
Gols: Paulo César Lima 32’ e 65’, Valdomiro 84’ e Leivinha 87’ (Brasil); Abdesselem Adhouma 71’ (Tunísia)
Competição: Amistoso
Data 06/06/1973
Local: Estádio Olímpico El Mezrah, em Tunes
Público: 48.119 pagantes
Árbitro: Abel Gahzzal (Argélia)
Brasil: Wendell; Zé Maria, Luiz Pereira, Wilson Piazza e Marco António; Clodoaldo, Rivelino e Paulo César Lima; Valdomiro, Leivinha e Edu. Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo.
Tunísia: Attouga (Ghazi); Zittouni, Gasmi, Douleb e Melki; Bezdah, Mohiedine, Temime (Karoui) e Adhouma; Chemam (Chicka), e Chackroum. Técnico: Ameur Hizem.

Por outro lado, em 2006, o Campeonato Mundial de Vôlei Indoor do Trabalhador foi realizado no Brasil e promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pela Confederação Esportiva Internacional do Trabalho (CSIT). O torneio reuniu mais de 400 participantes oriundos de 13 países: Áustria, Brasil, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Itália, Israel, Letônia, Lituânia, México, Portugal, Rússia e Tunísia.

A nossa quadra de voleibol em General Severiano recebeu, no dia 23 de Maio de 2006, os representantes da Tunísia em jogo contra os representantes de Portugal. Defrontaram-se, então os tunisianos do ONSCT (funcionários dos Correios da Tunísia) e os portugueses do INATEL (funcionários deste instituto para os tempos livres).

30 de Agosto



No dia 30 de Agosto de 1995 o Botafogo perdeu para o Bragantino por 1x0 durante a campanha vitoriosa do futuro campeão brasileiro daquele ano.

A equipa do Botafogo alinhou com Wagner; Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Gonçalves e André Silva; Jamir, Moisés (Marcelo Alves), Beto e Iranildo; Donizete e Túlio.

Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura

sábado, 29 de agosto de 2009

BotafogoxAmericano em 1912


O Botafogo foi campeão carioca em 1912 e o Americano vice-campeão da Associação de Foot-Ball que se fundou paralelamente à Liga Metropolitana. Nesse ano – tal como noutros anos posteriores – houve dois campeões cariocas.

Os jogos entre Botafogo e Americano apresentam as seguintes fichas técnicas:

BOTAFOGO 1x3 AMERICANO
Gols: 1° tempo: Americano 2x0, Osman e Rega; final: Americano 3x1, Oswaldo e Rega.
Competição: Campeonato Carioca da Associação de Foot-Ball
Data: 13/05/1912
Local: Campo da Rua São Clemente, 194 - Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: José Cerqueira de Carvalho
Botafogo: Carlito, E. Dutra e Villaça; César, Rolando e Juca Couto; A. Bandeira, Mário Pinto, Nilo, Oswaldo e A. Werneck
Americano: Sarandy, Raul e Flores; João de Maria, Rello e Prior; Nunes, Rega, Barroso, Osman e Pereira
Obs: Segundo a “Gazeta de Notícias”, os gols do Americano foram de Osman, Rega e Barroso. No 2° quadro, Americano 3x1.
Fontes: Jornal do Brasil e Gazeta de Notícias

BOTAFOGO 2x0 AMERICANO
Gols: Villaça 8’ e Mimi 35’ (1° tempo)
Competição: Campeonato Carioca da Associação de Foot-Ball
Data: 18/08/1912
Local: Campo da Estrada Dona Castorina, 240 - Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: João Serra Pinto
Público: Mais de 2.000 mil pessoas
Botafogo: A. Werneck, E. Pullen e E. Dutra; Rolando, Lulú e Juca Couto; César, Pino, Villaça, Mimi e Lauro
Americano: Mallô, Flores e Couto; João de Maria, Rello e Prior; Pereira, Pinho, Barroso, Antonico e Rega
Obs: No 2° quadro, Americano 5x1
Fontes: Gazeta dos Sports e Jornal do Commercio


O Americano usava calção branco, mas esta cor não fazia parte das cores do clube. Três exemplos semelhantes: o C. R. Flamengo é rubro-negro e usa calção branco, o mesmo com SC Mangueira e Bonsucesso FC, rubro-anil que já usou o calção branco, e às vezes ainda usa.

Fonte
Pesquisa de Pedro Varanda (súmula)
Texto de Rui Moura

29 de Agosto

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Desconhece-se a existência de uma data de 29 de Agosto significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Botafogo 1x1 Cruzeiro

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Companheiros não vi o jogo, mas alguém teria que fazer uma oferta, como sempre... Coube ao Fahel... Antes oferecíamos os jogos com o Cuca e com o Ney, agora com o Estevam. Começo a pensar que os treinadores são os menos culpados...

Fica a Ficha Técnica para a história:

BOTAFOGO 1x1 CRUZEIRO
Gols: Lucio Flavio 32 (Botafogo); Thiago Ribeiro 66 (Cruzeiro)
Competicao: campeonato brasileiro
Data: 27/08/2009
Local: Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Arbitragem: Heber Roberto Lopes (PR); Gilson Bento Coutinho (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR).
Cartões amarelos: Fahel (Botafogo); Fabrício, Jancarlos, Marquinhos Paraná, Elicarlos (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Fahel (Botafogo)
Botafogo: Castillo, Alessandro, Emerson, Juninho e Thiaguinho (Jônatas); Leandro Guerreiro, Fahel, Michael (Batista) e Lucio Flavio; Victor Simões e André Lima (Reinaldo). Técnico: Estevam Soares.
Cruzeiro: Fábio, Jancarlos (Elicarlos), Thiago Heleno, Leonardo Silva e Diego Renan; Marquinhos Paraná, Fabrício, Henrique e Gilberto (Vinícius); Guerrón (Soares) e Thiago Ribeiro. Técnico: Adilson Batista.

Garrincha contra Botafogo

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por Pedro Varanda

Eis os três jogos que Garrincha realizou contra o Botafogo após a sua saída de General Severiano:

BOTAFOGO 5x1 CORINTHIANS
» Gols: Rivellino, aos 25’, Bianchini, aos 36’ e Jairzinho, aos 42’ (1° tempo); Bianchini, aos 5’, Parada, aos 33’ e Jairzinho, aos 44’ (2° tempo)
» Competição: Torneio Rio-São Paulo
» Data: 10/03/1966
» Local: Maracanã, Rio de Janeiro
» Árbitro: Armando Marques
» Botafogo: Manga, Joel (Paulistinha), Zé Carlos, Dimas e Rildo; Marcos e Gérson; Jairzinho, Parada (Sicupira), Bianchini e Roberto (Afonsinho). Técnico: Admildo Chirol
» Corinthians: Marcial, Maciel, Ditão, Galhardo e Édson; Dino Sani (Nair) e Rivellino; Garrincha, Flávio (Ney), Tales e Gílson Porto (Bataglia). Técnico: Osvaldo Brandão
Obs: 1) Garrincha enfrentou seu ex-clube pela primeira vez; 2) Bianchini e Édson foram expulsos. [Fonte: Jornal dos Sports]

BOTAFOGO 1x1 OLARIA
» Gols: Marcos Aurélio, aos 43’ (1° tempo); Aguinaldo, aos 21’ (2° tempo)
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 20/07/1972
» Local: Maracanã, Rio de Janeiro
» Árbitro: Arnaldo Cézar Coelho; Assistentes: Joel Cavalcanti e Carlos Alberto Fernandes
» Botafogo: Wendell, Waltencir, Queiroz, Scala e Rildo; Marcos Aurélio e Dorinho; Tuca, Roberto, Jairzinho e Ferretti (Luiz Cláudio). Técnico: Elba de Pádua Lima "Tim"
» Olaria: Beto, Fidélis, Mário Tito, Vantuil (Gilberto) e Mineiro; Gessê, Roberto Pinto e Fernando; Garrincha, Salvador e Aguinaldo. Técnico: Roberto Pinto
Obs: 1) Garrincha enfrentou seu ex-clube pela segunda vez; 2) Roberto Pinto, jogador e técnico, acumulou as funções [Fonte: O Globo]

BOTAFOGO 1x0 OLARIA
» Gol: Ferretti, de cabeça, aos 35’ (2° tempo)
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 23/08/1972
» Local: Maracanã, Rio de Janeiro
» Árbitro: Nivaldo dos Santos; Assistentes: Wilson Dias Durão e José Alves da Silva
» Botafogo: Wendell, Luiz Cláudio, Brito, Waltencir e Edmílson; Ademir Vicente, Carlos Roberto (Nei Conceição) e Dorinho; Zequinha, Roberto e Fischer (Ferretti). Técnico: Tim.
» Olaria: Beto, Fidélis, Mário Tito, Carcará e Mineiro; Vantuil, Roberto Pinto e Fernando; Garrincha (Carlos Antônio), Salvador e Aguinaldo (Gessê). Técnico: Roberto Pinto.
Obs: 1) Garrincha enfrentou seu ex-clube pela última vez; 2) Roberto Pinto, jogador e técnico, acumulou as funções. [Fonte: O Globo]

28 de Agosto

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1. No dia 28 de Agosto de 1938 o Botafogo inaugurou o Estádio de General Severiano em jogo contra o Fluminense, que venceu por 3x2 com gols de Patesko (2) e Perácio.

O Botafogo alinhou com Aymoré Moreira, Bibi e Nariz; Zezé Moreira, Martim (Del Popolo) e Canalli; Theo, Paschoal (Nelson), Carvalho Leite, Perácio e Patesko.

2. No dia 28 de Agosto de 1973 o Botafogo sagrou-se campeão do Torneio Aberto de Voleibol Aspirantes Feminino (até 21 anos) ao vencer o Fluminense por 3x1.

3. No dia 28 de Agosto de 1975 o Botafogo obteve o inédito título de undecacampeão carioca de voleibol masculino adulto ao derrotar o A.A.B.B. por 3x0.

Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Acervo e pesquisa de Claudio Marinho Falcão

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Botafogo x Santos: uma década de invencibilidade carioca




O Botafogo não obteve títulos oficiais internacionais nos Anos Gloriosos de 1950-60, mas, em contrapartida, o poderoso Santos de Pelé tinha muita dificuldade em vencer o nosso clube.

Após o Santos ser bicampeão da Taça Libertadores deixou praticamente de ganhar ao Botafogo em decisões. Nos anos que mediaram entre 1965 e 1972 mantivemo-nos invictos em 12 jogos realizados contra o Santos. Com 5 vitórias e 7 empates o Botafogo assinalou 18 gols e sofreu 11. Retrospecto Botafogo FR x Santos FC:


BOTAFOGO FR x SANTOS FC

Total de jogos: 98
Vitórias do Botafogo: 34
Vitórias do Santos: 36
Empates: 28
Gols do Botafogo: 147
Gols do Santos: 167
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As Decisões:

21/06/1959
Botafogo 1x4 Santos (Taça Teresa Herrera); Estádio Riazor – La Coruña
Gols: Zagallo, aos 69’ (Botafogo); Pepe (pênalti), aos 39’ e 77’, Pelé, aos 59 e Coutinho, 67’ (Santos)

02/04/1963
Botafogo 0x5 Santos (Campeonato Brasileiro, Taça Brasil 1962); Estádio do Maracanã
Gols: Dorval’, aos 24’, Pepe, aos 39’, Coutinho, aos 54’ e Pelé, aos 75’ e 80’

10/01/1965
Botafogo 3x2 Santos (Torneio Rio-São Paulo 1964); Estádio do Maracanã
Gols: Jairzinho, aos 20’, Roberto, aos 40’ e 43’ (Botafogo); Coutinho, aos 49’e 70’ (Santos)
Obs: Não houve o segundo jogo por falta de datas, já que ambos excursionaram e foram declarados campeões.

22/01/1966
Botafogo 3x0 (Taça Círculo de Periódicos Esportivos), Caracas
Gols: Roberto, aos 40’, e Bianchini (2), aos 49’ e 77’

17/12/1995
Botafogo 1x1 Santos (Campeonato Brasileiro), Pacaembu.
Gols Túlio Maravilha, aos 24’ (Botafogo); Marcelo Passos, aos 46’ (Santos)
Obs: O Botafogo foi campeão porque tinha vencido o Santos por 2x1 no primeiro jogo realizado no Maracanã

A Série Invicta:

10/01/1965
Botafogo 3x2 Santos (Torneio Rio-São Paulo 1964); Estádio do Maracanã
Gols: Jairzinho, aos 20’, Roberto, aos 40’ e 43’ (Botafogo); Coutinho, aos 49’e 70’ (Santos)

11/04/1965
Botafogo 3x2 Santos (Torneio Rio-São Paulo), Estádio do Maracanã

19/01/1966
Botafogo 2x1 Santos (Taça Círculo de Periódicos Esportivos); Caracas

22/01/1966
Botafogo 3x0 Santos (Taça Círculo de Periódicos Esportivos); Caracas
Gols: Roberto, 40’ e Bianchini, 59’ e 77’

13/03/1966
Botafogo 1x1 Santos (Torneio Rio-São Paulo); Estádio do Maracanã

22/03/1967
Botafogo 0x0 Santos (Campeonato Brasileiro - Taça de Prata); Estádio do Pacaembu

01/12/1968
Botafogo 3x2 Santos (Campeonato Brasileiro - Taça de Prata); Estádio do Maracanã

26/11/1969
Botafogo 0x0 Santos (Campeonato Brasileiro - Taça de Prata); Parque Antárctica

08/11/1970
Botafogo 2x2 Santos (Campeonato Brasileiro - Taça de Prata); Estádio do Maracanã

18/08/1971
Botafogo 0x0 Santos (Campeonato Brasileiro); Estádio do Pacaembu

09/09/1972
Botafogo 1x1 Santos (Campeonato Brasileiro); Estádio do Maracanã

17/12/1972
Botafogo 2x1 Santos (Campeonato Brasileiro); Estádio do Maracanã
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Fonte
Acervo e pesquisa de Pedro Varanda
Composição de Rui Moura

27 de Agosto


1. No dia 27 de Agosto de 1968 o Botafogo conquistou a Taça Oldemario Ramos (jogo único) ao vencer, em Caracas, o Benfica (Portugal) por 2x0, com gols de Lula aos 3’ e Roberto aos 50’.

O jogo decorreu no Estádio Olímpico, em Caracas, sob a arbitragem de Sérgio Chechelev. O Botafogo alinhou com Cao, Moreira, Paulistinha, Dimas e Waltencir; Afonsinho e Gérson; Zequinha (Humberto), Roberto, Jairzinho e Lula. Técnico: Zagallo. O Benfica alinhou com José Henrique, Adolfo, Humberto, Coluna e Cruz; Tony e Jacinto; José Augusto, Torres, Eusébio e Simões. [fontes: Correio da Manhã, O Dia e O Globo]

2. No dia 27 de Agosto de 1972 o Botafogo conquistou o Troféu Ramón de Carranza (pequena réplica), atribuído ao 3º lugar, após vitória sobre o Bayern München por 4x2, com gols de Ferretti (2), Fischer e Roberto. O famoso Muller assinalou os dois gols do Bayern München.

O jogo decorreu em Cádiz, Espanha, sob a arbitragem do espanhol Camacho. O Botafogo alinhou com Wendell, Edmílson, Brito, Waltencir e Marinho Chagas; Nei Conceição, Carlos Roberto e Dorinho; Zequinha (Tuca), Roberto e Fischer (Ferretti). Técnico: Tim. O Bayern München alinhou com Maier, Hansen, Schwarzenbeck, Orth (Rohr) e Breitner; Beckenbauer e Zobel; Durnberger, Müller, Schneider e Rybarczik. [Botafogo FR e Jornal dos Sports]

3. No dia 27 de Agosto de 1995 o Botafogo venceu o Guarani por 3x1 durante a campanha vitoriosa do futuro campeão brasileiro daquele ano. Os gols foram assinalados por Donizete (2) e Túlio.

O Botafogo alinhou com Wagner; Wilson Goiano (Marcelo Alves), Wilson Gottardo, Gonçalves (Eliomar) e Sérgio Manoel; Jamir, Beto, Moisés e Iranildo; Donzete (Dauri) e Túlio. [Lance (2005) e Jornal do Brasil]

Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Acervo e pesquisa de Pedro Varanda
Botafogo FR
Correio da Manhã
Jornal do Brasil
Jornal dos Sports
Lance
O Dia
O Globo

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Viagem

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Amigos leitores, embarco daqui a pouco para a Tunísia e aí estarei por nove dias. Os eventuais atrasos que possam ocorrer na publicação de artigos ficarão a dever-se às viagens internas que farei no país, especialmente numa deslocação ao deserto. Mas assegurei, à partida, a disponibilização de Internet, pelo que julgo poder publicar normalmente.

Novas flâmulas

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Há muito tempo que o blogue não apresenta materiais simbólicos e representativos do Botafogo de Futebol e Regatas.

Para quebrar o 'jejum' apresenta-se duas flâmulas semelhantes, gentilmente cedidas por Pedro Varanda:



Ceará se despede do vovô Pintado

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por Rafael Luís e Nicolau Araújo da Redação de O Povo
03/Agosto/2009


O Ceará perdeu na madrugada de ontem o mais antigo atleta da galeria de ídolos de Porangabuçu. Aos 94 anos, faleceu de infecção generalizada o ex-goleiro Adhemar Nunes Freire, o Pintado. O ex-atleta alvinegro foi sepultado com a bandeira do clube, no fim da tarde, no cemitério São João Batista, no Centro.

Nascido no mesmo ano da fundação do Ceará Sporting Club (1914), Pintado defendeu o Vovô entre as décadas de 30 e 40, sendo campeão em 31, 32 e 48, e sempre se orgulhou em ser torcedor alvinegro, mesmo quando se transferiu para o futebol carioca, onde defendeu Madureira e Botafogo – sagrou-se campeão carioca em 1935 pelo time de General Severiano. Professor de inglês, chegou a ocupar o cargo de diretor em algumas escolas de Fortaleza.


Campeão pelo Ceará Sporting Club em 1932: em pé – Ari Catunda, Afonsinho, Pirulito, Poeta, Nilo e Lira; agachados – Mundico, Liminha, Pintado, Viana, Farnum e Dandão.

Recentemente, lutava contra o câncer e há três anos passou a sofrer do mal de Alzheimer. Segundo a família, a última entrevista de Pintado foi concedida ao O POVO, em 2006. O relato, inédito, é publicado hoje:

O POVO – O senhor chegou a jogar numa época em que ainda não havia o profissionalismo, que só veio na década de 1930. Naquela época, o futebol cearense era muito diferente de hoje?

Pintado – Era tudo muito amador. Não há mais futebol como naquela época. Você jogava porque gostava. Muitos atletas saíam dos colégios, como foi o meu caso. Jogava pelo time da escola (Marista Cearense), sempre como goleiro. Hoje, o futebol perdeu aquela graça, é tudo muito profissional, sério demais.

OP – O senhor recebia salários dos clubes?

Pintado – Eu recebia dinheiro para jogar. Não era como é hoje, mas dava para me manter.

OP – A maioria dos jogadores de hoje vem de famílias pobres. Como era antigamente?

Pintado – Os jogadores vinham de origem variada, mas havia muitos de classe alta. Estes vinham dos colégios. Os outros não, começavam a jogar na rua e depois passavam para os clubes.

OP – Qual o motivo do seu apelido?

Pintado – Me deram por causa das minhas sardas.

OP – O senhor chegou a jogar quando ainda nem existia o PV, inaugurado em 1941. Jogar no campo do Prado era muito diferente?

Pintado – No Prado era muito empoeirado. Antes dos jogos, molhavam o campo com uma mangueira para que a gente pudesse jogar. Melhorava e não ficava lama não.

OP – Entre as décadas de 1930 e 1940 já havia a rivalidade entre Ceará e Fortaleza?

Pintado – O Maguary é que era o principal rival do Ceará até parar (em 1945, voltando depois entre os anos de 1972 e 1975 e neste ano). Era o mesmo que acontece hoje entre Ceará e Fortaleza. O Maguary era o time dos ricos e a rivalidade com o Ceará, que era popular.

OP – Mas chegava a haver brigas ou algo próximo disso, como vemos hoje?

Pintado – Não. Havia desentendimentos, rixas, mas nada muito sério. De qualquer forma, a gente sempre evitava participar desses acontecimentos. A gente procurava manter uma certa distância daquilo que acontecia entre torcedores e dirigentes adversários.

OP – O senhor chegou a jogar fora do estado, no Rio de Janeiro. O futebol lá era mais avançado do que aqui?

Pintado – Eu fui para o Rio de Janeiro e joguei no Botafogo e no Madureira. O futebol, lá, era mais avançado, tinha muitos bons jogadores.

OP – O senhor torcia para algum clube?

Pintado – Eu sempre torci Botafogo. Aqui, sou Ceará.

OP – O senhor possui 91 anos (na entrevista realizada em 2006), sendo apenas três meses mais novo que o Ceará. Como é a sua relação com o clube, do qual é considerado um dos maiores jogadores da história?

Pintado – Nasci no ano que surgiu o Ceará: 1914. É muito bom saber que joguei no time que torço. Sempre gostei muito do Ceará e é um prazer fazer história nele.

OP – Impressiona o fato de que, observando suas fotos nas equipes do Ceará mesmo na década de 1930, o senhor mantém uma fisionomia muito próxima de quando ainda era jogador.

Pintado – Eu praticava outros esportes além de futebol, sempre gostei. Tem até uma história curiosa. Eu tinha uma casa na praia, próximo ao (Clube dos) Diários (encerrou suas atividades na avenida Beira Mar em 2003), e, uma vez, quando estava andando na areia, salvei a vida de um homem que vi se afogando. Sempre gostei de nadar, de praticar esportes.

OP – O senhor ainda acompanha futebol?

Pintado – Fui a estádios poucas vezes.

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Notas complementares do Mundo Botafogo:

1) Pintado foi o goleiro reserva do titular Alberto no campeonato carioca de 1935 (o do tetra), jogando contra o Bangu no dia 24/11/1935, tendo o Botafogo ganho por 6x4, com gols de Russinho (4), Canali e Martim [não há foto com ele na equipa]. Nesse jogo o Botafogo alinhou com Alberto (Pintado), Albino (Otacílio) e Nariz; Afonso, Luciano e Canali; Álvaro, Leônidas, Martin, Russinho e Patesko. [Fonte: Alceu Castro (1951): O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, Gráfica Milone]

2) Pintado também foi campeão carioca juvenil em 1935 (FMD) pelo Botafogo. A equipa que empatou por 1x1 com o Vasco da Gama, conquistando o título, alinhou assim: Pintado, Olívio e Melado; Carlinhos, Maninho e Valladão; Aldo, Nílson, Lino, Napolitano e Vivi. O gol foi de Nílson. [Fonte: Jornal dos Sports]

Obrigado, Pintado!

Fontes
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Acervo e pesquisa de Pedro Varanda
Artigo: http://www.opovo.com.br/opovo/esportes/898465.html

26 de Agosto

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Desconhece-se a existência de uma data de 26 de Agosto significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sentença do 'julgamento' a André Lima

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[PS: O 'julgamento' público de André Lima começou logo após o jogo. Que os inimigos do Botafogo lhe queiram 'arrancar' a mão por uns tempos, é previsível. Porém, fiquei absolutamente boquiaberto quando li que o diretor do Departamento de Futebol, André Silva, veio a público comentar o assunto e reconhecer a 'mão', manifestando uma falta de inteligência futebolística notável - com a agravante de que está a dar pontos para que o próprio STJD possa 'decepar' André Silva por uns jogos alegando ter enganado o juiz e o Botafogo reconhecer isso. Claro que o STJD não irá 'decepar' o corpo saltitante de Jorge Henrique a encenar uma queda dentro da área e que também enganou o árbitro, ou que lhe deu o pretexto... Até porque nenhum jogador ou dirigente corinthiano reconheceu publicamente a teatralização do rapaz. Caros leitores, com dirigentes destes para que precisamos de inimigos?!... Percebe-se tão claramente que não basta ter uma equipa de futebol capaz!... Que é preciso, antes de mais, que tenhamos dirigentes capazes!... A desorientação é de tal ordem que André Silva afirmou incisivamente que "este árbitro tem que ser punido severamente", enquanto Maurício Assumpção vem a seguir dizer que o caminho "não é punir o árbitro"... Que gente!...]

A imundice alastra!

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Permitam-me expressar a minha imensa repugnância por certa imprensa que circula pantanosa em caminhos de lama nos quais a ética e a responsabilidade social são matérias mortas. O Botafogo perde o campeonato carioca de 2007 devido a uma grosseiríssima anulação de um gol legalíssimo no último minuto, mas a imprensa só comemora o título obtido ilegitimamente pelos urubus.

O Botafogo torna a ser ‘assaltado’ na Copa do Brasil desse ano e nos campeonatos cariocas de 2008 e 2009, mas a imprensa comemora enfaticamente o título do Fluminense na Copa e os dois títulos cariocas dos urubus, ignorando as ‘garfadas’ que os botafoguenses sofreram.

Agora arma-se um enorme sururu devido a um gol de mão de André Lima. Os corinthianos estão ‘escandalizados’ porque dizem-se ‘roubados’ e parte da imprensa carioca só fala da mão do nosso atacante, mas ignora-se os diversos benefícios do apito já este ano durante o campeonato carioca e o campeonato brasileiro, e sempre a favor dos mesmos clubes.

Os corinthianos e a imprensa realçam que o Corinthians foi prejudicado por um gol ilegal, mas não referem que o Botafogo foi prejudicado por três vezes (e não apenas uma): grande penalidade não assinalada a Victor Simões; grande penalidade inexistente sobre Jorge Henrique que pretendeu, e conseguiu, cavar um penalty; falta absolutamente inexistente que redundou no segundo gol dos paulistas.

ISTO É, UMA DETERMINADA E IGNÓBIL IMPRENSA IGNOROU QUE O RESULTADO JUSTO DO JOGO DEVERIA SER 2X1 OU 3X1 A FAVOR DO BOTAFOGO.

A IMUNDICE ALASTRA!

Jogos inesquecíveis: Botafogo 6x2 Fluminense

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Botafogo e Fluminense decidiram o título carioca de 1957 sob o excesso de confiança do diretor de futebol do Fluminense, que, na véspera do jogo, declarou que o Fluminense já era campeão e que o Botafogo esperasse outra oportunidade.

O técnico do Fluminense tratara de aperfeiçoar o esquema defensivo e escalar o meio-campo com Jair Santana, Róbson e Jair Francisco, trio que teria de contar com a ajuda de Telê. Mas o técnico João Saldanha tinha ideias diferentes: confiou a Quarentinha a marcação cerrada e permanente de Telê, o jogador-chave do adversário, visando dominar o meio-campo e chegar na cara do Castilho, o goleiro das Laranjeiras.

No dia 22 de Dezembro de 1957 o árbitro Alberto da Gama Malcher deu início ao jogo com mais de 90.000 torcedores no Maracanã. E aos 3 minutos de jogo, a cruzamento de Didi, Paulo Valentim inaugurou as redes de Castilho: Botafogo 1x0.


Carlito Rocha dissera que Jesus Cristo lhe aparecera a anunciar a vitória do Botafogo, mas quem se apresentou em campo foi um demónio com o número 7 às costas. A cada bola recebida de Didi, Garrincha passava fulgurante pelo seu marcador Altair, e quando o zagueiro Clóvis saía da área para o combater também era inevitavelmente driblado. Aberta como uma lata, a defesa do Fluminense vergava-se a Garrincha, que cruzava para os remates, as cabeçadas e as bicicletas de Paulo Valentim. Alguns gols do centroavante foram verdadeiramente espíritas, porque até as bolas que chutava mal entravam na baliza de Castillo, incluindo uma com o joelho.

Aplicando a tática de João Saldanha, os jogadores não davam espaço para o Fluminense criar fosse o que fosse. A defesa tricolor descontrola-se: Pinheiro, atraído pelo deslocamento de Paulo Valentim para a ponta esquerda, deixa a área livre; Clóvis está desorientado e não sabe se deve dar cobertura a Pinheiro ou ao lateral Altair, que leva um verdadeiro baile de Garrincha.


A certa altura Garrincha dribla Altair, cruza da linha de fundo, a bola passa por Édson e Castilho, mas Paulo Valentim entra pela meia-esquerda e toca de joelho para o gol vazio, aos 35 minutos: Botafogo 2x0.

Sete minutos depois é Nílton Santos quem avança como ponta-esquerda e cruza alto sobre a área. De costas para Castilho, o centroavante Paulo Valentim acerta em cheio uma bicicleta e a bola entra no ângulo direito do goleiro: Botafogo 3x0. A torcida botafoguense vai ao delírio e o cenário do colorido Fluminense era o preto, o branco e o cinza de pesadelo.

O gol de Paulinho Valentim ilustrado por Edson, botafoguense que edita o blogue Infogol:


A foto da fantástica ‘bicicleta’ de Paulinho Valentim:


No início do segundo tempo, Escurinho faz uma jogada individual pelo meio, aproveita uma rebatida de Adalberto e toca de cabeça para fazer 3x1. Mas para o Botafogo isso era completamente indiferente: três minutos depois Paulo Valentim dá dois dribles em Pinheiro dentro da área deixando o zagueiro sentado e o artilheiro da tarde fixa um novo placar: Botafogo 4x1.

Aos 12 minutos Garrincha passa por Pinheiro e Clóvis, entra na grande área, chuta cruzado no canto direito de Castilho e faz Botafogo 5x1. Mas a torcida pede mais gols, e aos 23 minutos Garrincha investe novamente pela ponta direita, Altair fica novamente batido, tal como Clóvis, e toca para Paulo Valentim que, diante de Castilho, aumenta o marcador: Botafogo 6x1.


Emocionados, os jogadores do Botafogo choram, vibram, comemoram o título esperado há nove anos. Perto do final Valdo desconta para 6x2, mas os botafoguenses até disso se aproveitam para fazer rima: “Foi 6x2… no pó-de-arroz”.


João Saldanha é carregado aos ombros da torcida; Paulo Valentim, desmaiado, sai carregado. O Maracanã é uma festa da torcida botafoguense, reforçada pelas torcidas do América, do Flamengo e do Vasco da Gama, que não suportavam a arrogância tricolor.


Esse título foi marcado não apenas pelas exímias finalizações de Paulo Valentim, artilheiro do campeonato, mas pela promessa feita por Didi de que caminharia do Maracanã a General Severiano se fosse campeão, e cumpriu a promessa (na foto, abraçando a esposa Guiomar).


Um torcedor decidiu também vestir a estátua do Manequinho, em frente à sede social do clube, com a camisa botafoguense. Manequinho, a nova mascote, passaria a envergar a camisa d’O Glorioso sempre que o clube fosse campeão.

25 de Agosto

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Desconhece-se a existência de uma data de 25 de Agosto significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Maurício na condução, André no apoio

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Botafogo 2x1 Corinthians mais 3 do árbitro

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Permitam-me algum exagero de expressão, mas cada vez estou mais enojado do futebol e provavelmente vou dar menos atenção a este desporto que arrebata multidões e que agrega os dirigentes, os árbitros e os jogadores mais ignorantes e imbecis da maioria dos desportos (sempre há os do boxe, que são ainda piores).

Este desabafo deve-se simplesmente ao ‘meu problema’ de sempre: não suporto a não qualidade nem a supressão da cidadania dos mais fracos / menos influentes. Não suporto tais coisas e toda a vida intervi frontalmente contra elas – mas no futebol não tenho influência…

E a que propósito vem isto?... Simples: até os corinthianos que relatavam o jogo (alternei rádio paulista e televisão paraguaia) admitiram que aos 28 minutos o árbitro não assinalou grande penalidade a favor do Botafogo e logo após o empate tratou de inventar uma falta a favor do Corinthians, que na sequência desempatou o jogo. E depois de novo empate do Botafogo tratou de inventar nova grande penalidade inexistente. E o auxiliar ainda levantou a bandeira no instante em que Castillo defendeu a falta máxima... Mas como foi convertido no rebote, foi validado… Que vergonha…

Quanto à imprensa, digam os cariocas o que disserem dos seus maiores rivais, os paulistas reconheceram todos os erros do árbitro, enquanto a imprensa carioca insistiu que a grande penalidade sobre Jorge Henrique existiu (na verdade foi escandalosamente cavada contra o seu anterior clube – porque será que nunca simpatizei com o rapaz?!...) e ignorou que não houve falta botafoguense no 2º gol corinthiano. Os paulistas até comentaram com alguma graça o penalty sobre Victor Simões: “só entre nós, que ninguém nos ouve, foi penalty…”

A minha vingança ocorreu quando com uma enorme ‘competência ilegal’ André Lima tornou a empatar o jogo e enganou literalmente o árbitro, mostrando que, além de outras coisas, é um árbitro incompetente – porque se tivesse visto a mão do atacante nunca validaria um gol ilegal que favorecesse o Botafogo.

Sem as ‘faltas de vista’ do juiz e sem a mão de André Lima, o jogo seria Botafogo 2x1 Corinthians (ou 3x1, se o penalty a nosso favor tivesse sido assinalado). Não há maneira de algum dia se chegar a um título, a não ser que tenhamos outra vez um timaço que nem árbitros sejam capazes de abater.

As atuações das arbitragens são um verdadeiro nojo desportivo e estes árbitros deviam ser punidos e banidos do futebol. Não têm nenhum respeito por quem trabalha durante a semana, a não ser pelos dirigentes que durante essa mesma semana ‘trabalham’ para que no jogo seguinte os seus clubes tenham 'benesses divinas'…

Seja porque são incompetentes ou porque favorecem intencionalmente os clubes mais influentes, os árbitros deveriam ser punidos severamente em função dos direitos e dos deveres consagrados constitucionalmente.

Quanto ao jogo?... Bem, o treinador fez uma escalação muito próxima do melhor (Fahel e Léo Silva é que não…) e o esquema tático 4x4x2 é muito superior ao 3x5x2. Espero que ele perceba isso, porque uma das coisas que Ney Franco não percebeu e que o derrubou é que o 3x5x2 exige uma grande qualidade de volantes e alas ofensivos. Ora, isso não é característica deste Botafogo há tanto tempo desarticulado. Quanto à postura, o Botafogo nunca se intimidou, jogou bem e conseguiu até vencer o juiz para poder empatar no Pacaembu. Talvez tenhamos Botafogo outra vez…

Como geralmente não perdemos com as equipas do topo da tabela, mas com as mais fracas, nunca se sabe o que podemos esperar do próximo jogo – esperemos que seja o início da confirmação de um padrão de jogo e de um treinador.

FICHA TÉCNICA
» Corinthians 3x3 Botafogo
» Gols: Reinaldo 46’, André Lima 59’ e Lúcio Flávio 69’ (Botafogo); Dentinho 43’ e 70’ e Marcinho 51’
» Competição: campeonato brasileiro
» Data: 23/08/2009
» Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo
» Arbitragem: Arilson Bispo da Anunciação; Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA) Luiz Carlos Silva Teixeira (BA)
» Cartões amarelos: Wellington, Léo Silva e Thiaguinho (Botafogo); Jucilei e Jean (Corinthians)
» Botafogo: Castillo, Alessandro, Juninho, Wellington e Michael (Thiaguinho); Leandro Guerreiro, Fahel, Léo Silva (Reinaldo) e Lúcio Flávio; André Lima (Renato) e Victor Simões. Técnico: Estevam Soares.
» Corinthians: Júlio César, Jucilei, Jean, Paulo André e Marcinho (Diogo); Moradei, Elias e Morais; Jorge Henrique, Henrique (Souza) e Dentinho. Técnico: Mano Menezes.

24 de Agosto


1. No dia 24 de Agosto de 1968 o Botafogo conquistou a Taça Júlio Bustamante (jogo único) ao vencer a Seleção da Argentina por 1x0, com gol de Jairzinho aos 55 minutos.

Realizado no Estádio Universitário de Caracas e sob a arbitragem de Ivan Barrios, o jogo valeu para o Troféu Dr. Júlio Bustamante. O Botafogo alinhou com Cao, Moreira, Zé Carlos, Leônidas (Dimas) e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Zequinha (Humberto), Roberto, Jairzinho e Lula (Afonsinho). Técnico: Zagallo. A Seleção da Argentina alinhou com Andrada, Ostua, Perfumo, Albrecht e Lopez; Rendo e Aguirre; Minnit, Savoy, Fischer ‘El Lobo’ e Veglio (Silva). Zé Carlos e Ostua foram expulsos. [fontes: Tribuna da Imprensa e Correio da Manhã]

2. No dia 24 de Agosto de 1998 o Botafogo sagrou-se campeão da Copa Amizade Brasil-Japão Juvenil ao derrotar o Flamengo por 2x1 com gols de Coutinho e Gláucio.

O Botafogo alinhou com Gustavo, Eduardo, Diogo Marins, Rafael e Ricardo; Tiago Costa, Milson e Xavier (Gláucio); Coutinho (Fernandes), Ewerton e Moura. Técnico: Jorge Cardoso de Souza.

Fonte
Acervo e pesquisa de Pedro Varanda
Acervo e pesquisa de Rui Moura

Ausência?... – jamais!...


por Marcela Martins

[Nota do Mundo Botafogo: Marcela escreveu o texto que se segue no espaço privado dos correios eletrónicos da Internet, mas solicitei-lhe que o fizesse no nosso blogue devido à autenticidade da sua escrita. A opinião dela é apenas uma opinião, e existem outras opiniões contrárias, mas neste blogue cabem todas as opiniões inteligentes e respeitáveis – e a de Marcela merece o conhecimento público. O ‘amigo guerreiro’ a que a Marcela se refere trata-se de um residente no Rio de Janeiro que, indiferente à campanha do seu amado clube, deslocou-se a São Paulo para assistir ao jogo Corinthians x Botafogo porque não consegue, jamais, deixar de seguir o Glorioso, provoque ele alegria ou dor.]

Amigos, a nossa situação está insustentável. Tenho ido aos jogos e sofrido bastante. Contudo, a raiva desses últimos dias me fez lembrar daqueles torcedores guerreiros que não deixaram de acreditar no nosso time quando amargaram por mais de duas décadas a ausência de títulos. Eles que não deixaram de transmitir aos seus filhos a arte de amar o Botafogo, assim como não deixaram de acreditar. Então eu penso que, a despeito de toda dificuldade, não devemos deixar de acreditar e apoiar nosso time. Deixo esse recado, sobretudo, ao nosso amigo guerreiro que vai a SP marcar presença e transmitir força pro nosso Glorioso. A você amigo, o meu reconhecimento e votos de sucesso!

Muito bem, o amor pelo Botafogo é muito transparente entre os botafoguenses; é inegável que amamos nosso time incondicionalmente. Porém, eu acredito que está faltando um pouco de garra de nossa parte também. Estamos passando do meio do campeonato e, desde o início deste, não saímos da zona de rebaixamento, ou de muito perto dela, e o que temos feito? Nós, como botafoguenses, temos esmorecido muito cedo; infelizmente eu tenho que concordar com os que dizem que não marcamos em cima. Claro que existem os que se salvam a essa (quase) regra, porém, como torcida estamos longe de apoiar nosso time como deveríamos.

Se não fosse assim, eu creio que nossa diretoria não teria cometido tantos equívocos como vem fazendo. Peço que me desculpem os que ainda acreditam nesta diretoria, mas francamente... O Bota está entre os times que fizeram as piores contratações este ano. Olha quem nos trouxeram este ano!... Só desconhecidos, contundidos e ex-jogadores do Bota. Cadê as promessas do Maurício de um elenco forte??? Cadê a promessa de disputar a Libertadores???

Acho que está na hora da torcida se mexer um pouco. Se estivéssemos todos nos estádios pressionando acredito que a coisa não estaria como está. Mas, ao ver as arquibancadas vazias, a única coisa que posso enxergar é um abandono ao time, nada mais que isso. E quando olho para os poucos que ainda acreditam, eu tenho vontade de nunca deixar de ir e de nunca deixar de acreditar. Creio que a geração que antecedeu o título de 89 viveu sentimentos parecidos, e os que acreditaram puderam ver naquele 21 de junho a vitória que pôs fim ao longo e amargo jejum.

Por fim, antecipo minhas desculpas pela extensão do texto. Não era essa a intenção, e lembro ao amigo, desapontado com o Lance, que este jornal não tem compromisso com as torcidas. Trata-se de uma empresa e, como tal, só se preocupa em vender. Inúmeras foram as vezes que nos desrespeitaram, inúmeros os emails que já enviei para aquela redação descomprometida com o leitor.

Saudações alvinegras diretas de um coração tão sofrido quanto apaixonado por um time Glorioso.

Botafogo no futebol americano de praia

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O Botafogo foi o primeiro clube de futebol do Brasil a abrir as portas ao futebol americano de praia, tendo realizado uma parceria ganhadora com o Botafogo Reptiles, equipa carioca de futebol americano de praia que venceu os campeonatos cariocas bowl em 2002, 2003, 2004, 2005 e 2008. O Botafogo de Futebol e Regatas esteve associado ao Reptiles nos anos do tricampeonato: 2002, 2003 e 2004.

Cinco anos depois o Botafogo torna a olhar para o futebol americano de praia e concretiza duas parcerias que relançam dois clubes com a designação botafoguense: Botafogo Mamutes no masculino e Botafogo Flames no feminino. Os dois clubes de futebol americano de praia são oriundos da Barra da Tijuca, mas agora treinam no campo da Praia de Botafogo, próximo à sede do Mourisco.

O Mamutes foi fundado em 1994 e é a equipe mais antiga em atividade no futebol americano do Rio de Janeiro, tendo sido campeã do Cuiabá Bowl em 2008. O Flames é uma equipa mais recente e fará hoje o seu primeiro jogo com a nova designação Botafogo Flames (foto abaixo), enfrentando o Big Riders, de Saquarema.



As diretorias de ambos os clubes mostram-se muito satisfeitas com a parceria, tal como Jorge Júlio, coordenador do projeto do Departamento de Esportes de Praia do Botafogo, que considera que os projetos dos dois clubes são os que melhor cabem na filosofia do clube.

Botafoguenses nas seleções de pólo aquático


O pólo aquático botafoguense continua a marcar pontos no panorama nacional ao ceder diversos atletas às seleções brasileiras de juniores.

As atletas Adhara Lavatori e Thalita Guimarães (artilheira da seleção no mundial, com cinco gols) representaram o Brasil na competição feminina que decorreu na Sibéria.

No que respeita à competição masculina, foram convocados Anderson Cirillo, Caio Lima, Anderson Canhoto e Bernardinho, além do técnico Ângelo Coelho.

Parabéns a todos os convocados!

Fim de uma ilusão à 2ª rodada

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Sabem os leitores deste blogue que já apontei muitas semelhanças entre o Botafogo e o Sporting. Mais uma: cinco jogos oficiais do Sporting e… 4 empates e 1 derrota. Parece a derradeira sequência da campanha de Ney Franco no Glorioso.

Após três empates para a Liga dos campeões, o Sporting empatou fora com o Nacional e hoje perdeu em casa com o Braga, antecipando a perda da ilusão e afirmando-se, com muita firmeza, que não é candidato ao título nacional português de futebol.

Creio que o acontecimento não é mau de todo, porque assim os sportinguistas que continuarem a ir aos jogos já sabem o que os espera. Pelo menos este Sporting é rápido e transparente dizendo desde o início ao que vem…

Não sou contrário a que os adeptos dos grandes clubes que devem sempre ser candidatos aos títulos, frequentem menos os estádios quando os seus clubes não apresentam um mínimo aceitável de performance. É uma boa medida de ‘satisfação’.

Se o mínimo exigível em campo não for apresentado, não têm os torcedores o direito de se manifestarem desagradados, não comparecendo?... Talvez com os estádios e os cofres vazios todos os protagonistas da bola tivessem mais respeito pelos torcedores e proporcionassem espetáculos de futebol, em vez de artes circenses de má qualidade.

FICHA TÉCNICA
Sporting 1x2 Braga
Gols: Yannick 71’ (Sporting); Alan 12’ e Meyong 81’ (Braga)
Competição: campeonato português
Data: 22/08/2009
Local: Estádio José Alvalade, em Lisboa
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Cartões amarelos: Daniel Carriço e Liedson (Sporting); Eduardo, Evaldo, Mossoró e Hugo Viana (Braga)
Sporting: Rui Patrício; Pedro Silva, Daniel Carriço, ANderson Polga e André Marques; Miguel Veloso, João Moutinho, Vukcevic e Matias Fernandez; Heldér Postiga e Liedson. Técnico: Paulo Bento.
Braga: Eduardo; João Pereira, Rodriguez, Moisés e Evaldo; Vandinho, Alan, Mossoró e Hugo Viana; Meyong e Paulo César. Técnico: Domingos Paciência.

23 de Agosto


1. No dia 23 de Agosto de 1969 o Botafogo interrompeu a invencibilidade de 38 jogos do Cruzeiro (MG) ao ganhar por 1x0, com gol de Ferreti aos 80 minutos de jogo.

O jogo, realizado no Mineirão, valeu para a Taça Brasil de 1968 e foi conduzido por Armando Marques. O Botafogo alinhou com Ubirajara Motta, Moreira, Zé Carlos (Moisés), Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Afonsinho; Zequinha (Iroldo), Roberto, Ferretti e Torino. Técnico: Zagallo. Cruzeiro: Raul, Raul Fernandes, Mário Tito, Fontana e Vanderley (Neco); Zé Carlos e Petronilho; Wilson Almeida (Ricardo), Palhinha, Evaldo e Hílton Oliveira. Técnico: Gérson dos Santos.

2. No dia 23 de Agosto de 1972 Mané Garrincha realizou o seu último jogo profissional ao serviço do Olaria. O Botafogo ganhou ao Olaria por 1x0 com gol de Ferretti, de cabeça, aos 80 minutos.

O jogo, realizado no Maracanã, valeu para o campeonato carioca de futebol e foi conduzido por Nivaldo dos Santos, auxiliado por Wilson Dias Durão e José Alves da Silva. O Botafogo alinhou com Wendell, Luiz Cláudio, Brito, Waltencir e Edmílson; Ademir Vicente, Carlos Roberto (Nei Conceição) e Dorinho; Zequinha, Roberto e Fischer (Ferretti). Técnico: Tim. O Olaria alinhou com Beto, Fidélis, Mário Tito, Carcará e Mineiro; Vantuil, Roberto Pinto e Fernando; Garrincha (Carlos Antônio), Salvador e Aguinaldo (Gessê). Técnico: Roberto Pinto. [fonte: O Globo (1972)]

Garrincha enfrentou seu ex-clube pela última vez; Roberto Pinto, jogador e técnico, acumulou as funções.

3. No dia 23 de Agosto de 1995 o Botafogo venceu o Paysandu por 3x1 durante a campanha vitoriosa do futuro campeão brasileiro daquele ano. Os gols foram assinalados por Túlio (3). Gilmar Francisco assinalou o gol do Paysandu.

O jogo, realizado no Estádio Caio Martins, em Niterói, foi arbitrado por Carlos Magno foi O Botafogo alinhou com Wagner; Eliomar, Wilson Gottardo, Gonçalves e André Silva; Jamir, Beto, Moisés (Iranildo) e Sérgio Manoel; Donizete (Marcelo Alves) e Túlio. O Paysandu alinhou com Ferreirinha; Garrinchinha, Augusto, Gilmar Francisco e Lélis; Rogério Lage, Mastrillo, Válber (Nuno) e Oberdã (Chiquinho); Gílson e António Carlos. [fontes: Lance (2005) e Jornal do Brasil (1995)]

Fonte
Acervo e pesquisa de Pedro Varanda
Acervo e pesquisa de Rui Moura

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Atletas botafoguenses em Jogos Olímpicos (III)

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“Nosso jogador Samuel Scheimberg, aliás esforçado diretor da seção de water-polo, no Mourisco, foi selecionado como um dos componentes do quadro de water-polo que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos da Finlândia.”

“Pode a natação na “Estrela Solitária” se orgulhar de ter mandado a Helsinki, integrando a equipe nacional, dois nadadores, Ilo Monteiro da Fonseca e Piedade Coutinho da Silva Tavares...”

Nota: Extratos publicados na Revista Botafogo relativos aos Jogos Olímpicos de 1952.

Fonte
Acervo e pesquisa de Claudio Marinho Falcão
Revistas Botafogo

Atletas botafoguenses em Jogos Olímpicos (II)

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“Nesse momento em que se concluem as sensacionais disputas das olimpíadas de Londres [1948], é interessante salientar que o nosso querido clube também deu a sua contribuição, em dirigentes e atletas, à delegação brasileira.

Assim, na segunda quinzena de julho, seguiram para Londres, os seguintes botafoguenses:

» Dr. Maurício de Andrade Bekenn, nosso competente diretor de natação, como membro do conselho técnico da CBD;

» Heládio Junqueira, nosso consagrado mestre de esgrima e veterano campeão;

» Rosalvo da Costa Ramos [semifinalista], Ivan Zanoni [Hausen] [semifinalista], Hélio Coutinho [da Silva] e Alexandre Pereira Neto, atletas valorosos e recordistas cariocas de revezamento;

» Ilo Monteiro da Fonseca [semifinalista], o jovem e magnífico nadador;

» Afonso [de Azevedo] Évora [medalha de bronze], nosso glorioso tetracampeão de basketball.

Todos os nossos atletas competiram valorosamente, fazendo o que lhes estava ao alcance para o sucesso das cores nacionais, chegando Rosalvo e Zanoni às semifinais, mas, o mais feliz foi o bravo Évora, como integrante de nosso heróico e valoroso selecionado de basketball que, lutando maravilhosamente, soube abater, em inesquecíveis pelejas, que emocionados acompanhamos a centenas de quilômetros de distância, as valorosas seleções da Hungria, Uruguai, Inglaterra, Canadá, Itália, Tchecoslováquia e México, sete vitórias em oito jogos, perdendo apenas para a França quando o quadro já estava exausto e colocando-se em terceiro lugar, depois de sensacionais façanhas.

Tivesse o Brasil mais reservas, pois que contou apenas dez homens para uma exaustiva campanha que se desenvolveu no curtíssimo período de 30 de julho a 13 de agosto e certamente outra seria a sua colocação, pois que também apenas perdeu uma só vez, para um conjunto que lhe era tecnicamente inferior.

Évora, nosso grande campeão, que foi vítima de forte torção em um dos pés, após a formidável vitória sobre a Tchecoslováquia, pronunciou, pela Rádio Globo, estas impressionantes palavras: – Os brasileiros que se acham distantes não podem avaliar quanto sacrifício temos feito para honrar o renome desportivo do Brasil. Há jogadores machucados e uma série de inconvenientes que vamos vencendo com fibra.”

Nota: O texto é citação, mas a composição, os destaques em negrito e os acréscimos em parêntesis reto são da autoria do pesquisador e do Mundo Botafogo.

Fonte
Acervo e pesquisa de Claudio Marinho Falcão
Revistas Botafogo

Quando o futebol era outros quarenta


por Cesar Oliveira
Na próxima segunda-feira, dia 24, a partir das 19 horas, você do Rio de Janeiro poderá conhecer mais sobre a carreira do maior artilheiro da história do Botafogo.

Será realizado no Fórum Cultural Fnac, da livraria Fnac do BarraShopping, o debate “Os tempos em que o futebol era outros quarenta”.

Estarão presentes Rafael Casé, autor da biografia “O artilheiro que não sorria” e o consagrado jornalista e historiador Roberto Porto, que acompanhou de perto a carreira de Quarentinha.


O jornalista Marcelo Monteiro, do ótimo blog Memória EC, do Globoesporte.Com estará lá ancorando o papo com os dois botafoguenses notórios.

Aliás, o blog Memória EC está promovendo um quiz sobre o Quarentinha e oferecendo livros e camisetas “O artilheiro que não sorria”.

Basta ir em http://colunas.globoesporte.com/memoriaec/2009/08/20/concorra-a-camisas-e-livros-sobre-quarentinha e participar.

22 de Agosto


No dia 22 de Agosto de 1965 Mané Garrincha assinalou o último gol pelo Botafogo de Futebol e Regatas na vitória de 1x0 sobre o Flamengo. O gol de Garrincha foi marcado aos 65 minutos de jogo.

Realizado no Maracanã, sob a arbitragem de Cláudio Magalhães, o jogo foi válido para a Taça Guanabara. O Botafogo alinhou com Manga, Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Ayrton e Gérson; Garrincha, Sicupira, Jairzinho e Roberto. Técnico: Daniel Pinto. O Flamengo alinhou com Marco Aurélio, Murilo, Ditão, Jayme e Paulo Henrique; Jarbas e Fefeu; Amaury, Silva Batuta, Evaristo e Paulo Alves. Técnico: Armando Renganeschi.

Fontes
Acervo e pesquisa de Pedro Varanda
Jornal dos Sports

Por uma torcida renovada

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A importância de títulos e de craques num clube que privilegia o futebol é essencial para a renovação da torcida. Não defendo um Botafogo com uma grande torcida, porque os ‘eleitos’ são, por definição, minoria esclarecida. Mas a renovação é essencial.

Veja-se duas pesquisas realizadas em 1954 e em 1971, isto é, no início e no fim do período áureo do futebol botafoguense.

1. Pesquisa realizada pelo Jornal dos Sports / IBOPE em 1954 na cidade do Rio de Janeiro (publicada em 31/12/1954):

1º Flamengo, 28%
2º Fluminense, 18%
3º Vasco da Gama, 17%
4º América, 6%
5º Botafogo, 5%
6º Bangu, 2%
7º São Cristóvão, 1%
Nenhum, 22%
Não opinaram, 1%

2. Pesquisa realizada pela Placar / Gallup entre Agosto e Novembro de 1971 na cidade do Rio de Janeiro:

1º Flamengo, 35%
2º Vasco da Gama, 18%
3º Fluminense, 16%
4º Botafogo, 14%
5º América, 3%
6º São Cristóvão, 1%
Nenhum, 12%

É fácil verificar que o grande crescimento de torcedores durante o intervalo das pesquisas ocorreu no Botafogo, que praticamente triplicou os seus adeptos, enquanto o Flamengo cresceu apenas 25%, o Vasco da Gama e o São Cristóvão estabilizaram e o Fluminense, o América e o Bangu diminuíram os seus adeptos. E tudo isso em menos de uma geração (duas décadas).

Creio que este pode ser o mote de preparação de um plano estratégico trienal que corresponda a cada mandato das próximas diretorias. Porém, se esta diretoria ainda conseguir ser humilde, deixando-se de ‘festinhas’ e ‘conluios’ internos, de faits divers com clubes sem expressão, e decidir colocar-se incondicionalmente ao lado da nossa bandeira e buscar profissionais envolvidos e capazes, em vez de gente amadora e sem preparação para gerir um grande clube, então esta diretoria ainda pode preparar um plano estratégico bienal capaz de renovar as hostes envelhecidas do Botafogo de Futebol e Regatas e terminar o mandato com honra e resultados.

À exceção do Flamengo, os grandes clubes não tem crescido em termos de adeptos e isso dificulta a renovação das suas torcidas. O Botafogo precisa de um craque, de um título e de apoiar expressivamente as categorias de base.

Não quero acreditar que no século XXI não existam botafoguenses corajosos, ousados e criativos como Paulo Antônio Azeredo, João Saldanha ou Carlito Rocha! Não acredito! Busquemo-los, galera gloriosa!!!...

Que ninguém ceda à mediocridade e exija aquilo que o Botafogo de Futebol e Regatas merece!

Juniores invictos na Europa

.

O Botafogo fez um enorme brilharete na Holanda com a sua equipa de juniores. O balanço da digressão saldou-se pela conquista da Copa Doetinchem, 3º lugar na Copa Del Agatha e realização de 5 amistosos.

No conjunto, o Botafogo obteve 9 vitórias e 5 empates, com saldo de 27-07 gols. Assinalaram os gols: Alex (8), William (6), Caio (4), Wesley (2), Cidinho (1), Guilherme (1), Jonatan (1), Jorge Luiz (1) e Renan Leite (1) [desconhece-se os autores de dois gols]

Eis a sequência completa da campanha:

Copa Del Agatha
» Botafogo 3x0 NEC Nijmegen (Holanda) [gols: Renan Leite, Jonatan e Wesley]
» Botafogo 0x0 Standard Liége (Bélgica)
» Botafogo 0x0 Sheffield Wednesday (Inglaterra) [gols: 2x4 penalties]
» Botafogo 1x0 Arminia Bielefeld (Alemanha) [gol: ?]

Amistosos
» Botafogo 3x2 Groningen (Holanda) [gols: William (2) e Alex]
» Botafogo 2x2 ADO Der Haag (Holanda) [gols: Caio e Alex]

Copa Doetinchem
»
Botafogo 3x0 Doetinchem (Holanda) [gols: William (2) e Alex]
» Botafogo 0x0 Kopenhagen (Dinamarca)
» Botafogo 3x1 Vitesse (Holanda) [gols: Alex, Guilherme e Cidinho]
» Botafogo 3x0 West Ham (Inglaterra) [gols: Alex (3)]
» Botafogo 1x0 AZ Alkmaar (Holanda) [gol: William]

Amistosos
»
Botafogo 1x1 Fortuna Sittard (Holanda) [gol: ?]
» Botafogo 5x0 De Graafscharp (Holanda) [Caio (3), William e Jorge Luiz]
» Botafogo 2x1 Feyenoord B (Holanda) [Alex e Wesley]

Porém, o mais extraordinário foi o conjunto de elogios dos holandeses ao futebol botafoguense desde os primeiros jogos até à conquista da Copa Doetinchem e à digressão posterior.

Provavelmente o carinho expresso e os elogios tecidos também se relacionam com o Glorioso Botafogo das décadas de 1950-60. Muitos holandeses recordam-se dos craques botafoguenses desse tempo quando o Glorioso excursionava pela Europa regularmente. No penúltimo amistoso realizado pelos nossos juniores, os holandeses referiram-se com muita clareza à digressão do Botafogo pela Europa em 1959, a qual passou pela Holanda. Nessa ocasião realizámos duas partidas com os holandeses:

» Botafogo 4x3 Fortuna 54 (Holanda), realizado em Geelen (Holanda) a 10 de Junho de 1959
» Botafogo 4x1 Willem II (Holanda), ralizado em Tilburg (Holanda) a 12 de Junho de 1959

A nossa equipa à época era muito famosa, destacando-se Garrincha, Nilton Santos, Didi e Zagallo, e os holandeses não se esqueceram, cinquenta anos depois, do futebol vistoso, criativo e goleador do nosso clube.

Veja as notícias de há cinquenta anos e como os jogadores botafoguenses eram tratados como ‘artistas’, ‘estrelas’ e ‘galáxicos’.







Cinquenta anos depois a equipa de juniores honrou os botafoguenses antigos campeões do mundo e cinquenta leitores de um sítio holandês de futebol na Internet responderam deste modo à pergunta sobre “Quem gostaria de ver em 2010?” nos torneios de juniores:

1º Liverpool (Inglaterra): 20 (40%)
2º Botafogo (Brasil): 10 (20%)
3º Twente (Holanda): 6 (12%)
3º Chelsea: 6 (12%)
5º De Graafschap: 4 (8%)
6º AZ Alkmaar: 3 (6%)
7º Zenith St. Petersburg: 1 (2%)
8º Werder Bremen: 0 (0%)
8º Schalke ´04: 0 (0%)
8º Shakhtar Donetsk: 0 (0%)

Parabéns, garotada!

Fonte das fotos
Sítio Oficial do Botafogo de Futebol e Regatas

Botafogo 2x0 Vasco da Gama – futebol vertical em ‘aperitivo’

Crédito: Vitor Silva / Botafogo. por RUY MOURA | Editor d Mundo Botafogo Antes de efetuar uma análise ao jogo quero expressar, uma vez m...