sábado, 31 de janeiro de 2009

Qual é o principal problema do futebol carioca?

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Votação: 58 votos
Período: 10 a 31.01.2009

Corrupção: 28 votos (50%)
Incompetência: 16 votos (29%)
Mercantilização: 7 votos (12%)
Violência: 5 votos (9%)

Na visão dos leitores do Mundo Botafogo a corrupção é o problema mais importante do futebol carioca, tendo recebido 50% dos votos totais.

É curioso notar que durante os primeiros dias de votação a opção ‘corrupção’ tinha apenas 37% dos votos, começando a subir gradualmente após a conclusão da primeira rodada do campeonato carioca… e consolidou-se a partir da conclusão da segunda rodada…

A ‘incompetência’ também é uma alínea muito votada, totalizando 29%. As duas primeiras opções representam quase 80% do conjunto. Por outro lado, a ‘mercantilização’ não é um problema muito grande – admitindo-se que a transação mercantil é normal – nem a violência tão pouco.

Em minha opinião, que votei na primeira opção, a graduação dos problemas está certa: a corrupção parece-me ser o problema mais complicado, associado e seguido da incompetência, quer de dirigentes nacionais, quer de dirigentes de clubes, quer de árbitros e demais envolvidos no futebol; a mercantilização tem importância no que respeita às questões de ética não salvaguardada e a violência parece-me ser hoje um problema menor no futebol – quer no que respeita a jogadores quer no que respeita a adeptos.

As promessas mundiais para 2009


O Times online publicou uma lista de 50 futebolistas promissores do futebol mundial e, entre eles, encontram-se seis brasileiros, três dos quais jogando no Brasil.

Na lista publicada encontram-se Hernanes (São Paulo) em 1º lugar, Douglas Costa (Grêmio) em 5º lugar e João Miranda (São Paulo) em 39º lugar.

Os europeus já estão de ‘olho’ neles…

Os comentários acerca de cada um dos três brasileiros ainda em equipas brasileiras são os seguintes:

· Hernanes: “Perhaps the most-hyped South American prospect of last year, the hugely-talented 23-year-old Brazilian is an attacking midfield playmaker, leading to inevitable Kaka comparisons. How long before he moves to Europe?”

· Douglas Costa: “The new Ronaldinho? The new Anderson? Either way, this skilful 18-year-old midfield player attracted the attention of Manchester United and Real Madrid last autumn despite making just a handful of appearances. His buy-out clause is 21 million GBP.”

· João Miranda: “AC Milan and Fiorentina are reportedly interested in capturing the tall 24-year-old centre back, formerly with Sochaux in France.”

31 de Janeiro


1. No dia 31 de Janeiro de 1952 o Botafogo sagrou-se vencedor da Taça Governador Irineu Bornhausen (jogo único) ganhando ao Figueirense por 6x1.

2. No dia 31 de Janeiro de 1967 o Botafogo sagrou-se Campeão do Torneio Triangular de Caracas ao vencer o poderoso Barcelona por 3x2 com gols de Aírton Beleza, Gérson e Paulo César. O Botafogo alinhou com Manga, Joel, Zé Carlos, Leônidas, Chiquinho Pastor; Afonsinho (Nei Conceição), Gérson; Edinho (Rogério), Roberto, Aírton Beleza (Sicupira), Paulo César; Técnico: Admildo Chirol.

3. No dia 31 de Janeiro de 1976 o Botafogo iniciou uma verdadeira descida ao inferno com a venda da sede de General Severiano à Companhia Vale do Rio Doce. O Botafogo mudou-se, então, para o Mourisco Pasteur, onde ficou de 1977 até 1992 – num drama que durou uns longos 15 anos.

Nesses anos o Botafogo afundou-se em crises financeiras, realizando campanhas medíocres e ficando cada vez mais longe de sua casa e de suas glórias. Esse período coincidiu com a inexistência de títulos oficiais entre 1968 e 1989. Foram 21 anos de sofrimento até à conquista do título de 1989 e ao bi-campeonato em 1990. Mas o regresso a General Severiano reconfirmou a força do Botafogo, que foi campeão brasileiro em 1995.

Fontes:
Acervos e pesquisa de Claudio Marinho Falcão e Rui Moura

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Botafogo 1x0 Macaé: a liderança sem favorecimento


O Botafogo ganhou o seu segundo jogo no campeonato carioca e assumiu a liderança – que não é isolada porque os sucessivos e estranhos (?) erros de arbitragem proporcionaram aos urubus rastejantes duas vitórias injustíssimas, desrespeitando o trabalho dos adversários dos urubus, quer em campo quer durante a semana.

Claro que para os velhos admiradores do rastejante treinador urubu haverá uma elevada razão para os favorecimentos sucessivos ao seu clube, justificada pelas sábias declarações de ontem do ídolo Cuca: “Os erros do apito são por falta de ritmo” – brilhante, não acham?... Penso em mandar emoldurar a frase...

Mas, deixando de lado a honra e o pudor perdidos, quero começar por dizer que me encontro em Bissau, na Guiné, e não tive acesso a jogos televisionados. Ontem acompanhei os urubus rastejantes pela Rede, mas no jogo do Botafogo já não consegui acesso.

Pelo que os companheiros do blogue comentam, bem como pelas análises realizadas pelos sítios desportivos, conclui que o jogo não foi tecnicamente bom e que o Botafogo evidenciou muita falta de entrosamento, muitos passes errados e cansaço na segunda parte.

Porém, parece que as más exibições têm sido uma constante em todas as equipas, tanto mais quanto apenas Americano e Botafogo possuem duas vitórias sem nenhum favorecimento.

Fico torcendo para que o mau tempo não nos torne a prejudicar. Equipa leve e veloz não gosta de campos encharcados. Os únicos clubes a quem os campos não fazem diferença nenhuma são aqueles em que as arbitragens erram (?) muitas vezes a seu favor…

Parabéns aos juniores estreantes no campeonato, os quais venceram o Macaé por 3x1 no Caio Martins, com gols de Rodrigo Dantas (2) e Renan.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x0 Macaé
Gols: Victor Simões aos 6’
Competição: campeonato carioca
Data: 29/01/2009
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’, Rio de Janeiro
Público: 8.409 pagantes. Renda: R$ 131.283,00
Arbitragem: William de Souza Nery; Eduardo de Souza Couto e Alexandre Eller
Cartões amarelos: Léo Silva, Túlio Souza, Laio, Victor Simões (Botafogo); Helton, Jackson, André Gomes, Gláuber (Macaé)
Botafogo: Renan, Emerson, Leandro Guerreiro e Juninho; Alessandro, Léo Silva (Batista), Lucas Silva (Laio), Maicosuel e Eduardo; Diego (Túlio Souza) e Victor Simões. Técnico: Ney Franco.
Macaé: Darci, Fred, André (Rodrigão), Helton e Bill (Everton); Léo Gonçalves, André Gomes (Marciel), Wallacer e Gláuber; Marciano e Jackson. Técnico: Dário Lourenço.

30 de Janeiro

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Desconhece-se a existência de uma data de 30 de Janeiro significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Carta de botafoguense


Carta de Ademir Pedrosa a António Corrêa Neto, flamenguista.
Publicado no sítio de Corrêa Neto.

Caro Corrêa,

“Errare humanum est”, ensina a lição em latim. Ninguém é perfeito, graças a Deus. Sei que de todas as qualidades que o Senhor reúne a que mais admiro é o seu caráter íntegro, um intelectual probo, um jornalista dos mais respeitáveis que conheço. Mas apesar de todas as qualidades que o dignificam, o seu defeito é incomensurável. Eu não sabia – francamente! – que sua imperfeição tivesse tamanha proporção. Diga-me, meu caro Corrêa Neto, o Senhor é Flamenguista? – Jura?!! Como pode um cidadão vacinado, inteligente, alfabetizado, crente em Deus, cometer tamanha heresia? Que Deus lhe perdoe, meu caro Corrêa!, porque eu não perdôo de jeito nenhum...

Botafogo!

* Ademir Pedrosa

Prezado Jô Soares: em junho de 1989 fui ao Rio de Janeiro, realizar um sonho: conhecer a cidade Maravilhosa e assistir, no Maracanã, ao meu querido Botafogo jogar e ser campeão carioca depois de vinte e um anos sem título.

Um belo dia, no Rio, tomei um táxi com destino a um restaurante, e no percurso conversava com o motorista sobre futebol. Ele, torcedor do Flamengo, levou um susto quando lhe revelei que tinha vindo do extremo norte do país, do Amapá, pra ver meu time ser campeão. Aí ele me confessou que também tinha um sonho:

– Quero ir à Amazônia ver de perto uma pororoca e um boto-cor-de-rosa _ disse num tom solene e, em seguida, piscou de leve o canto do olho.

Ora, isso me soou gozação. Desconfiei de que estivesse fazendo uma insinuação à fantasiosa possibilidade do Botafogo conquistar o título. O carioca tem ambigüidade no verbo, Jô. Há qualquer coisa de malandro na fala, no gesto. Levanta quase sempre uma suspeita, como se residisse entre a brincadeira e a seriedade uma espécie de sacanagem sutil.

Ao chegar no restaurante, paguei a corrida ao taxista e o despachei cordialmente. Lembrei do que diziam deles. Que alongam o percurso da corrida, à revelia do passageiro, a fim de majorar o seu valor. Adulteram o taxímetro. O preço, enfim, é cobrado de acordo com a cara do otário. E eu pensava sobre isso com tristeza, quando de súbito fui interrompido pelo garçom que me avisava de um taxista que me procurava. Jô, acredite, ele me devolveu a máquina fotográfica que eu, por descuido, havia esquecido no interior do seu táxi. E me disse:

– Aí, ó botafoguense, isso é pra você não fazer mau-juízo dos cariocas, nem dos flamenguistas — e outra vez mordiscou o canto do olho com a costumeira piscadela.

Essa história é verdadeira, mas fui advertido a não contá-la, pois soaria falso. O Rio é suspeito demais. Entretanto, Jô, depois do motorista Ronaldo, entrevistado no seu programa, ter declarado que devolveu a bolsa de uma passageira contendo vinte mil dólares, devo confessar que me encorajei a contar esse episódio.

Devo acrescentar, Jô, que no momento da devolução de minha máquina, fiquei estupefato, paralizado com o garfo de comida no ar. Tartamudeei alguma coisa de boca cheia, e acabei por não agradecer ao taxista, que merecia pelo menos meu muito obrigado. Nesta oportunidade, porém, se você me permitir, gostaria de agradecer àquele motorista anônimo (não sei seu nome, nem a placa do seu táxi); agradecer também ao Ronaldo (motorista dos vinte mil dólares); e ao Eriberto França (motorista do ex-presidente Collor), que contribuiu, com suas denúncias, ao impeachment do presidente corrupto. Os gestos desses motoristas, profissionais modestos, despertam na gente um grande orgulho e a esperança de que um dia o povo brasileiro reconquistará sua legítima cidadania e sua merecida dignidade, usurpadas pelo golpe militar de 64. E aí, Jô, este País voltará a ser um verdadeiro campeão, feito o meu querido e glorioso Botafogo.

PS: esta carta foi lida pelo apresentador Jô Soares, no programa “Jô, Onze e meia”, ainda no SBT. Não me lembro do ano, leitor, mas faz bem mais tempo do que é da sua conta.

* Escritor e professor de língua portuguesa e literatura.

29 de Janeiro

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Desconhece-se a existência de uma data de 29 de Janeiro significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mário Dunlop: uma lenda do voleibol

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Mário Stiebler Dunlop foi um dos mais notáveis voleibolistas do Botafogo de Futebol e Regatas, tendo estado presente em todas as onze conquistas consecutivas do campeonato carioca entre 1965 e 1975 e sido campeão brasileiro e sul-americano em diversas ocasiões.

Botafoguense desde sempre, nunca esteve noutro clube:

– “Eu comecei treinando no Fluminense, mas não cheguei sequer a fazer a minha inscrição pelo clube. Logo me transferi para o Botafogo, que é realmente meu primeiro e único clube.”

Mário Dunlop foi jogador da equipa brasileira de voleibol e participou dos Jogos Olímpicos de 1968 no México. Na qualidade de convocado para defender as cores do país, Dunlop conta as suas maiores alegrias:

– “Foi, sem dúvida, a minha primeira convocação para a seleção brasileira. Outra grande alegria foi a conquista do undecacampeonato carioca.”

Mário Dunlop foi um dos jogadores de voleibol que se negava a ganhar dinheiro defendendo as cores do clube e manteve-se assim até ao fim, financiando-se através do exercício da profissão de engenheiro químico.

Dunlop treinou-se sempre com afinco, obedecendo aos preceitos do ‘mens sans in corpore sano’: não bebia, não fumava, não fazia nada em excesso.

O campeonato que mais o emocionou foi aquele em que o Botafogo estava menos bem preparado:

– “Foi o de 1973. Senti uma grande emoção ao conquistar aquele campeonato, porque nosso time não vinha tão bem como em anos anteriores. Foi o nosso eneacampeonato.”


Na foto do 1º título (1965) do undecampeonato, Dunlop é o segundo atleta de pé da direita para a esquerda. Campeoníssimo pelo Botafogo e pelo Brasil, eis a lista dos seus principais títulos:

1964: Campeão Carioca juvenil
1964: Campeão Carioca aspirantes
1965: Campeão Carioca
1965: Campeão do IV Centenário da Guanabara
1965: Campeão da Taça Pedro A. Giaconni (Triangular SP-RJ-ES)
1966: Campeão Carioca
1966: Campeão Brasileiro
1966: Campeão dos Jogos Luso-Brasileiros
1967: Campeão Carioca
1967: Campeão do Centro-Sul
1968: Campeão Carioca
1968: Campeão Brasileiro
1969: Campeão Carioca
1969: Campeão Brasileiro Centro-Sul
1970: Campeão Carioca
1971: Campeão Carioca
1971: Campeão Brasileiro do I Octogonal
1971: Campeão Brasileiro de clubes campeões
1971: Campeão Sul-Americano de clubes campeões
1971: Campeão Brasileiro universitário
1972: Campeão Carioca
1972: Campeão Brasileiro
1972: Campeão do Torneio Quadrangular do Estado do Rio
1973: Campeão Carioca
1973: Campeão Brasileiro universitário
1974: Campeão Carioca
1975: Campeão Carioca
1975: Campeão Brasileiro
1976: Campeão Brasileiro
1977: Campeão Sul-Americano
1978: Campeão Municipal

Além de imensos galardões de campeão, Mário Dunlop foi várias vezes homenageado pela sua excelência desportiva. Os seus principais títulos honoríficos são os seguintes:

1966: Grande Revelação (Federação Metropolitana de Voleibol)
1966: Emérito da Federação Mineira de Voleibol
1966: Melhor Jogador do Ano (jornal Globo)
1967: Melhor Jogador do Ano (jornal Globo)
1967: Melhor Jogador do Ano (rádio Continental)
1971: Melhor do Brasil no campeonato mundial de clubes campeões

Porém, Mário Dunlop não perdeu o prazer da modalidade. Em 2002, na Austrália, conquistou a medalha de ouro no Campeonato Master de vôlei de praia, fazendo dupla com o seu ex-companheiro da equipa nacional brasileira dos anos setenta – Gerson Schuch.

Mais tarde, em 2004, juntamente com Sérgio Faria, Mário Dunlop foi um dos idealizadores do Campeonato Brasileiro Master de Voleibol. Nessa 1ª edição, Dunlop expressou-se assim:

– “Eu costumo dizer que o voleibol é só um desculpa. Além de jogar, o clima é de total confraternização. Revi pessoas que não encontro há 20, 30 anos”.

Fontes
Acervos e pesquisa de Claudio Marinho Falcão e Rui Moura

28 de Janeiro

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Desconhece-se a existência de uma data de 28 de Janeiro significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Maicossuel & etc.

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1. Maicossuel fez um bom jogo contra o Boavista, apesar do excesso de individualismo em alguns momentos, mas as suas declarações não me agradaram no final da partida. O jogador referiu que a sua meta é tornar-se o melhor jogador do campeonato carioca e que se continuar a marcar gols assim ainda terá que disputar a artilharia do campeonato.

Tenha feito essas declarações com humor ou não, creio que a preocupação de Maicossuel deveria ter sido outra. Por exemplo: “quero concentrar-me no esquema da equipa, contribuir para a vitória, carregar o jogo para o ataque, distribuir passes e lançamentos certeiros…” Mas isso ele não disse, preocupando-se muito mais consigo mesmo.

Enquanto Reinaldo fez declarações serenas e discretas, mostrando-se preocupado em trabalhar para a equipa futuramente, Maicossuel pensou sobretudo em si: ‘melhor jogador’ e ‘artilheiro’ foram as suas referências.

Porém, o atleta referiu que o jogo de sábado “foi a melhor atuação que já tive”. Ora, se é verdade, começo a ficar preocupado e menos contente com a sua exibição, porque se aquele foi o melhor Maicossuel de sempre, então provavelmente não poderemos esperar mais dele. E teremos sobretudo muito ‘individualismo’ em campo e pouco ‘grupo’. Cuidado Maicossuel… A humildade é boa conselheira em início de campeonato e estamos cansados de ‘craques’ que acabam mal e nunca mais fazem nada na vida depois de saírem do Botafogo… ‘Magossuel’, ‘Maicoshowel’ e ‘Magocruel’ são apenas brincadeiras que podem rapidamente virar ao contrário…

2. O juiz Marcelo de Souza Pinto parece ter sido avisado que na televisão o pseudo gol de Alessandro entrara na rede por fora da baliza. Quem avisou foi alguém que nunca está nos jogos dos urubus para avisar da mesma forma os senhores beltramis, moutinhos ou limas henriques… No entanto, segundo a sua própria versão, ele decidiu anular o lance em função de uma ameaça do zagueiro Juninho, que terá dito: “Mesmo que tenha sido fora, você já deu o gol e não pode voltar atrás”. Então um árbitro anula um gol, não por indicação do bandeirinha, nem por convicção, nem por humildade, mas porque um jogador o ‘ameaçou’ e o fez tomar a decisão inversa?!... Que grandes árbitros possui o Rio de Janeiro…

3. O treinador Cuca podia não tê-lo feito por respeito aos adversários lesados, mas declarou, no final do jogo, que “ficámos muito contentes com a vitória!...” Aconselho-o a agradecer à arbitragem essa sua alegria, que até o levou a dizer, noutra ocasião, que estava “feliz com a vitória”. Da última vez que aconteceu ter sido lesado comandou um chororô inclassificável, mas agora fica contente… esquecendo-se que do outro lado estavam um jogador que fez um gol legalíssimo, uma equipa que lutou para marcar pontos no Maracanã e um treinador que durante a semana muito se esforçou para não sair derrotado de campo… Como ele em tempos… Mas diz-se que o povo é de memória curta, não é?...

Jardel, o melhor de sempre em Portugal

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O jornal A Bola elegeu, entre jornalistas e leitores, o ‘melhor jogador estrangeiro’ em exercício no campeonato português, tendo o troféu sido ganho por Liedson, brasileiro do Sporting.

O mesmo jornal também realizou a eleição para o ‘melhor jogador estrangeiro de sempre’, tendo o troféu sido atribuído novamente a um brasileiro e cujo último título de campeão português foi obtido ao serviço do Sporting Clube de Portugal – Mário Jardel.

Em 186 jogos realizados, Jardel assinalou 186 gols e a sua marca recorde num só campeonato verificou-se precisamente em 2001/2002 marcando 42 gols pelo Sporting.

O Sporting teve outro jogador ao seu serviço que também ocupa o pódio em terceiro lugar. Trata-se do argentino Hector Yazalde, também jogador do Sporting, que é o recordista de gols num só campeonato ao assinalar 46 tentos em 1974 quando os leões foram campeões nacionais.

No pódio ficaram os seguintes jogadores:

· 1º lugar: Jardel. Atacante brasileiro (Sporting, Porto e Beira-Mar), natural de Fortaleza (Brasil), nascido a 18 de Setembro de 1973. Conquistou cinco troféus Bola de Prata (maior artilheiro do campeonato português) e dois troféus Chuteira de Ouro (maior artilheiro da Europa) – 186 gols / 186 jogos (média de 1,0 por jogo).

· 2º lugar: Madjer. Atacante argelino (Porto), natural de Argel (Argélia), nascido a 15 de Fevereiro de 1958 – 42 gols / 108 jogos (média de 0,4 por jogo).

· 3º lugar: Yazalde. Atacante argentino (Sporting), natural de Buenos Aires (Argentina, nascido a 29 de Maio de 1946 e falecido a 18 de Junho de 1997. Conquistou um troféu Bola de Prata (maior artilheiro do campeonato português) e um troféu Chuteira de Ouro (maior artilheiro da Europa) – 104 gols em 104 jogos (média de 1,0 por jogo).

As Chuteiras de Ouro conquistadas por brasileiros, portugueses ou originadas no campeonato português são as seguintes:

1967-68: Eusébio (Benfica, português), 43 gols
1972-73: Eusébio (Benfica, português), 40 gols
1973-74: Yazalde (Sporting, argentino), 46 gols (recorde)
1982-83: Gomes (Porto, português), 36 gols
1984-85: Gomes (Porto, português), 39 gols
1996-97: Ronaldo (Barcelona, brasileiro), 34 gols
1998-99: Jardel (Porto, brasileiro), 36 gols
2001-02: Jardel (Sporting, brasileiro), 42 gols
2007-08: Cristiano Ronaldo (Manchester, português), 39 gols

27 de Janeiro

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Desconhece-se a existência de uma data de 27 de Janeiro significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Liedson, o melhor em Portugal

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Quem acompanha assiduamente o que eu escrevo sabe que não considero angolanos, brasileiros, caboverdianos, guineenses, moçambicanos, portugueses, são-tomenses e timorenses estrangeiros entre si devido a partilharem a mesma cultura universalista. Não obstante, de um ponto de vista formal, são-no realmente.

Nessa perspectiva, o jornal A Bola realizou uma sondagem de opinião durante largo tempo junto dos seus eleitores para a eleição do ‘melhor estrangeiro do ano’ a jogar em Portugal.
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No pódio ficaram os seguintes jogadores:

· 1º lugar: Liedson. Atacante brasileiro do Sporting Clube de Portugal, natural de Cairu (Brasil), nascido a 17 de Dezembro de 1977, maior goleador/artilheiro estrangeiro do Sporting em todos os tempos (130 gols, 13º maior marcador sportinguista de sempre).

· 2º lugar: Suazo. Atacante hondurenho do Benfica, natural de São Pedro Sula (Honduras), nascido a 5 de Novembro de 1979.

· 3º lugar: Reyes. Atacante espanhol do Benfica, natural de Sevilha (Espanha), nascido 1 de Setembro de 1983.

flamengo, campeão carioca 2009! fluminense, vice!


Tenho lido atentamente as notícias e ouvido atentamente os comentaristas desportivos sobre as previsões para o campeonato carioca de futebol.

A unanimidade sobre o favoritismo do flamengo, seguido de perto pelo fluminense, e a distância enorme a que estão o Botafogo e o Vasco da Gama, fruto de uma ‘profunda reestruturação’ documentada diariamente pela comunicação social, fez-me pensar que talvez não fosse necessário sequer iniciar o campeonato carioca.

Lendo e ouvindo atentamente aqueles que outrora se arvoraram de 4º poder da sociedade, verdadeiros defensores da democracia e da verdade – os jornalistas precursores da imparcialidade, da justiça e da real cidadania ao serviço de todos – pensei ser uma boa solução não prosseguir com um campeonato inútil, porque os jornalistas – os tais do 4º poder que dão a ‘verdadeira verdade’ ao povo – investigaram profundamente e descobriram que o flamengo é favoritíssimo, secundado pelo fluminense.

Pensei até que se podia atribuir desde logo a taça do campeonato e a taça guanabara ao flamengo e a taça rio ao fluminense, evitando-se esforços e sofrimentos inúteis porque tudo acabaria como os profetas já haviam decidido – em minúsculas e em desprestígio de instituições e competições menorizadas à partida por obra e graça desses profetas.

Depois pensei melhor e abandonei a ideia. Veio o início do campeonato, acompanhei os jogos e, então, rapidamente repensei sobre a retoma da ideia anterior, isto é, distribuir já as taças ao fla e ao flu. Eu explico porquê.

Após o árbitro do jogo flamengo x Friburguense ter anulado um gol legal ao adversário dos vermelho-negros, e de ter terminado o jogo dois minutos antes do que fora acordado para compensações, precisamente quando o Friburguense levava perigo à área contrária, creio ser desnecessário continuar o campeonato. Aos ‘profetas’ insuficientes seguem-se os oportunos ´salvadores’ de um dos ‘preferidos’.

Realmente, como os árbitros favoreceram ‘urubuzescamente’ o flamengo na conquista dos campeonatos cariocas de 2007 e 2008, vê-los serem obrigados a repetir a cena devido aos jogadores e ao treinador do ‘preferido’ afinal não terem gerado nada de especial, não é uma coisa que favoreça a imagem e a cidadania da arbitragem, pelo que em sua defesa creio que seria melhor anular a rodada e terminar já o campeonato.

Até porque existe outra ameaça proeminente: o querido fluminense ficou sem pó-de-arroz logo na rodada inaugural. Abriu o placar contra a Cabofriense, levou virada ainda na 1ª parte, ficou com um elemento a mais na 2ª parte e ainda tomou o 3º gol da Cabofriense. Isto não se faz, rapazes de Cabo Frio! Isto é um verdadeiro atentado ao glorioso clube campeão de 1907 no tribunal!

E o pior de tudo é que o reestruturado Botafogo, o tal que não teria onde ‘cair morto’, fez o melhor dos quatro grandes: enquanto o Vasco e o flu perderam e a arbitragem ganhou pelo fla, o Botafogo ganhou limpo fora de casa e com um jogaço do seu novo camisa 10.

Companheiros, já viram o escândalo que seria se o Botafogo ainda ganhasse o campeonato?... Ou se nessa eminência ainda tivessem que ir chamar apressadamente a dupla Beltrami / Moutinho ou Marcelo Lima Henrique para arbitrarem a final do campeonato carioca de 2009?!... Não pode ser… Não pode ser… Temos que proteger estes beneméritos que tão grandes serviços têm prestado à nação vermelho-negra.

Portanto, creio que o campeonato deve ser interrompido e o título e o vice título atribuídos a quem de direito – àqueles que dominam o que a gente sabe que dominam, ou que predominam nos sítios de conveniente predominância. Não vá o Botafogo estragar a festa dos ‘preferidos’… da comunicação social… e de outras gentes que andam pelo futebol…

E para que a HONRA e o PUDOR não sejam completamente espezinhados e enlameados, bem como para que se evitem acidentes cardiovasculares àqueles que ainda acreditam em certas utopias desportivas, ENTREGUE-SE JÁ O CAMPEONATO AOS ‘PREFERIDOS’!

domingo, 25 de janeiro de 2009

26 de Janeiro


1. No dia 26 de Janeiro de 1958 o Botafogo sagrou-se vencedor da Copa Hosteles Astoria (jogo único) ganhando ao FAS, em San Salvador (El Salvador), por 4x0.

2. No dia 26 de Janeiro de 1936 o Botafogo sagrou-se Tetracampeão carioca de 1935 ao vencer o Andaraí por 5x4 com gols de Álvaro (2), Patesko, Carvalho Leite e Russinho.
Canali foi a grande figura do jogo, jogando em toda a extensão do campo, e Russinho foi quem comandou os ataques botafoguenses. A equipa alinhou com Alberto, Octacílio e Nariz; Afonso (Luciano), Martin e Canali; Álvaro, Leônidas da Silva (Viveiros), Carvalho Leite, Russinho e Patesko. Carvalho Leite foi o artilheiro/goleador com 16 gols.

Equipa tetracampeã: em cima, da esquerda para a direita – Carvalho Leite, Álvaro, Martin, André, Leônidas, Russinho, Patesko e M. Costa; em baixo, da esquerda para a direita – Octacílio, Alberto, Nariz, Canali e Afonso

3. No dia 26 de Janeiro de 1919 o Botafogo sagrou-se vencedor da Taça Inauguração (jogo único), realizada no Recife, ganhando ao Sport Recife por 6x1 com gols de Petiot (2), Candiota (2), Santinho e Burlamaqui. O Botafogo alinhou com Casusa; Monti e Osny; Police, Vadinho e Burlamaqui; Celso, Petiot, Santinho, Candiota e Nequinho.

Estreias do Botafogo no campeonato carioca


Apresenta-se todos os resultados dos jogos de estreia do Botafogo no campeonato carioca de futebol desde 1906.

Total de 105 jogos. 68 vitórias, 15 empates e 22 derrotas; 258 gols a favor e 132 contra (média aproximada por jogo: 2,50x1.25).

Em casa (General Severiano, Caio Martins e Maracanã) 65 jogos com 48 vitórias, 8 empates e 9 derrotas; 176 gols a favor e 57 contra (média aproximada por jogo: 2.70x0.90).

Fora: 40 jogos com 20 vitórias, 7 empates e 13 derrotas; 82 gols a favor e 75 contra (média aproximada por jogo: 2.05x1.90).

Relação dos 105 jogos:

13/05/1906: Fluminense 8x0 Botafogo
12/06/1907: Fluminense 3x0 Botafogo
13/05/1908: Botafogo 5x0 Riachuelo
09/05/1909: Botafogo 2x2 Fluminense
22/05/1910: América 4x1 Botafogo
14/05/1911: Botafogo 3x0 Rio Cricket
13/05/1912: Botafogo 1x3 Americano
13/05/1913: Botafogo 1x0 Flamengo
24/05/1914: São Cristóvão 0x2 Botafogo
09/05/1915: Rio Cricket 0x3 Botafogo
14/05/1916: Botafogo 2x1 São Cristóvão
27/05/1917: Botafogo 7x3 Vila Isabel
28/04/1918: Botafogo 2x3 São Cristóvão
08/06/1919: Botafogo 2x6 Flamengo
18/04/1920: Botafogo 5x0 Palmeiras
17/04/1921: Bangu 3x1 Botafogo
09/04/1922: Andaraí 3x5 Botafogo
15/04/1923: Bangu 3x5 Botafogo
04/05/1924: Botafogo 0x1 São Cristóvão
24/05/1925: América 2x0 Botafogo
04/05/1926: São Cristóvão 6x3 Botafogo
01/05/1927: Botafogo 4x0 Bangu
08/04/1928: Botafogo 13x1 Vila Isabel
07/04/1929: Syrio e Libanez 2x3 Botafogo
06/04/1930: Botafogo 4x0 Syrio e Libanez
12/04/1931: Botafogo 5x1 Flamengo
24/04/1932: Botafogo 4x1 Brasil da Urca
07/05/1933: Botafogo 5x1 Engenho de Dentro
15/04/1934: River (Piedade) 4x4 Botafogo
12/05/1935: Olaria 2x5 Botafogo
05/07/1936: Andaraí 5x2 Botafogo
01/10/1937: Vasco da Gama 2x2 Botafogo
04/09/1938: Botafogo 3x0 Bonsucesso
09/05/1939: Botafogo 5x3 São Cristóvão
21/07/1940: Vasco da Gama 3x4 Botafogo
14/05/1941: Botafogo 4x5 Bangu
14/06/1942: Madureira 2x5 Botafogo
13/06/1943: Botafogo 4x0 Canto do Rio
02/07/1944: Botafogo 3xo Bonsucesso
08/07/1945: Botafogo 6x0 Bonsucesso
07/07/1946: Botafogo 0x3 Vasco da Gama
03/08/1947: Bangu 1x4 Botafogo
11/07/1948: Botafogo 0x4 São Cristóvão
03/07/1949: Botafogo 4x0 Olaria
13/08/1950: América 4x2 Botafogo
12/08/1951: Botafogo 1x1 Olaria
17/08/1952: Botafogo 4x0 São Cristóvão
12/07/1953: Botafogo 1x0 São Cristóvão
22/08/1954: Botafogo 3x1 Olaria
10/08/1955: São Cristóvão 1x3 Botafogo
22/07/1956: Botafogo 1x0 Bonsucesso
27/07/1957: Botafogo 3x1 Bonsucesso
13/07/1958: Botafogo 2x1 Fluminense
18/07/1959: Botafogo 2x0 Portuguesa
24/07/1960: Fluminense 1x0 Botafogo
03/08/1961: Botafogo 1x0 Olaria
01/07/1962: Botafogo 0x1 Campo Grande
11/07/1963: Bonsucesso 0x3 Botafogo
05/07/1964: Botafogo 1x0 Olaria
15/09/1965: Botafogo 2x1 Portuguesa
11/09/1966: Portuguesa 3x0 Botafogo
26/08/1967: Botafogo 1x0 Portuguesa
09/03/1968: Botafogo 1x0 Madureira
09/03/1969: Botafogo 1x2 Bonsucesso
14/07/1970: Fluminense 0x0 Botafogo
13/04/1971: Botafogo 2x0 Bangu
26/02/1972: Campo Grande 0x4 Botafogo
22/03/1973: São Cristóvão 1x3 Botafogo
03/08/1974: Botafogo 0x0 Bonsucesso
01/03/1975: Olaria 0x4 Botafogo
14/03/1976: Volta Redonda 3x2 Botafogo
27/03/1977: Fluminense 0x2 Botafogo
03/09/1978: Bangu 0x2 Botafogo
04/02/1979: Botafogo 4x0 Americano
06/05/1979: Botafogo 4x1 Madureira
17/08/1980: Botafogo 4x0 Serrano
24/05/1981: Campo Grande 1x1 Botafogo
18/07/1982: Madureira 0x2 Botafogo
03/07/1983: Botafogo 1x1 América
01/07/1984: Olaria 0x0 Botafogo
01/09/1985: Goytacaz 0x1 Botafogo
16/02/1986: Botafogo 2x0 Olaria
15/02/1987: Goytacaz 2x0 Botafogo
30/01/1988: Volta Redonda 0x2 Botafogo
12/02/1989: Botafogo 1x0 América
27/01/1990: Botafogo 0x0 América
18/08/1991: Botafogo 2x0 Americano
23/08/1992: Bangu 0x0 Botafogo
07/02/1993: Botafogo 3x0 Bangu
30/01/1994: Botafogo 6x0 América
29/01/1995: Botafogo 5x2 Barreira
10/03/1996: Botafogo 2x2 América
08/02/1997: Botafogo 1x0 Madureira
18/01/1998: Vasco da Gama 1x2 Botafogo
06/03/1999: Botafogo 2x1 Itaperuna
12/03/2000: Bangu 0x3 Botafogo
20/01/2001: Botafogo 0x0 Bangu
26/01/2002: Fluminense 2x2 Botafogo
18/01/2003: Bangu 2x1 Botafogo
24/01/2004: Botafogo 1x0 Olaria
22/01/2005: Botafogo 3x2 América
15/01/2006: Botafogo 3x0 Friburguense
24/01/2007: Botafogo 2x2 Madureira
19/01/2008: Botafogo 2x0 Resende
24/01/2009: Botafogo 2x1 Boavista

Fontes:
Jornal dos Sports, 2009.
RSSSF, 2008.

25 de Janeiro

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Desconhece-se a existência de uma data de 25 de Janeiro significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Maicossuel, uma estrela que brilha


As minhas impressões gerais sobre a estreia do Botafogo no campeonato carioca sugerem que existe uma equipa ainda longe de se entrosar, mas que possui algum potencial de desenvolvimento apesar de mostrar deficiências claras em certos aspectos.

Em primeiro lugar, destacaria Maicossuel que se afirmou, sem dúvida, o melhor jogador em campo, fazendo dois gols fantásticos e levando diversas vezes perigo à baliza adversária, não obstante, em alguns momentos, ter demorado a chutar à baliza e ter driblado excessivamente os defensores até perder a bola.

Vítor Simões e Diego mostraram-se bem movimentados no ataque e tentaram por diversas vezes fuzilar à baliza, mas aí verificou-se que os seus pontos de mira estão ainda pouco afinados ou, então, falta-lhes classe para ‘limpar’ o lance e rematar vitoriosamente.

Leandro Guerreiro deve ser realçado como destaque. Muito melhor do que no final do ano passado, ele mostrou-se seguro na defesa e enquadrou-se muito bem no conjunto da equipa.

O Botafogo apresentou-se com características de equipa rápida e se o estado do campo não estivesse simplesmente miserável provavelmente o resultado seria diferente. A bola insistentemente parada nas poças de água criou hiatos no ataque e favoreceu claramente os passes errados e a recomposição da defesa do Boavista.

Se inicialmente o Boavista entrou melhor no jogo, paulatinamente o Botafogo tomou conta da partida a partir de gol absolutamente notável de Maicossuel. Há bastante tempo que eu não observava um gol tão perfeito em cobrança de falta. Maicossuel não tomou balanço e não chutou com muita força; o nosso nº 10 disparou um tiro seco e colocadíssimo, embelezando o gol inaugural do campeonato.

Porém, o Botafogo diminuiu o ritmo e o Boavista foi mais ao ataque e teve períodos de domínio de jogo. Mesmo sobre o fim da primeira parte, o melhor jogador do Boavista, Tony, fez um belo gol, chutando de primeira à entrada da grande área e marcando depois da bola tocar no poste esquerdo de Renan. Numa etapa equilibrada as equipas sairam empatadas.

O segundo tempo, apesar de ter continuado a ser muito disputado e equilibrado no início, não foi tão intenso e a arbitragem conduziu-se mal. O árbitro validou um gol do Botafogo, apesar do bandeirinha ter chamado a atenção sobre a bola ter entrado por fora da rede. O árbitro validou, houve confusão, não validou, o empate manteve-se e nunca mais o árbitro se encontrou no jogo. Os cartões amarelos passaram a ser largamente distribuídos ao Botafogo, apesar de o Boavista também ter feito faltas para cartão amarelo.

Criando aqui e ali momentos de perigo, o Botafogo acabou por marcar o gol da vitória após o treinador do Boavista ter apostado no empate e retraído a equipa. Thiaguinho centrou e Maicossuel, a meio da grande área, deu um toque fenomenal de cabeça e a bola foi ao ângulo esquerdo do goleiro, tal como no primeiro gol.

Admite-se que a vitória ficou bem entregue, mas o Botafogo mostrou dificuldades de entrosamento, apesar de ser difícil avaliar com segurança uma equipa rápida jogando num campo tão pesado e encharcado como o de Saquarema.

Não obstante, é muito claro que, além de uma grande quantidade de passes errados, fraca marcação e finalização deficiente, faltaram movimentos de classe e diferenciados. Alguns jogadores foram iguais a si mesmos (Alessandro, Juninho…) e outros foram sofríveis. Apesar disso, ninguém se furtou à luta e os progressos podem e vão acontecer com certeza.

Em suma, tal como afirmei aqui e no Arena Alvinegra, o desempenho do Botafogo vai dever-se ao que Ney Franco conseguir fazer evoluir em termos de conjunto, já que individualmente, apesar de termos uma equipa rápida e que pode progredir, não apresenta lampejos de inspiração – a não ser a excelente estreia de Maicossuel, a nossa estrela da sorte no primeiro jogo.

Mas sempre que ganharmos há pelo menos a realçar a conquista dos três pontos e o dever cumprido, além de, neste caso, termos começado com o pé direito – contra todas as previsões dos nossos oponentes da comunicação social – e quebrado com os bons resultados do Boavista contra o nosso clube em 2007 e 2008.

Que venha o nosso Botafogo de volta!

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x1 Boavista
Gols: Maicossuel aos 15’ e 94’ (Botafogo); Tony aos 45+1’
Competição: campeonato carioca
Data: 24/01/2009
Local: Estádio Elcyr Resende de Mendonça, em Saquarema (RJ)
Arbitragem: Marcelo de Souza Pinto; Jackson Lourenço Massara dos Santos e Marcos Antônio Bastos Júnior
Cartões amarelos: Lucas Silva, Leandro Guerreiro, Alessandro, Victor Simões e Emerson (Botafogo); Têti e Gustavo (Boavista)
Botafogo: Renan, Emerson, Leandro Guerreiro e Juninho; Alessandro, Leo Silva (Laio), Lucas Silva (Túlio Souza), Maicosuel e Eduardo (Thiaguinho); Diego e Victor Simões. Técnico: Ney Franco.
Boavista: Erivélton, Rogério Rios, Pessanha (Gustavo), Santiago e Hamilton; Thiaguinho, Leandro Cruz, Bruno Moreno e Têti; Tony e Roberto Santos (Felipe Adão). Técnico: Júlio Marinho.

Foto: globoesporte.com

24 de Janeiro


No dia 24 de Janeiro de 1989 o Botafogo sagrou-se campeão brasileiro de juvenis ao vencer o Internacional (RS) por 2x0. Este foi o primeiro de quatro títulos nacionais entre 1989 e 1999, conquistado de forma invicta e sem nenhum gol contra.

O Botafogo obteve cinco vitórias e um empate, assinalando nove gols e não sofrendo nenhum. Rocha foi o artilheiro com três gols.

A campanha realizada foi a seguinte:

Final
· Botafogo 2x0 Internacional (RS) [Índio e Flávio]

Campanha
· Botafogo 3x0 Seleção de Nova Iguaçu [Rocha (2) e Sandro]
· Botafogo 1x0 Bangu [Antônio Carlos]
· Botafogo 1x0 Cruzeiro (MG) [Alexandre]
· Botafogo 0x0 Ponte Preta (SP) [0]
· Botafogo 2x0 Vasco da Gama [Rocha e Antônio Carlos]

Fonte
Acervo e pesquisa de Claudio Marinho Falcão e Rui Moura

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SORRIA!

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. SORRIA!

Após mês e meio de grande contenção emocional, finalmente pode tornar a presenciar, ver e ouvir os jogos de futebol do Botafogo a partir de amanhã!

O técnico Ney Franco parece que iniciará o campeonato com um esquema 3-5-2. Se assim for, e de acordo com a enquete que está a decorrer, os leitores do blogue têm, até ao momento, a seguinte preferência para a escalação inicial:

Renan; Teco, Juninho, Leandro Guerreiro; Alessandro, Fahel, Lucas Silva, Maicossuel, Eduardo; Vítor Simões, Reinaldo (Diego).

Sabemos que Reinaldo terá que ser substituído, mas o reserva mais votado – Zárate – também não jogará, sendo Diego o reserva preferido pelos leitores para substituir Reinaldo. E sabemos, também, que não foi esta a esclação para o jogo treino contra o Olaria.

Quando o Botafogo entrar em campo poderá ser interessante comparar as nossas preferências, as escolhas do treinador e o resultado real dessas escolhas.

Desejo que o trabalho sério acompanhe a equipa e que possamos ter agradáveis surpresas no conjunto da campanha para o campeonato carioca!

Excursão internacional à América Central e do Sul (1960)


Em 1960 o Botafogo realizou uma nova excursão à América Central e do Sul, cumprindo quinze jogos no Paraguai, Equador, Colômbia, Costa Rica, Guatemala e México e Peru.

Os quinze amistosos realizados saldaram-se por 12 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, tendo sido assinalados 35 gols e sofridos 13.

BOTAFOGO 1x2 LDU DE QUITO (Equador)
» Gol – Quarentinha
» Data – 06/01/1960
» Competição – Amistoso
» Local – Estádio Olímpico (Quito)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Nílton Santos e Chicão (Ademar); Pampolini e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha (Amoroso) e Zagallo.

BOTAFOGO 1x0 MILIONÁRIOS (Colômbia)
» Gol – Quarentinha
» Competição – Torneio Internacional da Colômbia (Quadrangular de Bogotá)
» Data – 10/01/1960
» Local – Bogotá (Colômbia)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Nílton Santos e Chicão (Ademar); Pampolini (Ayrton) e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim (Amoroso), Quarentinha e Zagallo (Amarildo).

BOTAFOGO 4x2 INDEPENDIENTE SANTA FÉ (Colômbia)
» Gols – Quarentinha (2), Paulinho Valentim e Amarildo
» Competição – Torneio Internacional da Colômbia (Quadrangular de Bogotá)
» Data – 17/01/1960
» Local – Bogotá (Colômbia)
» Botafogo – Ernâni (Adalberto), Cacá, Zé Maria, Nílton Santos e Chicão (Ademar); Ayrton (Paulistinha) e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagallo (Amarildo).

BOTAFOGO 2x0 ÁUSTRIA DE VIENA (Áustria)
» Gols – Paulinho Valentim e Zagallo
» Competição – Torneio Internacional da Colômbia (Quadrangular de Bogotá)
» Data – 24/01/1960
» Local – Bogotá (Colômbia)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Nílton Santos e Chicão; Pampolini e Édison; Garrincha (Amoroso), Paulinho Valentim, Amarildo e Zagallo (Bruno).
Nota: Botafogo, campeão do torneio internacional da Colômbia.

BOTAFOGO 2x0 DEPORTIVO CÁLI (Colômbia)
» Gols – Garrincha (2)
» Competição – Amistoso
» Data – 27/01/1960
» Local – Cáli (Colômbia)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Nílton Santos e Chicão; Pampolini e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagallo.

BOTAFOGO 2x2 SELEÇÃO DA COSTA RICA
» Gols – Zagallo e Quarentinha
» Data – 31/01/1960
» Competição – Amistoso
» Local – San José (Costa Rica)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Nílton Santos e Chicão (Ademar); Pampolini e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagallo (Amarildo).

BOTAFOGO 2x0 COMUNICACIONES (Guatemala)
» Gols – Pampolini e Paulinho Valentim
» Competição – Amistoso
» Data – 07/02/1960
» Local – Cidade de Guatemala (Guatemala)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria (Cetale), Nílton Santos e Chicão (Ademar); Pampolini e Édison; Garrincha (Amoroso), Paulinho Valentim (Bruno), Quarentinha (Amarildo) e Zagallo.

BOTAFOGO 3x2 NECAXA (México)
» Gols – Quarentinha (2) e Zagallo
» Competição – Amistoso
» Data – 14/02/1960
» Local – Estádio Cidade Universitária (México)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Nílton Santos e Chicão; Pampolini e Édison; Garrincha (Bruno), Paulinho Valentim, Quarentinha e Zagallo.

BOTAFOGO 0x1 LEÓN (México)
» Competição – Amistoso
» Data – 21/02/1960
» Local – León (México)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria (Cetale), Nílton Santos e Chicão (Ademar); Pampolini e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim (Amoroso), Quarentinha e Zagallo (Amarildo).

BOTAFOGO 3x1 SELEÇÃO DO MÉXICO
» Gols – Quarentinha (2) e Ademar
» Competição – Amistoso
» Data – 24/02/1960
» Local – Guadalajara (México)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Nílton Santos e Ademar; Pampolini e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim, Quarentinha (Amarildo) e Zagallo (Bruno).

BOTAFOGO 2x1 SELEÇÃO DO MÉXICO
» Gols – Quarentinha e Amoroso
» Competição – Amistoso
» Data – 28/02/1960
» Local – Estádio Cidade Universitária (México)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Paulistinha e Ademar; Pampolini e Édison; Garrincha (Neyvaldo), Amoroso, Quarentinha (Amarildo) e Zagallo.

BOTAFOGO 3x0 ALIANZA LIMA (Peru)
» Gols – Garrincha (2) e Paulinho Valentim
» Competição – Amistoso
» Data – 05/03/1960
» Local – Lima (Peru)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Nílton Santos (Paulistinha) e Ademar; Pampolini e Édison; Garrincha, Paulinho Valentim (Amoroso), Quarentinha (Amarildo) e Zagallo.

BOTAFOGO 3x0 UNIVERSITÁRIO (Peru)
» Gols – Amoroso (2) e Quarentinha
» Competição – Amistoso
» Data – 09/03/1960
» Local – Lima (Peru)
» Botafogo – Ernâni, Cacá, Zé Maria, Paulistinha e Ademar; Pampolini e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amoroso (Bruno / Neyvaldo) e Zagallo.

Fontes:
Acervo e pesquisa de Auriel de Almeida, Eduardo Santos, Marcelo Albuquerque, Pedro Varanda, Roberto Nahal e Sérgio Tinoco (colaboradores do blogue)

23 de Janeiro

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Desconhece-se a existência de uma data de 23 de Janeiro significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Placares estranhos


Fiz uma escolha, de entre os jogos em que disponho de súmulas, de sete partidas com resultados muito invulgares. Pedro Varanda completou as fichas técnicas e escolheu o placar estranho correspondente à década de 1990.

Na década de 1930 escolhi um Botafogo x Bonsucesso, arbitrado por Carlito Rocha, que deu o 1º título do tetracampeonato carioca do Botafogo, em 1932. Escolhi também outro resultado estranho no ano do tetracampeonato 1932-35, que envolveu o encontro Botafogo x Bangu.

Na década de 1940 escolhi o jogo da virada ‘mais saborosa’ do Botafogo sobre o Flamengo, que contava para o campeonato carioca de 1948 e que embalou o nosso clube para o título.

Na década de 1950, logo no início de 1958, éramos nós campeões de 1957, escolhi dois jogos incontornáveis: um amistoso interestadual Botafogo x Atlético Mineiro, no qual o nosso clube fechou o primeiro tempo a perder por 4x0 e acabou vencendo por 5x4, na maior virada da história do Botafogo; um amistoso interestadual Botafogo x Carlos Renaux, em que o adversário fechou o primeiro tempo com 4x1 a seu favor e aumentou para 5x1 no início da segunda parte, mas o Botafogo reagiu e acabou por empatar o jogo em 5x5.

Na década de 1960 escolhi o placar mais extraordinário de todos: Botafogo 6x5 Millonarios (Colômbia), um amistoso internacional realizado em Bogotá no dia 19 de Agosto de 1962.
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Na década de 1990 a escolha foi feita por Pedro Varanda, que selecionou uma partida notável em que o Botafogo perdia por 5x2 a oito minutos do fim e ainda conseguiu chegar ao empate. O jogo foi contra o Altético Mineiro pelo campeonato brasileiro de 1998. Vejamos as súmulas dos sete jogos:

BOTAFOGO 5x4 BONSUCESSO
» Gols: Nilo, Nilo (penalty), Leônidas (penalty), Leônidas e Loló (1° tempo); Nilo, Paulinho, Leônidas (penalty) e Nilo (penalty); marcha do placar: 1x0, 2x0, 2x1, 2x2, 2x3, 3x3, 4x3, 4x4, 5x4
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 02/10/1932
» Local: Estrada do Norte, Rio de Janeiro
» Árbitro: Carlos Martins da Rocha “Carlito”
» Botafogo: Victor, Benedicto e Rodrigues; Ariel, Martim e Canalli; Álvaro, Paulinho, Carvalho Leite (Almir), Nilo e Celso
» Bonsucesso: Pinheiro, Fernandes (Congo) e Barcellos; Lolô, Otto (Eurico) e Marcello; Carlinhos, Prego, Gradim, Leônidas da Silva e Miro
Obs: 1) Luiz Neves (árbitro) escalado para arbitrar não compareceu; 2) Fernandes = Cozinheiro, Prego = Francisco Costa e Gradim = Francisco de Souza Ferreira; 3) Com esse resultado o Botafogo conquistou o campeonato do Rio de Janeiro (1932) [Fontes: A Noite e O Jornal]

BOTAFOGO 6x3 BANGU
» Gols: Carvalho Leite (4) e Nilo (2) (Botafogo); Julinho (2) e Plácido Bangu)
» Competição: Amistoso
» Data: 02 / 06 / 1935
» Local: General Severiano
» Árbitro: Virgílio Fedrighi
» Botafogo: Alberto, Albino e Nariz; Affonso, Martim e Canalli; Álvaro, Caldeira (Leônidas da Silva), Carvalho Leite, Nilo e Patesko.
» Bangu: Euro, Mário e M. Freitas “Né” (Sá Pinto); Brilhante, Manoelzinho (Paulista) e Médio; Luizinho, Buza, Plácido, Julinho e Dininho.
Obs: 1) Estréia de Leônidas da Silva; 2) Faltando 5’ para o fim do cotejo, Álvaro e Sá Pinto brigam, a equipe do Bangu retira-se de campo e acaba a partida. [Fonte: A Noite]

BOTAFOGO 5x3 FLAMENGO
» Gols: Durval e Gringo (1° tempo); Ávila, Gringo, Octávio, Braguinha, Pirillo e Paraguaio (2° tempo); marcha do placar: 0x1, 0x2, 1x2, 1x3, 2x3, 3x3, 4x3, 5x3
» Competição: Campeonato Carioca
» Data: 28/11/1948
» Local: General Severiano, Rio de Janeiro
» Árbitro: Mr. Devine
» Botafogo: Osvaldo Baliza, Gérson e Nílton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirillo, Octávio e Braguinha. Técnico: Zezé Moreira
» Flamengo: Luiz Borracha, Newton e Norival; Biguá, Bria e Jayme; Luisinho, Zizinho, Gringo, Jair e Durval. Técnico: José Ferreira Lemos “Juca da Praia”
Obs: 1) A partida foi paralisada por três vezes para que Biriba, mascote alvinegro, fosse retirado de campo, por decisão do árbitro 2) Sensacional vitória do Glorioso Botafogo [Fonte: Jornal dos Sports]

BOTAFOGO 5x4 ATLÉTICO MINEIRO
» Gols: Édison 60’, Garrincha 70’, Paulinho Valentim 76’, Quarentinha 84’ e 89’, (Botafogo); Tomazinho 14’, Alvinho 34’, 37’ e 38’; marcha do placar: 0x1, 0x2, 0x3, 0x4, 1x4, 2x4, 3x4, 4x4, 5x4 [sensacional virada de 0x4 para 5x4!]
» Competição: Amistoso
» Data: 23/03/1958
» Local: Estádio Independência, Belo Horizonte
» Árbitro: Guálter Gama de Castro
» Botafogo: Adalberto, Beto, Thomé, Servílio e Nílton Santos; Pampolini e Didi; Garrincha (Neyvaldo), Paulinho Valentim, Édison (Rossi) e Quarentinha. Técnico: João Saldanha
» Atlético Mineiro: Mussula, Anísio, Benito e Hílton; Jair e Nilsinho; Márcio, Paulinho (Ziza), Tomazinho, Alvinho e Dino. Técnico: Newton Anet [Fontes: Boletim do Botafogo FR, Correio da Manhã, Jornal dos Sports, O Jornal e O Canto do Galo]

BOTAFOGO 5x5 CARLOS RENAUX
» Gols: Agenor 18’, Julinho 21’, Quarentinha 25’, Teixeirinha 28’ e Servílio, contra (1° tempo); Petruscky 58’, Édison 65’, Garrincha, Neyvaldo e Didi (2° tempo); marcha do placar: 0x1, 0x2, 1x2, 1x3, 1x4, 1x5, 2x5, 3x5, 4x5, 5x5 [sensacional recuperação!]
» Competição: Amistoso
» Data: 30/03/1958
» Local: Estádio Augusto Bauer, Brusque (SC)
» Árbitro: Antônio Viug
» Botafogo: Adalberto, Beto (Ronald), Domício e Nílton Santos (Ademar); Pampolini e Servílio; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim (Rossi), Édison e Quarentinha (Neyvaldo). Técnico: João Saldanha
» Carlos Renaux: Mosimann, Ivo Mayer, Baião, Tesoura, Gordinho, Esnel, Petruscky, Júlio Camargo (Vicente), Julinho, Teixeirinha e Agenor. Técnico: ? [Fontes: Boletim do Botafogo FR e Jornal dos Sports]

BOTAFOGO 6x5 MILIONÁRIOS
» Gols: Nílton Santos (contra) 30”, Amarildo 5’, Pizarro 22’, Amoroso 25’, Pizarro 35’, Garrincha 55’, Gamboa 57’, Garrincha 63’, Amoroso 78’, Canavieira 81’ e Larraz 85’; marcha do placar: 0x1, 1x1, 1x2, 2x2, 2x3, 3x3, 3x4, 4x4, 5x4, 6x4, 6x5
» Competição: Amistoso
» Data: 19/08/1962
» Local: Bogotá (COL)
» Árbitro: ?
» Botafogo: Manga, Joel, Zé Maria, Nílton Santos e Rildo; Ayrton e Didi; Garrincha, Amoroso (Canavieira), Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues
» Milionários: Centurion, Bolia, Lombana, Vulcano e Diaz; Gallegos e Larraz; Gamboa, Linger, Debrassi e Pizarro. Técnico: ? [Fonte: Boletim do Botafogo FR]

BOTAFOGO 5x5 ATLÉTICO MINEIRO
Gols: Túlio Maravilha 30’, Chiquinho 39’ Túlio Maravilha 83’, Bebeto 86’ e Tico Mineiro 90’+1 (Botafogo); Valdir 47’, Marques 54’, Valdir 59’, Valdir 65’, Valdir 80’ (Atlético) – marcha do placar: 1x0, 2x0, 1x2, 2x2, 2x3, 2x4, 2x5, 3x5, 4x5, 5x5
Competição: Campeonato Brasileiro
Data: 10/10/1998
Local: Mineirão, Belo Horizonte
Árbitro: Luciano Augusto de Almeida
Botafogo: Wagner, Wilson Goiano (França), Grotto (Tico Mineiro), Gonçalves e Lúcio Wagner; Pingo, Eduardo (Edimar), Chiquinho e Sérgio Manoel; Bebeto e Túlio Maravilha. Técnico: Valdyr Espinosa
Atlético Mineiro: Emerson, Paulo César Baier (Roberto), Galván, Sandro Barbosa e Vítor; Edgard, Bruno e Lincoln (Boiadeiro); Hernâni, Valdir e Marques. Técnico: Carlos Alberto Torres
Obs: Perdíamos por 5x2 a oito minutos do fim e empatamos em 5x5! [Fontes: Rede e Rádio Globo]

Fontes
Acervo e pesquisa de Pedro Varanda
Acervo e pesquisa de Rui Moura
A Noite
Boletim do Botafogo FR
Correio da Manhã
Jornal dos Sports
O Canto do Galo
O Jornal
Rede e Rádio Globo

22 de Janeiro


No dia 22 de Janeiro de 1993 a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou a Lei Complementar 37/92, que levou o Botafogo de regresso a General Severiano, antigo palacete construído num terreno cedido pela prefeitura em 23 de Junho de 1912 para ser a sede do Botafogo Football Club, inaugurada a 13 de Maio de 1913 com um baile de gala para a alta sociedade do Rio de Janeiro.

Seis décadas depois, quando o clube era presidido por Charles Macedo Borer, a sede foi vendida para a Companhia Vale do Rio Doce, em 1976. O Botafogo mudou-se, então, para o Mourisco Pasteur, onde ficou de 1977 até 1992, tendo a torcida sentido o rude golpe e lutado para retornar a General Severiano – num drama que durou uns longos 15 anos.

Entre 1992 e 1994 o Botafogo ficou instalado no Mourisco Mar, enquanto General Severiano passava por uma reforma. E foi neste período que o Botafogo encetou uma recuperação fantástica e conquistou importantíssimos troféus.

Se desde 1968 até 1976 o Botafogo desceu do céu ao inferno, prolongando-se numa longa agonia, a partir da retoma de General Severiano em 1992 e do regresso definitivo em Maio de 1994, o Botafogo subiu do inferno ao céu conquistando em 1993 o seu 1º título internacional oficial em futebol principal (Copa Conmebol), o campeonato brasileiro em 1995, a Taça Cidade Maravilhosa em 1996, o campeonato carioca em 1997, o Torneio Rio-São Paulo em 1998 e o vice-campeonato da Copa do Brasil em 1999.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

I Mostra de Camisas no Salão de Tremembé

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Os leitores recordam-se do fabuloso ‘Salão de Tremembé’ inteiramente dedicado ao nosso Botafogo de Futebol e Regatas, certo?... Pois bem, o Marcos Venícius decidiu presentear-nos com umas fotos de diversas camisas botafoguenses precisamente no ‘sagrado’ salão alvinegro.

Para o efeito, o nosso querido amigo resolveu ‘contratar’ uns manequins humanos que envergassem o ‘manto glorioso’ e que fossem capazes de interpretar a essência botafoguense.

Então, como o Marcos Venícius não permitiria que fossem quaisquer pessoas a envergar o ‘manto glorioso’ do Botafogo e, menos ainda, naquele fabuloso espaço completamente alvinegro, decidiu que a essência d’O Glorioso fosse interpretada apenas por… botafoguenses!

E quem melhor do que a família botafoguense de Marcos e amigos botafoguenses dos seus filhos para o fazer?...

Revejam o salão, confiram as camisas e observem nestes rostos a enorme alegria de ser-se botafoguense. Obrigado, Elizabeth e Marcos! Obrigado, Júnior, Marcelo e Bárbara! Obrigado, Tamires e Rafael!


Bárbara e Marcelo, nora e filho de Marcos; ela com a camisa de 2003 e ele com a camisa de 2008.


Marcelo e Júnior, filhos de Marcos; o Marcelo tomando a camisa de 2003 e o Júnior com a fabulosa camisa cinzenta que eu próprio adoro.


Os noivos Tamires e Rafael, amigos da família.


As amigas Bárbara e Tamires.


A esposa Elizabeth e os filhos de Marcos e Elizabeth.


Os casalinhos Rafael / Tamires e Marcelo / Bárbara com a ‘matriarca’ escondendo a camisa campeã de 2006.


Novamente o casalinho Rafael / Tamires e a 'gloriosa' mãe ladeada pelos filhos Marcelo e Júnior.


Finalmente a soberba juventude botafoguense reunida: Tamires, Rafael, Bárbara, Marcelo e Júnior.

21 de Janeiro


No dia 21 de Janeiro de 1960 o Botafogo sagrou-se Campeão do Torneio Internacional de Bogotá ao vencer o Viena de Áustria por 2x0.

O nosso clube venceu sucessivamente o Millionarios, o Independiente e o Viena de Áustria, alinhando na final com Ernâni (Adalberto), Cacá, Zé Maria, Nílton Santos (Paulistinha), Chicão (Ademar); Pampolini (Ayrton), Édison; Garrincha, Paulinho Valentim (Amoroso), Quarentinha (Bruno), Zagallo (Amarildo).

O técnico foi Paulo Amaral e o artilheiro do torneio o sempre ‘goleador’ Quarentinha com 3 gols.
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No dia 21 de Janeiro de 1983 o Estádio de Marechal Hermes recebeu o nome de Estádio Mané Garrincha.

Obama e o Botafogo

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Excerto do artigo “Obama e o Botafogo”, de Arnaldo Bloch, publicado em O Globo de 8 de Novembro de 2008:

"Obama representa, pelo menos no script, vitória, vigor, superação de medos. Isso é Botafogo, ou melhor, seria, mas é ao menos no sonho, sonho que remete a um tempo em que pensar assim poderia corresponder à realidade, tempo em que eu nem tinha nascido, mas que está inscrito na História.

(…) Quando vier ao Brasil pela primeira vez, bem que Obama poderia passar em General Severiano para dar uma consultoria sobre espírito vencedor ponderado, ciente e cioso de que nem tudo é paixão e desespero: há também o amor, que é prudente e que cuida, por natureza."

Faço votos para que a investidura de Barack Obama, a realizar hoje em Washington, represente um passo de progresso, paz e entendimento entre os povos. E que o Botafogo siga a rota da “vitória, vigor, superação de medos”.

As maiores torcidas entre as crianças

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Neste dia que assinala a partida d’A Alegria do Povo há 26 anos atrás, talvez Garrincha gostasse de saber que a torcida botafoguense, não obstante ter passado pela perda da sua sede durante 16 anos, por um jejum de 21 anos de títulos oficiais e por uma descida à 2ª divisão, continua a mostrar uma vitalidade ímpar e tem nas crianças entre os 4 e os 12 anos muitos adeptos.

Em Março de 2008 a Datafolha realizou uma sondagem a crianças brasileiras sobre quais eram as suas preferências clubistas. Foram inquiridas 852 crianças entre 4 e 12 anos em 80 cidades brasileiras.

O resultado foi publicado na Folha de S. Paulo de 20 de junho de 2008. Os clubes eleitos foram os seguintes:

1º Flamengo: 23% de torcedores
2º. São Paulo: 11% de torcedores
3º. Corinthians: 10% de torcedores
4º. Grêmio, Palmeiras e Vasco: 5% de torcedores
7º. Cruzeiro: 3% de torcedores
8ºs Botafogo e Santos: 2% de torcedores

Cerca de 4% escolheram a equipa nacional do Brasil. Atlético Mineiro, Fluminense e Internacional não surgem entre os dez primeiros se considerarmos também a escolha pela equipa nacional.

Por regiões, o Flamengo e o São Paulo ficam à frente no nordeste, no sudeste, no norte e centro-oeste. O Grémio e o Internacional ficam à frente no sul. O Corinthians aparece bem votado no sul e no sudeste e o Vasco da Gama e o Paysandu no norte e centro-oeste.

No artigo As maiores torcidas do mundo e do Brasil foram apresentadas as maiores torcidas do Brasil e do mundo, numa sondagem realizada em Novembro de 2007 (entrevistas a 11.786 pessoas em 390 Municípios de 25 Estados). Os resultados foram os seguintes no que respeita ao Brasil:

1º Flamengo, 17%
2º Corinthians, 12%
3º São Paulo, 8%
4º Palmeiras e Vasco da Gama, 6%
6º Grêmio, 4%
7º Cruzeiro e Internacional, 3%
9º Atlético Mineiro, Botafogo e Santos, 2%

Na mesma época, CNT/Sensus entrevistou 2 mil pessoas, em 136 municípios, nas cinco regiões do país, e os resultados foram os seguintes:

1º Flamengo, 14.4%
2º Corinthians, 10.5%
3º São Paulo, 8.0%
4º Palmeiras, 7.2%
4º Vasco da Gama, 5.0%
6º Grêmio, 3.9%
7º Santos, 3.7%
8º Cruzeiro, 3.3%
9º Internacional, 2.1%
10º Botafogo, 1.8%
11º Atlético Mineiro, 1.5%
12º Fluminense, 1.5%

Nesta sondagem o Santos sobe duas posições em relação à outra sondagem, mas, no essencial, as sondagens são semelhantes e credibilizam os resultados.

Comparando estes resultados com as tendências das crianças, pode-se admitir que o São Paulo é um clube previsivelmente a crescer mais no futuro do que o Corinthians e que o Botafogo evidencia um melhor posicionamento entre as preferência das crianças (8º) do que nas duas outras sondagens (9º e 10º). Os restantes clubes mantêm as suas posições relativas, embora o Internacional e o Atlético Mineiro não estejam nas maiores preferências da criançada. O Fluminense confirma-se, de entre os 12 maiores clubes brasileiros, o último da lista de preferências de adultos e crianças.

Estas oscilações relacionam-se, provavelmente, com as últimas conquistas do São Paulo e com a emergência recente de uma nova equipa botafoguense que deu muito que falar. Se aproveitarmos o embalo e esta equipa conseguir organizar-se como conjunto coeso e competir positivamente, poderemos manter a tendência de subida entre os mais novos torcedores e consolidar a turma de ‘pequenos Gloriosos’.

Garrincha iria gostar de saber disto. Leiam o que ele disse a Juca Kfouri:

“Se eu fosse um daqueles fotógrafos no campo, pediria para que o time do Botafogo posasse de costas, porque mais importante do que os atletas que se sentem honrados ao vestir aquela camisa listrada está o número que levam às costas. Todo jogador que enfrenta a camisa 8 do Botafogo sabe que ali está um Didi; a 3, ali está um Nílton Santos; a 9, o Possesso Amarildo; a 11, um Zagallo; a 7... Não preciso dizer. Todos os grandes clubes tiveram craques que brilharam e levaram seus clubes a grandes títulos. Mas passaram e virão sempre outros. Nós não passamos, nós eternizamos o Botafogo. Por isso, quem entra em campo não é um time, é uma glória.”


Fontes
Blogue Mundo Botafogo
http://blogdoelton.wordpress.com/
http://pt.wikipedia.org/
http://www.lancenet.com.br/
http://www.osdezmais.com/

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

20 de Janeiro


No dia 20 de Janeiro de 1974, no Iate Clube, em Salvador, o Botafogo sagrou-se tetracampeão do Troféu Brasil de Natação, conquistando definitivamente o troféu ao obter um total de 299,25 pontos contra 221,55 do Náutico Mojiano.

Nesta competição o Botafogo obteve as seguintes medalhas de ouro:

· Rui Tadeu Aquino Oliveira em 100m livre – recorde sul-americano em 53”63
· Rosemary Peres Ribeiro em 100m costas em 1’11”68
· Rosemary Peres Ribeiro em 200m medley em 2’33”96
· José Sílvio Fiollo em 100m peito clássico em 1’75”
· Carlos António Azevedo, José Sílvio Fiollo, Eduardo Alijó Neto e Rui Tadeu Aquino Oliveira em 4x100m revezamento quatro estilos em 4’06”38

No dia 20 de Janeiro de 1983 faleceu o nosso maior ídolo futebolístico de todos os tempos, Mané Garrincha, aos 50 anos de idade. A história do fim de vida de Garrincha é por demais conhecida e quando me perguntam em que condições é que ele morreu, eu respondo: – “Não quer saber antes como é que ele viveu?”

Garrincha viveu livre como um passarinho, inclusive nos disparates que fez, e tornou-se a ‘Alegria do Povo’, Nem Pelé, nem Puskas, nem Di Stéphano, nem Eusébio, nem Kócsis foram capazes de transfigurar um povo inteiro que ia ao estádio, indiferentemente do seu próprio clube, para ver Garrincha jogar.


“Aqui descansa em paz aquele que foi A Alegria do Povo”


Vinícius de Moraes, um dos maiores botafoguenses de todos os tempos, interpretou muito bem Garrincha numa poesia eterna – O Anjo das Pernas Tortas:

A um passe de Didi, Garrincha avança
Colado o couro aos pés, o olhar atento
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento.

Vem-lhe o pressenclubento; ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento,
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz, entre seus pés – um pé de vento!

Num só transporte, a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.

Garrincha, o anjo, escuta e atende: Gooooool!
É pura imagem: um G que chuta um O
Dentro da meta, um L. É pura dança!

O que é que ele mais gostava de fazer, mais ainda do que fazer um gol?... Deixar os ‘joões’ para trás!... Como Altair na foto que se segue… Ali, restava apenas driblar o goleiro – e isso valia mais do que um gol!...


A urna do ‘Chaplin do futebol’ foi coberta por uma bandeira do Botafogo e no cemitério de Pau Grande, onde jaz o corpo de Garrincha, existe um memorial que expressa bem como ele viveu também a sua vida privada: – “Ele era uma criança doce / Falava com os passarinhos”.

Fontes:
Acervo e pesquisa de Claudio Marinho Falcão (tópico ‘natação’)
Acervo e pesquisa de Rui Moura (tópico ‘futebol)

Brasil, campeão mundial de basquetebol em 1959


Mensagem de saudação pelos 50 anos da conquista do primeiro campeonato mundial de basquetebol pelo Brasil, em 1959!
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Equipas de futebol de todas as épocas


Em diversas ocasiões se fala nos clubes do século e nas equipas do século, fazendo-se diversas votações acerca dessas matérias – mas parece-me nunca se falar das equipas do meio século, isto é, dos cinquenta primeiros anos do futebol do século XX, os quais cobriram a época designada por ‘amadorismo’ e o início do ‘profissionalismo’.

Neste blogue já se evidenciou que o Botafogo foi considerado o 12º clube de futebol do mundo pela FIFA em 2000 e o 8º clube de futebol do mundo pela revista World Soccer em 1964. Também se procedeu à votação da melhor equipa de sempre, a qual apresentou a seguinte formação (A melhor equipa de futebol de todos os tempos):

MANGA; MARINHO CHAGAS, CARLOS ALBERTO TORRES, SEBASTIÃO LEÔNIDAS, NÍLTON SANTOS; DIDI, GÉRSON; GARRINCHA, JAIRZINHO, HELENO DE FREITAS, PAULO CÉSAR CAJÚ.

É claro que é muito difícil para o Botafogo fazer a sua equipa do século, porque além da equipa mencionada acima ainda ficaram de fora nomes como Nilo, Carvalho Leite, Paulinho Valentim, Basso, Patesko, Amarildo, Roberto Miranda, Zagallo, entre outros craques de 1ª linha.

A questão, que muitas vezes coloquei a mim próprio, e com certeza muitos botafoguenses colocaram, é esta: Mas antes dos anos sessenta, qual seria a equipa do século, ou do meio século?... Questão difícil de responder, porque a maioria de nós não pertenceu à juventude dos anos cinquenta e anteriores. Então, como saber quem teriam sido os nossos maiores craques antes dos anos sessenta e da mencionada equipa?...

Diz-se proverbialmente que ‘quem porfia sempre alcança’. Neste caso pode-se dizer que ‘quem investiga sempre alcança’. Claudio Falcão descobriu uma ‘preciosidade’: a votação do “Botafogo de todas as épocas”, precisamente em 1959.

Nesse ano o Botafogo juntou 34 botafoguenses da ‘velha guarda’ e procedeu à votação. O esquema adoptado foi o 2-3-5 e a expressão ‘ou’ significa que houve dois jogadores empatados na mesma posição. Eis a equipa 1904-1959:

VICTOR, MONTI ou BASSO, PALAMONE ou NARIZ; ZEZÉ PROCÓPIO, MARTIM SILVEIRA, NÍLTON SANTOS; GARRINCHA, DIDI, HELENO, NILO MURTINHO, PATESKO.

Os mais votados foram Nilton Santos (17 votos na posição em que foi eleito e 16 votos na posição em que estão Palamone ou Nariz) e Garrincha (32 votos). Entre uma e outra equipa mantiveram-se apenas Nílton Santos, Garrincha, Didi e Heleno.

Deve-se destacar, ainda, que somente Heleno de Freitas resistiu como ausente nas épocas em apreciação. Os anos sessenta trouxeram Manga, Gerson, Jairzinho, Paulo César Caju e, um pouco mais tarde, Marinho Chagas, Carlos Alberto Torres e Sebastião Leônidas.

Se quisermos ‘especular’ sobre a equipa dos primeiros cinquenta anos do século XX teríamos que substituir Garrincha e Didi, que somente apareceram após a viragem do meio século. Então, do que sei do futebol botafoguense anotado na ‘bíblia’ de Alceu Castro, e respeitando a votação de 1959, a equipa do meio século (1904-1950), sem Garrincha e Didi e com Paraguaio e Carvalho Leite, poderia ser a seguinte:

VICTOR, MONTI ou BASSO, PALAMONE ou NARIZ; ZEZÉ PROCÓPIO, MARTIM SILVEIRA, NÍLTON SANTOS; PARAGUAIO, CARVALHO LEITE, HELENO DE FREITAS, NILO MURTINHO, PATESKO.

Fonte:
Acervos de Claudio Marinho Falcão e Rui Moura

19 de Janeiro

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No dia 19 de Janeiro de 1992 o Botafogo aplicou a sua última goleada a dois dígitos ao vencer, em São Lourenço (MG), a Seleção de São Lourenço por 10x1.

No dia 19 de Janeiro de 1966 o Botafogo conquistou a Taça Círculo de Jornalistas Esportivos, em Caracas, ao vencer o Santos por 2x1 em mais um ‘clássico dos clássicos’ dos anos sessenta.

Os gols do Botafogo foram assinalados por Gérson e Jairzinho e a equipa alinhou com Manga, Joel, Adevaldo, Dimas e Rildo; Élton e Gérson; Jairzinho, Roberto, Bianchini (Sicupira) e Afonsinho. Técnico: Admildo Chirol.
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Nota: Brasões de armas de São Lourenço e da Venezuela.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Profissão de futebolista e vida privada


Em 2007 Zé Roberto excedia-se no álcool e nos atrasos aos treinos e em 2008, Diguinho excedia-se nas noites e André Luiz na indisciplina em campo. São apenas alguns exemplos, entre outros. Foi algum desses jogadores punido pelo clube devido a tais comportamentos?...

E, no entanto, trata-se de profissionais que são remunerados para que joguem bom futebol, o qual só pode acontecer se fizerem uma vida serena, sem noitadas, sem álcool, sem cigarros, sem indisciplinas… Os melhores jogadores do mundo fazem uma vida privada e profissional muito disciplinada, e por isso conseguem fazer render os seus atributos em campo e ao melhor nível.

Creio que se um clube não se fizer respeitar pelo seu elenco não tem um bom futuro desportivo, porque é prejudicado pelos excessos dos seus jogadores, quer dentro quer fora de campo. E acontece às vezes que a maioria acaba por sair no final do ano para outros clubes…

Quem me lê sabe que sou a favor da imposição de uma grande disciplina aos jogadores do Botafogo, sem o que não haverá torcedores comemorando títulos. O tempo do ‘futebol romântico’ em que os craques jogavam alcoolizados ou chegavam ao campo vindos do leito da ‘menina’ de um bordel – não faltam desses exemplos no nosso próprio Botafogo do passado – está completamente ultrapassado.

O futebol ‘caseiro’ de muitos jogadores, que continuam a pensar que podem chegar ao estrelato do mesmo modo como ocorria nos anos sessenta ou setenta do século XX, está condenado ao fracasso. Um exemplo recente: Zé Roberto – que é tecnicamente um bom jogador – saiu do Botafogo pelas razões que conhecemos e na Europa limitou-se a ficar no banco do Schalke 04 – e de regresso ao Brasil é elogiado pelo mesmo treinador que sugeriu a sua suspensão no Botafogo e, mais tarde, reivindicou o seu regresso. Sem mais comentários…

Li ontem que o jogador argentino Leandro Grimi, adquirido pelo Sporting Clube de Portugal ao Milan, foi afastado da titularidade da equipa para o jogo de hoje por algo que se passou fora do campo e na sua vida privada – mas que não é algo à margem da ética e do profissionalismo necessários a um jogador de futebol. Lê-se, no jornal Record, a propósito de Grimi ter sido detido pela polícia a conduzir com 1,24 gramas de álcool no sangue, o seguinte:

“O lateral-esquerdo argentino Grimi recebeu este sábado a primeira punição por ter sido apanhado a conduzir com excesso de álcool no sangue na madrugada de quinta-feira: não foi convocado pelo técnico Paulo Bento para o jogo da Taça da Liga com o P. Ferreira, no domingo, no Estádio José Alvalade.”

A palavra ao treinador:

"Grimi teve um momento que não foi bom e foi decidido que não faria parte da convocatória para este jogo" – confirmou Paulo Bento, indicando que os demais aspectos relacionados com o caso, sobretudo eventuais sanções disciplinares, serão avaliados pelos administradores do clube.

Foi o mesmo Paulo Bento que disciplinou o vestiário do Sporting, que encetou o desmascaramento da arbitragem favorecedora de alguns clubes, que fala de olhos nos olhos com os seus jogadores e com os jornalistas, que considerou que o último gol do Sporting não devia ter sido validado devido a impedimento do marcador.

Talvez sejam algumas destas razões que guindaram o Sporting à liderança do campeonato português a meio da prova, apesar de não ser um dos favoritos à partida e de o seu rival mais próximo – o Benfica – ter ganho o último jogo com um gol ilegal, além de ter sido favorecido por uma grande penalidade inexistente e de não ter sido alvo de punição com duas grandes penalidades feitas sobre jogadores do Braga, seu adversário.

Deposito algumas esperanças neste ‘novo’ Botafogo – Administração, Comissão Técnica e elenco de futebol –, mas a (re)dignificação do Botafogo deve começar por uma grande disciplina em todos os domínios da sua vida.

Não é possível continuar a permissão dos desmandos a que assistimos em 2007 e 2008, cuja responsabilidade maior coube justamente à Administração e à Comissão Técnica, por excesso de tolerância que levou a manifestações públicas ridículas como a do chororô.

Se é certo que Maurício Assumpção será o grande timoneiro do clube, é certo também que Ney Franco será o grande timoneiro da equipa de futebol. Sobretudo de ambos depende o bem do clube no curto prazo e a esperança dos torcedores num clube a caminho da profissionalização e de um lugar de relevo no panorama nacional.

Porém, sem disciplina jamais se conseguem bons resultados nos dias que correm. Desejo a M. Assumpção e a N. Franco que permaneçam de olhos bem abertos para dignificarem a nossa grande Estrela Solitária – mesmo quando dormem.

Nota: A foto, de autoria de Michael Spencer Jones, é inspirada numa música do Oasis, Cigarettes and Alcohol, e mostra os membros da banda descontraídos em um quarto.

Retrospecto recente Botafogo x Palmeiras

Créditos: Elson Souto. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo NO PERÍODO DE VIDA DO MUNDO BOTAFOGO (2007-2025) No período de vida do M...