por RUY MOURA | Editor
do Mundo Botafogo
Renato Manuel Alves Paiva nasceu no dia 22 de março de 1970, em Pedrógão Pequeno,
Portugal, e é treinador de futebol – atualmente ao serviço da SAF Botafogo.
Renato Paiva iniciou-se nas categorias de base do ‘Sport
Lisboa e Benfica’ (Portugal) comandando, entre 2004-2019, as equipes
sub-17 e, posteriormente, sub-19. Entretanto assumiu interinamente a equipe
principal do Benfica no período de julho/2018 a janeiro/2019, tendo depois
transitado para o comando da equipe B.
No Benfica B Renato Paiva liderou a equipe apenas durante o
período 2019-2020 e, finalmente, aventurou-se no estrangeiro, estreando como
treinador principal efetivo no ‘Club de Alto Rendimiento Especializado Independiente
del Valle’ (Equador).
No período em que treinou o Benfica B obteve 21 vitórias, 12
empates e 26 derrotas, em 59 partidas, com 42% de aproveitamento.
No Independiente del Valle, Paiva treinou a equipe entre
2021-2022 e foi feliz no clube equatoriano, levando-o à conquista do seu
primeiro título nacional logo em 2021, eternizando-se por isso na história do clube.
Nesse período em que treinou o clube equatoriano, Renato
Paiva obteve 31 vitórias, 15 empates e 16 derrotas, em 62 jogos, com 58% de
aproveitamento.
O treinador saiu para assinar com o ‘Club de Fútbol León’
(México), mas a sua permanência foi curta, entre maio e setembro de 2022,
quando foi demitido, após um aproveitamento de apenas 40,7% em 18 jogos.
Então, o ‘Esporte Clube Bahia’ (Brasil) contratou-o em
dezembro de 2022 e tornou a ser feliz, levando o Bahia à conquista do
campeonato baiano, mas os maus resultados no Brasileirão e a contestação da torcida
levaram Renato Paiva a pedir a demissão em setembro de 2023 por
incompatibilidade com o ambiente vivido, deixando o Bahia na 16ª posição com 49,7%
de aproveitamento.
Renato Paiva regressou, então, ao México, em dezembro de 2023, para comandar o ‘Deportivo Toluca Fútbol Club’, mas tornou a enfrentar
obstáculos, designadamente as precoces eliminações da Copa dos Campeões da
Concacaf e da Leagues Cup, sendo demitido no final de 2024, apesar de ter
obtido o seu melhor aproveitamento de sempre – 60,6%.
Sem clube, o treinador fixou residência no Rio de Janeiro em
dezembro de 2024. Entretanto o Botafogo, após vários fiascos na contratação de
um novo treinador de ponta, contratou o relativamente modesto treinador Renato Paiva para dirigir o
campeão sul-americano, confiando na sua larga experiência com equipes
de base do Benfica, clube que John Textor quis investir no passado e pelo qual
tem uma predileção especial.
Não obstante, Luís Castro, ex-treinador do Glorioso, tinha
uma carreira tão modesta como Renato Paiva antes de chegar ao Botafogo, e Artur
Jorge, também ex-treinador, tinha uma carreira ainda mais modesta, mas ambos
fizeram sucesso no Glorioso. Ao contrário, dentre os quatro treinadores
portugueses contratados por John Textor, o treinador com melhor carreira, Bruno
Lage, foi um fracasso. Em comum, os quatro treinadores portugueses apresentaram,
cada qual, um palmarés de mais de dez anos a dirigir equipes de base – condição
aparentemente obrigatória nas contratações de John Textor com o objetivo de
facilitar a integração de novos valores revelados nas equipes de base para
atuarem na equipe principal.
Como treinador Renato Paiva defende o ‘jogo posicional’,
priorizando a troca de passes e triangulações, em toda a largura do campo, seja
com os extremos esquerdo e direito, seja com os respetivos laterais, mas não
necessariamente atacando sempre desse jeito, preferindo, nesse jogo posicional,
aproveitar espaços abertos criados ou falhas dos adversários para penetrar nas
zonas defensivas vitais visando os remates vitoriosos.
Em suma, parece muito próximo do modelo de jogo de Guardiola, que
ultimamente tem mostrado dificuldades em enfrentar defesas cada vez mais
fechadas no futebol moderno, o que sugere que Renato Paiva talvez tenha que mesclar
estratégias e táticas inovadoras e surpreender os oponentes com um
futebol vistoso, veloz e eficaz.
Recentemente, em entrevista à televisão portuguesa,
manifestou o desejo de um dia regressar a Portugal para comandar uma equipe portuguesa após sucessos alcançados pelo mundo, provavelmente em clubes do continente americano, os quais aparenta ter preferência fora do seu país. Tal
perspectiva afigura-se uma esperança para os torcedores botafoguenses de que
possa alcançar esse desiderato após muito sucesso no Botafogo.
Fontes: https://extra.globo.com; https://ge.globo.com; https://pt.wikipedia.org; https://sicnoticias.pt; https://www.estadao.com.br; https://www.ojogo.pt
2 comentários:
Tomara que ele consiga tanto sucesso quanto o Artur Jorge, esse é o meu desejo é de todos os torcedores que desejam o sucesso do nosso Botafogo.
Quanto a ele não ter ido bem no Bahia no campeonato brasileiro, acho que com aquele elenco que iniciou o campeonato nenhum treinador conseguiria fazer um bom trabalho. Abs e SB!
Esse é todo o nosso desejo, Sergio, beneficiando a carreira dele e dando-nos mais alegrias. Uma coisa me parece já certa: ao contrário da desastrosa comunicação do BL, RP tem boa capacidade de comunicação para dentro e para fora do clube.
Quanto ao Bahia, quer pelo plantel, quer pelo modo como estava a ser tratado, justificou a demissão. Os treinadores europeus não estão acostumados a serem maltratados e creio que esse é um assunto em que o futebol brasileiro tem que se aculturar se quiser ser palco mundial, enviando e recebendo tanto jogadores como treinadores neste futebol global. As SAF pertença de estrangeiros tenderão a aumentar, assim como os conglomerados do tipo Eagle Football, que certamente modificará o futebol brasileiro numa perspectiva de gestão mais séria, mais competitiva e maior valor acrescentado - o que não se fará se a concentração dos melhores campeonatos do mundo continuar exclusivamente no palco europeu e os sul-americanos serem basicamente fornecedores de matéria-prima, isto é, dos melhores jogadores do continente.
Abraços Gloriosos.
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