domingo, 4 de setembro de 2022

Na Rota do Românico (III): Camilo Castelo Branco e Ana Plácido

Parque Fluvial de Porto de Rei e zona de merendas.

 

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

 

Em 1858, a cidade do Porto assistiu a um romance escandaloso, que contrariava os bons costumes e a moralidade vigente na sociedade da época.

 

Trata-se da relação entre o escritor Camilo Castelo Branco e Ana Plácido, que à data era casada com um abastado comerciante.

 

Parque Fluvial de Porto de Rei: a piscina e o cais.

 

Na época, o adultério era crime. Denunciados pelo marido de Ana Plácido, os amantes foram detidos, sendo Ana condenada por adultério e Camilo, por seu lado, condenado por “cópula com mulher casada”.

 

Aguardaram mais de um ano pelo julgamento, detidos na Cadeia da Relação do Porto (atualmente Centro Português de Fotografia).

 

E o convite a um mergulho fluvial.

 

Na prisão, Camilo escreveu o seu famoso romance “Amor de Perdição”, em apenas 15 dias! No julgamento ambos foram absolvidos, visto que o júri não considerou que houvesse provas das acusações.

 

Em liberdade, o casal voltou a juntar-se e, mais tarde, mudaram-se para a casa do falecido marido de Ana, em Famalicão, onde viveram o resto das suas vidas.

 

Escultura de Camilo Castelo Branco e Ana Plácido.

 

A história de amor de Camilo Castelo Branco e Ana Plácido perdura até aos dias de hoje, tendo sido imortalizada em forma de escultura, por António Duarte, e colocada em frente ao edifício onde ambos estiveram detidos, no Porto.


Fontes: publico.pt e rotadodouro.pt

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