“Biriba, é até
hoje, o mais querido e conhecido mascote do futebol brasileiro. Sua estreia se
deu em 15 de julho de 1948. Seu dono, Macaé, era ferrenho torcedor do Botafogo.
Neste dia levou Biriba a General Severiano, após o décimo gol do time de
espirantes do Glorioso na vitória de 10x2 sobre o Madureira, Biriba, eufórico
com a goleada, invadiu o gramado e foi comemorar junto aos jogadores.
O presidente do
Botafogo, o grande e supersticioso, Carlito Rocha, viu a cena e Biriba foi
adotado como mascote do clube.
Entrava em campo
com o time e "depois era recolhido ao banco dos reservas e apenas solto
quando o jogo engrossava e os jogadores adversários precisavam ser importunados
de forma não ortodoxa" (Botafogo, entre céu e o inferno, Sérgio Augusto,
pág 149).
A final do
Campeonato Carioca de 1948 seria disputada por Botafogo e Vasco, a melhor
equipe do Brasil à época, chamado de Expresso da Vitória, o Botafogo vinha de
vários vices-campeonatos seguidos, se não me engano, cinco, e como o jogo seria
realizado em General Severiano, nosso estádio, uma verdadeira operação de
guerra foi preparada pela diretoria Alvinegra para vencer o poderoso esquadrão
vascaíno. Reclamam, até hoje, os bacalhaus, que o vestiário destinado a eles
estava coberto de pó-de-mico e a água servida aos jogadores teria sido batizada
com um estranho pó que provocou diarreia em vários atletas deles. Choro de
vice, vencemos por 3x1. Foi o primeiro título do Botafogo após a unificação do
Botafogo Futebol Clube com o Botafogo de Futebol e Regatas, formando o atual
Botafogo de Futebol e Regatas.
Mas, não dizem os
vascaínos, que dias antes do jogo ameaçaram mandar envenenar Biriba! A notícia
chegou aos ouvidos de Carlito Rocha, que imediatamente alojou Biriba e seu
dono, Macaé, na sede de General Severiano, e deu uma ordem expressa ao pobre
Macaé: "Macaé, você experimenta a comida do Biriba e só o deixe comer
quando tiver certeza que ela não está envenenada!"
Deu tudo certo,
Biriba entrou com o time em campo, o Botafogo foi campeão e Biriba virou mais
um dos grandes heróis de nossa vasta e gloriosa História!
Aos mais jovens:
vem deste fato o apelido de cachorrada dado à torcida do Botafogo.”
2 comentários:
Boa tarde.
'Engraçado', alguns vascaínos querem desmerecer a conquista do Alvinegro de General (Carioca de1948). Eles esqueceram que no 1° turno, em São Januário, o Botafogo enfiou dois e 'sem pó de mico'.
BOTAFOGO 2 x 1 VASCO
Data: 26 / 09 / 1948
Local: São Januário, Rio de Janeiro
Árbitro: Mário Gonçalves Vianna
Competição: Campeonato Carioca
Gols: Chico, no 1° tempo; Octávio (2), no 2°tempo
Botafogo: Oswaldo Baliza, Gérson e Nílton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirillo, Octávio e Braguinha. Técnico: Zezé Moreira
Vasco: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Alfredo; Djalma, Maneca, Friaça, Tuta e Chico. Técnico: Flávio Costa. Técnico: Flávio Costa
Fontes: Jornal dos Sports e O Futebol no Botafogo, de Alceu Mendes de Oliveira Castro
SBI.
Não houve pó de mico, Pedro. Foi desculpa do Vascão dessa época em que o Almirante era soberano e precisava de justificar as duas derrotas que sofreu contra nós.
Abraços Gloriosos!
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