segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Carlos Alberto Santos: elegante em campo, bem-falante na vida

Fonte: Instagram @carlosalbertosantos.oficial

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Carlos Alberto Souza dos Santos nasceu no dia 9 de dezembro de 1960, em Vianópolis, estado de Goiás, atuava como volante, mede 1,76m e pesa 74kg.

Santos foi revelado pelo Goiás EC, onde atuou como profissional no período 1981-1986, realizando 94 jogos e marcando 2 gols. Conquistou o Campeonato Goiano em 1981, 1983 e 1986.

Tendo chamado a atenção aos homens da CBF, o atleta foi convocado para a Seleção Brasileira em 1986, disputando 2 jogos pelo Brasil Olímpico.

Em 1987 transferiu-se para o Grêmio Novorizontino e recebeu proposta do Palmeiras, mas o seu coração morava no Glorioso da Estrela Solitária, rejeitando a proposta paulista para ingressar no Botafogo em 1987.

Aos 9 anos de idade Carlos Alberto Santos foi selecionado pela sua escola para desfilar no Dia da Independência com a Camisa Canarinho nº 10, de Pelé. A mãe comprometera-se a fazer a camisa, mas o nosso pequeno rapaz insistiu que queria a nº 7, de Jairzinho, e a mãe teve que ir à escola comunicar a decisão.

E assim foi que no dia 19 de setembro de 1987 estreou pelo Botafogo, no empate por 1x1 com o Fluminense, gol de Vágner Bacharel, em partida do Campeonato Brasileiro, no estádio do Maracanã. Sob o comando de Zé Carlos, o Botafogo alinhou com Jorge Lourenço; Melo, Vágner Bacharel, Wilson Gottardo e Renato Martins; Vítor, Carlos Alberto Santos e Carlos Magno (Ademir Fonseca); Maurício, Toni (Mazolinha) e Berg.

Em 1989 Carlos Alberto Santos foi compensado da sua escolha pelo Botafogo, sagrando-se Campeão Estadual no ano em que o Botafogo quebrou um jejum de 21 anos sem o título estadual.

Fonte: https://terceirotempo.uol.com.br

No dia 21 de junho de 1989 o Botafogo defrontou o Flamengo, no estádio do Maracanã, pela decisão do título de Campeão Estadual. Decidido a quebrar o jejum de títulos, o Botafogo venceu heroicamente o Flamengo por 1x0, gol de Maurício, a cruzamento de Mazolinha, aos 57’. Sob o comando de Valdir Espinosa, a equipe alinhou com Ricardo Cruz; Josimar, Wilson Gottardo, Mauro Galvão e Marquinho; Carlos Alberto Santos, Luisinho e Vítor; Maurício, Paulinho Criciúma e Gustavo (Mazolinha).

Santos gostou da façanha e repetiu-a com o Botafogo no ano seguinte. No dia 29 de julho de 1990 o Botafogo defrontou e venceu o Vasco da Gama na finalíssima, por 1x0, gol de Carlos Alberto Dias, aos 79’, no estádio do Maracanã, na célebre e pitoresca cena em que o Vasco decidiu que era campeão por errônea interpretação do regulamento e fez a volta olímpica com uma caravela de papelão. Sob o comando de Joel Martins da Fonseca, a equipe alinhou com Ricardo Cruz; Paulo Roberto, Wilson Gottardo, Gonçalves e Renato Martins; Carlos Alberto Santos, Luisinho e Djair (Gustavo); Donizete, Valdeir e Carlos Alberto Dias.

No dia 19 de julho de 1992, nas célebres finais do Brasileirão entre Botafogo e Flamengo, Carlos Alberto Santos realizou o último jogo pelo Botafogo, no empate por 2x2 no jogo de volta, gols de Pichetti, aos 83’, e Valdeir, aos 88’, que valeu o título ao Flamengo. Sob o comando de Gil, a equipe alinhou com Ricardo Cruz; Odemilson, Renê Payboy, Márcio Santos e Válber; Carlos Alberto Santos, Pingo e Carlos Alberto Dias; Vitinho (Jeferson Gaúcho), Chicão (Pichetti) e Valdeir.

No Botafogo Carlos Alberto Santos realizou 247 jogos e marcou 19 gols, tendo sido bicampeão do Campeonato Carioca em 1989 e 1990, da Taça Rio (1989) e do Torneio da Amizade de Vera Cruz (1990).

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Em 1992, por convite de Zico, que jogava no Sumitomo Metals (mais tarde designado Kashima Antlers), Carlos Alberto Santos foi fazer companhia ao seu patrício. Em 1993 foi eleito para a Seleção do Melhores Jogadores da J-League. No clube japonês o atleta atuou em 105 jogos e marcou 23 gols entre 1992-1995.

Em 1995 ingressou no Shimizu S-Pulse e alcançou o seu único título em terras do Japão ao vencer a Copa da Liga Japonesa (1996). Carlos Alberto Santos representou o clube entre 1995-2000, atundo em 214 jogos e marcando 28 gols.

Em 2001 rumou ao Vissel Kobe, clube também japonês, e aí interrompeu a carreira após 29 jogos, regressando apenas em 2003, já com 42 anos, atuando pelo Thesta Kusatsu em 7 jogos, encerrando a carreira de futebolista após 11 anos no Japão.

Carlos Alberto Santos, do qual se dizia que era o ‘homem que jogava de terno’, devido à elegância dos seus movimentos e à postura bem-falante em sociedade, ajustou-se perfeitamente à ‘Terra do Sol Nascente’, uma sociedade de trato afável e postura irrepreensível.

Tanto assim era que entre 2004-2005 aceitou o cargo de Auxiliar-técnico do Shimizu S-Pulse. Todavia, após 13 anos a saudade da pátria provavelmente foi sentida e o apego ao Botafogo falou mais alto, aceitando treinar os juniores do Botafogo entre 2006-2007.

Depois disso dedicou-se a outras atividade, mas ainda treinou, mais tarde, o Angra do Reis (2015) e o 7 de Abril (2017).

No retorno, Carlos Alberto Santos criou, na sua cidade Natal, uma fundação social, dividindo o seu tempo entre Vianópolis e o Rio de Janeiro, cidade que aprendeu a amar por causa do Botafogo de Futebol e Regatas.

Fontes: Botafogo TV; https://pt.wikipedia.org; https://terceirotempo.uol.com.br; https://www.zerozero.pt; Instagram @carlosalbertosantos.oficial.

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