De pé: Joel, Élton, Manga, Nílton Santos, Paulistinha
e Rildo; Agachados: Garrincha, Gérson, Sicupira, Jairzinho e Zagallo
Barcímio Sicupira Júnior nasceu a 10 de maio de 1944, na Lapa,
estado do Paraná, e foi um destacado meia-atacante do futebol brasileiro,
atualmente comentarista esportivo.
Sicupira é
considerado o maior futebolista de sempre do Atlético Paranaense e um dos cinco
maiores futebolistas do Paraná, tendo agora sido homenageado pela Federação
Paranaense que criou a Taça Barcímio Sicupira para o vencedor do 1º turno do
campeonato paranaense, sendo o 2º turno premiado com a Taça Dirceu Krüeger,
ex-meio campista do Coritiba.
Sicupira começou
jogando futebol na escolinha do Coritiba Football Club, mas estreou-se como
profissional no extinto Clube Atlético Ferroviário, em 1962, e permaneceu no
‘Boca Negra’ até 1964, quando foi transferido para o Botafogo de Futebol e
Regatas.
No Botafogo FR ficou
apenas até 1967, tendo ainda jogado com Nilton Santos, Didi, Zagallo e
Garrincha, em um tempo em que os craques do Glorioso formavam simultaneamente
duas poderosas equipes de futebol.
Eis as palavras
recentes (2017) de Sicupira sobre a sua passagem pelo Botafogo:
– Eu joguei em um dos maiores times do mundo, o Botafogo de 64. Eram sete
jogadores da Seleção brasileira. E jogadores titulares da Seleção
brasileira. O melhor jogador com que eu joguei, para mim, foi o Garrincha,
porque ele, depois do Pelé, é o segundo melhor jogador do mundo na minha
opinião. Ele fazia coisas incríveis com a bola e coisas que a gente realmente
nunca tinha visto. Às vezes, você deixava de jogar para ficar apreciando o que
o Garrincha fazia. Então, tive a grande honra de jogar com ele, assim como com
Rivelino, Gerson, Zagallo, Nilton Santos.
Em 1967 rumou ao
Botafogo de Ribeirão Preto, mas em 1968 foi contratado pelo Clube Atlético
Paranaense, estreando-se a 2 de setembro contra o São Paulo em Vila Capanema e
assinalando um gol de bicicleta. No clube que acabou por torná-lo um ídolo
jogou ao lado de Bellini, Djalma Santos, Nilson Borges e Dorval e marcou 154
gols, sendo o artilheiro dos campeonatos paranaenses de 1970 (sagrando-se
campeão) e de 1972. Ganhou apenas um estadual devido ao Coritiba dominar o
futebol paranaense à época.
Em 1972, não tendo o
clube participado no campeonato brasileiro, Sicupira foi emprestado ao
Corinthians, retornando ao Atlético no fim do ‘Brasileirão’ e encerrando a carreira
em 1975, aos 31 anos de idade.
Então, formou-se em
Educação Física, trabalhou como professor por uns anos e acabou sendo
comentarista esportivo em rádios e televisões de Curitiba, comandando a equipe
esportiva da rádio Banda B, líder de audiência no Paraná, nos anos 2000.
Sicupira tem três filhos, uma neta e mora no bairro Alto da Rua Quinze, em
Curitiba.
Títulos pelo
Botafogo:
1964: Botafogo, campeão internacional em Buenos Aires
1964: Botafogo, campeão internacional no Suriname
1966: Torneio Rio-São Paulo - um título para quatro
1966: Botafogo, campeão internacional em Caracas
1967: Botafogo, campeão internacional em Caracas
1967: Taça Cidade de Lima
Pesquisa de Rui Moura
(editor do blogue Mundo Botafogo).
11 comentários:
Fala Rui!
Meu avô diz o mesmo sobre Garrincha, uma pena a falta de memória do nosso país.
Digo com tristeza que a memória de Garrincha vai se esvaindo e é um grande absurdo. Não existe nada mais lírico no futebol que nosso Mané e o descaso com sua memória traduz o futebol de hoje em dia, um futebol quase sem tempo para o belo e sem interesse pelas subjetividades.
Quanto menos de Garrincha falarmos, quanto menos louvarmos Garrincha e seu arquétipo, mais longe estaremos do nos encanta o futebol e mais perto estaremos do resultado não importa como.
Abdicar, esquecer, negligenciar o que foi Garrincha e o que ele esculpiu no imaginário de quem ama realmente o futebol, é abdicar de boa parte da beleza e paixão do esporte mais popular do mundo.
Acho que todos deveríamos falar mais de Garrincha!
Caro Leymir, com todo o respeito por si, devo dizer que foram os afetos do Flamengo, sobretudo ligados à Globo, que puxaram a imagem de Garrincha para baixo e sempre enalteceram Pelé em detrimento de Garrincha para o fazerem esquecer. Na verdade, Pelénão fez metade do que Garrincha fez na Seleção. Em 1958, na final, quando a Suécia vencia por 1x0, foi garrincha que por duas vezes desbaratou a defesa sueca e serviu os dois gols. O resto sabe-se. Em 1962 nem vale a pena falar. Como se diz em certos meios, Pelé pode ter sido o 'melhor', mas Garrincha foi o 'maior' de todos. Porém, quem a mídia carioca enalteceu foi o Pelé. Ainda hoje, se a mídia carioca, dominada pelos flamenguistas quisesse, resgataria Garrincha para o seu devido lugar. Mas não quer.
Grande Abraço.
Grande Rui,
Se a maior parte de quem fez esse mal for composto por Flamenguistas, então fizeram mal ao futebol.
É pra mim um crime ao futebol, uma verdadeira mazela. Posso falar por mim, sou um torcedor do Flamengo e grande fã do Mané.
Um abraço!
O Clubismo apaixonado faz bem à vida e ao coração; o clubismo fanatizado faz mal a tudo. Infelizmente, cada vez há mais torcedores fanatizados em todos os clubes. Sinal dos tempos...
Grande Abraço.
Mané Garrincha...somente...o resto é Zico, Falcão, Sócrates, junior..neymala, Daniel Alves..thiago chorão..etc
O 7x1 não foi um acidente
É a realidade do futebol de hoje
Bom dia. Vi ambos jogarem e sem nenhuma paixão clubística afirmo GARRINCHA FOI MAIOR QUE PELÉ
Só que após 1963 não teve orientação senão seria o atleta da Copa de 70 com certeza
Mané Garrincha e Arte é pleonasmo!
Abraços Gloriosos.
7x1 não foi acidente, foi consequente...
Abraços Gloriosos.
Pelé o 'melhor' e 'mais' completo futebolista do século XX; Garrincha o 'maior' artista de todos os tempos do gramado!
Abraços Gloriosos.
Selefogo FC Timaço.1964.Alegria de ver futebol.
Timaços de 1957 a 1970!
Até os reservas eram melhores que a maioria dos titulares dos outros clubes grandes!
Abraços Gloriosos.
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