por OLAVO BILAC
Poeta botafoguense nascido para o Club de Regatas
Botafogo
Nessa pupila rútila e
molhada,
Refúgio arcano e
sacro da Ternura,
A ampla noite do gozo
e da loucura
Se desenrola, quente
e embalsamada.
E quando a ansiosa
vista desvairada
Embebo às vezes nessa
noite escura,
Dela rompe uma voz,
que, entrecortada
De soluços e
cânticos, murmura...
É a voz do Amor, que,
em teu olhar falando,
Num concerto de
súplicas e gritos
Conta a história de
todos os amores;
E vêm por ela, rindo
e blasfemando,
Almas serenas,
corações aflitos,
Tempestades de
lágrimas e flores...
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