por CORREIO BRAZILIENSE
«O rubro-negro Luís Carlos Alcântara
vibrou com o título do Botafogo, campeão da Libertadores neste sábado (30/11)
sobre o Atlético, em Buenos Aires. Quem conhece esse flamenguista de 62 anos,
morador de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, se surpreende. Mas a adesão
ao time carioca rival tem explicação. Afinal, ele decidiu retribuir – ainda que
de maneira póstuma – a atitude de um amigo botafoguense que vestiu a camisa
rubro-negra após o título da Libertadores de 2019, que o Flamengo faturou. Esse
amigo, Luís Antônio Esteves, morreu no último dia 19/11 sem ter, portanto, a
chance de ver o emocionante jogo que fez o Monumental de Nuñez ferver. Mas,
para Luís Carlos, Luís Antônio estava de alguma forma presente:
“Ele estava aqui. Simplesmente ele estava aqui”,
disse, emocionado, após acompanhar uma das partidas mais incríveis do Botafogo,
em que o time conseguiu vencer mesmo tendo apenas 10 jogadores desde uma
expulsão aos 30 segundos de jogo.
“Foi um jogo com características tão dramáticas quanto
em 2019. Na ocasião, meu amigo botafoguense Luís Antônio dizia que o Flamengo
iria virar com gol de Gabigol e aconteceu”, lembrou Luís Carlos, referindo-se
ao sufoco que o Flamengo passou na final contra o River Plate, em Lima, no
Peru.
A camisa do Botafogo que Luís Carlos vestiu após o
jogo pertencia justamente ao amigo Luís Antônio.»
6 comentários:
Sensacional. Eu mesmo nunca procurei secar time brasileiro. Desde 1976. O primeiro título nacional na Libertadores pós Santos!
A matéria é mesmo sensacional, Vanilson. Mexe com os nossos sentimentos e é um exemplo ímpar de como se devia viver apaixonadamente o desporto e os embates com os rivais - já que sem eles como um clube poderia ser campeão em cima de si mesmo?...
Abraços LIBERTADORES|
Meu estimado pai é rubro-negro e me parabenizou logo após o título. O futebol sempre foi um assunto que conseguimos conversar, e eu via que ele torcia pelo Botafogo para que eu não ficasse triste, e eu, por minha vez, já dei boas risadas com os destemperos e a alegria do velho com o urubu.
O meu pai era vascaíno. Então, eu só ia ver os jogos contra o Vasco. Mas o meu pai nunca se manifestava, mesmo no estádio. Nunca vi torcedor simultaneamente tão fervoroso e tão silencioso. (rs)
Abraços LIBERTADORES!
A história desses amigos é muito emocionante, um exemplo do que é amizade acima das paixões clubistas.
Muitos dos meus amigos de infância e adolescência eram torcedores do Flamengo e cansamos de assistir jogos juntos sem nenhum problema, até bandeira do rubro negro conduzi com meus amigos. Em 72 no 6X0 consolei alguns flamenguistas, futebol pra mim tem que ter uma convivência sadia, somos adversários nunca inimigos. Abs e SB!
Totalmente solidário! O desporto deveria ser, antes de tudo, a comemoração da ousadia humana querendo sempre ser 'mais rápido', 'mais alto' e 'mais forte' (Citius, Altius, Fortius) numa compita de exemplar cidadania. Em vez disso temos... tudo aquilo que sabemos, começando pelas instâncias mais altas do desporto em geral e do futebol em particular e terminando em muito fanáticos de arquibancada totalmente desrespeitosos da sã convivência. Sinais dos tempos...
Abraços LIBERTADORES!
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