por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1963]
Então,
estourou a bomba! No dia seguinte ao plebiscito, o ponta de lança Jair (19
anos) desapareceu do apartamento onde morava com outros jogadores e um
funcionário. Quando o Flamengo percebeu, era tarde demais. Jair bala (por
carregar na virilha um projétil recebido, acidentalmente, nas dependências da
Gávea) procurou o Botafogo para dizer que nada o prendia ao Flamengo.
[…]
Renato
Estellita entregou-lhe um contrato e ele assinou. Temendo um sequestro, Jair se
escondeu por uns dias no sítio de Ferraz (seu treinador na recente seleção
carioca juvenil). […]
O
Flamengo perdeu o rumo: abriu inquérito, contratou detetives, “suspendeu” o
garoto por 60 dias e ainda se queixou à
Polícia, acusando-o de furtar um fictício contrato de gaveta. Na outra semana,
Jair Bala ingressará no Clube Correias, de Petrópolis, para cumprir a
“quarentena”.
Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição
do Autor: Rio de Janeiro, p. 136-137.
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