por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Tendo em consideração mais de 40.000 espectadores, uns
revoltados, outros atônitos, outros ainda sem saberem como reagir, o que é o meu
triste caso, fico-me pelo título desta publicação e pelo silêncio
sobre o jogo e as nossas atuais circunstâncias.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 1(3)x1(5) Vasco da Gama
» Gols: Alex Telles, aos 42’
(pen.) (Botafogo); Nuno Moreira, aos 20’ (Vasco da Gama)
» Competição: Copa do Brasil 
» Data: 11.09.2025
» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 39.427 pagantes; 40.649 espectadores
» Renda: R$ 2.470.260,00
» Árbitro: Rodrigo José Pereira de Lima (PE); Assistentes: Guilherme Dias Camilo
(MG) e Alex Ang Ribeiro (SP); VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)
» Disciplina: cartão amarelo – Fernando Diniz (Vasco da Gama)
»Botafogo: Neto; Mateo Ponte (Vitinho), Kaio Pantaleão, Alexander Barboza e
Alex Telles; Newton, Marlon Freitas e Joaquín Correa (Savarino); Santi
Rodríguez (Artur, depois Chris Ramos), Arthur Cabral e Jeffinho (Matheus
Martins). Técnico: Davide Ancelotti.
» Vasco da Gama: Léo Jardim; Paulo Henrique, Hugo Moura, Lucas Freitas e
Lucas Piton (Pumita Rodríguez); Tchê Tchê (Mateus Cocão, depois Robert Renan),
Barros e Philippe Coutinho (Matheus França); Rayan, Vegetti e Nuno Moreira
(David). Técnico: Fernando Diniz.

 
 
 
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6 comentários:
Boa tarde, Blog! Ontem foi mais uma daquelas derrotas que demoramos a acreditar, embora já tenhamos acusado o golpe.
Vimos o mesmo filme repetido: o Botafogo não faz valer a sua força dentro de casa nas eliminatórias e, sempre que a torcida lota, com raras exceções, é sempre decepção. Se tirarmos o jogo contra o Peñarol em 2024, pouquíssimas vezes o resultado dentro de casa foi diferente de 1 gol de diferença, quando não o empate, além das inúmeras vezes em que tentamos a todo custo achar um gol e, numa falha, o adversário abriu o placar e segurou até levar para os pênaltis e nos eliminar. Assim foi contra Bahia, Atlético-PR, Vasco, todos com jogos da volta na nossa casa, tirando a gente nos pênaltis e deixando nossa torcida com cara de paspalhos.
Também vimos um time com a velha e conhecida falta de tentativa de um mísero chute fora da área ou em falta, sempre tentando invadir a área ou fazer na bola aérea, contra adversários que colocam um ônibus lá atrás. Ainda contamos com uma falha grotesca do goleiro Neto, que ascendeu em nossas memórias a falha do goleiro Júlio César na Copa do Brasil e de tantos outros que falharam de forma bisonha e inadmissível para qualquer goleiro experiente, ainda mais um que já teve passagem pela seleção. Junte-se a isso o quão claro ficou que o time não estava preparado para os pênaltis: o goleiro não pegou uma e nem esteve perto sequer, enquanto o arqueiro adversário parecia saber que Alex Telles arriscaria novamente naquele canto ao qual ele quase agarrou na etapa normal e obteve êxito. Bastou apenas a competência dos cobradores cruzmaltinos para tirar qualquer chance do Botafogo, pois logo na primeira penalidade já não dependia apenas de si para se classificar. Parece que o alvinegro esqueceu que, na marca do cal, os milhões investidos não fazem tanta diferença.
Nem preciso falar de Textor: o time é reflexo de sua liderança, tumultuada, aventureira, desorganizada, e o pior é que o gringo faz questão de jogar sempre na cara do torcedor que nos deu a melhor temporada em 120 anos de história. Parece que adquirimos uma dívida perpétua e um cala-boca para qualquer crise.
Perdemos Carioca, Copa do Brasil, Libertadores, Recopa, Supercopa, Mundial (6 competições e 4 títulos eram inéditos).
Esse é o saldo. E 2026? Essa é a grande incógnita: o Botafogo terá realmente um projeto ou será time ioiô — um ano ruim (2022), melhor (2023), quem sabe um título (2024), desce de patamar novamente (2025), será que 2026 melhora? Palhaçada.
Enfim, indignação, tristeza e desesperança.
Ah, bônus: Ancelotti tem se mostrado um estagiário de fato e ontem optou por uma formação "mista", querendo poupar. Lembra quando AJ fez isso contra o Pachuca? Ou quando inventamos uma dessas contra o Defensa y Justicia na Sul-Americana? Alguma vez deu certo? NÃO. AJ vendeu o Palmeiras com time titular e, dias depois, estávamos comemorando a América, porque não existe futebol sem ousadia, sacrifício, ambição e planejamento. Tínhamos a receita do sucesso, jogamos fora e resolvemos apostar na aventurança.
Um planejamentos medonho, o que foi admitido pelo John Textor, foi , e continuo afirmando, o problema crucial para essa temporada desastrosa. Esse ano parece que o espírito amador que destroçou o clube por décadas voltou a assombrar o Botafogo . Seria que esse espírito está incorporado ao clube? Parece que Augusto Frederico Schimidt infelizmente tinha razão: " o Botafogo tem a vocação para o erro". O mais grave, seja associativo ou SAF.
Sobre o jogo, nada a comentar. Abs e SB!
Ficamos desnorteados neste ano por conta das cagadas da holding, em que pese a paciência e os votos de confiança da torcida, bastante justificados até então. Infelizmente, não sobra muito crédito nem muito o que fazer. Mal chegamos em setembro, e o ano acabou. Resta-nos segurar as pontas no Brasileirão, para continuarmos em competições relevantes ano que vem. E que os executivos da SAF entendam que as preparações começam em janeiro, não em julho, por mais que isso signifique otimizar gastos. O "bom" é que, em teoria, ao contrário deste ano, o técnico está garantido desde o começo da próxima temporada, ele teve e terá tempo para todas as escalações e invencionices, até se encontrar. E quase não há mais time pra dilapidar (outro feito deste ano). 2025 foi o ano da hipoteca de 2024. Para 2026, é relançar um elenco competitivo ou nos atolarmos em outro ciclo meio barro, meio tijolo.
Sergio, está tudo reposto como dantes no Quartel de Abrantes! Na verdade, Textor não existe. A sua existência é uma quimera porque não passa da reencarnação de vários presidentes do Botafogo retomando os seus postos num só posto reforçado com toda as asneiras do passado recicladas no neoliberalismo do presente.
Ou então foi puro ilusionismo: nada nas mangas, nada nas mãos, e de repente na palma da mão do ilusionista surge o coelho da Páscoa dos ovos de ouro, que durou por uns nanossegundos, faz-se novo passe de ilusionismo e segue-se o vazio.
É desesperante, mas é real.
Abraços Gloriosos.
Anônimo, eu creio que um livro sobre gestão e marketing tendo por base o Botafogo 2025 seria um best-seller que ensinaria exatamente, em termos práticos, como não gerir nem propagandear uma Instituição. A (con)gestão de Textor é tão absurda que o mais crédulo não acreditaria nela.
E não faço ideia como se vai seguir o assunto, porque não vejo que Textor tenha outra ideia se não, como acabou de dizer publicamente, "ajudar os jogadores", não o Botafogo, não a torcida, mas sim "ajudar os jogadores" para municiar os próprios bolsos. Não vejo grande futuro nesta visão de Clube, puramente neoliberal e antidesportiva.
É frustrante, mas temo que seja real.
Abraços Gloriosos.
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