por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1963]
Garrincha mostrou o joelho direito
completamente desinchado, mas Lídio Toledo não se impressionou: após o jogo
seguinte o derrame voltaria. Mané então sufgeriu que participasse apenas dos
jogos, ficando liberado dos treinos. Estellita recusou. Na terça-feira,
Garrincha pediu um adiamento da cirurgia (duas semanas), pois voltaria à
rezadeira. Estellita não se opôs Disse que ele seria operado por Nova Monteiro
na outra segunda-feira, mas, antes, teria de assinar uma declaração, prometendo
seguir à risca o tratamento.
[…]
Estellita estava otimista: “É natural
que ele esteja com medo, mas vamos, aos poucos, convencendo-o de que nada tem a
perder.” […]
[Porém,]
aconselhado por alguém muito íntimo, ele
faltou ao compromisso com Nova Monteiro para se benzer em Duque de Caxias. Na
volta, disse a Danilo que estava bem e queria jogar. Na terça-feira, Mané se
consultou com uma terceira rezadeira, em Brás de Pina. Voltou animado, forçando
novamente a escalação. […] Garrincha
só recebia parte sua parte nos prémios quando ficava concentrado, o que não
vinha ocorrendo por algum motivo doméstico.
Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição
do Autor: Rio de Janeiro, p. 185-186.
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