
No artigo “Originalidades, primeiras décadas” escrevi, em 10 de Dezembro de 2007, na etiqueta ‘matizado’, o seguinte:
“CRAQUE HONESTO. Mimi Sodré, artilheiro dos campeonatos cariocas de 1912 e 1913, foi considerado o mais honesto craque do futebol brasileiro, porque jogando pelo escrete militar brasileiro contra o Chile, Mimi pediu ao juiz que anulasse um gol seu num lance em que a bola lhe batera na mão e entrara na baliza.”
Em um belo texto do grande jornalista Mário Filho, a honra de Mimi Sodré foi realçada enquanto atleta de integridade única:
Hands de Mimi Sodré
por Mário Filho
“O brasileiro mesmo, ou não confessava nunca ou confessava logo. Feito Mimi Sodré. Mimi Sodré não metia a mão na bola, a bola é que batia na mão dele. Também ele parava instantaneamente, não dava um passo, fora hands.
E, às vezes, ele estava a três passos do gol, era só empurrar a bola, o referee não tinha visto nada, se a bola entrasse apontaria para o meio de campo. Mimi Sodré não queria saber disso. A bola batera na mão dele, fora hands, e hands não valia.
(…) Certas vezes aquele gesto tirava uma vitória do Botafogo. O gol feito, o referee apontando para o centro. Mimi Sodré vinha e estragava tudo, levantando o dedo. Ficava o gesto como único consolo da derrota.”
Mimi Sodré tornou-se mais tarde o Almirante Benjamim Sodré e dá nome a um prédio no campus da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro.
Mimi Sodré, conforme os estatutos do Botafogo, é o patrono dos atletas. Bem poderia ser o patrono de todos os atletas brasileiros, quiçá de todos os atletas do mundo.
Fonte
Mário Filho: O Negro no Futebol Brasileiro, p. 56.
“CRAQUE HONESTO. Mimi Sodré, artilheiro dos campeonatos cariocas de 1912 e 1913, foi considerado o mais honesto craque do futebol brasileiro, porque jogando pelo escrete militar brasileiro contra o Chile, Mimi pediu ao juiz que anulasse um gol seu num lance em que a bola lhe batera na mão e entrara na baliza.”
Em um belo texto do grande jornalista Mário Filho, a honra de Mimi Sodré foi realçada enquanto atleta de integridade única:
Hands de Mimi Sodré
por Mário Filho
“O brasileiro mesmo, ou não confessava nunca ou confessava logo. Feito Mimi Sodré. Mimi Sodré não metia a mão na bola, a bola é que batia na mão dele. Também ele parava instantaneamente, não dava um passo, fora hands.
E, às vezes, ele estava a três passos do gol, era só empurrar a bola, o referee não tinha visto nada, se a bola entrasse apontaria para o meio de campo. Mimi Sodré não queria saber disso. A bola batera na mão dele, fora hands, e hands não valia.
(…) Certas vezes aquele gesto tirava uma vitória do Botafogo. O gol feito, o referee apontando para o centro. Mimi Sodré vinha e estragava tudo, levantando o dedo. Ficava o gesto como único consolo da derrota.”
Mimi Sodré tornou-se mais tarde o Almirante Benjamim Sodré e dá nome a um prédio no campus da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro.
Mimi Sodré, conforme os estatutos do Botafogo, é o patrono dos atletas. Bem poderia ser o patrono de todos os atletas brasileiros, quiçá de todos os atletas do mundo.
Fonte
Mário Filho: O Negro no Futebol Brasileiro, p. 56.
6 comentários:
Boa Noite, rui moura.
um tempo que não passo aqui.
abraçao pra vc.
o botafogo é o melhor do rio.
Olá, parabéns por mais uma história maravilhosa.
Warley Morbeck
http://flamengoeternamente.blogspot.com/
Olá Rui! Como vai indo?
Legal lembrar de Mimi Sodré. O artilheiro honesto do fogão.
Leo, estava sentindo a sua falta. Apareça que há sempre novidades por aqui... A propósito da sua postagem no seu blogue: o Renato Gaúcho é mesmo horrível!
Saudações Gloriosas
Warley, conte aí uma história engraçada entre Bota e Fla que eu publico (desde que não seja gozação de um ou de outro clube).
Saudações esportivas
Saulo, há três tipos de pessoas que fazem muita falta ao desporto: dirigentes como Pierre de Coubertin, árbitros como Mário Vianna e atletas como Mimi Sodré!... Porque o principal já existe: torcedores apaixonados por todos os cantos do mundo!
Saudações Gloriosas
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