

A 21 de Novembro de 1948 o Botafogo estava a ser surpreendentemente derrotado pelo Olaria por 3x1, e Carlito Rocha, então presidente do Glorioso e o mais supersticioso de todos os botafoguenses, deduziu que o fracasso só podia ser obra das cortinas de General Severiano.
Como ele mantinha as cortinas enroladas permanentemente e presas por um nó, pediu a Aloísio, roupeiro do Botafogo e seu ‘assessor’ para assuntos de ‘mandinga’, que fosse à sede do clube para conferir o estado das cortinas.
Aloísio pegou um táxi, dirigiu-se a General Severiano, retornou ao local da partida, e cinco minutos antes do término, com o placar já em 3x3, disse:
– “As cortinas estavam desamarradas. Foi aquele empregado novo, ele não sabia que...”.
Mas Aloísio não terminou a explicação, porque Carlito afirmou:
– “Não importa. Agora sei que vamos ganhar”.
E a um minuto do fim o Botafogo conseguiu a virada (4x3), com gols de Otávio (2), Braguinha e Pirillo. A equipa alinhou com Oswaldo ‘Baliza’, Gerson e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha.
No jogo seguinte, contra o Flamengo, o Botafogo faria novamente uma virada extraordinária, quiçá a mais saborosa de toda a vida d’O Glorioso.
Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Alceu Mendes de Oliveira Castro: O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, Gráfica Milone, 1951
Internet
Como ele mantinha as cortinas enroladas permanentemente e presas por um nó, pediu a Aloísio, roupeiro do Botafogo e seu ‘assessor’ para assuntos de ‘mandinga’, que fosse à sede do clube para conferir o estado das cortinas.
Aloísio pegou um táxi, dirigiu-se a General Severiano, retornou ao local da partida, e cinco minutos antes do término, com o placar já em 3x3, disse:
– “As cortinas estavam desamarradas. Foi aquele empregado novo, ele não sabia que...”.
Mas Aloísio não terminou a explicação, porque Carlito afirmou:
– “Não importa. Agora sei que vamos ganhar”.
E a um minuto do fim o Botafogo conseguiu a virada (4x3), com gols de Otávio (2), Braguinha e Pirillo. A equipa alinhou com Oswaldo ‘Baliza’, Gerson e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha.
No jogo seguinte, contra o Flamengo, o Botafogo faria novamente uma virada extraordinária, quiçá a mais saborosa de toda a vida d’O Glorioso.
Fonte
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Alceu Mendes de Oliveira Castro: O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, Gráfica Milone, 1951
Internet
2 comentários:
Olá Ruy,
Minha intenção seria comentar sobre Sérgio Manoel, sempre achei excelente jogador e me causa estranheza ele ser pouco comentado até mesmo pela torcida do Botafogo, na minha humilde opinião foi fundamental na campanha de 95 é esse é meu destaque sobre o jogo de 2.000.
Já sobre o jogo de 1948, você destacou bem Carlito Rocha e a característica da superstição no Botafogo, mas um nome na escalação me chamou a atenção:
Sou um fã de Garrincha, sou um fã de Leônidas, e tbm grande fã de Sylvio Pirillo que jogou é marcou no confronto de 48.
Pirillo não foi menos que craque, e é tristemente esquecido pelo Flamengo aonde marcou época e é um dos maiores goleadores de sempre.
Chegou ao Botafogo aos 32 anos e chegou para ser campeão , inclusive nesse mesmo campeonato de 1948.
Peço licença ao espaço para louvar Sylvio Pirillo, mais um grande craque e tristemente esquecido do nosso futebol.
Um abração nostálgico!
Sim, Sérgio Manoel foi muito importante.
Quanto ao Pirillo confesso que não conheço a história anterior a 1948. Sempre achei que o Octávio Moraes teria sido o destaque da equipe, bem como Oswaldo Baliza. Futebol brasileiro fora do Botafogo conheço pouco. Sei mais sobre Copas do Mundo. Porque sou daqueles que "não gosto de futebol, gosto é do Botafogo". (rsrsrs)
Sobre Leônidas: foi para o Flamengo vendido por um preço simbólico porque o Carlito Rocha não queria negros na equipe. Um preconceito com muita falta de mentalidade progressista e desportista que prejudicou o Clube, porque Leônidas da Silva e Friendereich terão sido, talvez, os melhores jogadores de futebol da primeira metade do século XX.
Grande abraço.
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