por JOSÉ VANILSON JULIÃO
Blog Jornal da Grande Natal
"A intermediação da viagem ao Maranhão do lateral canhoto Antonio Omena e do atacante banguense Joubert José de Miranda (Rio, 16/12/1938; 36 jogos, 26 vitórias, 8 empates, 2 derrotas e 3 gols em 1958/59), com passagem no Madureira, partiu do ex-jogador botafoguense José Domingos Lopes Matos, o ‘Garrinchinha’ (Rosário/MA, 12/12/1957)."
Foi um dos cinco maranhenses a vestir a camisa alvinegra, além de Elpídio Barbosa Conceição (Dill), Hugo Leonardo ‘Leo’ Silva Serejo, Elkeson de Oliveira Cardoso e Rodrigo Oliveira Lindoso.
O filho do casal Maria Pereira e José Calazans, moradores da Rua Diogo Tavares, 16, bairro da Floresta, não desenvolveu aptidão ao estudo e os pais o matricularam na escola de pesca na Marambaia (1949). Logo estaria correndo atrás da bola no amador Ipiranga.
A pesquisa não descobriu quando Garrinchinha chegou ao Rio, mas há o registro de que ingressou no Nacional, segundo o Departamento Autônomo que geria a competição entre clubes amadores. No Botafogo o apelido surgiu não apenas por ser reserva do xará famoso, mas, também, por ter um ligeiro defeito na perna.
Porém, apurou-se que Garrinchinha foi campeão do torneio início juvenil: 2x0 Bangu (14/07/1956) com um gol dele. Campeão na categoria aspirante com quatro gols em 15 participações dos 21 jogos.
Participou do Torneio João Teixeira de Carvalho: 5x0 Vasco da Gama (General Severiano – 11/06/1958), um gol. E do primeiro jogo da final: 2x0 América (25/06). A segunda partida acabou não acontecendo.
No amistoso River 2x2 (20/07), no Estádio Lindolfo Monteiro (Teresina/PI), atuou ao lado de Garrincha, substituindo Neivaldo.
Amistoso: 3x0 Santo Antonio (17/08/1958) em Vila Velha/ES. Inauguração do Estádio Rubens Gomes. Entrou no lugar de Zagallo.
No Glorioso chegou a ganhar 10 mil cruzeiros mensais. Saiu do clube em 21/05/1959.
Depois ingressou no Moto (60/61 e 72), Fortaleza (62 e 68/69), Sport (63/64), America/RJ (65/66), Ferroviário/MA (67), Central de Barra do Piraí/RJ (1968) e Deportivo Itália de Caracas/Venezuela (1971).
Ao encerrar a carreira treinou o Maranhão, Moto, Imperatriz e Expressinho. Foi assassinado nos anos 90, em São Luís, quando providenciava documentação para aposentadoria como funcionário da Marinha no Rio.
O crime surpreendeu ex-jogadores e repórteres. Como José de Ribamar Ribeiro, o ‘Garfo de Pau’, apelido herdado do irmão Pedro, pelas pernas arqueadas: – Era brincalhão, mas respeitador.
O jornalista Dejard Ramos Martins, autor do livro ‘Um Mergulho no Tempo’, disse: – Saiu desconhecido e reapareceu como jogador do Botafogo. Jogou até na ponta-esquerda.
A postagem ‘Futebol Maranhense Antigo’ (28/07/2013) suscitou comentário do controlador do ‘Datafogo’, Cláudio Marinho Falcão (20/04/2016), sobre a data de falecimento. Sem resposta.
Fontes: Bangunet; Datafogo;
Federação Internacional de Estatística de Futebol; Futebol Maranhense Antigo; Mundo
Botafogo; O Gol; Súmulas Tchê.
Sem comentários:
Enviar um comentário