por RUY MOURA |
Editor do Mundo Botafogo
Maurício de Oliveira
Anastácio nasceu no dia 29 de setembro de 1962, no Rio de Janeiro, atuava como
ponta-direita, é destro, mede 1,84m e pesa 78kg.
Maurício foi revelado pelo Bonsucesso,
atuando nas equipes de base entre 1975 e 1980. Subiu à equipe profissional em
1980 e permaneceu no clube até 1984, mas entretanto foi sendo emprestado ao CR
Guará (1982), ao Juventus de Rio do Sul (1984) e a SC Internacional (1984). Foi
campeão pelo Bonsucesso no Campeonato Carioca – Série B (1981).
Em 1984 transitou para o América, onde
permaneceu até 1986, atuando em 110 jogos e marcando 26 gols.
Em 1986 Maurício transferiu-se para o
Botafogo e logo em 1987 foi chamado para a seleção Brasileira pré-Olímpica,
conquistando o Torneio pré-Olímpico de 1987.
Posteriormente foi emprestado ao Internacional em 1988-1989 (40 jogos e 9 gols), regressando em boa hora ao Botafogo, ainda em 1989, para ser campeão pelo Glorioso, quebrando o célebre jejum de 21 anos ao assinalar o gol que na tarde de 21 de junho de 1989 deu ao Botafogo o título de Campeão Estadual invicto desse ano.
O Botafogo defrontou o Flamengo, no estádio
do Maracanã, pela decisão do título de Campeão Estadual, e aos 57’ Mazolinha
cruzou para a área e Maurício surgiu
oportunamente à boca da baliza para marcar o gol do título e fazer explodir de
alegria toda a massa botafoguense sufocada de tanto jejum. Sob o comando de
Valdir Espinosa, a equipe alinhou com Ricardo Cruz; Josimar, Wilson Gottardo,
Mauro Galvão e Marquinho; Carlos Alberto Santos, Luisinho e Vítor; Maurício, Paulinho Criciúma e Gustavo
(Mazolinha).
Foi um título que, além de profundamente emocionante, carregou, provavelmente, a maior convergência de superstições num só caso em toda a existência do Glorioso, superando todas as superstições e sortilégios de Carlito Rocha, especificamente em torno do número 12, ou do invertido 21. As manipulações destes dois números são infindáveis. Eis algumas delas: o jogo ocorreu num dia 21, com a temperatura no estádio acusando 21 graus; passaram-se 21 anos e 12 dias (21 invertido) desde a celebração do último título oficial; o gol ocorreu aos 12’ do segundo tempo, ou, noutra perpectiva, aos 57’ de jogo (5+7=12); ao 21º cruzamento, Mazolinha, camisa 14, assistiu Maurício, camisa 7, e 14+7=21; para cúmulo das circunstâncias numerológicas, místicas ou astrais, a renda do jogo foi de NCz$ 302.592,00, isto é, 3+0+2+5+9+2+0+0=21.
A cronologia do 21 tem mais exemplos e até inspirou
um livro, mas fiquemos por aqui.
Maurício desligou-se do Botafogo ainda em
1989, após atuar em 103 e marcar 15 gols. Conquistou os títulos oficiais da
Taça Rio (1989) e do Campeonato Estadual (1989) e a nível internacional o
Torneio Pentagonal da Costa Rica (1986) e o Troféu Cidade de Palma de Mallorca
(1988).
Em 1990 ingressou no RC Celta de Vigo
(Espanha), atuou em 29 jogos, marcou 2 gols e conquistou o Troféu Cidade de
Vigo (1991).
Seguidamente Maurício transferiu-se para o
Grêmio FPA (1990-1991), atuou em 53 jogos e marcou 8 gols; ingressou na
Portuguesa de Desportos (1991-1994), onde atuou em 65 jogos e marcou 11 gols. No
dia 27 de fevereiro de 1991 foi convocado para a Seleção Brasileira principal,
pela qual realizou um único jogo, no empate por 1x1 com o Paraguai, entrando na
partida aos 61’ e jogando com a camisa nº 16.
Em seguida a Portuguesa emprestou Maurício ao
SC Internacional (1992-1993), representando o clube em 60 jogos com 9 gols,
tendo conquistado o Campeonato Gaúcho (1992) e a Copa do Brasil (1992).
Em 1994-1995 decidiu-se por uma experiência internacional, estabelecendo contrato com o Ulsan HD FC (Coreia do Sul), atuando em 18 jogos, marcando 2 gols e conquistando a Korean League Cup (1995).
Em 1996 efetuou 1 jogo e 1 gol pelo Zico All
Star FC. Ainda nesse ano rumou ao América FC, onde atuou em 19 jogos e marcou 6
gols. Jogou ainda pelo Londrina EC (1997-1998), conquistando o Campeonato
Paranaense da 2ª Divisão (1997), pelo XV de Piracicaba (1998-1999) e novamente
pela Portuguesa (2000-2001), onde pendurou as chuteiras.
Posteriormente teve duas experiências como
treinador: no Atlético Roraima (2005) e no Emirates Club (2008).
Em 2007 a diretoria do Botafogo prestou
homenagem ao jogador criando uma camisa comemorativa, lançada no evento ‘Feijão
do Fogão 2007’.
No ano de 2008 foi agraciado pela FIFA com o
prêmio individual ‘Lendas do Botafogo’ e mais tarde, em 2020, foi distinguido
por O Globo com o prêmio ‘14º Maior Ídolo da História do Botafogo’.
Em 2021 foi lançado o livro ‘1989 – O
Escolhido’, idealizado por Maurício e escrito por Aline Bordalo, com a
bibliografia do atacante e as histórias e ‘heróis’ da grande conquista de 1989.
Atualmente Maurício vive em São Paulo,
discretamente longe dos holofotes, mas continua revendo os seus antigos
companheiros e a torcida botafoguense, que o reverencia como um herói de um
evento profundamente emocionante. Em algumas ocasiões surge em programas
desportivos e em eventos relacionados ao Botafogo, compartilhando experiências
e refletindo obre a sua trajetória no futebol.
Fontes: https://pt.wikipedia.org; https://terceirotempo.uol.com.br; https://www.lance.com.br; https://www.zerozero.pt; Instagram
@mauricioanastaciooficial
3 comentários:
Sou doido pelo 21! Ponha mais! Não precisa ser imediatamente... (rsrsrs).
Fez a postagem dia 22. E ontem foi 21! Não esperou pela data de nascimento: 29. (rsrs)
Ontem não podia ser porque era dia de comentário ao BFR x CAM. Mas 22 é 'tática de antecipação' de uma semana ao aniversário de Maurício (rsrsrs).
Vou presenteá-lo proximamente com uns quantos 21...
Abraços Gloriosos.
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