segunda-feira, 27 de julho de 2009

Roberto Miranda, o ‘Vendaval’ (I)

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Roberto Lopes de Miranda nasceu no dia 31 de Julho de 1943, em São Gonçalo (RJ), e jogou pelo Botafogo entre 1962 e 1972, pelo Flamengo entre 1972 e 1973 e pelo Corinthians entre 1974 e 1975.

Na sua carreira de jogador conquistou diversos títulos: Campeonato Carioca de 1962, 1967 e 1968 e o Torneio Rio-São Paulo de 1964 e 1966, pelo Botafogo; Copa do Mundo de 1970, pela Seleção Brasileira.


O atleta (em cima com Gerson, o canhotinha de ouro) foi apelidado de ‘Vendaval’ pela forma fulgurante como ultrapassava as defesas adversárias. Ele jogava na base da raça e tinha fama de ‘não fugir ao pau’, havendo quebrado costela, braço, clavícula e queixo, além de uma rotura no tendão de Aquiles. Devido a uma operação ao joelho encerrou a carreira prematuramente.

Roberto Miranda é o nono maior artilheiro da história do Botafogo, tendo assinalado 154 gols em 350 jogos. Pela Selecção Brasileira marcou 7 gols em 15 partidas.

Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura

20 comentários:

Herben disse...

Meu bom Rui,

Roberto era um dos meus ídolos. Quando jogava bola no cascalho vermelho da Rua Todos os Santos, "incorporava-o" e geralmente acabava sem um pedaço do dedo no pé direito.
Até hoje, lembro-me e muito, de uma reportagem na revista "Placar" sobre esta lenda e suas múltiplas fraturas.
Grande lembrança!
Que tempos aqueles!

Rodrigo Federman disse...

Rui, não tive o prazer de ver o RM, mas meu pai diz que foi um dos maiores que ele já viu!
Amigo, mudando um pouco de assunto, o que vc pode nos dizer sobre a passagem do Celsinho (possível novo reforço) pelo futebol português?
Abs e SA!!!

Ruy Moura disse...

Herben, lembro-me muito bem do Roberto. Não foi um craque muito badalado porque naquela época o que não faltava era craques, e ele só conseguiu fazer dois jogos no campeonato do mundo 1970 ao substituir o... Jairzinho! e o... Tostão! Mas era um goleador indiscutivel do BFR ao lado do Jair. E sobretudo a sua forma de jogar era marcante.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Rodrigo, transcrevo o comentário que a minha filha me enviou: "O Celsinho é um dos maiores criativos do mundo. Tem que trabalhar um pouco a parte física e a ética profissional, mas se conseguirem ter mão nele, está ali um dos melhores médios do Brasil".

Portanto, disciplina e cobrança é o que o rapaz precisa.

Eu li algures que ele chegou a ser comparado ao Ronaldinho Gaúcho. Se ele tivesse 'cabecinha' podia ser a nova versão 'Maicosuel'. Mas também pode ser coisa nenhuma... Depende dele...

Abraços Gloriosos!

Saulo disse...

Esse Celsinho parece ser um bom jogador. É como você falou, Rui. É preciso saber trabalhar com esse rapaz porque ele tem futuro sim.

Luis Eduardo Carmo disse...

Rui,

Me tornei Botafoguense vendo o Botafogo 4 X 0 Vasco de 1968. Eu tinha de 6 pra 7 anos e só ficou a impressão de um grande time. Ele já era um ídolo da época.

Lembro de uma imagem do Canal 100 - com um "enquadramento fechado" - em que o Zequinha lança uma bola que vai cruzando a área e lentamente vão "entrando em cena", um a um, Jairzinho, Roberto e Paulo Cézar. Time bom de se ver...

Ele mora aqui em Niterói e o via nos meus tempos de jovenzinho jogando na praia.

Essa fotografia é antológica.

Saudações alvinegras!

Ruy Moura disse...

Saulo, se conseguissem ter mão no Celsinho, o rapaz poderia fazer algo de jeito. Tem cabeça oca e é preciso enchê-la com ética e profissionalismo, que é coisa que o rapaz parece que ainda não aprendeu. É por isso que foi oferecido ao Botafogo. Mas há gente assim que se dá bem connosco, sabe-se lá porquê. O Carlos Alberto e o Maiocosuel são os dois bons e últimos exemplos de retoma de carreira no Botafogo.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Biriba, em 1068 eu tinha de 16 para 17 anos e estive nessa final!!! Com meu pai, que era vascaíno...

O triângulo Gerson, Jairzinho e Roberto era algo de notável. O BFR levou algum tempo a refazer o ataque - entre 1964-66 fez várias experiências -, mas o resultado foi notável: duas T. Guanabara, dois campeonatos cariocas e uma T. Brasil.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Digo: em 1968 eu tinha...

Fernando Gonzaga disse...

o Celsinho é a nova versão do Maicosuel...um jogador rápido de drible fácil que precisa de moral para render...pode cair como uma luva em nosso meio de campo...ouvi dizer que o contrato deve ser de 3 anos..espero que estupulem um multa recisória considerável para não perdermos o cara a troco de nada...

abraço!!

snoopy em p/b disse...

rui,
infelizmente, também não tive oportunidade de ver o roberto miranda.
valeu pela postagem!
sobre o celsinho, fiquei mais entusiasmado com o recado de sua filha.
tomara que vingue em general severiano!

abraços e sds. botafoguenses!!!

snoopy em p/b disse...

e você não vai me fazer inveja não.
você viu o roberto miranda, mas eu vi o artilheiro da raça guilherme, em 2005.
vi também o artilheiro fábio, no ano passado.
vi o jean carioca e tenho visto o jean coral...

quase a mesma coisa...

Ruy Moura disse...

Fernando, o Celsinho é empréstimo. Pode ser o novo Maicosuel; pode ser coisa nenhuma... Mas há muitos 'desmiolados' que se deram bem no noso também desmiolado Botafogo... Quema sabe se teremos sorte?...

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Snoopy: ah!... ah!... ah!...

Valeu!... Eu adoraria ver jogar o Fábio e o Jean Carioca [do Guilherme nem me lembro em 2005, mas sim do Alex Alves que eu não gostava porque só fazia gols de g.p.], mas parece que eles saíram antes de me mostrarem as suas habilidades. Se calhar andaram jogando aí por Brasília aos fins-de-semana e você teve o imenso prazer de os ver jogando. Invejo-o!... rsrsrs... Há outro que o snoopy terá visto também a jogar, mas confesso que eu não vi: Vanderlei. Que trio!... Muito devemos ao Cuca, ao Geninho e ao Ney por tais contratações!...

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Snoopy, eu tenho muitas dúvidas sobre o Celsinho porque ele tem potencial mas parece que é meio 'desmiolado'. Se assim for não vai ser mole, não...

Abraços Gloriosos!

Sergio Di Sabbato disse...

Rui, tive o prazer de ver aquele ataque de 67-68 e naturalmente as tabelinhas entre e Vendavel e o Furacão são inesquecíveis. Gostava muito do jeito de jogar do Roberto, que depois do Quarentina (embora o tenha visto pouco), foi o melhor centro-avante que vi jogar no Botafogo, e você tem razão, o Roberto só não foi mais badalado pois naquela época o que não faltavo no Brasil eram craques, mas craques mesmo. Quanto ao Celsinho, acho que vai dar certo, pois o nosso clube é desmiolado e se dá bem com esse tipo de jogador. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Sergio, a minha grande esperança é que, em geral, os 'desmiolados' gostam do nosso 'desmiolado' Botafogo. É que eles são desregrados e nós também - então, adaptam-se psicologicamente e dão certo. Tomara que seja o caso, porque o rapaz terá poucas oportunidades de jogar em clubes desorganizados como o nosso e que até dão chances a jogadores assim. Mas em todo o caso creio que precisa de 'pai'. Será o Ney capaz disso?...

Furacão e Vendaval só podia dar nisso: cinco taças oficiais entre 1967 e 1968!

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Rui:

Bela homenagem ao meu grande ídolo Roberto. O maior centroavante que vi jogar no Botafogo! O Roberto é sempre lembrado pela raça, pela valentia, mas, na verdade, era muito técnico também. Guardo na minha memória duas imagens especiais desse cracaço:
1) Em 1969 meu asco ao clube das Laranjeiras já era maior do que à urubuzada. Desde 1907 (E olha que 1971 ainda estava por vir!). 23 de novembro e eu com caxumba (tinha 10 anos). Chovia mas eu me recusava a não ver aquele Botafogo x Fluminense que, se não valia grandes coisas para o Botafogo, mal colocado naquela Taça de Prata, pra mim valia muito. Meu pai me embrulhou em dois agasalhos, uma capa de chuva e um pano no rosto e lá fomos nós, eu parecendo um Quasímodo, lá para o alto da arquibancada pra ficarmos isolados dos outros torcedores. Cruzamento da direita e Roberto, mesmo puxado pelos dois ombros, ainda caindo, dá uma chicotada na bola e põe pra dentro: Botafogo 1x0. Um gol de craque, de raça, de ídolo!
2) Um golaço de bicicleta numa cobrança de escanteio em 1971 contra o São Paulo: 2x1. O gol mais bonito de bicicleta que já vi.

A foto aí em cima é da final da Taça Brasil contra o Fortaleza: 4x0. Roberto deixou o dele.

Abraços e desculpas pela mensagem muito longa.
Marcelão

Ruy Moura disse...

Mensagem longa coisa nenhuma, Marcelão. Uma delícia a sua descrição. Temos mais uma coisa em comum que eu não sabia: a rejeição ao clube das Laranjeiras desde 1907! Porque os urubus somente após a ditadura é que puseram as garras de urubu de fora e se tornaram gente ruim. Antes da ditadura a história deles era bonita e raçuda. Porém, agora tornaram-se nossos inimigos, deixando que o Fluminense passasse a rival e o Vasco a adversário.

Os jogadores daquele tempo eram inacreditáveis. O futebol brasileiro era um esplendor, não a 'porcaria' (desculpe a expressão) que é hoje com safadeza por todo o lado. E sem craques, ainda por cima. O pessoal mais jovem quando fala dos craques de hoje dá-me vontade de rir. Se eles tivessem visto os craques de ontem... Então endoideciam de vez com o futebol-arte...

A gente nem sabia por onde escolher. Jogadores bons como Ferretti, Sicupira, Bianchini, Parada e outros eram reservas no Botafogo!!! Se hoje tivessemos esses 'segundas linhas' éramos campeões nacionais "a brincar", como dizia o bobo do R. Gaúcho o an passado.

Creio que o último jogo que assisti ao vivo com o Roberto foi o 4x0 ao Vasco em 1968.

O meu maior ídolo (mais do que o Garrincha) é daqueles que quase ninguém escolhe - é um goleiro. MANGA!

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Rui, Parabéns pela nota. Quando comecei a torcer pelo Botafogo foi pelo Garrincha, mas era muito pequeno, mas a "equipa" de 67/68 acompanhei, de longe pois morava em GO. Fui várias vezes ao cinema só para assistir ao Canal 100. Meus grandes ídolos foram naturalmente Jairzinho e Roberto, que sem tirar os méritos do Túlio, tinha todas a qualidades dele e ainda era valente encarava e partia para dentro de qq defesa.

Inté,

Osmar

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