domingo, 13 de junho de 2010

Cláudio Aragão, escritor botafoguense


O cearense Cláudio Aragão é apaixonado pelo nosso clube e já publicou sobre o Glorioso. Ele era ainda pequeno quando começou a brincar com as palavras. Como qualquer intelectual nordestino, é fascinado pelo mundo da Literatura de Cordel. Cláudio é formado em Letras e faz poesias, prosa e poemas, mas é no cordel que ele navega com mais prazer. Para pagar as contas, o escritor trabalha com gastronomia. É gerente de um restaurante árabe, no Rio de Janeiro.

– "Descobri que esse [a literatura] era meu caminho em 1978, quando cursava o segundo grau. Escrevo essencialmente poesias. Em 1998, lancei um livro em prosa que foi adaptado para teatro. Em 1990 resolvi unir duas coisas extremamente populares, futebol e cordel”.

Cláudio já escreveu livros de cordel contando a história do Fluminense, do Corinthians e do Vasco. E, claro, sobre a história do Botafogo. Foi o último dos quatro livros, que Cláudio justifica assim:

– “É que o Botafogo tem uma história muito rica, deu mais trabalho fazer esse livro.”

Cláudio chegou ao sul em 1963, nos famosos caminhões ‘pau de arara’. Foi morar no moro da Vila Cruzeiro. Em 1969 a família comprou uma casa na Vila São José, ao lado da casa do famoso Tenório Cavalcanti, o deputado que andava com uma metralhadora, a ‘lurdinha’, debaixo de uma capa escura.

– “Lembro dele dando discursos de mais de 5 horas à la Fidel Castro. Era uma figura, dava muitos conselhos para a garotada”.

Quando Cláudio começou a entender o que era futebol, o Botafogo e o Santos eram as melhores equipas de futebol do Brasil. Então, vivendo no Rio, virou botafoguense de caras. Em 1999, durante o lançando de um livro sobre o Vasco, no Maracanã, conheceu o escritor sueco Fredrik Ekelund, que procurava informações para um livro que estava lançando sobre o futebol brasileiro.

– “Começamos uma amizade naquele momento. Mandei um monte de informações para ele. Em 2002 ele publicou o livro na Europa. Já está na segunda edição”.

A amizade deu outros tipos de frutos. Todos os anos Fredrik leva turistas suecos para o Rio, a fim de conhecerem o futebol brasileiro. Numa dessas viagens chegou Ulf Lidberg, o filho que Garrincha fez na Suécia, durante a Copa de 1958.

Mesmo depois de 25 anos da sua morte, o craque das pernas tortas ainda continua atraindo fãs. Cláudio conta como é:

– “Todos os anos um grupo de turistas vem da Suécia para conhecer de perto a história do Garrincha. A gente vai em General Severiano, na sede do Botafogo, visita a cidade de Pau Grande onde o craque nasceu e depois tem uma pelada no campo do Sport Club Pau Grande, onde Garrinha fez suas primeiras jogadas”.
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Pesquisa: Blogue Mundo Botafogo
Origem das citações: O Perú Molhado (jornal de Búzios)

Sem comentários:

Na altitude, faltou atitude; no planejamento, sobrou a falta dele

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