domingo, 1 de setembro de 2013

Meu Amado Pai

por Marcos Müller

Ontem, morreu uma das fontes inspiradoras d' Os Helenos: meu amado pai João Ignácio Müller.

Seu amor pelo Botafogo me foi passado desde meu primeiro dia de vida e sobrevirá em mim para sempre.

Por muitos anos, minha maior alegria na vida era esperar o domingo, irmos juntos ao Maracanã, após almoçar na casa dos meus avós, com toda a família reunida. Éramos só nós dois, abraçados, na vitória ou na derrota.

Hoje vejo que o resultado pouco importava, o importante era ter meu pai sempre ao meu lado, como um verdadeiro herói.

Com o tempo a vida foi nos afastando, ele preferia o conforto do sofá e eu a agitação dos amigos.

Que me perdoem meus grandes amigos, mas nunca vou ter um companheiro de Maracanã como meu pai.

Por toda a minha vida, quase todos os dias falávamos sobre o nosso Botafogo. Se a vida nos afastou em vários assuntos, um ficou preservado até o fim: o Botafogo foi sempre a nossa comunhão, o nosso grande amor.

Amanhã, no Maracanã [hoje, Botafogo x São Paulo], quando o Botafogo homenagear meu pai com um minuto de silêncio, um ciclo vai se encerrar, mas, para minha alegria, meu pai vai partir leve e feliz, afinal, no fim, o seu grande amor foi correspondido.

E eu, continuarei aqui, pra sempre Botafogo e em todos os jogos, vou vestir a camisa que encontrei ontem guardada no armário do meu pai, não para me dar sorte, mas para me dar força.


Um beijo, pai! Até breve!
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Marcos Müller 

[Nota de Mundo Botafogo: 'Os Helenos', a "única banda rock, ska, samba, salsa, punk, latina botafoguense da história" foi obra de Marcos Müller, que teve no pai uma das fontes de inspiração]

7 comentários:

Gil disse...

Rui,

Como sou sentimental de carteirinha, os olhos marejaram!

Que Deus console os corações dos Familiares e Amigos!

Abs e Sds, Botafoguenses!!!

Ruy Moura disse...

Não te admires dessa reação, Gil. Eu não marejei os olhos porque geralmente não choro: a minha reação típica é ficar arrepiado. E ao ler o texto do Marcos fiquei arrepiado.

Abraços Gloriosos!

FLAVIO SILVEIRA disse...

É de fazer chorar.Tenha certeza, Marcos Muller, q a perda do seu pai foi, para mim,a perda de um familiar.Nao poder pegar o telefone e ligar para ele, me dá uma tristeza enorme.Ele estará para sempre comigo.

Anónimo disse...

Amigo Rui.

A vida as vezes nos traz momentos cruéis, esse certamente é um deles.
Perdemos um grande homem e um botafoguense único, além de um amigo excepcional.
Vai com Deus JIM, o seu luga entre nós ficará vazio.

Mazolinha, que Deus lhe forças para superar esse momento.

Patinhas.

Ruy Moura disse...

Caros amigos Flávio e Patinhas, infelizmente a morte faz parte da vida. E difícil não é morrer, é ter vivido. E eu tenho a certeza absoluta que uma personalidade como a do JIM, só pode ter vivido intensamente todos os mmentos da sua vida. Talvez por isso mesmo o JIM faça muita falta, mas o que conta realmente é a forma como se viveu.

Abraços Gloriosos.

muga disse...

Rui e amigos,
me orgulho de ter sido amigo de um homem honrado como o Jim.
Um homem de caráter e botafoguense até dormindo. Belo texto do Mazolinha! Ontem no Maraca naquele minuto de silêncio meus olhos ficaram cheios de lágrimas.
Valeu, querido JIM!
Muga

Ruy Moura disse...

Sem dúvida, Muga. O JIM era uma pessoa impoluta. Também me arrepiei no minuto de silêncio.

Um abraço grande.

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