segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Botafogo 0x0 Vitória: futebol de sabor amargo

Fúria perante tantas oportunidades perdidas para ganhar?... Crédito: Vitor Silva / Botafogo FR.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Na última partida contra o Vasco da Gama escrevi que “incrivelmente, entre tropeços vários, estamos novamente à beira do G5, que dá direito a entrada direta na fase de grupos da Copa Libertadores, após uma partida muito bem jogada radicalmente inversa das atuações recentes, o que é francamente surpreendente. É para continuar?...

Não! Ou talvez sim, metade do tempo. E outra metade não. Umas vezes com muita eficácia, outras vezes não. Afinal, é o Botafogo que temos, tal como a maioria dos adversários: a alternância entre desempenhos prometedores e desempenhos frustrantes.

O Botafogo começou bem a partida com a msma formação do último jogo e poderia ter aberto o placar logo aos 6’ em cabeçada de Alexandre Barboza, dentro da área e quase em cima da linha de gol, cabeceando incrivelmente fora do alvo.

Aos 13’ falhámos um contra-ataque prometedor devido a passe errado de Joaquín Corrêa e as 18’ Thiago Couto evitou o gol do Botafogo cm uma grande defesa.

Um minuto depois o Vitória contra-atacou e percebeu-se desde logo, quando Matheusinho lançou Renzo López, que o atacante ia entrar pelo buraco entre dois defensores do Botafogo, mas perdeu o gol cara a carra com Léo Linck rematando por cima.

Entretanto, por entre falhas defensivas de parte a parte e simultaneamente desperdícios dos ataques em jogadas perigosas de um e de outra equipe, o Vitória equilibrou a partida.

O equilíbrio foi gerado por meio de muitas falhas. No final do 1º tempo, aos 44’, Léo Linck defendeu duas vezes seguidas em remates à queima-roupa, embora houvesse impedimento, e aos 48’ Alexandre Barboza cabeceou à trave!

Em suma, um 1º tempo muito movimentado, com as melhores chances na cabeça de Alexander Barboza, que realça ainda mais o que temos dito – o Botafogo não tem ataque, buscando gols através de meias e de defensores.

Quanto ao 2º tempo, nada de realmente bom aconteceu. O Botafogo evidenciou cansaço físico, algo que parecia ultrapassado no último jogo. Tanto em remates como em escanteios, as equipes equivaleram-se, e a pouca eficiência dos contra-ataques gerou muito poucas oportunidades de gol – na verdade duas para o Botafogo com Barboza e uma para o Vitória.

A maior posse de bola do Botafogo não significou maior volume de jogo e o zero a zero parece-me que penaliza as duas equipes, que como consolação podem apenas dizer que conquistaram um ponto – para se aproximar do G5 no caso do Botafogo e para se afastar do Z4 no caso do Vitória.

Que dia 18 próximo consigamos segurar 3 pontos e consolidar a nossa posição, pelo menos no G7!

FICHA TÉCNICA

Vitória 0 x 0 Botafogo

» Gols: –

» Competição:

» Data: 09.11.2025

» Local: Estádio Barradão, em Salvador (BA)

» Público: 28.175 pagantes; 28.264 espectadores

» Renda: R$ 664.003,00

» Árbitro: Anderson Daronco (RS); Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi (RS) e Mauricio Coelho Silva Penna (RS); VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)

» Disciplina: cartão amarelo – Joaquín Correa (Botafogo) e Ramon (Vitória)

» Botafogo: Léo Linck; Vitinho, David Ricardo, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Marlon Freitas, Danilo (Mastriani) e Savarino (Jeffinho); Santi Rodríguez (Newton), Arthur Cabral (Chris Ramos) e Joaquín Correa. Técnico: Davide Ancelotti.

» Vitória: Thiago Couto; Lucas Halter, Neris e Zé Marcos; Erick (Kike Saverio), Willlian Oliveira, Ronald (Ricardo Ryller) e Ramon; Matheuzinho (Osvaldo), Renzo López (Renato Kayzer) e Aitor Cantalapiedra (Lucas Braga). Técnico: Jair Ventura.

2 comentários:

Sergio disse...

O Botafogo fez um primeiro tempo razoável, mas sem muita inspiração, mas o segundo tempo foi sem um mínimo de inspiração, o time me pareceu cansado, principalmente os jogadores que vieram da Europa na janela do meio do ano, como o Tuco, Danilo e Artur Cabral, muito embora este último em nenhum momento tenha apresentado um bom futebol ao contrário dos outros dois.
Mas parece que o Botafogo adora ser o " Robin Hood": ano passado com um time muito superior ao atual e que ganhou dois títulos importantes, o Botafogo conseguiu empatar com o Vitória em casa e por pouco não perde o jogo. O que será que acontece com o Botafogo quando enfrenta esses times fracos? E isso não é de hoje. Lendo uma crônica do Nelson Rodrigues escrita em 1958, com o sugestivo título de "A Cruz do Botafogo" sobre a derrota para o São Cristóvão por 2X1 pois o autor do dois gols do São Cristóvão se chamava Hélio Cruz, nessa derrota o time do Botafogo contava com: Nilton Santos, Didi, Quarentinha, Garrincha e etc. Nelson Rodrigues chama a atenção que a diretora do Botafogo preferiu excursionar com o Botafogo do que ganhar o bi campeonato. Um empate contra o São Cristóvão daria ao Botafogo um ponto de vantagem e evitaria ficar empatado com Vasco e Flamengo no final do campeonato. Enfim, coisas do nosso Botafogo.
Eu acredito que o Botafogo deva ir para a Libertadores ano que vem, espero não estar enganado. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Foi isso mesmo, Sergio: 1º tempo razoável sem inspiração; 2º tempo sem força anímica e consequentemente sem inspiração. A pele de Robin Hood já vem de longa data. Talvez se tenha grudado ao nosso DNA.

Contando com a Libertadores até ao G7, só uma catástrofe da equipe poderá afastar-nos da máxima competição continental.

Abraços Gloriosos.

Botafogo 0x0 Vitória: futebol de sabor amargo

Fúria perante tantas oportunidades perdidas para ganhar?... Crédito: Vitor Silva / Botafogo FR. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo ...