domingo, 22 de junho de 2025

Voz de torcedor xeneize

«Botafogo jogava no Maracanã com Garrincha para 100 mil pessoas antes da existência do PSG. Literalmente, o PSG não existia. Está vencendo o clube grande e com história.» – Torcedor xeneize (Boca Juniors), X – @amarelo12.

10 comentários:

jornal da grande natal disse...

Perfeito. O time francês das três letras saiu da adolescência um dia desses...

Ruy Moura disse...

Confesso que é das equipes europeias que menos gosto. Há outras como o Bayern München e o Manchester City que também me desagradam. Desagradam-me principalmente porque jogam com recursos muito superiores aos seus adversários. PSG e City despejam petroeuros às centenas de milhões, e até chegam mesmo a mais de 1 bilhão, vindos do Catar e dos Emirados Árabe Unidos, com particular destaque para o clube francês que domina todas as instâncias do futebol no país, como bem sabe John Textor. No caso alemão conseguem contratar os jogadores que se destacam nos clubes adversários, secando-os de craques. O caso de Lewandowski sacado ao Borússia, o único clube que à época fazia frente ao Bayern, é bem emblemático, conseguindo assim ser campeão durante 11 anos consecutivos.

Nos últimos 13 anos o Bayern venceu 92% dos campeonatos (12 em 13), o PSG 85% (11 em 13) e o City 75% (6 em 8, e se não fosse o Liverpool eram 8 em 8). As ligas espanhola e italiana são mais equilibradas: a Juventus venceu 62% dos últimos 13 campeonatos (sobretudo equilibrados nos últimos 5 anos em que a Juve não conquistou nenhum título), enquanto na liga espanhola o Barcelona ganhou apenas 7 títulos (em 13), alcançando 7 títulos contra 4 do Real e 2 do Atlético. A mais equilibrada é, contudo, a liga portuguesa, que nos últimos 13 anos registou 6 vitórias do Benfica (46%), 4 do Porto (31%) e 3 do Sporting (23%).

Na ótica em que escrevo o caso brasileiro é, de entre as melhores ligas do mundo, o mais interessante de todos (últimos 13 anos): Palmeiras (4), Corinthians (2), Cruzeiro (2), Flamengo (2), Atlético Mineiro (1), Botafogo (1), Fluminense (1), isto é, o clube dominante ganhou apenas 31% dos campeonatos e o nº de clubes vencedores (7) é recordista comparado com as 6 ligas europeias citadas.

Aproveito para expressar o meu sentimento de que o futebol brasileiro, para continuar a competitividade que tem tido, e para melhorar consideravelmente o poderio do seu futebol no mundo, necessita de trabalhar para rejuvenescer os quadros dirigentes (con e)federativos e mesmo dos clubes, moralizar a Liga investindo em boas arbitragens, rever os direitos televisivos, pugnar por criar condições aos clubes para desenvolverem patamares mais competitivos e esquecer de vez a ‘espanholização’ que tentaram institucionalizar com Corinthians e Flamengo, bem como a preferência ao Flamengo e ao Palmeiras encetada nos últimos anos.

Abraços Gloriosos.

jornal da grande natal disse...

Um "rápido" comentário sem ser "encomendado" com diagnóstico preciso de quem acompanha o futebol europeu de perto. Posso publicar no meu blog no decorrer da próxima semana?

Sergio disse...

Antes da existência do PSG o Botafogo revelou ao mundo craques inigualáveis, que encantaram o planeta.
O que acontece na Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, com a hegemonia quase total de clubes como Bayern, PSG e City, é o desejo de certos clubes aqui no nosso país, mas com certeza não conseguirão espanholizar nosso futebol, e provavelmente porque com as SAF's o projeto está sendo enterrado. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Com certeza, Companheiro, estamos no mesmo barco blogueiro e desportivo!
Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

As SAF vão aumentar e desenvolver-e. Há anos que eu dizia que os clubes para competirem fora do Brasil teriam que criar sociedades anônimas desportivas como na Europa. A hora de partida já chegou, resta saber se a CBF ajuda ao desenvolvimento ou pretende bloquear as SAF em favor do Flamengo e do Palmeiras.
Abraços Gloriosos.

Dinafogo disse...

Eu penso muito parecido contigo, Ruy. O futebol brasileiro tem passado por um processo de “espanholização”; inclusive, houve — e ainda há — uma tentativa forçada de fazer rivalidades inter-regionais ou interestaduais parecerem maiores do que as estaduais. Chegaram até a dizer que o Palmeiras era o rival do Flamengo, e não mais Vasco, Fluminense e Botafogo. Disseram que alguns clubes já não eram mais "grandes" e teve jornalista mordendo as costas quando o Botafogo virou SAF, alegando que o clube deveria receber um elenco condizente com a sua torcida — numa clara ironia e desrespeito. Um absurdo!

Ademais, as péssimas arbitragens, as federações corruptas, e agora também as apostas esportivas e manipulações de resultados, mostram um cenário preocupante. Soma-se a isso a imitação de modelos de fora e a pouca valorização do nosso desporto — a ideia de Libertadores com final única e estádio aleatório é um exemplo claro, assim como a constante comparação com o futebol europeu. A qualidade e o padrão dos gramados, a falta de cotas mais justas e equitativas são problemas sérios a serem resolvidos.

Diante do poderio financeiro cada vez mais influente no mundo esportivo, torna-se necessário termos uma base forte e com capacidade de alimentar os clubes. O Brasil sempre foi um celeiro de talentos; dá para garimpar craques na base, nas taças das favelas, no futebol sul-americano, etc. Precisamos resgatar a criatividade que nos permitiu o futebol-arte e tantas outras conquistas.

Dinafogo disse...

É incrível como o Botafogo é valorizado lá fora, enquanto aqui a mídia faz de tudo para ignorá-lo. O Glorioso tem muita história e já andava pelos gramados quando muitos ainda não sonhavam em engatinhar.

Ruy Moura disse...

Coincidimos, Dinafogo. Pelo futebol brasileiro já nem falo, porque a corrupção, os compadrios, as parcialidades, etc. pululam livremente e mudar a curto prazo não é possível.As SAF talvez venham a ter o papel mais determinante na mudança, e por isso o que me preocupa de uma forma egocêntrica é nosso Glorioso e com é que John Textor, a chave de tudo, vai gerir nosso clube. Palavras de "amo o Botafogo", "estou apaixonado pela torcida", etc., geralmente ditas na hora da vitória, não me convencem de coisa alguma, o que me convence são as ações e hei de falar sobre a nossa gestão e futuro de curto prazo quando o Mundial terminar.
Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

O olhar externo costuma ser mais racional do que o olhar interno. É mais despido da rivalidade e mais próximo da razão. O Botafogo deve ter sempre em conta que o olhar interno ser-lhe-á sempre desfavorável enquanto os responsáveis dos órgãos de comunicação, especialmente as TV, forem dirigidas por intelectos mentecaptos. O Botafogo deve concentrar-se na promoção de competências a todos os níveis, desde o topo até à base e dar respostas no campo. O resto... é o resto...
Abraços Gloriosos.

Neto: o goleiro-reserva

Crédito: Botafogo de Futebol e Regatas. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo Norberto Murara Neto nasceu no dia 19 de julho de 1989,...