quinta-feira, 31 de julho de 2025

20 Súmulas comentadas para a História Gloriosa (I)

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Botafogo x Fluminense – Decisão antecipada do Campeonato Carioca de 1910

» Destaque. O Botafogo foi campeão carioca pela 1ª vez em 1907, mas o título, dividido com o Fluminense, só foi aprovado na década de 1990. Nos primórdios do futebol botafoguense, a grande conquista em campo foi o campeonato carioca de 1910 em que o Botafogo infligiu goleadas sucessivas aos seus adversários e passou a ser apelidado de ‘Glorioso’, particularmente após arrasar o poderoso Fluminense na maior goleada de sempre numa decisão de campeonato carioca na ‘Era Amadora’ no antigo campo da rua Voluntários da Pátria.

BOTAFOGO 6x1 FLUMINENSE

» Gols: Abelardo de Lamare (3), Décio Viccari (2) e Mimi Sodré (Botafogo); Lulu Rocha (contra) (Fluminense)

» Competição: Campeonato Carioca / 1910

» Data: 25.09.1910

» Local: Rua Voluntários da Pátria, Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 6.000 espectadores

» Árbitro: Harold W. Hassell

» Botafogo: Coggin, Edgar Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulu Rocha e Lefèvre; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.

» Fluminense: Waterman, Félix Frias e Ernesto Paranhos; Nery, Mutzenbecher e Gallo; Millar, Oswaldo Gomes, Edwin Cox, Gilbert Hime e Alberto Borgerth.

Obs: 1. Primeira vitória sobre o Fluminense FC no antigo campo da Rua Voluntários da Pátria,

Botafogo x Andarahy – Confirmação do Tetracampeonato Carioca de 1935

» Destaque. Num jogo absolutamente alucinante com nove gols, o Botafogo derrotou o Andarahy e estabeleceu, até aos dias de hoje, a única conquista em campo de quatro campeonatos cariocas sucessivos.

BOTAFOGO 5x4 ANDARAHY

» Gols: Álvaro (2), Patesko, Carvalho Leite e Russinho (Botafogo); Mineiro (2), Chagas e Bianco (Andarahy)

» Competição: Campeonato Carioca

» Data: 26.01.1936

» Local: Estádio São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)

» Árbitro: Lóris Cordovil

» Botafogo: Alberto, Octacílio e Nariz; Affonso (Luciano), Martim e Canalli; Álvaro, Leônidas da Silva (Eurico Viveiros), Carvalho Leite, Russinho e Patesko.

» Andarahy: Diógenes, Baiano (Gomes) e Cazuza; Bethuel, Baby e Venerotti; Chagas, Astor, Romualdo, Bianco e Mineiro.

Botafogo x Flamengo – ‘Jogo do Senta’ do Campeonato Carioca de 1944

» Destaque. No famoso ‘Jogo do Senta’ o Botafogo aplicou um baile de futebol ao bicampeão Flamengo, e aos 76’ elevou a goleada para 5x2, tendo o Flamengo contestado o gol e a diretoria ordenado que os jogadores se sentassem em campo; nessas circunstâncias o jogo foi então encerrado, registrando para a história a maior covardia de sempre de uma equipe brasileira de futebol.

BOTAFOGO 5x2 FLAMENGO

» Gols: Heleno, aos 20’ e 70’, Valsecchi, aos 44’, Walter, aos 68’, Geninho, aos 76’ (Botafogo); Jayme, aos 30, e Jarbas, aos 73’ (Flamengo)

» Competição: Campeonato Carioca / 1944

» Data: 10.09.1944

» Local: Estádio General Severiano, no Rio de Janeiro (RJ)

» Árbitro: Aristides Figueira, o ‘Mossoró’

» Botafogo: Ary, Laranjeira e Laidlaw; Ivan, Papetti e Negrinhão; Lula, Geninho, Heleno, Valsecchi e Walter.

» Flamengo: Jurandyr, Newton e Quirino; Biguá, Bria e Jayme; Nilo, Zizinho, Pirillo, Sanz e Jarbas.

Jornal dos Sports, 14.12.1948, nº 5925.

Botafogo x Vasco da Gama – Final do Campeonato Carioca / 1948

» Destaque: A célebre designação de ‘Expresso da Vitória’ atribuída àquele que foi o maior esquadrão vascaíno de todos os tempos, entrou para a final do campeonato carioca de 1948 com a segurança de que o campeão já estava antecipadamente encontrado; porém, o Botafogo aplicou um sonoro 3x1 na equipe vascaína e surpreendentemente sagrou-se campeão, uma surpresa que, afinal, não era um ineditismo, já que no jogo do 1º turno o Vasco da Gama também fora derrotado por 2x1; após o jogo o presidente do Vasco da Gama soube perder com fidalguia, elogiando a equipe e os dirigentes do Botafogo pelo denodo com que jogaram durante todo o campeonato – numa posição bem diferente da diretoria do Flamengo quatro anos antes no ‘Jogo do Senta’, não sendo à toa que o apelido de ‘Clássico da Amizade’ tivesse sido atribuído aos jogos entre Botafogo e Vasco da Gama desde que o Botafogo apoiou a causa vascaína, contra a opinião de Flamengo e Fluminense, nos tempos de crise do futebol carioca na década de 1930.

BOTAFOGO 3x1 VASCO DA GAMA

» Gols: Paraguaio, aos 2’, Braguinha, aos 40’, e Octávio, aos 49’ (Botafogo); Ávila (contra), aos 63’ (Vasco da Gama)

» Competição: Campeonato Carioca / 1948

» Data: 12.12.1948

» Local: Estádio General Severiano, no Rio de Janeiro (RJ)

» Renda: Cr$ 570.000,00

» Árbitro: Mário Vianna

» Botafogo: Oswaldo, Gérson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguai, Geninho, Pirillo, Octavio e Braguinha. Técnico: Zezé Moreira.

» Vasco da Gama: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Ademir Menezes, Dimas, Ipojucan e Chico. Técnico: Flávio Costa.

Botafogo x Fluminense – final do Campeonato Carioca de 1957

» Destaque. A semana que antecedeu ao ‘clássico vovô’ para a decisão do campeão carioca foi de verdadeiro clima de pressão para cima do Botafogo, chegando o presidente do Fluminense a declarar que o jogo nem se devia realizar porque era perda de tempo e o campeão já estava encontrado; na verdade, nessa histórica final, o Botafogo, tal como fizera na decisão de 1910, emplacou a maior goleada sofrida numa final de campeonato carioca da ‘Era Profissional’ enfiando seis bolas na baliza do afamado Castilho contra apenas duas na nossa baliza – num jogo que celebrou o craque Paulinho Valentim, autor de cinco gols, que lhe deram a artilharia do campeonato.

BOTAFOGO 6x2 FLUMINENSE

» Gols: Paulo Valentim, aos 5’, 29’, 42’, 54’ e 68’, e Garrincha, aos 58’ (Botafogo); Escurinho, aos 50’, e Valdo, aos 85’ (Fluminense)

» Competição: Campeonato Carioca / 1957

» Data: 22.12.1957

» Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 89.407 pagante; 99.465 espectadores

» Árbitro: Alberto da Gama Malcher (FMF); Assistentes: Antônio Viug (FMF) e Frederico Lopes (FMF)

» Botafogo: Adalberto; Beto, Thomé e Nilton Santos; Servílio e Pampolini; Garrincha, Didi, Paulo Valentim, Édson e Quarentinha. Técnico: João Saldanha.

» Fluminense: Castilho; Cacá, Pinheiro e Altair; Jair Santana e Clóvis; Telê, Jair Francisco, Valdo, Robson e Escurinho. Técnico: Sylvio Pirillo.


Livro 126: ‘Cãorioca Alvinegro: Um Cachorro Bom de Bola’

2024: Cãorioca Alvinegro: Um Cachorro Bom de Bola, de Rafael Cony Taboadella Gomes

SINOPSE

"Cãorioca Alvinegro" é uma emocionante coleção de contos que leva os jovens torcedores do Botafogo a uma aventura inesquecível. Com 11 histórias vibrantes, o livro narra as façanhas do mascote alvinegro enquanto ele enfrenta os 11 rivais da equipe, emergindo sempre como o vitorioso. Cada conto mergulha os leitores em uma nova batalha, repleta de emoção, habilidade e espírito de equipe.

Os leitores são levados a uma jornada através do mundo do futebol, onde o Cãorioca Alvinegro demonstra coragem, determinação e alegria de viver. Cada história é uma celebração da paixão pelo Botafogo, enquanto o mascote enfrenta desafios formidáveis e triunfa com bravura e astúcia.

Este livro não é apenas uma coleção de contos; é um convite para os jovens torcedores do Botafogo mergulharem no universo do seu clube do coração. É uma oportunidade para eles se inspirarem nos valores de trabalho em equipe, dedicação e superação que o futebol ensina. Com ilustrações cativantes e uma narrativa envolvente, "Cãorioca Alvinegro" é um projeto feito sob medida para crianças botafoguenses, oferecendo-lhes uma experiência inesquecível e uma ligação ainda mais forte com o glorioso alvinegro carioca.

DETALHES DO PRODUTO

ASIN: ‎ B0D5WQT1NJ

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Data da publicação: ‎ 1 junho 2024

Edição: ‎ 

Idioma: ‎ Português

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Leitor de tela: ‎ Compatível

Configuração de fonte: Habilitado

Dicas de vocabulário: Não habilitado

Número de páginas: 73 páginas

ISBN-13: ‎ 979-8320774787

Page Flip: Habilitado

Idade de leitura‏: ‎ 3 - 18 anos

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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Botafogo 2x0 Bragantino - o melhor ensaio de futebol vertical

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo alcançou uma vitória como lhe competia, em casa, pela Copa do Brasil. Porém, no campo das suposições, talvez não seja tão fácil avaliar este jogo, sobretudo pelas suas ocorrências iniciais.

Nos primeiros quinze minutos de jogo foi o Bragantino que comandou as operações e o Botafogo andou meio perdido, tal como ocorreu na 2ª parte do jogo contra o Corinthians. O Bragantino jogava com objetividade e perigo, John foi chamado a duas intervenções a remates do adversário e o Botafogo seguia na tentativa frustrada de articulação de jogadas que se goravam.

Eis senão quando Vitinho entrou na área pelo lado direito e em vez de cruzar para Cabral, que se perfilava à boca da baliza, cruzou rasteiro ligeiramente para trás e a classe de Montoro surgiu com um remate muito bem colocado inaugurando as redes do Bragantino. Botafogo 1x0.

Foi o 1º gol da melhor contratação de 2025 pelo Botafogo. E aí é que o jogo mudou. E se acaso o gol não tivesse ocorrido tão cedo e contra a corrente do jogo?

Felizmente aconteceu e deu asas ao ataque botafoguense, amedrontando o Bragantino, vindo de várias derrotas, claramente receoso de tomar mais um gol por via de o Botafogo ter jogadores diferenciados como Montoro, que podem resolver um jogo numa fração de segundo com um passe letal ou um remate indefensável.

Passando a dominar as operações, o Botafogo ensaiou, quanto a mim pela primeira vez com claro sucesso na Era Ancelotti, o futebol vertical de contra-ataque, rápido, atacando pelas pontas e em bloco.

Logo depois, em mais um ataque pela ala lateral, Marlon Freitas recebeu a bola dentro da grande área, tocou de calcanhar para trás e Vitinho rematou perigosamente rasando o poste de Cleiton. Embalado por jogadas bem articuladas e rápidas, Savarino rematou perigosamente da posição em que costuma ser letal e o goleiro defendeu in-extremis no cantinho esquerdo da baliza para escanteio.

Porém, numa jogada coletiva extraordinária, aos 32’ Barboza ganhou uma bola na defesa, lançou Savarino, ao mesmo tempo que disparou para o ataque, Savarino endossou Cuiabano na ala esquerda, Cuibano correu, ganhou alguns metros e centrou milimetricamente para Alexander Barboza que continuou a corrida para dentro da área, aparecendo como elemento surpresa e numa cabeçada fenomenal ampliou o marcador.

Deve-se notar que, no momento em que Cuiabano centrou, havia um companheiro ligeiramente à sua frente e, ainda um pouco mais à frente, a 1-2 metros da linha da grande área, encontravam-se outros quatro botafoguense que atacavam em bloco, cabendo a Barboza a definição perfeita para ampliar. Em suma, estavam em posição de ataque 6 jogadores nossos que acompanharam o passe de Savarino e o centro de Cuiabano – em rápida aceleração e em bloco.

O Botafogo passou a gerir a partida até ao intervalo, não se articulando pelo malfadado ‘jogo posicional’ do tiki-taka, mas procurando deixar o adversário jogar – sem perigo – até encontrar os melhores momentos de contra-ataque rápido e em bloco.

Na segunda parte o Botafogo dominou o jogo, mas os gols não saíram. O Bragantino resguardou-se de tomar o 3º gol que selaria a eliminatória, mas, ainda assim, foram as péssimas definições de Cabral e Nathan Fernandes que não nos permitiram sair com uma goleada a nosso favor.

Aos 72', Savarino lançou Cabral, que avançou entre dois zagueiros, frente a frente com Cleiton a meio da baliza, e conseguiu a proeza, de frente para o goleiro, de rematar não para a esquerda, não para a direita, não para o alto, mas justamente em cima de Cleiton!!!

E aos 77’ foi a vez de Cabral, também frente a frente a Cleiton, após o último passe de Joaquín Correa, permitir-lhe a defesa no canto mais fácil para evitar o gol.

Daí até final nada de relevante aconteceu, a não ser que John, após 75' quase sem nenhum trabalho, teve que se opor a um lapso da defesa do Botafogo e evitar de forma notável o ‘gol de honra’ do Bragantino, que colocaria a eliminatória mais ao alcance dos paulistas.

Em suma, um Botafogo a precisar de melhorar ainda mais o seu futebol veloz e vertical, concatenando melhor as ligações durante os contra-ataques e, claramente, a necessitar de melhorias na definição para o gol, já que continuamos perdendo gols quase feitos cara a cara com os goleiros adversários.

Na verdade, apesar do bom ensaio coletivo, foram quatro jogadores, entre assistências e artilheiros da partida, que definiram o placar: Vitinho, Montoro, Cuiabano e Barboza. E, repare-se, nenhum deles é um 7, um 9 ou um 11, nenhum é um atacante de raiz. É bom conseguirmos essa variedade de protagonistas, mas presisamos urgentemente de um 'matador' e mais um centroavante para o ataque, além, naturalmente, de outros reforços que, esperemos, John Textor tenha identificado como essenciais.

Fora isso, o ensaio para um novo futebol pareceu-me bastante bom. Contra o Cruzeiro, uma 'prova de fogo' aparentemente bem maior do que o Bragantino, veremos como a aprendizagem está sendo interiorizada.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 2x0 Bragantino

» Gols: Álvaro Montoro, as 16’, e Alexander Barboza, aos 32’

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio e Janeiro (RJ)

» Data: 29.07.2025

» Público:  24.089 pagantes; 26.656 espectadores

» Renda: R$ 1.239.180,00

» Árbitro: Anderson Daronco (RS); Assistentes: Michael Stanislau (RS) e Tiago Augusto Kappes Diel (RS); VAR: Daniel Nobre Bins (RS)

» Disciplina: cartão amarelo – Cuiabano e Alexander Barboza (Botafogo); Eduardo Sasha e Agustín Sant’Anna (Bragantino)

» Botafogo: John; Vitinho, Kaio Fernando, Alexander Barboza e Cuiabano (Alex Telles); Newton (Allan), Marlon Freitas e Savarino; Artur (Joaquín Correa), Arthur Cabral (Nathan Fernandes) e Álvaro Montoro (Matheus Martins). Técnico: Davide Ancelotti.

» Bragantino: Cleiton; Andres Hurtado (Nathan Mendes), Pedro Henrique, Gustavo Marques e Agustín Sant’Anna; Gabriel, Eric Ramires (Fabinho) e John John; Lucas Barbosa (Vinicinho), Pitta (Thiago Borbas) e Eduardo Sasha (Praxedes). Técnico: Fernando Seabra.

terça-feira, 29 de julho de 2025

Retrospecto Botafogo x Bragantino (1990-2025)

Créditos: Elson Souto (Botafogo) e Reprodução / Internet (Bragantino)

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

SÍNTESE DE TODOS OS JOGOS (1990-2025):

» 28 jogos, 12 vitórias, 8 empates e 8 derrotas; saldo de gols favorável em 41-30.

1º JOGO

Botafogo 1x2 Bragantino

» Gols: Juninho, aos 3’ (Botafogo); Franklin, aos 46’, e João Santos, aos 68’ (Bragantino)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 18.11.1990

» Local: Estádio Caio Martins, em Niterói (RJ)

» Público: 599 pagantes

» Renda: Cr$ 602.000,00

» Árbitro: José Roberto Wright; Assistentes: Luís Alfredo Bianchi e César Felisberto da Silva

Disciplina: cartão amarelo – Jocimar (Botafogo) e Júnior e João Santos (Bragantino)

» Botafogo: Gabriel; Paulo Roberto, Jocimar, Gottardo e Renato (Vanderlei); Carlos Alberto, Luisinho e Carlos Alberto Dias; Juninho, Washington (Berg) e Valdeir. Técnico: Valdir Espinosa.

» Bragantino: Marcelo; Gil Baiano, Júnior, Carlos Augusto e Biro-Biro; Mauro Silva, Ivair, João Santos e Roberto (Franklin, depois Souza); Barbosa e Sílvio. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

ÚLTIMO JOGO

Botafogo 0x1 Bragantino

Gols: Eduardo Sasha, aos 4’

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 12.04.2025

» Local: Estádio Nabi Abi Chedid, em São Paulo (SP)

» Público: 5.233 espectadores

» Renda: R$ 197.980,00

» Árbitro: Anderson Daronco (RS); Assistentes: Maira Mastella Moreira (RS) e Daniella Coutinho Pinto (BA); VAR: Daniel Nobre Bins (RS)

» Disciplina: cartão amarelo – Marlon Freitas e Gregore (Botafogo) e Jhon Jhon, Cleiton e Pitta (Bragantino)

» Botafogo: John; Vitinho (Mateo Ponte), Jair, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas (Mastriani) e Patrick de Paula (Matheus Martins); Artur (Santiago Rodríguez), Igor Jesus e Savarino. Técnico: Renato Paiva.

» Bragantino: Cleiton; Andres Hurtado (Eduardo Santos), Pedro Henrique, Guzmán Rodríguez e Juninho Capixaba; Gabriel, Eric Ramires (Guilherme) e Jhon Jhon (Gustavinho); Lucas Barbosa (Vinicinho), Eduardo Sasha (Pitta) e Henry Mosquera. Técnico: Fernando Seabra.

MAIOR GOLEADA DE TODOS OS CONFRONTOS (1990-2025)

Botafogo 5x0 Bragantino

» Gols: Túlio ‘Maravilha’, aos 26’, 45’, 64, e 66’,e Wilson Gottardo, aos 36’

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 28.09.1996

» Local: Estádio Caio Martins, em Niterói (RJ)

» Disciplina: cartão vermelho – Moisés e França (Botafogo) e Rubens Júnior e Ronaldo Alfredo (Bragantino)

» Botafogo: Wagner; Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Gonçalves e Jefferson; Moisés França, Clayton (Otacílio) e Marcelo Alves (Jairo Lenzi); Mauricinho e Túlio ‘Maravilha’. Técnico: Jair Pereira.

» Bragantino: Eduardo; Viana, Rocha, Biro-Biro e Rubens Júnior; Alex Oliveira (Ronaldo Alfredo), Kelly, Cannigia e Maurinho; Edilson (Gilson Barata) e Alexandre. Técnico: Antônio Pardal.

OS JOGOS

18.11.1990 – Botafogo 1x2 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

11.03.1991 – Botafogo 0x3 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

24.05.1992 – Botafogo 0x2 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

21.06.1992 – Botafogo 1x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

27.06.1992 – Botafogo 0x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

13.08.1993 – Botafogo 3x1 Bragantino (Copa Conmebol, atual Sul-americana)

20.08.1993 – Botafogo 3x2 Bragantino (Copa Conmebol, atual Sul-americana)

06.09.1993 – Botafogo 0x0 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

28.10.1993 – Botafogo 1x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

30.08.1995 – Botafogo 0x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

29.09.1996 – Botafogo 5x0 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

15.10.1997 – Botafogo 3x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

26.08.1998 – Botafogo 2x2 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

17.10.2015 – Botafogo 4x0 Bragantino (Campeonato Brasileiro – série B)

10.07.2015 – Botafogo 0x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro – série B)

27.07.2016 – Botafogo 1x0 Bragantino (Copa do Brasil)

13.07.2016 – Botafogo 2x2 Bragantino (Copa do Brasil)

16.11.2020 – Botafogo 1x2 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

12.08.2020 – Botafogo 1x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

04.07.2022 – Botafogo 1x0 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

26.10.2022 – Botafogo 2x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

15.07.2023 – Botafogo 2x0 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

12.11.2023 – Botafogo 2x2 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

06.03.2024 – Botafogo 2x1 Bragantino (Copa Libertadores da América)

13.03.2024 – Botafogo 1x1 Bragantino (Copa Libertadores da América)

26.06.2024 – Botafogo 2x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

26.10.2024 – Botafogo 1x0 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

12.04.2025 – Botafogo 0x1 Bragantino (Campeonato Brasileiro)

RETROSPECTO DO PERÍODO DE VIDA DO MUNDO BOTAFOGO (2007-2025)

No período de vida do Mundo Botafogo (2007-2025) o Glorioso defrontou o Bragantino em 15 partidas, obtendo 8 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, com saldo de gols favorável em 22-13

Livro 125: ‘Paixão Por Uma Estrela: Uma Viagem Épica à Argentina’

2025: Paixão Por Uma Estrela: Uma Viagem Épica à Argentina, de E. Mamede Leão

SINOPSE

“Paixão Por Uma Estrela: Uma Viagem Épica à Argentina" é uma narrativa envolvente que documenta a jornada histórica rumo à primeira conquista da Libertadores pelo Botafogo. Escrito pelo Professor Mamede Leão, o livro relata as experiências emocionantes e desafios enfrentados por quatro torcedores apaixonados: o próprio autor, seu filho, seu sobrinho e um amigo, durante esta viagem memorável à Argentina. A obra captura a essência da paixão pelo futebol, mesclando as aventuras pessoais dos protagonistas com o momento histórico do clube. Com uma narrativa cativante, o autor transporta os leitores para cada momento desta épica jornada, desde as expectativas iniciais até a glória final da conquista do título continental. Uma leitura imperdível para amantes do futebol e especialmente para torcedores do Glorioso que desejam reviver este momento histórico através de uma perspectiva única e pessoal.

Detalhes do Produto

Editora: Semim Editora

Data da publicação: 30 de abril de 2025

Edição: Primeira edição

Idioma: Português

Número de páginas: 167 páginas

ISBN-10: 6598074398

ISBN-13: 978-6598074395

Peso do produto: 300 gr

Idade de leitura: 3 anos e acima

Dimensões: 10 x 2 x 16 cm

Venda: https://www.amazon.com.br/Paix%C3%A3o-Por-Uma-Estrela-Argentina/dp/6598074398

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Futebol e Filosofia

por MANUEL GARCIA M. | Professor de matemática e filosofia | in Revista Esfinge

«Provavelmente muitos de vocês se perguntem qual a relação entre futebol e filosofia, e inclusive pode ser que os entedie este jogo e nem o considerem um esporte. Na verdade, minha intenção é apenas usar o futebol como ferramenta para falar de filosofia, e demonstrar que esta disciplina não é própria e exclusiva de uma minoria elitista, mas o contrário, a atividade filosófica é natural no ser humano.

A filosofia nos serve para descobrir paulatinamente as leis que regem a vida, e portanto, as leis que regem a nós mesmos. Por isso, a filosofia serve para conhecermos melhor a nós mesmos e a natureza. Esta possibilidade de conhecimento que nos oferece a filosofia é a chave para evitarmos sofrimentos desnecessários e construir uma autêntica fraternidade entre todos os seres humanos.

Futebol e vida

O que vemos hoje em dia em muitos estádios de futebol, independentemente da categoria da equipe, se afasta bastante do que entendemos por esporte, pois se transformou em uma ferramenta de manipulação da sociedade e, sobretudo, em fonte de maus exemplos, especialmente para os mais jovens.

Então, o que é o futebol? Um famoso treinador, que já não está mais na ativa, afirmou em uma entrevista que o futebol é “receber, controlar, correr e passar a bola”. E mesmo isto, se refletirmos um pouco – nos transformamos em filósofos conscientes por um instante! – é a vida. Recebemos a vida em nosso corpo ao nascer, vai se desenvolvendo, vamos crescendo, corremos com a vida, e logo, chega o momento em que devemos passar a vida, a bola, a outro companheiro. Realmente a vida não deixa de se mover nunca, passa de uns para os outros.

No futebol, há aqueles que não passam a bola, eles são chamados “fominhas”. Do mesmo modo, existem pessoas que se empenham em viver superficialmente e não colaborar com o resto da sociedade. Poderíamos dizer que os preocupa mais o status pessoal, a sede pelas homenagens, que o bem da própria equipe… Platão chamava isso de timocracia; que pouco nós avançamos!

O que podemos aprender do futebol

O futebol, como esporte, é um jogo de equipe, por isso, podemos aprender dele valores humanos, como o sentido do dever, a solidariedade, a responsabilidade e o compromisso moral, não apenas com os demais, se não também, com nós mesmos, e além disso podemos aprender também o valor da fidelidade.

Existem tradições em outros esportes, como por exemplo no rugby, que exemplificam muito bem tudo o que foi dito anteriormente. É costume em muitas equipes de rugby que, ao terminar a partida, a equipe visitante limpe o seu vestuário, independentemente se ganhou o jogo ou não, como demonstração de respeito ao rival.

No futebol, todos os jogadores de cada equipe entram na partida com uma estratégia: 4-4-2 losango, marcação homem a homem…; na vida acontece a mesma coisa. A filosofia nos ensina que nada acontece por acaso, se não que tudo acontece por necessidade, tudo obedece a uma lei, outra questão é que nós não conhecemos essa lei. Então dizemos: “Ah, isso acontece por casualidade”; ou no futebol diríamos: “o adversário teve sorte”.

Fazem muitos séculos – alguns historiadores dizem que no século VI a. C. –, na Grécia, nasceu a filosofia. Estes sábios gregos afirmavam que tudo o que acontece na natureza obedece a uma lei, e além disso mostravam que havia acontecimentos que aconteciam com regularidade, e claro, se isso é assim, podemos prever acontecimentos!

Permita-me aqui a nota futeboleira; quando vemos um jogador de futebol cobrar uma falta direto ao gol do adversário, tratando de superar a barreira colocada pelo rival, e vemos como a bola descreve uma trajetória parabólica perfeita para se introduzir no gol do adversário, acreditam vocês que isso é azar? Não, há muito treinamento e esforço por detrás desse lançamento. Isto é algo que podemos aprender do futebol, a necessidade do esforço para conseguir nossos propósitos.

Sócrates dedicou grande parte da sua vida a investigar sobre as essências, se opondo aos sofistas, buscava a verdade. Buscava um denominador comum em conceitos tais como a verdade, a justiça, o bem…, para poder defini-los. Por exemplo, para chegar a definição da bondade, tratamos de procurar o que tem em comum todos os homens que chamamos de bondosos. Sócrates afirmava que, para empreender esta busca, é imprescindível reconhecer esta busca, é imprescindível reconhecer a nossa ignorância, despertar nossa consciência e, sobretudo, aprender a pensar por si mesmo – genial! Minha experiência de muitos anos como docente me diz que é mais difícil ensinar a alguém que acredita saber do que a alguém que reconhece a sua ignorância.

Fidelidade a algumas cores

Se perguntamos “o que é o bem?”, é provável que muita gente nos diga que o bem é um sentimento. Do mesmo modo, se perguntamos, por exemplo, a muitos torcedores do Deportivo de la Coruña porque são do “Depor”, irão nos dizer que o são por uma questão de sentimentos, que não se pode explicar com o que comumente chamamos razão. Bem, porém vamos aprofundar um pouco, se nos reunimos para conversar com esse torcedor, tomando um café, e melhor depois de uma vitória do time, talvez cheguemos a conclusão de que muitos torcedores do “Depor” o são por uma questão de fidelidade a uma cidade, aos pais que sempre torceram para esse time, fidelidade, um valor universal que hoje em dia até é criticado. Por isso já não se diz “sou fiel aos valores de tal equipe”. No entanto, escutamos “sou fã de…”. Observemos a palavra fã. Se trata de uma abreviatura de fanático, pessoa que defende uma crença ou uma opinião com paixão exagerada e sem respeitar as crenças e opiniões aos demais. Talvez agora compreendamos um pouco mais o que se passa em muitos estádios. Vemos como a linguagem retrata toda uma sociedade.

Porém voltamos as essências que buscava Sócrates. As essências, para nós, são muito difíceis de definir, porém podemos sentir, podemos sentir a beleza, por exemplo. Quando estamos diante de uma obra “artística” nos perguntamos o que é isso?, sem sentir nada, o mais provável é que essa obra, de artística tenha muito pouco. O mesmo acontece quando dizemos que nosso time jogou bem, porém sentimos em nosso interior um convencimento que nos permite fazer essa afirmação.

Caos, ordem e futebol

Existem futebolistas que, com apenas a sua presença no campo, colocam ordem em sua equipe. Casos como o de Xavi Hernández são exemplos de jogadores que canalizam o “logos”, a ideia que propõe o técnico. Se diz que eles que “fazem jogar a equipe”; se me permitem agora o apontamento filosófico, diria que esses jogadores são os que mostram o caminho, colocam ordem no caos, pois não se trata apenas de fazer gols, se trata de como se joga. A alegria de um gol é momentânea, porém disfrutar de um jogo de uma equipe pode durar os noventa minutos da partida. Não se trata de viver mais ou menos, se trata de como se vive.

Todos os filósofos nos ensinaram que é imprescindível buscar na vida essa ordem para chegar à felicidade. Retornando à fidelidade, poderíamos falar de fidelidade com coerência entre pensamento, sentimento e ação, fidelidade é um ideal. É curioso como muitos times de futebol são fiéis a um sistema de jogo, não o alteram, jogam em essência, sempre igual, recordemos o Barcelona de Guardiola; e quando rompem essa fidelidade, costumam perder. Fazer o que devemos, ser fiel a nossos valores humanos, tem muito mais transcendência do que nós podemos imaginar, escolher entre um comportamento moral e outro imoral vai definir a solidez de nosso edifício interior, de nossa essência.

No início deste artigo dizia que o que vemos hoje em dia em muitos estádios de futebol se afasta bastante do que entendemos por esporte. Uma nuvem de interesses econômicos, pouco claros muitas vezes, invade praticamente todo o esporte. E o pior é que o mercantilismo abarca também as pessoas; se fala de comprar ou vender a tal futebolista, ou este jogador vale tantos milhões… dá a sensação de que estamos em um mercado de escravos. No futebol de hoje em dia o dinheiro o corrompeu de tal forma que as essências se perderam no ar, se perderam os valores clássicos desse esporte.

Do mesmo modo, o positivismo do século XIX levou o ser humano a focar a sua vida desde um ponto de vista utilitarista, provocando um desinteresse pela busca das essências, pobre Sócrates! Quer dizer, apenas nos preocupamos com os fatos, o resultado do jogo; e isso é certamente um problema, pois os acontecimentos mudam, e se não buscamos as causas desses acontecimentos, nunca iremos avançar.

Quero encerrar essa breve reflexão com um fato que aconteceu faz alguns anos em uma partida de futebol de uma liga de amadores na Galícia: um jogador possui a bola em sua área; de repente, escuta o som de um apito e acredita em ‘o árbitro parou o jogo’. Então ele para e segura a bola com a mão, o árbitro se dirige a ele e apita pênalti; o apito havia vindo da grade. A pena máxima não se pode reivindicar. Então aconteceu algo inacreditável, o atacante encarregado de chutar o pênalti fala em particular com o goleiro rival e lhe diz em que direção vai chutar a bola, para que ele possa pegá-la. O goleiro não acredita nele, porém assim aconteceu. Tive a sorte de conversar com esse goleiro, um jovem de vinte anos. Ele comentava comigo que não era capaz de compreender os motivos desse comportamento do atacante rival; naquele momento eu lhe respondi que às vezes o silêncio é a melhor resposta. Porém hoje eu diria, como demonstrava anteriormente, que o importante não é ganhar ou perder, o importante é como se joga. O importante é escolher uma forma de vida que nos permite construir um sólido edifício interior, com uma profunda base moral

Fonte: https://www.revistaesfinge.com.br/2019/09/20/futebol-e-filosofia/

domingo, 27 de julho de 2025

Botafogo 1x1 Corinthians – déjà vu

“Acendam a luz!” - Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Estamos perante as consequências de um semestre desastroso com a assinatura de uma gestão que hipotecou a temporada de 2025, sem planejamento, sem pré-época, sem um técnico com currículo à altura de um campeão brasileiro e sul-americano, sem reforços capazes além de 2 ou 3 de nível aceitável.

Estamos perante o que já foi visto antes com um plantel desequilibrado: defesa forte; meio-campo mediano; ataque abaixo do mínimo. E o resultado é o de um Botafogo a dois tempos, que se faz um bom 1º tempo claudica na etapa complementar, continua desperdiçando gols, faz três remates enquadrados com a baliza e não mais do que isso em 90 minutos de jogo.

A verdade é que tendo desperdiçado uma possível vitória por dois gols no 1º tempo, o Botafogo foi dominado no 2º tempo e com mais discernimento o Corinthians até poderia ter levado a vitória após as alterações cirúrgicas de Dorival Júnior.

No entanto, deve-se realçar que, apesar do volume de jogo no 1º tempo, as oportunidades flagrantes de gol não ocorreram como deveriam, sendo mais posse de bola eficiente e menos reultado em matéria de eficácia, isto é, de qualidade do último passe e de definição final.

Em suma, insisto, a posse de bola não define, por si só, a melhor equipe em campo.

Sendo muito cedo para avaliar Ancelotti, que caiu como uma mosca numa sopa da qual ainda não se conseguiu desembaraçar, deve-se notar que até agora, excluindo a movimentação da equipe, aparentemente mais solta, não mostrou nenhuma novidade.

A equipe permanece com os mesmos erros e limitações, e em três jogos da Era Ancelotti contra três equipes em que três vitórias seria o normal, sendo dois dos jogos em casa e um fora com o super lanterna Sport, a verdade é que perdemos 4 pontos por exclusiva culpa nossa e o único jogo ganho deveu-se a uma súbita inspiração de Cuiabano em cima do minuto 90.

Se os 4 pontos desperdiçados tivessem sido somados com vitórias estaríamos em 4º lugar a 3 pontos do líder Cruzeiro e menos um jogo, e a 2 pontos do Palmeiras e 3 do Flamengo, com o mesmo número de jogos.

Na verdade, estamos a 6 pontos do Palmeiras e a 7 do Flamengo, perdendo terreno constantemente, com adversários mais difíceis no horizonte e um mês de loucos em matéria de jogos a disputar.

Se Ancelotti já tivesse começado o ‘milagre’ de acertar a equipe com as lacunas que tem, seria possível querermos lutar pelo título, mas até agora praticamente nada mudou na equipe e Ancelotti não foi capaz de reagir em campo às adversidades, mostrando que necessita do tempo de que não dispomos.

Dito isso, creio que, com muito suor e alguma sorte, podemos aspirar ao G4 e, em matéria de títulos, apostar nas Copas de mata-mata. Porque nem Ancelotti nem Textor parecem capazes de ser ‘milagreiros’ em mais um recomeço e numa altura avançada de uma temporada que deve servir de estudo de caso de gestão para tudo aquilo que não se deve fazer em matéria de equipe ‘grande’ que almeja desenvolver um futebol de alto nível e alcançar títulos de topo.

A esperança não morre, mas se não lhe dermos conteúdos que a sustentem, temos que olhar urgentemente para dentro de nós mesmos e proceder ao único caminho possível: reconhecer e analisar os problemas, estudar as soluções desejadas, possíveis e realizáveis, definir os melhores cenários alternativos e discernir qual deles nos serve melhor para o que poderemos ainda fazer em 2025.

Ousar Lutar, Ousar Criar, Ousar Vencer!

FICHA TÉCNICA

Botafogo 1x1 Corinthians

» Gols: Arthur Cabral, aos 24’ (Botafogo); Memphis Depay, aos 82’ (Corinthians)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 26.07.2025

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público:  27.087 pagantes; 31.402 espectadores

» Renda: R$ 1.807.000,00

» Árbitro: Rodrigo José Pereira de Lima (PE); Assistentes: Victor Hugo Imazu dos Santos (PR) e Francisco Chaves Bezerra Junior (PE); VAR: Wagner Reway (SC)

» Disciplina: cartão amarelo – Alexander Barboza, Mateo Ponte e Allan (Botafogo) e João Pedro Tchoca, Angileri e Dorival Júnior – técnico (Corinthians)

» Botafogo: John; Mateo Ponte (Vitinho), Kaio Fernando, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Allan, Newton e Joaquín Correa (Savarino); Álvaro Montoro (Jordan Barrera), Arthur Cabral e Nathan Fernandes (Santi Rodríguez). Técnico: Davide Ancelotti.

» Corinthians: Hugo Souza; Léo Mana (Matheuzinho), Cacá, João Pedro Tchoca e Angileri; Raniele, Charles (Breno Bidon) e Luiz Gustavo Bahia (Memphis Depay); Carrillo, Talles Magno (Matheus Bidu) e Ángel Romero (Yuri Alberto). Técnico: Dorival Júnior.

O otorrino não me deu ouvidos

[Aos leitores interessados informa-se que as crônicas de Lúcia Senna no Mundo Botafogo foram publicadas em livro intitulado 'No embalo...