por RUY MOURA |
Editor do Mundo Botafogo
Carlos Alberto Souza dos Santos nasceu no dia 9 de dezembro de
1960, em Vianópolis, estado de Goiás, atuava como volante, mede 1,76m e pesa
74kg.
Santos foi revelado pelo Goiás EC, onde atuou
como profissional no período 1981-1986, realizando 94 jogos e marcando 2 gols.
Conquistou o Campeonato Goiano em 1981, 1983 e 1986.
Tendo chamado a atenção aos homens da CBF, o
atleta foi convocado para a Seleção Brasileira em 1986, disputando 2 jogos pelo
Brasil Olímpico.
Em 1987 transferiu-se para o Grêmio
Novorizontino e recebeu proposta do Palmeiras, mas o seu coração morava no
Glorioso da Estrela Solitária, rejeitando a proposta paulista para ingressar no
Botafogo em 1987.
Aos 9 anos de idade Carlos Alberto Santos foi
selecionado pela sua escola para desfilar no Dia da Independência com a Camisa
Canarinho nº 10, de Pelé. A mãe comprometera-se a fazer a camisa, mas o nosso
pequeno rapaz insistiu que queria a nº 7, de Jairzinho, e a mãe teve que ir à
escola comunicar a decisão.
E assim foi que no dia 19 de setembro de 1987
estreou pelo Botafogo, no empate por 1x1 com o Fluminense, gol de Vágner
Bacharel, em partida do Campeonato Brasileiro, no estádio do Maracanã. Sob o
comando de Zé Carlos, o Botafogo alinhou com Jorge Lourenço; Melo, Vágner
Bacharel, Wilson Gottardo e Renato Martins; Vítor, Carlos Alberto Santos e Carlos Magno (Ademir Fonseca); Maurício,
Toni (Mazolinha) e Berg.
Em 1989 Carlos Alberto Santos foi compensado da sua escolha pelo Botafogo, sagrando-se Campeão Estadual no ano em que o Botafogo quebrou um jejum de 21 anos sem o título estadual.
No dia 21 de junho de 1989 o Botafogo
defrontou o Flamengo, no estádio do Maracanã, pela decisão do título de Campeão
Estadual. Decidido a quebrar o jejum de títulos, o Botafogo venceu heroicamente
o Flamengo por 1x0, gol de Maurício, a cruzamento de Mazolinha, aos 57’. Sob o
comando de Valdir Espinosa, a equipe alinhou com Ricardo Cruz; Josimar, Wilson
Gottardo, Mauro Galvão e Marquinho; Carlos
Alberto Santos, Luisinho e Vítor; Maurício, Paulinho Criciúma e Gustavo
(Mazolinha).
Santos gostou da façanha e repetiu-a com o
Botafogo no ano seguinte. No dia 29 de julho de 1990 o Botafogo defrontou e
venceu o Vasco da Gama na finalíssima, por 1x0, gol de Carlos Alberto Dias, aos
79’, no estádio do Maracanã, na célebre e pitoresca cena em que o Vasco decidiu
que era campeão por errônea interpretação do regulamento e fez a volta olímpica
com uma caravela de papelão. Sob o comando de Joel Martins da Fonseca, a equipe
alinhou com Ricardo Cruz; Paulo Roberto, Wilson Gottardo, Gonçalves e Renato
Martins; Carlos Alberto Santos,
Luisinho e Djair (Gustavo); Donizete, Valdeir e Carlos Alberto Dias.
No dia 19 de julho de 1992, nas célebres
finais do Brasileirão entre Botafogo e Flamengo, Carlos Alberto Santos realizou
o último jogo pelo Botafogo, no empate por 2x2 no jogo de volta, gols de
Pichetti, aos 83’, e Valdeir, aos 88’, que valeu o título ao Flamengo. Sob o
comando de Gil, a equipe alinhou com Ricardo Cruz; Odemilson, Renê Payboy,
Márcio Santos e Válber; Carlos Alberto
Santos, Pingo e Carlos Alberto Dias; Vitinho (Jeferson Gaúcho), Chicão (Pichetti)
e Valdeir.
No Botafogo Carlos Alberto Santos realizou 247 jogos e marcou 19 gols, tendo sido bicampeão do Campeonato Carioca em 1989 e 1990, da Taça Rio (1989) e do Torneio da Amizade de Vera Cruz (1990).
Em 1992, por convite de Zico, que jogava no Sumitomo
Metals (mais tarde designado Kashima Antlers), Carlos Alberto Santos foi fazer
companhia ao seu patrício. Em 1993 foi eleito para a Seleção do Melhores
Jogadores da J-League. No clube japonês o atleta atuou em 105 jogos e marcou 23
gols entre 1992-1995.
Em 1995 ingressou no Shimizu S-Pulse e
alcançou o seu único título em terras do Japão ao vencer a Copa da Liga
Japonesa (1996). Carlos Alberto Santos representou o clube entre 1995-2000,
atundo em 214 jogos e marcando 28 gols.
Em 2001 rumou ao Vissel Kobe, clube também
japonês, e aí interrompeu a carreira após 29 jogos, regressando apenas em 2003,
já com 42 anos, atuando pelo Thesta Kusatsu em 7 jogos, encerrando a carreira
de futebolista após 11 anos no Japão.
Carlos Alberto Santos, do qual se dizia que era
o ‘homem que jogava de terno’, devido à elegância dos seus movimentos e à
postura bem-falante em sociedade, ajustou-se perfeitamente à ‘Terra do Sol Nascente’,
uma sociedade de trato afável e postura irrepreensível.
Tanto assim era que entre 2004-2005 aceitou o
cargo de Auxiliar-técnico do Shimizu S-Pulse. Todavia, após 13 anos a saudade
da pátria provavelmente foi sentida e o apego ao Botafogo falou mais alto,
aceitando treinar os juniores do Botafogo entre 2006-2007.
Depois disso dedicou-se a outras atividade,
mas ainda treinou, mais tarde, o Angra do Reis (2015) e o 7 de Abril (2017).
No retorno, Carlos Alberto Santos criou, na
sua cidade Natal, uma fundação social, dividindo o seu tempo entre Vianópolis e
o Rio de Janeiro, cidade que aprendeu a amar por causa do Botafogo de Futebol e
Regatas.
Fontes: Botafogo TV; https://pt.wikipedia.org; https://terceirotempo.uol.com.br; https://www.zerozero.pt;
Instagram @carlosalbertosantos.oficial.



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