compilação e montagem de textos de RUY
MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Há mais de três décadas que viajo habitualmente de férias
para países diferentes e desde há vários anos que publico no Mundo Botafogo as
minhas viagens passeando a Camisa Gloriosa pelos quatro cantos do mundo,
contando histórias locais e mostrando fotografias das viagens envergando as
cores alvinegras.
Por efeito da pandemia esse processo internacional foi
interrompido e em 2020, 2021 e 2022 não realizei férias no estrangeiro nem
tornei a viajar em trabalho para países com os quais mantenho relações
acadêmicas e profissionais, efetuando trabalho à distância – pesquisas por
meios de entrevistas zoom ou teams e questionário google forms – com o apoio de
profissionais locais desses países, integrados nas equipes de pesquisa.
Retomei este ano plenamente as atividades pré-pandemia, mostrando
novamente a nossa Camisa Gloriosa ao mundo, e eis-me viajando de férias pelos
países bálticos – Lituânia, Letónia e Estónia, vizinhos fronteiriços dos
Estados ditatoriais da Bielorrúsia/Belarus e da Rússia, com potenciais e reais
comportamentos bélicos que levaram os Países Bálticos a integrar a União
Europeia (UE) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para se
defenderem de possíveis invasões.
Os povos bálticos ou baltos, definidos como falantes de uma
das línguas bálticas, um ramo da família de línguas indo-europeias, são os
descendentes de um grupo de tribos indo-europeias que colonizou a região entre
o baixo Vístula, o alto Duina Ocidental e o rio Dnieper no litoral sudeste do
mar Báltico.
Os milhares de lagos e pântanos nesta área contribuíram para o isolamento geográfico dos bálticos nesta região, e as línguas bálticas retiveram várias características arcaicas e conservadoras. Entre os povos bálticos estão os modernos lituanos, letões e estónios – todos bálticos orientais.
Em todos os países do mundo existem lendas, mitos e religiões
que contam estórias extraordinárias representando as suas crenças em Deuses,
Demónios, influências Solares e Lunares nas suas vidas, seja no que respeita ao
seu quotidiano, ao seu futuro ou à crença na eternidade sob as mais diversas
formas.
Antes da cristianização dos povos bálticos, que foram os
últimos povos da Europa a converterem-se ao Cristianismo, e que ainda hoje são
os povos com mais práticas pagãs, a mitologia báltica assumia um conjunto de
crenças e ritos bálticos originados nos tempos pré-históricos – derivados da
religião proto-indo-europeia – e que foi sendo assimilada pelo cristianismo,
até ao início da idade moderna.
As fontes do seu conhecimento são indiretas e baseadas em
canções e festas do folclore popular, crônicas missionárias, vestígios
arqueológicos e crônicas de povos vizinhos (principalmente germânicos e russos),
histórias folclóricas, estudos etimológicos e mitologia comparada.
As divindades do panteão báltico podem ser divididas em três
ramos, que representam a expansão e a dispersão geográfica dos povos bálticos
desde a sua origem até à Idade Média, havendo divindades prussianas, lituanas e
letãs, muitas das quais constituem variantes locais da mesma figura, mas há
deuses específicos para cada povo.
A mitologia báltica é notável pelo papel atribuído aos
animais e a outros elementos naturais no seu culto, porquanto as figuras do
ambiente são deificadas e adoradas através de sacrifícios, monumentos e
festivais.
O fogo desempenhava um papel central como agente de mudança,
morte e vida, razão pela qual ardia permanentemente nos antigos templos
bálticos.
Dievas, Deus do céu brilhante, era a principal divindade sob
o qual existem divindades menores. A sua cosmologia consiste numa árvore
cósmica, coroada por símbolos do Cosmos e com o tronco guardado por cavalos e
serpentes.
De acordo com estas religiões, quando um ser humano morria,
sobrevivem o ‘vele’, que viaja para a região dos mortos, e a ‘siela’, um
princípio vital que permanece na região dos vivos e é reanimado em animais ou
plantas.
Fontes da série “Camisa
Gloriosa nos países bálticos”: https://en.wikipedia.org; https://es.abcdef.wiki;
https://es.wikipedia.org; https://it.wikipedia.org;
https://pt.wikipedia.org; https://travelshelper.com; https://www.itinari.com; https://www.magnusmundi.com
4 comentários:
Muito boa a história desses países. Faça bom proveito das suas férias com a gloriosa camisa do Botafogo de Futebol e Regatas. ABS e SB!
Obrigado, companheiro Sergio!
Abraços Gloriosos.
Mundo Cultural, variante do Mundo Botafogo...
Há uns anos eu tinha mais tempo do que atualmente e publicava inúmeros artigos e imagens de natureza sociocultural. Além disso, Vanilson, havia a Lúcia Senna com as suas fabulosas crônicas (prosa) e o Sérgio Sampaio com os seus brilhantes acrósticos (poesia), material que se mantém no blogue nas respetivas Etiquetas, mas a Lúcia Senna deixou de publicar devido à inspiração perdida durante a pandemia e o meu querido Sérgio partiu antes de tempo durante a pandemia, deixando imensas saudades. Eram designados, respetivamente, como a Rainha e o Rei do Mundo Botafogo. Gente de superior qualidade artística. Talvez a Lúcia regresse um dia.
Abraços Gloriosos.
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