Camisa do japonês Honda, futebolista do
Botafogo
por RUY MOURA
Editor do Mundo
Botafogo
A Tetrafobia é
uma expressão que designa aversão ou medo do número 4 e constitui uma superstição
muito comum nos países da Ásia ocidental, designadamente China, Coreia, Japão e
Taiwan.
A letra chinesa para a palavra ‘quatro’ (四, pinyin: s ì) tem um som muito semelhante à palavra
‘morte’ (死, pinyin: s ǐ). As palavras
sino-japonesas e sino-coreanas para ‘quatro’, shi (japonês) e sa (coreano),
soam idênticas à expressão ‘morte’ em cada um dos idiomas. No Japão, a palavra
pronuncia-se ‘yon’ para não se pronunciar o número quatro.
No sudoeste e no oriente asiáticos ninguém quer nada que
contenha o nº 4, evitando-se ocorrências ou lembranças do número 4 durante as
férias, ou doença familiar, especialmente na cultura chinesa. De modo
semelhante, os números 14, 24, etc. também são evitados devido à presença do
nefasto algarismo.
‘4’ é semelhante a ‘morte’
Nessas regiões, o 4 é evitado na numeração de casas,
apartamentos, escritórios ou hospitais e até em telefones. Os nºs. de mesa 4,
14, 24… também são omitidos em casamentos e outros eventos sociais, e em blocos
residenciais esses números são substituídos com o bloco 3A, 13A, 23A, etc.
A tetrafobia é tão comum em Taiwan que não há 4 ou x4's
para endereços, placas de carro e quase-tudo numericamente relacionado. Na
China as designações para aeronaves militares começam apenas no nº 5 (como no
avião de batalha ‘Shenyang j-5’). A Citroen teve que adaptar o nome
do modelo universalmente conhecido como C4 para ‘Quatre’, de modo a obter
sucesso nas vendas. E os agentes de trânsito de Pequim pararam de multar os
automóveis que tivessem o dito algarismo na placa.
O assunto é tão
importante para esses povos ao ponto de um estudo sobre a influência do stress
psicológico na taxa de mortalidade, realizado ao longo de 25 anos, descobrir
que o número de casos de ataques cardíacos entre chineses e japoneses aumentava
consideravelmente no quarto dia de cada mês.
Os elevadores asiáticos não dispõem de
andares nº 4, 14, 24…
No dia-a-dia os
asiáticos não compram quatro unidades de qualquer produto e não presenteiam
outras pessoas com quatro coisas de uma só vez. Muita gente não comemora os
aniversários de 4 e de 44 anos e a pior coisa que pode ocorrer na vida de uma
pessoa é ter nascido num dia 4 do mês 4 num qualquer ano terminado em 04, 14,
24…
O futebolista japonês Keisuke Honda faz questão de jogar
no Botafogo com a Camisa nº 4. Seja por superstição ou por anti-superstição
(que superstição também é) Honda está no local absolutamente certo, na hora
certa, com a gente certa – o supersticioso Botafogo de Futebol e Regatas.
Em suma, há coisas que só acontecem ao Botafogo!
Fontes:
3 comentários:
Muito interessante. Parece que nos EUA o como aqui,p é com o número 13, e já li que existem prédios que omitem o 13 dos andares.
O compositor austríaco Arnold Schoenberg tinha pavor do 13. Curiosamente nasceu em 23 de setembro e morreu no dia dia 23 de junho. Muito curioso. Abs e SB!
Nos EUA nada sei sobre os andares (provavelmente é verdade), mas sei que há companhias aéreas que não possuem a fila 13... (rs)
Se superstição ganhasse campeonato...
Abraços Gloriosos.
Saiu errado o dia do nascimento e nem percebi, e 13 de setembro nascimento e 13 de junho ano da morte. Abs e SB!
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