por RUY MOURA | Editor do Mundo
Botafogo
Roberto Júnior Fernández Torres, o ‘Gatito Fernández’ nasceu no dia 29 de março de 1988, em Asunción, no
Paraguai, e atua como goleiro. É destro, mede 1,91m de altura e pesa 86kg.
Gatito herdou o apelido do pai Robert Fernández,
conhecido como ‘Gato’, também atuando como goleiro, que jogou por três ocasiões
no Cerro Porteño, clube pelo qual Gatito Fernández foi revelado.
No Cerro Porteño Gatito atuou nas bases do clube entre
2000 e 2007, sendo neste último ano promovido à equipe principal, na qual se
manteve por mais 7 anos (2007-2014).
Em 2007 foi chamado à Seleção Sub-20 do Paraguai e realizou
4 jogos.
Dois anos depois da sua estreia nos profissionais do
Cerro Porteño, Gatito foi campeão Paraguaio, no ‘Apertura’ de 2009.
Porém, logo após, Gatito foi emprestado ao Estudiantes,
mas não atuou em nenhuma partida pelo clube e regressou ao Cerro em meados de 2010,
tendo sido novamente emprestado, agora ao Racing Club, atuando em 15 jogos pelo
campeonato argentino.
Em agosto de 2011 foi emprestado ao FC Utrecht, da
Holanda, atuando em 13 jogos, e regressando ao Cerro Porteño no ano seguinte. Nesse
ano de 2011 Gatito foi chamado, pela primeira vez, à Seleção Principal do
Paraguai, e alcançou o vice-campeonato da Copa América.
Em 2013 Gatito ganhou finalmente a disputa da
titularidade contra Diego Barreto e atuou em 35 partidas do campeonato,
sagrando-se campeão Paraguaio no ‘Clausura’ de 2013.
Em 2014 Gatito manteve a titularidade e atuou na Copa Libertadores, chegando às oitavas-de-final, tendo a sua equipe sido eliminada pelo Cruzeiro.
Após 134 jogos pelo Cerro Porteño (2007-2014), Gatito
transferiu-se para o Vitória, da Bahia, em julho de 2014.
Gatito foi inicialmente reserva do titular Wilson, mas
uma lesão do companheiro levou Gatito à titularidade. No entanto, o Vitória
acabou por ser rebaixado. Gatito tornou a ser reserva, desta vez de Fernando
Miguel, mas depois substituiu-o e foi um dos responsáveis pelo regresso do
Vitória à Série A do Brasileirão.
Após 43 jogos pelo Vitória, Gatito rumou ao Figueirense
em janeiro de 2016. Chegou como titular para substituir Alex Muralha, mas após
atuações irregulares perdeu o lugar para Júnior Oliveira. Contudo, a meio da
temporada recuperou a titularidade e acabou realizando uma partida memorável,
em julho, contra o Flamengo, fechando o gol com quatro defesas impressionantes
e assegurando a vitória por 1x0, gol de Rafael Moura – no dia em que o
Figueirense completava 95 anos da sua fundação.
Em outubro de 2016 Gatito foi novamente convocado para a
Seleção do Paraguai, que disputava as eliminatórias para a Copa do Mundo da
Rússia. E durante essas eliminatórias a equipe do Figueirense foi rebaixada
para a Série B do Brasileirão.
Porém, o futuro reservava a Gatito a maior experiência da
sua vida: em dezembro de 2016 o goleiro Sidão, do Botafogo, foi transacionado
para o São Paulo e o 'grande' Jefferson permanecia lesionado. Então, no dia 14 de
dezembro de 2016 Gatito iniciava, aos 28 anos, a ponta final da sua carreira que
culminou com o maior número de jogos em que Gatito atuou num só clube e que lhe
valeu uma torcida rendida ao seu talento.
Ainda reserva, no dia 22 de fevereiro de 2017 Gatito teve que substituir Helton Leite por lesão, aos 62’, na Copa Libertadores em jogo contra o Club Olímpia. O confronto terminou empatado em 1x1 no placar agregado. A partida foi para a decisão por pênaltis. Gatito defendeu três penalidades máximas, à esquerda, ao centro e à direita, classificou o Botafogo para a fase seguinte e tornou-se o maior goleiro pega-pênaltis do Botafogo no decorrer dos anos. Camilo, Rodrigo Pimpão e Victor Luís converteram os pênaltis pela equipe do Glorioso.
O Botafogo formou com Helton Leite (Gatito Fernández);
Marcelo Joel Carli, Émerson Silva e Victor Luís; Airton (Guilherme), Bruno
Silva, João Paulo, Matheus Fernandes (Gilson) e Camilo); Rodrigo Pimpão. Técnico:
Jair Ventura.
Em 2017 Gatito defendeu diversos pênaltis cruciais para
vitórias importantes do Botafogo, tanto na Copa do Brasil como no Brasileirão,
tendo conquistado os Prêmios de Melhor Goleiro da Copa do Brasil e Melhor
Jogador Estrangeiro do Brasileirão – Troféu EFE Brasil. Nesse ano, dentre 13
pênaltis assinalados contra o Botafogo, Gatito Fernández defendeu 8 – aproveitamento de 61,5%!
No dia 8 de abril de 2018, com um gol marcado aos 90+4’
por Joel Carli, o Botafogo levou para os pênaltis a decisão do Campeonato
Carioca contra o Vasco da Gama. Nessa memorável final Gatito defendeu dois
pênaltis de Werley e Henrique e sagrou-se campeão carioca.
O Botafogo formou com Gatito; Marcinho, Joel Carli, Igor
Rabello e Moisés (Gilson); Matheus Fernandes, Marcelo (Kieza) e Renatinho;
Valencia, Luiz Fernando (Rodrigo Pimpão) e Brenner. Técnico: Alberto Valentim.
No dia 23 de abril Gatito lesionou-se e esteve seis meses
afastado da equipe. Regressou contra o Corinthians pelo Brasileirão e fez uma
defesa extraterrestre no último minuto de jogo, assegurando a vitória por 1x0.
Em 2 de junho de 2019 Gatito completou 100 jogos pelo
Botafogo e em 19 de fevereiro de 2020, na decisão por pênaltis contra o
Náutico, pela Copa do Brasil, tornou a defender dois pênaltis – de Ronald Alves
e Guillermo Paiva – assegurando a classificação.
Na Copa América de 2019, em representação da Seleção do Paraguai, Gatito Fernández foi o Melhor Jogador em todas as 4 partidas em que atuou.
Em 23 de dezembro de 2020, após representar a Seleção do
Paraguai, nova lesão afastou Gatito por cerca de um ano. Apesar disso, Gatito
renovou contrato com o Botafogo em dezembro de 2021. E em boa hora o fez,
porque em 2022 teve um desempenho memorável, foi o atleta botafoguense que mais
atuou durante o ano e alcançou a marca de 188 jogos pelo Clube, tornando-se o
jogador estrangeiro com mais jogos realizados pelo Botafogo de Futebol e
Regatas.
Porém, Gatito lesionou-se e em 2023 atuou poucas vezes,
em virtude de Lucas Perri estar em grande forma e agarrado a vaga na baliza.
Ainda assim, completou 200 jogos pelo Botafogo contra o Atlético Mineiro pelo
Brasileirão. O Botafogo formou com Lucas Perri (Gatito Fernández);Di Placido
(Janderson), Adryelson, Victor Cuesta e Marçal; Marlon Freitas, Tchê Tchê e
Eduardo; Júnior Santos (Luís Henrique), Tiquinho Soares (Diego Costa) e Victor
Sá (Matías Segóvia). Técnico: Bruno Lage.
Em 2024 o técnico Tiago Nunes fez rodízio entre Gatito
Fernández, John Victor e Igo Gabriel. John era o titular, mas Gatito ganhou o
lugar durante alguns jogos até o regresso de John.
Ainda assim, Gatito foi decisivo na Copa Libertadores
contra o Red Bull Bragantino ao efetuar um lançamento longo que iniciou a
jogada do segundo gol de Júnior Santos, que acabou sendo decisivo para o
Botafogo se classificar à fase de grupos da Libertadores (2x1 e 1x1; 3x2 no
agregado).
Em 2023 e 2024 Gatito Fernández fez parte das equipes que
se sagraram bicampeãs da Taça Rio, uma competição de ‘consolação’ do campeonato carioca destinada a
atribuir um lugar na Copa do Brasil do ano seguinte.
Atualmente Gatito Fernández possui um histórico de 217
jogos pelo Botafogo e 18 jogos pela Seleção do Paraguai. Em agosto de 2024 o
craque paraguaio tornou a ser convocado para representar o seu país.
Gatito Fernández é Cidadão Honorário do Rio de Janeiro
desde 31 de dezembro de 2022.
Fontes principais: ge.globo.com; pt.wikipedia.org;
www.transfermarkt.pt; www.zerozero.pt
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