sábado, 17 de abril de 2010

Absolutamente delirante!

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Origem do texto: http://pierrebarth.wordpress.com/2010/04/

Botafogo Goleia Flamengo e é Campeão Carioca de 2010!

O Botafogo sagrou-se neste domingo, Campeão Carioca de 2010, por antecipação, ao vencer a Taça Rio após brilhante vitória sobre o arqui-rival Flamengo, por 4 a 0. O alvinegro, que já havia conquistado a Taça Guanabara, liquidou o campeonato logo na primeira partida, deixando prá trás qualquer lembrança das últimas decisões contra o mesmo adversário. Os gols foram marcados por Loco Abreu (2), Herrera e Alessandro.

O ataque Platino formado por Loco Abreu e Herrera, brilhou, enquanto o “Império do Amor” brigava em campo sem ter como discutir a relação.

Papai Joel deu uma aula de futebol em Andrade. A equipe alvinegra jogou como uma ave de rapina à espera de sua presa. O time do Flamengo iniciou a partida como se a mesma estivesse decidida há décadas. O time estava visivelmente de saltos altos, como se a Taça Rio e o próprio Campeonato Carioca já estivessem decididos.

Os rubro negros passaram os 15 primeiros minutos do primeiro tempo tocando a bola como se estivessem jogando uma linha de passe. O Botafogo cercava, com calma e muita determinação, sem deixar o adversário perceber que mal conseguia passar da linha de meio de campo. Exatamente aos 16 minutos, Adriano Chatuba segura Leandro Guerreiro pela cintura, rouba-lhe a bola e parte no primeiro ataque efetivo do Flamengo. Recebe o primeiro combate de Fahel e a bola sobra para Wagner Love, que chega atrasado e se joga em cima de Jefferson que se antecipara para a fácil defesa.

Para surpresa de todo o Maracanã, torcida e jogadores do Flamengo inclusive, o juíz marca penalidade máxima do goleiro em Wagner Love. Os jogadores do Botafogo entram em desespero e cercam o juiz. Fahel e Alessandro recebem cartão amarelo. A torcida do Flamengo explode no Maracanã.

Adriano Chatuba, como dono do time, pega a bola para cobrar a penalidade. Jefferson em cima da linha do gol fica imóvel esperando a movimentação de Chatuba. Este, como não poderia deixar de ser, dá aquela paradona tão comum nas cobranças de hoje e Jefferson não sai do lugar, defendendo a bola que foi lançada em seu peito.

Enquanto a torcida e jogadores do Botafogo comemoram, o quarto árbitro, aquele que fica atrás do gol, chama o juiz, alegando que teria havido invasão da área por jogadores alvinegros. Nova confusão e o juiz acaba por expulsar Fahel por reclamação.

Chatuba mais uma vez pega a bola para a cobrança. Dessa vez sem paradinha, chuta violentamente no canto esquerdo de Jefferson, que toca na bola com a ponta dos dedos e a bola caprichosamente bate da trave. No rebote, Love pega de sem-pulo e a bola explode no cotovelo esquerdo de Leandro Guerreiro, que estava de costas para o lance.

O juíz marca mais um pênalti a favor do Flamengo e ainda expulsa Guerreiro que já tinha um cartão amarelo. Penalidade máxima contra o Botafogo que aos 20 minutos já joga com nove jogadores.

Mais uma vez Adriano pega a bola, coloca na marca e isola a bola nas arquibancadas, para o delírio da torcida botafoguense.

O jogo prossegue e, surpreendentemente, Joel não tira um atacante para reforçar a defesa. Apenas recua Lucio Flavio e Herrera para melhor compor a defesa e meio campo.

O Botafogo mesmo com dois jogadores a menos consegue manter o resultado e voltar para o segundo tempo com 0 a 0 no placar. O Flamengo demora 30 minutos para retornar ao gramado, por conta de uma briga envolvendo vários jogadores entre eles o goleiro Bruno, o croata Pet, Toró, Adriano da Chatuba e vários policiais, que tinham aproveitado os primeiros 45 minutos do primeiro tempo para investigar uma denuncia da presença de drogas e armas no vestiário.

O advogado Michel Assef conseguiu uma liminar para que o time voltasse a campo e fosse para a delegacia somente após a partida.

Joel quer o título nesta partida e para tanto comete o que a torcida considera uma loucura: tira Eduardo e em seu lugar escala Caio, o seu talismã.

O jogo recomeça com os times visívelmente tensos. O Botafogo por estar com dois jogadores a menos e o Flamengo pelo tumulto dos vestiários, a presença de policiais a espera do término da partida. Adriano não se encontra em campo. Anda de um lado para o outro, parecendo estar alheio ao que acontece à sua volta. Volta e meia põe a mão no calcanhar queimado por uma lâmpada em seu jardim. Outras vezes pôe as mão nos quadris reclamando de dores lombares… Vai até o canto do campo e um repórter ouve o Chatuba dizer que está muito deprimido…ele chora. Está triste.

Aos vinte minutos, quando da parada técnica, Joel fala com seus Platinados: ”Muxaxos djo quiero la vitória oi decualquier manera, morô? El Puenefuegos necessita de ustedes! Van en la pelota como quién vá a un plato de comida!!! Por favuor!!!??” – Vira-se para Caio e diz: “Amuleto, põe lá no feijão que o Maluco, digo Loco, arranja qualquer coisa!!!”

Dois minutos depois, Herrera toma uma bola de Adriano que estava olhando para a torcida e lança Caio nas costas de Juan. Ele dá uma voadora na altura da cintura de Caio e este recebe cartão amarelo por estar supostamente simulando uma falta. Caio é atendido fora de campo e o Glorioso está momentâneamente com oito em campo.

Angelim aproveita os espaços deixados e avança perigosamente e lança Wagner Love, que, de primeira tabela com o Chatuba, que deprimido, nem percebe a bola bater em sua perna e sobrar para Herrera, que lança Alessandro, que, de canela, alça a bola para a pequena área, onde Bruno discutia violentamente com Toró e nem disputa a bola com Loco Abreu que cabeceia sozinho para as redes fazendo 1 a 0 para o Glorioso.

“E Ninguém Cala Esse Nosso Amoooor” canta a torcida Botafoguense enquando a mulambada canta…”não ganha naaaada”, parodiando a música do arqui adversário.

Wagner Love dá continuidade à partida passando a bola para o Chatuba que não tá nem aí, Marcelo Cordeiro percebe que os defensores do Flamengo ainda estão aos tapas por causa do lance anterior, toma-lhe a bola e lança na esquerda para Caio, que dá dois dribles em Léo Moura e cruza na cabeça de Loco Abreu que marca seu segundo gol.

A torcida alvinegra faz a festa, enquanto Bruno esbofeteia Toró.

Jefferson comemora na marca do pênalti e distraido só percebe que Adriano sem bola corre como um louco em direção ao gol. Ele não entende, pois quem está com a bola é Lúcio Flávio que num toque rápido toca para Herrera colocar no canto esquerdo de Bruno. 3 a 0 para o Botafogo e a torcida delira:É Campeão, é Campeão…e ninguém cala….!

Faltam dez minutos para o Botafogo sagrar-se campeão das duas taças e encerrar o Campeonato. Lúcio Flávio lança Caio, este para Herrera, este para Caio que dribla Juan com um corte seco e humilhante. Juan levanta, corre atrás de Caio, pega-lhe numa gravata e aplica-lhe um golpe de judô. O juiz hesita, mas aplica-lhe o segundo cartão amarelo e ele é expulso. A torcida do Flamengo aplaude seu ídolo! Juan! Juan!

Toró acha a expulsão injusta e xinga o juiz de ladrão filho da puta e é expulso. Bruno sai do gol ensandecido e aplica vários cascudos em Toró.

Alessandro percebe que o Flamengo está sem goleiro e cobra a falta com o gol vazio. Botafogo 4 a 0 e Campeão Carioca de 2010. O juiz reserva levanta a placa de três minutos de acrécimo e o time do Botafogo toca a bola esperando o tempo passar enquanto os jogadores do Flamengo se engalfinham no gramado. Adriano sentado no gramado chora com saudades da Itália.

O Glorioso foi comemorar o título numa Churrascaria da Zona Sul. A Mulambada na Delegacia prestando esclarecimentos e o Adriano na Chatuba para tratar da depressão.

E Ninguém Cala Esse Nosso Ammmoooorrr!

2 comentários:

Ronau disse...

Amigo, eu e minha mulher (tricolor, infelizmente) estamos rolando de rir. Simplesmente genial

Ruy Moura disse...

Não é caso para menos, Ronau! (rs)

E... antes tricolor que 'incolor', quer dizer rubrocolor...

Abraços Gloriosos!

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