quarta-feira, 20 de março de 2019

Sicupira: um grande atleta entre campeões do mundo

De pé: Joel, Élton, Manga, Nílton Santos, Paulistinha e Rildo; Agachados: Garrincha, Gérson, Sicupira, Jairzinho e Zagallo

Barcímio Sicupira Júnior nasceu a 10 de maio de 1944, na Lapa, estado do Paraná, e foi um destacado meia-atacante do futebol brasileiro, atualmente comentarista esportivo.

Sicupira é considerado o maior futebolista de sempre do Atlético Paranaense e um dos cinco maiores futebolistas do Paraná, tendo agora sido homenageado pela Federação Paranaense que criou a Taça Barcímio Sicupira para o vencedor do 1º turno do campeonato paranaense, sendo o 2º turno premiado com a Taça Dirceu Krüeger, ex-meio campista do Coritiba.

Sicupira começou jogando futebol na escolinha do Coritiba Football Club, mas estreou-se como profissional no extinto Clube Atlético Ferroviário, em 1962, e permaneceu no ‘Boca Negra’ até 1964, quando foi transferido para o Botafogo de Futebol e Regatas.

No Botafogo FR ficou apenas até 1967, tendo ainda jogado com Nilton Santos, Didi, Zagallo e Garrincha, em um tempo em que os craques do Glorioso formavam simultaneamente duas poderosas equipes de futebol.

Eis as palavras recentes (2017) de Sicupira sobre a sua passagem pelo Botafogo:

Eu joguei em um dos maiores times do mundo, o Botafogo de 64. Eram sete jogadores da Seleção brasileira. E jogadores titulares da Seleção brasileira. O melhor jogador com que eu joguei, para mim, foi o Garrincha, porque ele, depois do Pelé, é o segundo melhor jogador do mundo na minha opinião. Ele fazia coisas incríveis com a bola e coisas que a gente realmente nunca tinha visto. Às vezes, você deixava de jogar para ficar apreciando o que o Garrincha fazia. Então, tive a grande honra de jogar com ele, assim como com Rivelino, Gerson, Zagallo, Nilton Santos.

Em 1967 rumou ao Botafogo de Ribeirão Preto, mas em 1968 foi contratado pelo Clube Atlético Paranaense, estreando-se a 2 de setembro contra o São Paulo em Vila Capanema e assinalando um gol de bicicleta. No clube que acabou por torná-lo um ídolo jogou ao lado de Bellini, Djalma Santos, Nilson Borges e Dorval e marcou 154 gols, sendo o artilheiro dos campeonatos paranaenses de 1970 (sagrando-se campeão) e de 1972. Ganhou apenas um estadual devido ao Coritiba dominar o futebol paranaense à época.

Em 1972, não tendo o clube participado no campeonato brasileiro, Sicupira foi emprestado ao Corinthians, retornando ao Atlético no fim do ‘Brasileirão’ e encerrando a carreira em 1975, aos 31 anos de idade.

Então, formou-se em Educação Física, trabalhou como professor por uns anos e acabou sendo comentarista esportivo em rádios e televisões de Curitiba, comandando a equipe esportiva da rádio Banda B, líder de audiência no Paraná, nos anos 2000. Sicupira tem três filhos, uma neta e mora no bairro Alto da Rua Quinze, em Curitiba.

Títulos pelo Botafogo:

1964: Botafogo, campeão internacional em Buenos Aires 

1964: Botafogo, campeão internacional no Suriname 

1966: Torneio Rio-São Paulo - um título para quatro 

1966: Botafogo, campeão internacional em Caracas 

1967: Botafogo, campeão internacional em Caracas 

1967: Taça Cidade de Lima 

Pesquisa de Rui Moura (editor do blogue Mundo Botafogo).

11 comentários:

leymir disse...

Fala Rui!

Meu avô diz o mesmo sobre Garrincha, uma pena a falta de memória do nosso país.

Digo com tristeza que a memória de Garrincha vai se esvaindo e é um grande absurdo. Não existe nada mais lírico no futebol que nosso Mané e o descaso com sua memória traduz o futebol de hoje em dia, um futebol quase sem tempo para o belo e sem interesse pelas subjetividades.

Quanto menos de Garrincha falarmos, quanto menos louvarmos Garrincha e seu arquétipo, mais longe estaremos do nos encanta o futebol e mais perto estaremos do resultado não importa como.

Abdicar, esquecer, negligenciar o que foi Garrincha e o que ele esculpiu no imaginário de quem ama realmente o futebol, é abdicar de boa parte da beleza e paixão do esporte mais popular do mundo.

Acho que todos deveríamos falar mais de Garrincha!

Ruy Moura disse...

Caro Leymir, com todo o respeito por si, devo dizer que foram os afetos do Flamengo, sobretudo ligados à Globo, que puxaram a imagem de Garrincha para baixo e sempre enalteceram Pelé em detrimento de Garrincha para o fazerem esquecer. Na verdade, Pelénão fez metade do que Garrincha fez na Seleção. Em 1958, na final, quando a Suécia vencia por 1x0, foi garrincha que por duas vezes desbaratou a defesa sueca e serviu os dois gols. O resto sabe-se. Em 1962 nem vale a pena falar. Como se diz em certos meios, Pelé pode ter sido o 'melhor', mas Garrincha foi o 'maior' de todos. Porém, quem a mídia carioca enalteceu foi o Pelé. Ainda hoje, se a mídia carioca, dominada pelos flamenguistas quisesse, resgataria Garrincha para o seu devido lugar. Mas não quer.

Grande Abraço.

leymir disse...

Grande Rui,

Se a maior parte de quem fez esse mal for composto por Flamenguistas, então fizeram mal ao futebol.

É pra mim um crime ao futebol, uma verdadeira mazela. Posso falar por mim, sou um torcedor do Flamengo e grande fã do Mané.

Um abraço!

Ruy Moura disse...

O Clubismo apaixonado faz bem à vida e ao coração; o clubismo fanatizado faz mal a tudo. Infelizmente, cada vez há mais torcedores fanatizados em todos os clubes. Sinal dos tempos...

Grande Abraço.

Don Macedo disse...

Mané Garrincha...somente...o resto é Zico, Falcão, Sócrates, junior..neymala, Daniel Alves..thiago chorão..etc

O 7x1 não foi um acidente

É a realidade do futebol de hoje

Unknown disse...

Bom dia. Vi ambos jogarem e sem nenhuma paixão clubística afirmo GARRINCHA FOI MAIOR QUE PELÉ
Só que após 1963 não teve orientação senão seria o atleta da Copa de 70 com certeza

Ruy Moura disse...

Mané Garrincha e Arte é pleonasmo!
Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

7x1 não foi acidente, foi consequente...
Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Pelé o 'melhor' e 'mais' completo futebolista do século XX; Garrincha o 'maior' artista de todos os tempos do gramado!
Abraços Gloriosos.

Unknown disse...

Selefogo FC Timaço.1964.Alegria de ver futebol.

Ruy Moura disse...

Timaços de 1957 a 1970!
Até os reservas eram melhores que a maioria dos titulares dos outros clubes grandes!

Abraços Gloriosos.

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