quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

O Quinto Império e a Oriental Praia Sul-Americana

Crédito: André Coelho | EPA.

por BFR NÚMEROS | Leitor e Amigo do Mundo Botafogo

Se a Zona Norte do Rio de Janeiro tem o Vasco da Gama, a Zona Sul carioca agora tem o Camões de Futebol e Regatas – o primeiro campeão com um português, um angolano e brasileiros. O Botafogo cumpriu o Quinto Império no último sábado quando escreveu – em 100 minutos jogando em desvantagem numérica, reeditando gols imortalizados em sua história (o 1º de Luís Henrique, o 7, que foi uma reedição do gol de Túlio no Pacaembu em 1995; o 2º gol de Alex Telles, o 13, que foi uma reedição do gol de Loco Abreu em 2010) - com a licença d’O Poeta, o 11º Canto da Obra Magna da nação universal, pluricontinental lusófona, do "império que Deus quis", com a palavra final no gol de Júnior Santos, o 11, o artilheiro (muito artilheiro) da competição – que fez lembrar tanto o gol 'oficioso' de Dimba em 1997, quanto os diversos gols de Garrincha nos anos 60, quando ninguém esperava, transformando aquele campo às margens do Rio da Prata num enorme latifúndio, para citar o mestre da palavra botafoguense Armando Nogueira.

E toda essa profecia, que deixaria invejosos Bandarra e o Frei Bernardo de Brito, teve o seu desfecho sebastianista em todo o ato de sua comemoração: No ano que iniciou com um cortejo da Barra da Tijuca à Botafogo, no falecimento de Zagallo, terminou com uma carreata campeoníssima – com requintes da catarse coletiva de 1995 – desde o Galeão (e já não é o próprio nome Botafogo, por si, também o de um galeão?) até "o bairro" que, mal sabem os maledicentes incautos, fôra um dia a capital do Reino e que agora tornou-se capital do continente.

Mas, acima de todas estas personalidades históricas, e talvez até do próprio Velho Lobo, há alguém que certamente está muito feliz: Luiz Caldas. Se aquela praia – não a Ocidental Praia Lusiana, mas a 'Oriental Praia Sul-Americana' depois tornada enseada, com vista privilegiada para a Guanabara – foi o berço da libertação do amor ao desporto popular (então o remo) em 1894, no último dia 1 de Dezembro celebrou a Libertadores – que para além das quimeras bolivarianas, libertou das injustiças toda a nação escolhida pelo 'almirante'.

7 comentários:

jornal da grande natal disse...

Sensacional. Desse jeito o "lusofogo", o editor, termina o ano vendo "estrelas"...

Ruy Moura disse...

Texto espetacular, não é, Vanilson? Absolutamente surpreendente...

Abraços LIBERTADORES!

Sergio disse...

Vou te plagiar Ruy, texto espetacular! Abs e SB!

Ruy Moura disse...

E eu te plagio triplicando: texto espetacular!
😊😊😊😊😊😊😊😊
Abraços LIBERTADORES!

BFR Números disse...

Caberia ainda uma menção ao John Textor como um Marquês de Pombal que reconstruiu o clube após o 'terremoto' das últimas gestões pré-SAF, rs.

Ruy Moura disse...

Bem visto. Se quiser acrescentar diga-me onde e acrescento.
Abraços LIBERTADORES.

Ruy Moura disse...

Sabe o meu e-mail: mundobotafogo@gmail.com

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