
Mário Gonçalves Vianna nasceu no Rio de Janeiro e foi considerado por muita gente o “árbitro número 1 do Brasil”. De origem humilde, Mário Vianna foi sapateiro, engraxate, jornaleiro, fiscal da Guarda Municipal e vendedor de balas nos trens antes de integrar os quadros da Polícia Especial. Também foi juiz de futebol, técnico do Palmeiras, Portuguesa e São Cristóvão e, finalmente, comentarista de arbitragem na Rádio Globo.
Mário Vianna, considerado um exemplo de arbitragem, fazia de tudo em campo: peitava, gritava e até agredia. Era o modo de conseguir ser respeitado por todos. Conta-se que Mário Vianna, antes de uma partida, para se estimular, passava o tempo no vestiário girando em círculo imaginário, batendo no peito e dizendo em voz alta:
– “Eu sou Mário Vianna, Vianna com dois enes, símbolo do juiz honesto... Eu sou Mário...”
Num jogo entre o Chile e a Colômbia ele percebeu a ameaça de briga, cerrou os punhos e avisou aos jogadores:
– “Eu acerto o primeiro que quiser brigar” – e ninguém brigou.
Mário Vianna é uma figura por demais conhecida e considerada no futebol brasileiro, pelo que seria muito extensivo contar todas as suas histórias. Contarei apenas três que aconteceram com o Botafogo.
1. Segundo Mário Vianna, Heleno de Freitas e Zizinho foram os jogadores que lhe deram mais trabalho. Heleno, que era irreverente e malicioso, tentou comprometer a arbitragem num jogo no campo do Vasco da Gama, entregando à arbitragem, perante o público, um disco de bolero que Mário Vianna lhe havia pedido para trazer do Chile. Heleno acabou expulso do jogo por tentar comandar a arbitragem.
2. Num clássico Botafogo x Vasco, Mário Vianna expulsou Nílton Santos atendendo a uma denúncia do bandeirinha que se disse ofendido pelo lateral. Porém, Mário achou estranho o comportamento da Enciclopédia do Futebol, o qual era considerado um gentleman. Nos vestiários Mário pressionou o bandeirinha sobre o assunto e conseguiu fazê-lo confessar que havia mentido. Mário Vianna foi imediatamente ao vestiário do Botafogo e pediu desculpas à Nilton Santos.
3. A 23 de Novembro de 1947 defrontavam-se Botafogo e Flamengo e Mário Vianna enfrentou a multidão flamenguista. Um torcedor jogou uma garrafa que caiu entre Sarno, Tião e o bandeirinha. Então, Mário Vianna apanhou a garrafa, voltou-se para a torcida e ameaçou atirá-la de volta. Toda a gente correu e Mário gritou:
– “Por que correram? É porque a garrafa machuca? Então porque jogaram?”
O público aplaudiu e o jogo continuou. O Botafogo vencia por 4x2 quando aconteceu um lance fatal: Pirilo deu um pontapé no goleiro Osvaldo do Botafogo e foi expulso. Tião reclamou e também foi expulso. Entretanto, a torcida do Flamengo atingiu-o com um pedaço de pau. Irritado, Mário pegou o pau e jogou-o contra a torcida. Então, uma ‘chuva’ de pedras, paus e cadeiras caíram no gramado. Mário Vianna tentou revidar, mas teve que recuar. A polícia interveio e o jogo não terminou por falta de segurança.
Fontes:
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Esporte Ilustrado
http://www.jornalpequeno.com.br/2008/7/12/Pagina82517.htm
Jornal dos Sports
Mário Vianna, considerado um exemplo de arbitragem, fazia de tudo em campo: peitava, gritava e até agredia. Era o modo de conseguir ser respeitado por todos. Conta-se que Mário Vianna, antes de uma partida, para se estimular, passava o tempo no vestiário girando em círculo imaginário, batendo no peito e dizendo em voz alta:
– “Eu sou Mário Vianna, Vianna com dois enes, símbolo do juiz honesto... Eu sou Mário...”
Num jogo entre o Chile e a Colômbia ele percebeu a ameaça de briga, cerrou os punhos e avisou aos jogadores:
– “Eu acerto o primeiro que quiser brigar” – e ninguém brigou.
Mário Vianna é uma figura por demais conhecida e considerada no futebol brasileiro, pelo que seria muito extensivo contar todas as suas histórias. Contarei apenas três que aconteceram com o Botafogo.
1. Segundo Mário Vianna, Heleno de Freitas e Zizinho foram os jogadores que lhe deram mais trabalho. Heleno, que era irreverente e malicioso, tentou comprometer a arbitragem num jogo no campo do Vasco da Gama, entregando à arbitragem, perante o público, um disco de bolero que Mário Vianna lhe havia pedido para trazer do Chile. Heleno acabou expulso do jogo por tentar comandar a arbitragem.
2. Num clássico Botafogo x Vasco, Mário Vianna expulsou Nílton Santos atendendo a uma denúncia do bandeirinha que se disse ofendido pelo lateral. Porém, Mário achou estranho o comportamento da Enciclopédia do Futebol, o qual era considerado um gentleman. Nos vestiários Mário pressionou o bandeirinha sobre o assunto e conseguiu fazê-lo confessar que havia mentido. Mário Vianna foi imediatamente ao vestiário do Botafogo e pediu desculpas à Nilton Santos.
3. A 23 de Novembro de 1947 defrontavam-se Botafogo e Flamengo e Mário Vianna enfrentou a multidão flamenguista. Um torcedor jogou uma garrafa que caiu entre Sarno, Tião e o bandeirinha. Então, Mário Vianna apanhou a garrafa, voltou-se para a torcida e ameaçou atirá-la de volta. Toda a gente correu e Mário gritou:
– “Por que correram? É porque a garrafa machuca? Então porque jogaram?”
O público aplaudiu e o jogo continuou. O Botafogo vencia por 4x2 quando aconteceu um lance fatal: Pirilo deu um pontapé no goleiro Osvaldo do Botafogo e foi expulso. Tião reclamou e também foi expulso. Entretanto, a torcida do Flamengo atingiu-o com um pedaço de pau. Irritado, Mário pegou o pau e jogou-o contra a torcida. Então, uma ‘chuva’ de pedras, paus e cadeiras caíram no gramado. Mário Vianna tentou revidar, mas teve que recuar. A polícia interveio e o jogo não terminou por falta de segurança.
Fontes:
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Esporte Ilustrado
http://www.jornalpequeno.com.br/2008/7/12/Pagina82517.htm
Jornal dos Sports
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