terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Angelica de la Riva: remadora botafoguense e cantora lírica

Angelica de la Riva em 1997, de pé

Sou brasileira, filha de um cubano com uma mineira. Trabalho muito na Europa e nos Estados Unidos, onde fiz meu mestrado em ópera. Antes do Conservatório, fiz Direito. Naquela época eu já era atleta profissional e remei pelo Botafogo por quase cinco anos. A disciplina e o trabalho em equipe me deram uma bagagem muito importante.”


Angelica de la Riva foi remadora do Botafogo de Futebol e Regatas numa época em que o remo do Glorioso conquistou diversos campeonatos estaduais femininos, e tem-se firmado artisticamente como cantora lírica em diversas partes do mundo, sendo a primeira soprano latino-americana a cantar na casa da Filarmônica de Nova Iorque. Foi também a primeira soprano brasileira que atuou no Avery Fisher Hall.

As pessoas um pouco maiores têm o apoio do diafragma com mais facilidade. O fato de ter remado me ajuda muito, não tenho problema com frases longas.”


Angelica tem trabalhado na China, na Europa e nos Estados Unidos da América. Na China cantou sob a batuta do maestro Bartholomeu Henri Van de Velde e desde 1910 fez seis apresentações no Carneggie Hall (EUA). Desempenhou o principal papel da ópera Horas Vacias, no Lincoln Center, e gravou um CD que apresenta em turnê na América, Áustria, França e Suiça.

A voz é como a impressão digital, não existem duas iguais.”


A cantora também se apresentou como solista no Strathmore em Washington; no Jay Pritzker Pavillion no Millenium Park, em Chicago; no Teatro Adolpho Mejia em Cartagena, na Colômbia, nos Festivais da Ópera de Chiari, em Milão; no Festival de Wetsminster Choir College, em Princeton; no Moment Musicauz, na Normadia, em França; no Festival de Granada, em Espanha.

As experiências da vida dão a cor da voz, e a música transmite o sentimento que a gente não pode expressar. Procuro falar pouco quando tenho concertos mais longos. Posso cantar até seis horas em espaços para 3 mil pessoas.


O ponto de virada da sua carreira de sucesso foi começar a cantar obras do compositor italiano Giuseppi Verdi.

Há cinco anos, por sugestão minha, o Carneggie Hall recebe um projeto com obras de compositores de todas as épocas e nações que se inspiram na Amazônia. Assim,
descobri que Giuseppe Verdi tem duas obras que se passam na floresta.

Um futuro brilhante!

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

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