por DINAFOGO | Coluna “Botafogo nisso!” | Colaborador
do Mundo Botafogo
O Botafogo foi eliminado da Copa Libertadores da América pela LDU na passada
quinta-feira, em Quito, no Equador, ao perder por 2x0 e dar adeus ao sonho do
bicampeonato da Libertadores e do tri sul-americano.
No agregado estava 1x0 para o Botafogo e precisávamos apenas segurar o
empate, mas em campo o time foi dominado pelos equatorianos até à etapa final
do segundo tempo, quando a expulsão de um jogador adversário permitiu uma pífia
reação, que poderia ter tido êxito se Vitinho não tivesse errado um gol praticamente
feito (mais um de vários que ele desperdiça). Podemos também falar do erro de
arbitragem que resultou no segundo gol, onde deveria ser marcado tiro de meta
para o alvinegro, porém a arbitragem deu escanteio para a LDU e, logo em
seguida, Marlon Freitas foi displicente e abriu os braços na grande área,
resultando no segundo gol e tirando a possibilidade da nossa classificação.
O Botafogo fez uma das partidas mais constrangedoras de um time brasileiro
na altitude e a pior partida da era SAF. Um time com jogadores improvisados,
errando uma quantidade absurda de passes, perdendo bola para o adversário, na
imposição física, bola aérea e desperdiçando gols, juntamente com a demora de
fazer alterações por parte do treinador. Em nenhum momento tivemos esperança de
que a classificação viria e a torcida era pelos pênaltis, porque estava difícil
de assistir. Ninguém se salvou. Um fracasso coletivo dentro das quatro linhas,
que, na verdade, é reflexo principalmente da falta de planejamento fora delas e
que hoje cobrou o seu preço.
Se não bastasse a eliminação nas oitavas do maior troféu do continente, o
clube de General Severiano está cada vez mais distante da ponta do Brasileirão
e a vantagem já é considerável. Ademais, perdeu todos os confrontos diretos disputados
na parte de cima da tabela.
A Copa do Brasil agora passa a ser o grande objetivo do ano e a taça que
temos possibilidades reais de conquistar, dependendo apenas de nós. O treinador
disse que o objetivo é o G4 e a Copa do Brasil, porém, sem uma mudança de
atitude e pelo que estamos vendo, o caminho é tortuoso e o jogo contra o Vasco
exigirá uma força mental muito forte dos atletas e vontade para avançar à
semifinal. Enfrentaremos um rival local, em um estádio cheio e com elenco
instável e abalado por todo pandemônio que estamos vivendo.
Depois que essa temporada acabar (espero que de forma digna, pelo menos)
teremos que discutir o nosso futuro, não somente em 2026, mas nos próximos anos.
Quem estará à frente do clube? Textor? Ares? Outros investidores? Clube
associativo? Como será o planejamento? Abandonaremos o Carioca novamente? A
temporada começará em abril? Quem será o treinador? Quem fica e quem sai? São
muitas perguntas às quais não temos respostas ainda. A única coisa que temos é
que o momento da SAF lembra muito os tempos dos amadores, onde havia bastidores
conturbados, problemas na justiça a todo momento, dificuldade para contratar
pela falta de credibilidade e muitas palavras de que tudo ficaria bem, mas
pouco resultado concreto. Temos até um dirigente (guardando as devidas
proporções) que, tal como Montenegro, era idolatrado de forma mítica por parte
da torcida por ter-nos dado um título importante e, quem criticava, era chamado
de "rival" e virava uma verdadeira guerra. Adorava se envolver em
polêmica e, junto com outros, deixou-nos em uma situação tão delicada.
Vou deixar um recado aqui: gratidão não deve ser sinônimo de submissão
perpétua, ou a relação fica abusiva.
O planejamento de 2025 tem o "selo ratos de General Severiano de
qualidade", uma verdadeira lástima.
Está na hora da torcida sair da passividade e cobrar, de organizarmos a
casa e todo mundo se unir para sairmos do buraco onde nos metemos, porque a
fênix não vai renascer sozinha.
2 comentários:
Excelente comentário!
DINA(é)FOGO! (rsrs)
Abraços Gloriosos.
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