segunda-feira, 31 de março de 2025

Botafogo 0x0 Palmeiras – desempenho acima das expectativas

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O desempenho do Botafogo na estreia pelo campeonato brasileiro foi uma agradável surpresa, embora se deva referir que a vitória seria o resultado mais justo, que não aconteceu por via de mais uma arbitragem favorável ao Palmeiras e de uma clara falta de finalizador numa equipe diminuída no ataque precisamente por perda dos três desequilibradores que saíram da equipe campeã – Luiz Henrique, Thiago Almada e Júnior Santos.

Dito isso, vale salientar que o Botafogo dominou quase totalmente o Palmeiras, apesar de mais posse de bola do rival, tendo desfrutado pelo menos de três oportunidades de gol desperdiçadas no 1º tempo. John à baliza foi mero assistente de um inócuo primeiro tempo palmeirense.

O segundo tempo não foi muito diferente, tendo o Botafogo criado mais oportunidades claras de inaugurar o marcador. Os desperdícios couberam sobretudo a Igor Jesus e a Savarino. Porém, enquanto o primeiro jogou bem em termos de coletivo, Savarino esteve em dia desinspirado, adiantando de mais uma bola que ficaria cara a cara com o goleiro e sendo egoísta em passes que não fez para companheiros mais bem colocados.

Ao Palmeiras e a John couberam, já na parte final do jogo, a única chance do Palmeiras para marcar, mas John estava lá para fazer a melhor defesa da noite a remate de Flaco (ou Fraco?...) López. A prova da grande superioridade do Botafogo refletiu-se nos apupos dos torcedores palmeirenses à sua equipe.

Efetivamente, fora os nossos desperdícios no ataque por falta de um ‘matador’ que – aparentemente – ainda não chegou para substituir os desequilibradores que saíram, o Botafogo jogou coletivamente bem.

A defesa mostrou-se muito coesa; no meio campo destacaram-se Gregore e Patrick de Paula, enquanto Marlon Freitas praticamente desapareceu da partida, o que significa que é necessário criar mais trama de jogo; no ataque Igor Jesus trabalhou muito e Savarino decidiu quase sempre errado, mas ainda falta um ‘matador’.

Ao árbitro coube ignorar um pênalti claríssimo sobre Igor Jesus, enquanto o VAR estava certamente ‘distraído’ e também não viu (!) o pênalti – como sempre acontece com o VAR nos casos favoráveis ao Botafogo.

De um ponto de vista coletivo a nossa equipe apareceu muito bem organizada, marcou capazmente os adversários, evidenciou força física em pelo menos 75% do jogo e foi veloz no contra-ataque, embora sem a bola estufar as redes adversárias.

Não obstante, ainda é notória a necessidade de maior entrosamento e de melhoria do aspecto físico para o pacote de jogos que se vão realizar de 3 em 3 dias.

Finalmente deve-se realçar as duas maiores evidências nesta estreia da equipe: (a) temos campeão para disputar palmo a palmo as competições em disputa no ano corrente e (b) temos árbitros e VAR dispostos a, uma vez mais, beneficiarem os nossos adversários, razão pela qual teremos que jogar muito mais do que os postulantes ao título, tal como em 2024, para superarmos essa desvantagem enorme do ‘apito’, ora colorido de verde e branco, ora de vermelho e negro.

Coragem, Respeito, Ambição, Criatividade, Paixão, Trabalho em Equipe e Excelência.

É TEMPO DE BOTAFOGO!

FICHA TÉCNICA

Botafogo 0x0 Palmeiras

» Gols: –

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 30.03.2025

» Local: Estádio Allianz Parque, em São Paulo (SP)

» Público: 30.347 espectadores

» Renda: R$ 2.802.427,70

» Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC); Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Thiaggo Americano Labes (SC)

» Disciplina: cartão amarelo – Alexander Barboza, Artur e Matheus Martins (Botafogo); Murilo, Mayke e Estêvão (Palmeiras)

» Botafogo: John; Vitinho, Jair, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas e Patrick de Paula (Newton); Savarino (Matheus Martins), Igor Jesus e Artur (Santi Rodríguez). Técnico: Renato Paiva.

» Palmeiras: Weverton; Mayke (Giay), Murilo (Bruno Fuchs), Micael e Piquerez; Lucas Evangelista, Richard Ríos (Emiliano Martínez) e Raphael Veiga (Felipe Anderson); Estêvão, Vitor Roque (Flaco López) e Facundo Torres. Técnico: Abel Ferreira.

André Luiz, o homem sábio e justo com as arbitragens

Cartão amarelo é o mínimo que se pode dar à exibição do árbitro Ramon (o nome invertido – “nomar” – significa andar a navegar no momento do pênalti) Abatti (de “abater” à lista de árbitros FIFA) Abel  (de “Ferreira”).

domingo, 30 de março de 2025

Retrospecto Botafogo x Palmeiras (1922-2024)

Crédito: Elson Souto.
por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
SÍNTESE DE TODOS OS JOGOS (1922-2024): 129 jogos, 39 vitórias, 39 empates e 51 derrotas; saldo de gols desfavorável em 164-193.
Os confrontos entre as duas equipes em 2024, pela Copa Libertadores da América e pelo Campeonato Brasileiro, saldaram-se por 3 vitórias do Botafogo e 1 empate, 8 gols a favor e 4 gols contra.
1º JOGO
Botafogo 0x1 Palestra Itália
» Gols: Caetano Imparato
» Competição: Amistoso
» Data: 03.05.1922
» Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
» Árbitro: Everardo Martins
» Botafogo: Haroldo; Palamone, Alemão e Police; Alfredinho e Lagreca; Leite, Alkindar, Celso, Arlindo e Neco.
» Palmeiras: Primo; Bianco, Gasperini e Fabbi II; Picagli e Ítalo; Forte I, Ministro, Pilla, Caetano Imparato e Martinelli.
ÚLTIMO JOGO

Botafogo 3x1 Palmeiras

» Gols: Gregore, aos 18’, Savarino 72’, e Adryelson, aos 88’ (Botafogo); Richard Ríos, aos 47’ (Palmeiras)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Local: Estádio Allianz Parque

» Data: 26.11.2024

Público: 31.753 espectadores

Renda: R$ 3.284.958,13

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO); Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Bruno Boschilia (PR); VAR: Wagner Reway (ES)

» Disciplina: cartão amarelo – Alex Telles, Alexander Barboza, John e Thiago Almada (Botafogo); Marcos Rocha, Mayke e Gustavo Gómez (Palmeiras); cartão vermelho – Marcos Rocha (Palmeiras)

» Botafogo: John; Vitinho, Bastos (Adryelson), Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal); Gregore, Marlon Freitas e Thiago Almada (Eduardo); Luiz Henrique (Matheus Martins), Igor Jesus (Júnior Santos) e Savarino. Técnico: Artur Jorge.

» Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista; Aníbal Moreno (Maurício), Richard Ríos e Raphael Veiga (Mayke); Estêvão (Gabriel Menino), Rony (Dudu) e Felipe Anderson (Flaco López). Técnico: Abel Ferreira.

OS JOGOS
03.05.1922 – Botafogo 0x1 Palestra Itália
04.01.1925 – Botafogo 0x0 Palestra Itália
10.03.1929 – Botafogo 3x2 Palestra Itália
17.03.1929 – Botafogo 2x3 Palestra Itália
21.04.1935 – Botafogo 0x1 Palestra Itália
16.11.1938 – Botafogo 3x1 Palestra Itália
09.09.1939 – Botafogo 2x2 Palestra Itália
11.09.1940 – Botafogo 4x4 Palestra Itália
04.11.1942 – Botafogo 3x2 Palmeiras
01.08.1945 – Botafogo 2x2 Palmeiras
27.03.1946 – Botafogo 1x2 Palmeiras
29.01.1950 – Botafogo 3x0 Palmeiras
15.03.1952 – Botafogo 0x1 Palmeiras
19.04.1953 – Botafogo 5x3 Palmeiras
13.03.1954 – Botafogo 2x4 Palmeiras
17.04.1954 – Botafogo 4x3 Palmeiras
30.05.1954 – Botafogo 2x2 Palmeiras
30.03.1955 – Botafogo 0x0 Palmeiras
16.04.1955 – Botafogo 3x2 Palmeiras
27.02.1957 – Botafogo 1x4 Palmeiras
01.06.1957 – Botafogo 2x2 Palmeiras
29.03.1958 – Botafogo 3x2 Palmeiras
15.04.1959 – Botafogo 1x4 Palmeiras
23.04.1960 – Botafogo 3x1 Palmeiras
16.06.1960 – Botafogo 0x1 Palmeiras
23.06.1960 – Botafogo 0x1 Palmeiras
27.03.1961 – Botafogo 0x1 Palmeiras
19.04.1961 – Botafogo 0x0 Palmeiras
13.02.1962 – Botafogo 0x1 Palmeiras
17.03.1962 – Botafogo 3x1 Palmeiras
28.06.1962 – Botafogo 1x0 Palmeiras
16.02.1963 – Botafogo 1x1 Palmeiras
08.06.1963 – Botafogo 1x2 Palmeiras
03.05.1964 – Botafogo 4x3 Palmeiras
21.04.1965 – Botafogo 3x5 Palmeiras
23.05.1965 – Botafogo 0x3 Palmeiras
19.03.1966 – Botafogo 0x0 Palmeiras
19.04.1966 – Botafogo 2x1 Palmeiras
23.04.1967 – Botafogo 0x0 Palmeiras
16.10.1968 – Botafogo 0x0 Palmeiras
26.10.1969 – Botafogo 0x3 Palmeiras
07.12.1969 – Botafogo 1x3 Palmeiras
26.11.1970 – Botafogo 0x0 Palmeiras
30.06.1971 – Botafogo 0x1 Palmeiras
03.10.1971 – Botafogo 1x3 Palmeiras
24.11.1971 – Botafogo 3x3 Palmeiras
02.12.1971 – Botafogo 1x0 Palmeiras
20.09.1972 – Botafogo 2x2 Palmeiras
23.12.1972 – Botafogo 0x0 Palmeiras
17.02.1973 – Botafogo 2x3 Palmeiras
10.03.1973 – Botafogo 2x0 Palmeiras
29.03.1973 – Botafogo 2x1 Palmeiras
16.11.1975 – Botafogo 0x2 Palmeiras
16.07.1978 – Botafogo 2x1 Palmeiras
17.04.1984 – Botafogo 1x1 Palmeiras
03.09.1986 – Botafogo 0x2 Palmeiras
09.11.1986 – Botafogo 2x3 Palmeiras
29.01.1987 – Botafogo 1x0 Palmeiras
14.11.1987 – Botafogo 0x1 Palmeiras
18.09.1988 – Botafogo 1x1 Palmeiras
03.12.1989 – Botafogo 1x0 Palmeiras
04.10.1990 – Botafogo 1x0 Palmeiras
22.04.1991 – Botafogo 0x0 Palmeiras
23.03.1992 – Botafogo 2x0 Palmeiras
26.10.1994 – Botafogo 0x1 Palmeiras
07.09.1995 – Botafogo 1x2 Palmeiras
11.06.1996 – Botafogo 1x1 Palmeiras
01.09.1996 – Botafogo 0x0 Palmeiras
18.01.1997 – Botafogo 2x3 Palmeiras
23.01.1997 – Botafogo 1x1 Palmeiras
02.08.1997 – Botafogo 1x3 Palmeiras
29.01.1998 – Botafogo 2x2 Palmeiras
12.02.1998 – Botafogo 1x0 Palmeiras
10.03.1998 – Botafogo 2x1 Palmeiras
24.03.1998 – Botafogo 0x1 Palmeiras
17.10.1998 – Botafogo 3x1 Palmeiras
28.05.1999 – Botafogo 1x1 Palmeiras
11.06.1999 – Botafogo 1x1 Palmeiras
06.11.1999 – Botafogo 0x6 Palmeiras
19.02.2000 – Botafogo 0x0 Palmeiras
23.02.2000 – Botafogo 1x3 Palmeiras
03.08.2000 – Botafogo 0x0 Palmeiras
08.02.2001 – Botafogo 3x1 Palmeiras
04.11.2001 – Botafogo 3x1 Palmeiras
27.01.2002 – Botafogo 2x1 Palmeiras
30.10.2002 – Botafogo 1x2 Palmeiras
21.06.2003 – Botafogo 0x0 Palmeiras
01.11.2003 – Botafogo 1x1 Palmeiras
29.11.2003 – Botafogo 1x4 Palmeiras
13.07.2004 – Botafogo 1x1 Palmeiras
26.10.2004 – Botafogo 1x2 Palmeiras
03.07.2005 – Botafogo 1x4 Palmeiras
08.10.2005 – Botafogo 1x2 Palmeiras
13.08.2006 – Botafogo 1x3 Palmeiras
12.11.2006 – Botafogo 1x2 Palmeiras          
09.06.2007 – Botafogo 1x1 Palmeiras
06.09.2007 – Botafogo 1x1 Palmeiras
10.08.2008 – Botafogo 1x0 Palmeiras
07.12.2008 – Botafogo 1x0 Palmeiras
15.08.2009 – Botafogo 1x1 Palmeiras
06.12.2009 – Botafogo 2x1 Palmeiras
22.07.2010 – Botafogo 2x2 Palmeiras
10.10.2010 – Botafogo 0x0 Palmeiras
22.05.2011 – Botafogo 0x1 Palmeiras
31.08.2011 – Botafogo 3x1 Palmeiras
01.08.2012 – Botafogo 0x2 Palmeiras
08.08.2012 – Botafogo 1x2 Palmeiras
22.08.2012 – Botafogo 3x1 Palmeiras
04.11.2012 – Botafogo 2x2 Palmeiras
28.05.2014 – Botafogo 2x0 Palmeiras
08.10.2014 – Botafogo 0x1 Palmeiras
31.07.2016 – Botafogo 3x1 Palmeiras
20.11.2016 – Botafogo 0x1 Palmeiras
02.08.2017 – Botafogo 1x2 Palmeiras
27.11.2017 – Botafogo 0x2 Palmeiras
16.04.2018 – Botafogo 1x1 Palmeiras
22.08.2018 – Botafogo 0x2 Palmeiras
25.05.2019 – Botafogo 0x1 Palmeiras
12.10.2019 – Botafogo 0x1 Palmeiras
07.10.2020 – Botafogo 2x1 Palmeiras
02.02.2021 – Botafogo 1x1 Palmeiras
09.06.2022 – Botafogo 0x4 Palmeiras
03.10.2022 – Botafogo 1x3 Palmeiras

25.06.2023 – Botafogo 1x0 Palmeiras

01.11.2023 – Botafogo 3x4 Palmeiras

17.07.2024 – Botafogo 1x0 Palmeiras – Campeonato Brasileiro

14.08.2024 – Botafogo 2x1 Palmeiras – Copa Libertadores da América

21.08.2024 – Botafogo 2x2 Palmeiras – Copa Libertadores da América

26.11.2024 – Botafogo 3x1 Palmeiras – Campeonato Brasileiro

RETROSPECTO DO PERÍODO DE VIDA DO MUNDO BOTAFOGO (2007-2024)

No período de vida do Mundo Botafogo (2007-2024) o Glorioso defrontou o Palmeiras em 34 partidas, obtendo 12 vitórias, 9 empates e 13 derrotas, com saldo de gols desfavorável em 41-44.

Botafogo em Buenos Aires

 
Fonte: X - @CanalDoManel_

sábado, 29 de março de 2025

Que nome é esse?

Crédito: Revista Botafogo no Coração, Março/Abril 2006 – Ano II – Número 4.

SEM AUTORIA PESSOAL

«“É sua, Maxlei!!! Abre, Dorismar!!! Tem que dar opção para a saída de bola. Não sobe, Lirodiou, olha a marcação! Astolpho, aquece que você vai entrar!!!”

Já imaginou um técnico dando instruções a esses jogadores à beira do gramado? Os adversários, decerto, achariam que o treinador do outro time estaria falando em código para que não entendessem, a torcida não reconheceria um só nome e estava arriscado ainda dos próprios companheiros de time fazerem confusão.

Vida dura a do treinador Carlos Roberto se tivesse que chamar seus comandados pelo nome de batismo. Sério, os nomes citados são dos atuais jogadores alvinegros.

A diretoria jura que o item “grau de estranheza no nome” não foi critério para a contratação de reforços. Não se empenhou nada, nadinha para isso. Coincidência ou não, o Botafogo montou talvez o grupo de nomes, digamos, “diferentes” dos últimos anos.

Alguns chegaram, outros já estavam: Dorismar, Astolpho, Lirodiou, Maxlei… Outros carregam sobrenomes que valem menção honrosa: Patavino, Vendrechovski, Barrozo, Jacobi… Lopes não esconde que nunca gostou do nome Astolpho: “Diziam que era nome de travesti porque esse é o nome de batismo da Rogéria, o travesti mais famoso do Brasil, né?” Mesmo assim, nunca reclamou com a mãe: “É o nome do meu bisavô materno. Nunca gostei, mas só comentava: que nome, hein?” Na rua onde foi criado as provocações eram divididas com outros três amigos: “Tinha três amigos próximos: Agamenon, Jack Jones e Dassaiev. Isso ajudou a não mexerem tanto comigo, Quando comecei no futebol adotei o Lopes, meu sobrenome, o que não evita a brincadeira dos companheiros”, lamenta.

O titular do gol, Max, não considera seu nome estranho. “Maxlei é original. Vocês nunca ouviram esse nome. Maxmiliano e Maxwell são normais, mas Maxlei é brincadeira, que originalidade!”, diz. A origem é curiosa: o pai militar certa vez conheceu um sargento americano chamado Maxlei. Estava escolhido o nome do filho. “Além de original é americano!”, brinca o goleiro.

O Lirodiou do lateral Lira é o mais inusitado. Fã do seriado Bonanza, western americano que virou sucesso nos anos 50, seu pai aportuguesou o personagem Little Joe. “Nunca quis mudar, é diferente mas não chegou a me causar problemas na infância”, assegura.

Na outra lateral, Nénem também não implicou com o nome, mas preferiu adotar o apelido criado pelos pais e irmãos em substituição a Dorismar. “Sempre fui Nénem no futebol, mas claro que brincam com o meu nome. Ainda estão pegando leve aqui no Botafogo, mas sei que quando a intimidade aumentar a gozação vai piorar”, acredita Nénem, que tem mais cinco irmãos: Carlos Henrique, Gilmar, Marcos, Tânia e Jussara. “O meu foi o único diferente mesmo, precisava?”, pergunta ele.

Eis alguns nomes do elenco de 2006 e alguns outros nomes “diferentes” do passado:

Vendrechovski (Juninho, zagueiro de 2006)

Maxlei (Max, goleiro de 2006)

Efigênio (Geninho, atacante das décadas de 40 e 50)

Editácio (Dimba, atacante de 1997)

Ricardo Lucas (Dodô, atacante de 2006)

Joubert (Beto, meio-campo de 1995)

Lirodiou (Lira, lateral esquerdo de 2006)

Patavino (Felipe Saad, zaqueiro de 2006)

Jacobi (Júlio César, goleiro de 2006)

Barrozo (Bill, lateral esquerdo de 2006)

Astolpho (Lopes, goleiro de 2006)»

Fonte: Revista Botafogo no Coração, Março/Abril 2006 – Na II – Número 4.

Um casal botafoguense de namorados supercampeões das águas!

Fonte: Instagram bfr.socialolimpico.

Lucas Verthein, no remo, e Ana Sátila, na canoagem, são o casal botafoguense supermedalhado no Brasil e no mundo, mostrando que pode haver simultaneamente sorte ao jogo e sorte ao amor.

sexta-feira, 28 de março de 2025

A emoção botafoguense premiada: uma foto para a eternidade

WPP - 2025 Contest - South America. Foto: André Coelho.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

A emocionante comemoração dos botafoguenses na épica conquista da Copa Libertadores da América de 2024, registrada em foto em estilo simultaneamente dramático, exultante e comovente, foi objeto de premiação internacional.

 O World Press Photo 2025, o mais importante acontecimento fotojornalístico do mundo, ao qual foram apresentadas cerca de 60.000 fotografias de 3.778 fotógrafos de 141 países, premiou a foto da autoria de André Coelho que registrou a profunda emoção botafoguense no dia 30 de novembro de 2024, em Buenos Aires, após a conquista da competição sul-americana mais desejada pelas gloriosas almas do Clube da Estrela Solitária.

André Coelho soube registrar para a eternidade, em foto única, sem palavras que naquele justo momento não cabiam em cada um de nós, o fundo da alma botafoguense expressa na mais emocionante vibração em 130 anos de história.

Voz de Montenegro: o antiprofeta…

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

«O Mauro Ney é a cara do Botafogo do futuro; ágil, moderno, empreendedor e valoriza a História do Clube.» – Carlos Augusto Montenegro, em 1999, no início da presidência de Mauro Ney Palmeiro, cujo triênio se saldou por uma dívida astronômica e a descida à Série B pela primeira vez.

Fonte: Revista Oficial do Botafogo de Futebol e Regatas, nº 255/2000.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Sempre ao lado do Botafogo

por EDUARD MINC | Revista Botafogo no Coração, Maio/Junho de 2005, Ano I, Número 1

Gentileza de Angelo Seraphini | Colaborador do Mundo Botafogo

Na fazenda onde morava, em Carangola, Minas Gerais, o então menino Djalma, nos seus escassos 4 anos, achava engraçado ver o pai, dono de um nariz protuberante, ouvir da rádio de madeira da família o locutor gritar que Nariz tinha cabeceado uma bola. O locutor referia-se ao zagueiro Nariz, do time do Botafogo da década de 30. A associação entre o pai e o atleta decretou algo que ganharia uma proporção enorme na vida do menino: um amor desmedido pelo clube, que acabou tornando Djalma Nogueira dos Santos dirigente da equipe de futebol alvinegra e um dos personagens mais emblemáticos do time da estrela solitária.

Responsável pelo departamento de Futebol amador do Botafogo entre 1959 e 1964 e diretor de futebol profissional em 1962, 1968 e 1970, Seu Djalma, como sempre foi conhecido, teve o privilégio de conviver com algumas das maiores lendas do futebol brasileiro e mundial, como Nilton Santos, Didi e Garrincha. “Todos os quase 200 milhões de brasileiros de hoje têm a obrigação de respeitar o Botafogo por ter aberto as portas do futebol brasileiro para o mundo”, decreta o autêntico torcedor fanático que é e sempre foi.

Aos 75 anos, o ilustre grande benemérito do clube estima que já tenha assistido perto de mil partidas do alvinegro. Algumas recheadas de história teimam em rondar sua memória. Em 1962, no jogo de despedida do Didi, contra o América de Cali, na Colômbia, o então dirigente, conta que recebeu um recado do presidente, Dr. Paulo Azeredo, para não deixar Didi ir embora, já que o atleta havia recebido uma proposta milionária do Sporting Cristal, do Peru. Seu Djalma fez exatamente o contrário: não só aconselhou o jogador a ir tratar de melhorar sua vida, como, durante o jogo em que o Botafogo vencia por 2 a 1, fez o seu folclore: “Desci das tribunas e gritei para o técnico tirar o Didi de campo assim que um zagueirão ameaçasse dar a primeira botinada nele”,  relembra.

Mas emoção mesmo vem ao se lembrar de Garrincha, para ele o maior craque de futebol até hoje. “Pelé, Maradona e outros eram fenomenais, mas o único gênio que vi jogar foi o Garrincha. Era gênio porque ninguém o marcava e o Pelé eu já vi ser marcado, uma vez em Portugal e outra pelo Nilton Santos”, decreta o agora torcedor. Garrincha era de outro planeta, mesmo fora dos gramados, diz ele, puxando na memória mais uma estória que vivenciou.

Numa excursão da equipe a Bogotá, na Colômbia, Seu Djalma reuniu alguns craques do time, entre eles Garrincha, e avisou que soube que o jogador argentino  Dí Stefano, do Real Madri, havia sido seqüestrado durante uma escala de seu vôo em Caracas, mesma escala que o Botafogo tinha que fazer. Falou a todos que tomassem cuidado e não saíssem do hotel à noite. Só Garrincha pareceu não entender. “Fiquei preocupado quando deu 22h e ele não apareceu no saguão. Peguei um motorista e fui caçá-lo pela cidade. Encontrei o cara numa mesa de bar, conversando com um grupo de jovens, sem se preocupar com nada. Ele era mesmo de outro mundo”, lembra o ex-dirigente.

Com 10 netos – “todos botafoguenses” –, Djalma também fez de outro botafoguense um quase filho seu. “Acho que o Botafogo voltou a brilhar o rumo certo quando o Bebeto de Freitas assumiu a presidência. É um homem sério e que sabe como lidar com o esporte profissionalmente”, diz ele, que hoje mora em Brasília, mas quando não vem ao Rio acompanhar o Botafogo de perto não perde um só lance pela TV. De quebra, aproveita para eleger o atual craque alvinegro. “O Túlio me encanta, pois é raçudo, bom jogador e joga com a alma”. Diga lá Seu Djalma. 

Os sete lemas da cartilha de John Textor

Crédito: Jorge Rodrigues / AGIF.

Coragem

Respeito

Ambição

Criatividade

Paixão

Trabalho em Equipe

Excelência

quarta-feira, 26 de março de 2025

Lucas Verthein, Dayane Pacheco e Marcelo Barbosa brilham no sul-americano de remo

Pódio de Lucas Verthein. Crédito: Youtube / Federación Paraguay de Remo.

Lucas Verthein, Dayane Pacheco e Marcelo Barbosa, remadores do Botafogo de Futebol e Regatas brilharam no Campeonato Sul-americano de Remo, competição organizada pela Confederación Sudamericana de Remo, que decorreu em Assunção, no Paraguai, nos dias 25 e 26 de março de 2025.

Lucas Verthein conquistou a medalha de Ouro em Single Skiff:

1º Brasil (Lucas Verthein)

2º Paraguai

3º Uruguai

Dayane Pacheco conquistou a medalha de Prata em Four Skiff:

1º Chile

2º Brasil (Dayane Pacheco e…)

3º Paraguai

Marcelo Barbosa conquistou a medalha de Bronze em Single Skiff Leve:

1º Uruguai

2º Argentina

3º Brasil (Marcelo Barbosa)

Fonte: Youtube / Federación Paraguay de Remo.

Ana Sátila e Omira Estacia brilharam no pan-americano de canoagem slalom

Crédito: Instagram Canoagem Brasileira.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

As irmãs Ana Sátila e Omira Estacia, canoístas do Botafogo de Futebol e Regatas, brilharam na Prova Internacional de Ranqueamento e no Campeonato Pan-americano de Canoagem Slalom, competições que decorreram em Montgomery, Alabama, Estados Unidos da América, nos dias 21 a 23 de março de 2025.

Ana Sátila conquistou duas Medalhas de Prata da Prova Internacional de Ranqueamento, que posiciona os canoístas no ranking internacional com direito a medalhas. Eis as provas:

Ranking Mundial:

» Medalha de Prata em K1.

» Medalha de Prata em Kayak Cross.

Campeonato Pan-americano:

» Medalha de Ouro em K1 Sênior Feminino.

» Medalha de Ouro em K1 Cross Sênior Feminino.

Omira Estacia também obteve sucesso no Campeonato Pan-americano conquistando uma Medalha de Ouro e uma Medalha de Prata:

» Medalha de Ouro em C1 Sênior Feminino.

» Medalha de Prata em K1 Cross Sênior Feminino.

Fontes: https://canoagem.org.br; https://www.olympics.com; Instagram Canoagem Brasileira.

terça-feira, 25 de março de 2025

Mercado de contratações: Renato Paiva, curta carreira instável em equipes principais

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Renato Manuel Alves Paiva nasceu no dia 22 de março de 1970, em Pedrógão Pequeno, Portugal, e é treinador de futebol – atualmente ao serviço da SAF Botafogo.

Renato Paiva iniciou-se nas categorias de base do ‘Sport Lisboa e Benfica’ (Portugal) comandando, entre 2004-2019, as equipes sub-17 e, posteriormente, sub-19. Entretanto assumiu interinamente a equipe principal do Benfica no período de julho/2018 a janeiro/2019, tendo depois transitado para o comando da equipe B.

No Benfica B Renato Paiva liderou a equipe apenas durante o período 2019-2020 e, finalmente, aventurou-se no estrangeiro, estreando como treinador principal efetivo no ‘Club de Alto Rendimiento Especializado Independiente del Valle’ (Equador).

No período em que treinou o Benfica B obteve 21 vitórias, 12 empates e 26 derrotas, em 59 partidas, com 42% de aproveitamento.

No Independiente del Valle, Paiva treinou a equipe entre 2021-2022 e foi feliz no clube equatoriano, levando-o à conquista do seu primeiro título nacional logo em 2021, eternizando-se por isso na história do clube.

Nesse período em que treinou o clube equatoriano, Renato Paiva obteve 31 vitórias, 15 empates e 16 derrotas, em 62 jogos, com 58% de aproveitamento.

O treinador saiu para assinar com o ‘Club de Fútbol León’ (México), mas a sua permanência foi curta, entre maio e setembro de 2022, quando foi demitido, após um aproveitamento de apenas 40,7% em 18 jogos.

Então, o ‘Esporte Clube Bahia’ (Brasil) contratou-o em dezembro de 2022 e tornou a ser feliz, levando o Bahia à conquista do campeonato baiano, mas os maus resultados no Brasileirão e a contestação da torcida levaram Renato Paiva a pedir a demissão em setembro de 2023 por incompatibilidade com o ambiente vivido, deixando o Bahia na 16ª posição com 49,7% de aproveitamento.

Renato Paiva regressou, então, ao México, em dezembro de 2023, para comandar o ‘Deportivo Toluca Fútbol Club’, mas tornou a enfrentar obstáculos, designadamente as precoces eliminações da Copa dos Campeões da Concacaf e da Leagues Cup, sendo demitido no final de 2024, apesar de ter obtido o seu melhor aproveitamento de sempre – 60,6%.

Sem clube, o treinador fixou residência no Rio de Janeiro em dezembro de 2024. Entretanto o Botafogo, após vários fiascos na contratação de um novo treinador de ponta, contratou o relativamente modesto treinador Renato Paiva para dirigir o campeão sul-americano, confiando na sua larga experiência com equipes de base do Benfica, clube que John Textor quis investir no passado e pelo qual tem uma predileção especial.

Não obstante, Luís Castro, ex-treinador do Glorioso, tinha uma carreira tão modesta como Renato Paiva antes de chegar ao Botafogo, e Artur Jorge, também ex-treinador, tinha uma carreira ainda mais modesta, mas ambos fizeram sucesso no Glorioso. Ao contrário, dentre os quatro treinadores portugueses contratados por John Textor, o treinador com melhor carreira, Bruno Lage, foi um fracasso. Em comum, os quatro treinadores portugueses apresentaram, cada qual, um palmarés de mais de dez anos a dirigir equipes de base – condição aparentemente obrigatória nas contratações de John Textor com o objetivo de facilitar a integração de novos valores revelados nas equipes de base para atuarem na equipe principal.

Como treinador Renato Paiva defende o ‘jogo posicional’, priorizando a troca de passes e triangulações, em toda a largura do campo, seja com os extremos esquerdo e direito, seja com os respetivos laterais, mas não necessariamente atacando sempre desse jeito, preferindo, nesse jogo posicional, aproveitar espaços abertos criados ou falhas dos adversários para penetrar nas zonas defensivas vitais visando os remates vitoriosos.

Em suma, parece muito próximo do modelo de jogo de Guardiola, que ultimamente tem mostrado dificuldades em enfrentar defesas cada vez mais fechadas no futebol moderno, o que sugere que Renato Paiva talvez tenha que mesclar estratégias e táticas inovadoras e surpreender os oponentes com um futebol vistoso, veloz e eficaz.

Recentemente, em entrevista à televisão portuguesa, manifestou o desejo de um dia regressar a Portugal para comandar uma equipe portuguesa após sucessos alcançados pelo mundo, provavelmente em clubes do continente americano, os quais aparenta ter preferência fora do seu país. Tal perspectiva afigura-se uma esperança para os torcedores botafoguenses de que possa alcançar esse desiderato após muito sucesso no Botafogo.

Fontes: https://extra.globo.com; https://ge.globo.com; https://pt.wikipedia.org; https://sicnoticias.pt; https://www.estadao.com.br; https://www.ojogo.pt

Clubismo em toda a sua extensão

Alcides Liporace e Elke Maravilha. Crédito: Revista do Botafogo FR, nº 252/98.

por ANGELO SERAPHINI & RUY MOURA | Colaborador & Editor do Mundo Botafogo

O verdadeiro clubismo em toda a sua extensão não se limita aos desportos, inclui uma ampla participação social nas atividades recreativas do Clube. Eis um exemplo do nosso amado Glorioso.

Após o trágico período de 21 anos de jejum de títulos oficiais no futebol, a Administração de José Luiz Rolim (1997-1999) reativou a vida social do Clube desenvolvendo, novamente, inúmeras atividades que constituíram, desde sempre, o cerne da união social que sempre caracterizou o Clube como tendo um ambiente familiar.

Eis os eventos realizados no Clube à época:

» Baile da Terceira Idade

» Carnaval

» Bota Soul

» Dia das Crianças

» Dia dos Namorados

» Dia das Mães

» Dia dos Pais

» Noite Bahiana

» Bingo

» Aniversariantes do Mês (adulto e infantil)

» Páscoa

» Dança de Salão (Carlinhos de Jesus)

» Pagode com Neguinho da Beija-Flor

» Natal

» Churrasco para Funcionários

» Mercado Flutuante

» Yoga (meditação)

» Bota Fogo no Chorinho

» Desfile de Modelos de Passarela e Manequim do SENAC.

Alcides Liporace foi o obreiro do reatamento das atividades mencionadas, na qualidade de Diretor Social, e após transitar para Diretor Administrativo-Financeiro passou a pasta a Altamiro Martins Borba Júnior que deu continuidade à obra.

O otorrino não me deu ouvidos

[Aos leitores interessados informa-se que as crônicas de Lúcia Senna no Mundo Botafogo foram publicadas em livro intitulado 'No embalo...