sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Botafogo, Chão De Estrelas

Walter Alfaiate (1930-1910)
Botafoguense de sempre

Quando
O paraíso das cabrochas
Do seu Oswaldo Tintureiro
Desfilou e abriu o mar
O mar
Que também é quizumbeiro
Morreu assassinado o Matinada
Nas confusões que vestem Fevereiro


Botafogo saiu pelo sem rival
Brincou com os gaviões
E do funil eu era fã
Juntos, mar e fantasia
Ganhando prémios do Correio da Manhã

Mauro Duarte
Engenho e arte
Como disse o cantor dos navegantes
Vindo à vela da rua Marquês de Abrantes
Com Pica-Fumo, Ivo e Zorba Devagar
Miúdo, Eli Campos e Jair Cubano
Alcides, no cantinho da fofoca nacional
Figuras nobres do imaginário
Do país do carnaval

Depois, com Niltinho Tristeza
O samba se uniu para brilhar
Ganhou paradas e foi aquela beleza
Tanto fazia ser de Botafogo ou do Humaitá

Pra quem chegar
Pra quem chegar agora
E ouvir a minha história
Meu samba tem
A hora de anunciar
Sou a estrela solitária
Botando fogo
No crepom azul do mar

Nota: realce a negrito da autoria do editor do Mundo Botafogo.

Sem comentários:

O otorrino não me deu ouvidos

[Aos leitores interessados informa-se que as crônicas de Lúcia Senna no Mundo Botafogo foram publicadas em livro intitulado 'No embalo...