Locomania versus Jefersonmania

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Meio século após a transferência dos poderes centrais para Brasília, o Rio de Janeiro volta à ribalta na capital, como se capital fosse, por ‘obra e graça’ do Botafogo de Futebol e Regatas, que dominou as discussões no Senado brasileiro.

O senador Geraldo Mesquita (AC) comemorava no plenário o título do Botafogo, dizendo que é alvinegro desde criancinha. E até Marco Maciel, conhecido pela sua neutralidade, entrou no debate para dizer ser tricolor, em sua terra, Pernambuco, no Rio e em São Paulo, mas deu os parabéns ao Botafogo. E até o flamenguista Arthur Virgílio (AM) disse que estava feliz porque o seu pai era botafoguense.

Mas isto não é tudo.

No Rio de Janeiro, a ‘locomania’ tomou conta da criançada na ‘cidade maravilhosa’. Uns imitam exaustivamente Loco Abreu e a sua notável cobrança de grande penalidade.

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Outros ensaiam a extraordinária defesa do ‘monstro sagrado’ Jefferson, que garantiu a conquista botafoguense com uma defesa arrojada em frente ao destronado ‘imperador’.
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Saiba a diretoria aproveitar esta onda de ressurgimento da esquadra botafoguense num dia memorável: o dia em que, após quatro meses de insistentes previsões desfavoráveis ao nosso clube, o Botafogo liquidou com todos os falsos profetas tornando-se campeão carioca direto, vencendo ambos os turnos da campeonato carioca e honrando o seu 5000º jogo de futebol, no 100º ano da conquista do título de 1910 e no 75º ano da conquista do tetracampeonato, fazendo um inesquecível ‘gol de título’ na cavadinha de Loco Abreu que deixou Bruno sentado no chão e uma inesquecível defesa de Jefferson que anulou a grande penalidade do tão propalado e destronado ‘imperador’ flamenguista.

ESTE É O NOSSO BOTAFOGO!
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Fotos: André Mourão / Agência O Dia

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