[Nota do Mundo
Botafogo: O texto baseia-se em diversas notícias da mídia online e as citações
finais foram reproduzidas a partir da publicação de Juarez Oliveira, do portal
emoff.correiobraziliense.com.br.]
por RUY MOURA |
Editor do Mundo Botafogo
Bruninho Samudio, filho da vitimada Eliza Samudio,
rejeitado, sequestrado, órfão de mãe mandada matar pelo próprio pai dele, Bruno
Fernandes, goleiro do Flamengo à época de 2009-2010 – cujo sentimento de
impunidade concretizou um hediondo crime –, encontrou-se com a vida que o pai lhe quisera negar e hoje sorri
para o futuro como atleta do futebol botafoguense.
Nascido no Rio de Janeiro a 10 de fevereiro
de 2010, aos 14 anos de idade e já com a impressionante altura de 188
centímetros, Bruninho desponta para o futebol como goleiro, evidenciando
características de elasticidade e flexibilidade assaz raras.
Após a tragédia que vitimou a mãe e condenou
o pai a mais de 22 anos de prisão, Bruninho foi educado pela avó materna, Sônia
Moura, em Mato Grosso do Sul, tendo ingressado numa equipe infantil – a
Escolinha Pelezinho – e sido destaque nos campeonatos que havia pelo
Centro-Oeste, acabou por ser descoberto por um caça talentos do Athletico, passando
então a atuar por ano e meio no clube paranaense.
Entretanto, as suas habilidades ganharam
realce durante a Copa Voltaço Sub-14 deste ano, competição na qual foi eleito o
melhor goleiro, e o Botafogo interessou-se por ele.
Bruninho teve propostas de diversos clubes, mas optou pelo Botafogo porque o Clube possui a vantagem de Léo Coelho ser diretor de futebol da base e já ter trabalhado com o jogador.
Ademais, o comportamento ético e solidário do
Botafogo em diversas manifestações públicas a favor de causas sociais, permite
“apoiar sonhos, ajudando na formação de
cidadãos e dedicando a sua estrutura multidisciplinar para auxiliar jovens
jogadores em seus processos de desenvolvimento no futebol”, conforme
mencionado pelo Clube.
Finalmente, em 2024, após viver parte da sua
vida em Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul, e recentemente no estado
do Paraná, Bruninho retornou ao Rio de Janeiro, onde nasceu, para ingressar no
Clube da Estrela Solitária em busca de fama e glória.
Eis senão quando “o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, pela primeira vez após o
crime de morte e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, em 2010, pelo qual foi
um dos condenados, parece mostrar interesse em ter contato com o filho que teve
com a modelo [e que rejeitou e sequestrou]. E “após a notícia de que Bruninho Samudio havia assinado contrato para
integrar as categorias de base do Botafogo, Bruno Fernandes passou a seguir o
jovem nas redes sociais e a partir daí teria demonstrado interesse em ter
contato com ele […] e gostaria de
ajudá-lo em sua jornada no futebol”.
Bruninho não precisa que o homem que mandou
matar a mãe e nunca se interessou por contatá-lo o desajude com os muito maus exemplos que lhe poderia dar,
talvez querendo tirar algum partido dele. Mas Bruninho sabe bem o que tem pela
frente e o que sente por ele: “Tenho pena
só. Era bom atleta. Só que não era boa pessoa. É isso o que tenho a falar.
Tinha uma carreira incrível pela frente e destruiu tudo”.
Porém, Bruninho tem o mundo pela frente e
sabe o que fazer, especialmente num Clube tão amigável como o Botafogo, e a
fama e glória não se negarão a fazer parte do seu trajeto profissional futuro
se souber seguir o caminho inverso ao do ex-goleiro flamenguista.
Fonte: várias publicações online.
4 comentários:
Bola pra frente goleiro!
Bem merece depois da tragédia que rodeou o seu nascimento, Vanilson. Creio que o mau exemplo do 'pai' pode ser fonte de rota inversa para o seu futuro.
Eu sou padrinho de um rapaz extraordinário que se construiu pelo inverso do pai. Foi a única coisa que o pai lhe 'deu' de positivo. Casou, construiu família, trabalhou afincadamente e tem uma vida ótima. Gosto de ser padrinho dele!
Abraços Gloriosos.
Ótimo gostar de ser padrinho. No Nordeste brasileiro diz o popular que se trata do segundo pai, sempre pronto!
Creio que não é só no nordeste. Padrinho é (ou deveria ser) 'pai' em caso de o pai faltar a jovens menores de idade. Em certos casos ainda são apoiados afilhados maiores de idade em situações de aflição.
Abraços Gloriosos.
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