por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
A princesa Ardínia viveu no século X, no Castelo de Lamego, quando esta terra se encontrava sob domínio árabe. Era o período da reconquista da Península Ibérica aos árabes.
A beleza da princesa era falada em todos os lados. Um dia o cavaleiro cristão, Dom Tedom, foi disfarçado a Lamego, tendo-se logo apaixonado. Depois de alguns encontros no laranjal do castelo, ao luar, resolveram casar.
Mas o rei mouro, pai da princesa, não consentia no
casamento da sua filha muçulmana com um cristão. Numa noite de vendaval a
princesa fugiu com o seu amado para longe, escondendo-se no Convento de São
Pedro das Águias, onde casaram.
Porém, a felicidade de Ardínia durou pouco. O pai, que saíra em sua perseguição, encontrou-a junto do rio Távora e, ao saber que se tinha casado e convertido à cristandade, matou-a com a sua espada deitando o corpo à água.
Quando Dom Tedom soube da morte da sua amada, fez votos
de nunca mais se casar e atirou-se ao combate dos muçulmanos, tendo sido morto
junto a um pequeno rio, que ficou com o seu nome, rio Tedo.
Dizia o povo que as águas dos rios Távora e Tedo por vezes aparecem vermelhas, porque o sangue dos amados Ardínia e Tedom ainda as tinge.
O povo também afirmava que quando o castelo é envolvido pelo nevoeiro no Inverno, a alma da princesa esvoaça sobre ele…
Fontes: rotadodouro.pt e www.outrostempos.com
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