sábado, 24 de agosto de 2024

Este é o Botafogo que reconheço!

Divulgação / Montagem Mundo Botafogo.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

I

Vinícius Ramos, Botafoguense empregado na Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Maricá, foi acusado de atos racistas direcionados à torcida do Palmeiras. Fabiano Horta, também Botafoguense e Prefeito de Maricá, demitiu imediatamente o funcionário.

Simultaneamente, o Botafogo condenou o racismo e baniu o autor do Nilton Santos, colaborando com a Polícia Militar para identificar um segundo racista. O acusado nega o ato racista, alegando que o gesto de bater no braço e passar os dedos sobre a pele referia-se à garra e ao espírito combativo da equipe, negando ter imitado um macaco porque o gesto representa a preparação para a luta, já que é lutador, além do vídeo conter edições e cortes mal-intencionados.

Esteja, ou não, inocente, e o futuro próximo o dirá, o que importa principalmente por agora é que o Botafogo e o Prefeito de Maricá agiram rapidamente, evidenciando a ‘tolerância zero’ do Clube acerca da polêmica ocorrida, tanto mais que o Botafogo apoia diversas causas de não discriminação, sejam relacionadas com racismo, misoginia, xenofobia, homofobia ou outras quaisquer discriminações de natureza ideológica ou religiosa.

II

Damián Suárez solicitou o desligamento do nosso Clube alegando que a família não se adaptara à cidade do Rio de Janeiro e, quiçá, rumores de que a sua esposa teria sido assaltada.

Procurou-se, então, perceber a situação familiar do atleta e simultaneamente explorar outra justificação possível. Eis senão quando o Botafogo se cruza com a informação de que o presidente do Peñarol entrara diretamente em conversação com o atleta para ingressar no clube uruguaio, à revelia do Botafogo.

Imediatamente a Direção do Botafogo suspendeu a convocação de Damián Suárez para o jogo seguinte, tendo Artur Jorge, mais tarde, comunicado ao atleta que não contava com ele para a restante campanha de 2024, passando a treinar à parte com os atletas não convocados e os lesionados em recuperação.

Trata-se de um episódio crucial para que o Botafogo se profissionalize definitivamente e em todas as dimensões, obtendo respeito dentro e fora do Clube, passando todos a saber que não se entra ou sai do Botafogo quando se quer, que ninguém tornará a promover atitudes e comportamentos de desconsideração ao Clube como tem ocorrido amplamente no passado, que agentes de treinadores e diretores de outros clubes ficam com as suas intenções maliciosas barradas, que não se vendem jogadores por três tostões ou por interesses pessoais, que quem quiser comprar atletas passando por cima da ética e da moral, paga o valor da cláusula de rescisão de contrato.

III

Este é o Botafogo que reconheço, de gente assertiva e cuja espinha dorsal não verga perante pressões institucionais de caráter público ou privado, que não foge aos conflitos que tem que combater, enfrentando seja quem for com a certeza de estar do lado da Ética, da Lealdade e da Verdade.

É um Botafogo que discerne claramente que para ser grande campeão, obter prestígio e ser respeitado nacional e internacionalmente, tem que se fazer respeitar e acrescentar valor às atividades desportivas com as quais está comprometido e nelas profundamente empenhado.

Estamos perante um novo axioma de retorno e ressurreição do Botafogo de Paulo Azeredo e Carlito Rocha, num enquadramento em que cabem tanto a modernidade dos novos tempos como as melhores tradições de um Clube com 130 anos de História!

2 comentários:

Sergio disse...

Perfeitas observações. Esse é o Botafogo que todos nós queremos ver, e esse é o caminho para zas glórias desse gigante do esporte nacional. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Finalmente identifico-me com a gestão do Botafogo nas figuras de John Textor e Artur Jorge. Não que sejam perfeitos, e merecem análises críticas positivas e negativas sempre em função de melhoria das suas funções, mas creio que têm a capacidade de liderança que nos tem faltado desde 1963.

(Talvez JT tenha que melhorar o seu comportamento, excessivamente próximo de 'torcedor' e ajeitar-se mais para o lado de 'gestor', ganhando estatuto adequado para exercer as funções de liderança, começando pela representação externa do Botafogo junto dos organismos oficiais).

Abraços Gloriosos.

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