MALALA
YOUSAFZAI nasceu em Mingora, Jaiber Pastunjuá, Paquistão, a 12 de julho de
1977. É ativista a favor dos direitos humanos e especialmente dos direitos das crianças
e dos jovens e do acesso destes à educação.
Malala é
ativista desde os 11 anos quando escreveu um blogue sob pseudônimo para a BBC,
narrando a sua vida sob o regime Talibã. The New York Times filmou um
documentário sobre a sua vida e, aos 13 anos, foi nomeada para o Prêmio Internacional
da Criança por Desmond Tutu – prêmio para o qual foi eleita mais tarde, aos 16
anos.
Aos 15 anos
Malala foi baleada na cabeça e no pescoço numa tentativa de assassinato por
parte dos Talibãs, gente paquistanesa e afegã que integra um movimento fundamentalista
islâmico nacionalista, fundado no Paquistão e que governou o Afganistão entre
1996 e 2001, criando o Estado Teocrático e recuperando tradições milenares do
Islão nos seus aspectos mais reacionários, segregacionistas e anti-direitos
humanos. Comparativamente, o movimento fundamentalista islâmico de recuperação
das ‘tradições’ é semelhante ao que seria um movimento fundamentalista romano na
Europa que quisesse recuperar os circos romanos com as suas feras, os seus
gladiadores e as suas hordas de espectadores em delírio com o sangue dos
vencidos jorrando abundantemente na arena.
Foi esta
gente que destruiu os Budas de Baniyan, patrimônio da humanidade, que após
sobreviverem às intempéries durante 1.500 anos, foram arrasados pelos talibãs
durante meses de bombardeio pesado sob a justificação que eram ‘ídolos’ e que o
Islão não o permitia. Porém, para infelicidade dos fundamentalistas islâmicos,
Malala sobreviveu após ser operada num hospital inglês para onde foi
transportada e os responsáveis pela tentativa de assassínio foram alvo de uma fatwa, emitida por Clérigos islâmicos do
Paquistão, que permite esclarecer uma questão cuja jurisprudência islâmica é
pouco clara, mas o responsável pelos disparos foi esclarecedor: reiterou a sua
vontade de matar Malala e o seu pai.
No dia de
comemoração dos seus 16 anos Malala discursou na Assembleia da Juventude da
Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque:
– “Vamos pegar os nossos livros e as nossas
canetas. Eles são as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor,
uma caneta e um livro podem mudar o mundo. A educação é a única solução”.
Cinquenta e
três dias depois Malala inaugurou a maior biblioteca da Europa em Birmingham,
Inglaterra, e três meses depois de discursar na ONU foi galardoada por
unanimidade, pelo Parlamento Europeu, com o Prêmio Sakharov, o qual homenageia
pessoas ou grupos em defesa dos direitos humanos e da liberdade.
No dia 10 de
outubro de 2014, aos 17 anos de idade, Malala Yousafzai foi galardoada, juntamente
com Kailash Satyarthi, defensor dos direitos das crianças, com o Prêmio Nobel
da Paz, instituído pelo sueco Alfred Nobel e atribuído pelo Comitê Nobel
Norueguês, nomeado pelo Parlamento Norueguês, que distingue, segundo a vontade
de Nobel, “pessoas ou organizações que
tivessem feito a maior e melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela
abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de
tratados de paz”. No caso específico, Malala e Kailash foram laureados “pela sua luta contra a discriminação das
crianças e jovens e pelo direito destes à educação”.
O valioso
ativismo de Malala é tão elevado na defesa dos direitos das crianças, dos
jovens e do direito destes à educação, que a corajosa e ousada jovem foi
galardoada ou distinguida, entre 2011 e 2014, nada mais, nada menos, do que 15
vezes: Prêmio Nacional da Paz da Juventude (2011), Sitara-e-Shujaat, Prêmio
Coragem Civil do Paquistão (2011); Revista Foreign Policy, top 100 pensador
global (2012); Time, lista de pessoas influentes (2012); Madre Teresa Memorial,
Prêmio para a Justiça Social (2012); Prêmio Romano pela Paz e Ação Humanitária
(2012); Top Name 2012, Pesquisa Anual da Global English (2013); Prêmio Simone
de Beauvoir (2013); Prêmio Fred e Anne Jarvis, da União Nacional de Professores
do Reino Unido (2013); Prêmio Anual de Desenvolvimento do Fundo de OPEP para o
Desenvolvimento Internacional (2013); Prêmio Internacional Catalunya (2013);
Prêmio Anna Politkoskaya (2013), Prêmio Internacional da Criança (2013); Prêmio
Sakharov (2013); e, finalmente, o corolário da sua ação sobre o mundo
simbolizada pelo Prêmio Nobel da Paz, o maior galardão dos defensores dos
direitos, humanos, da liberdade e da paz.
BEM-HAJAS,
MALALA!
Fonte
principal: Wikipédia.
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