terça-feira, 31 de março de 2009

Jogos de basquetebol (I)


por Cristina Aranha

Calendário dos jogos da semana do campeonato Estadual de Basquete Masculino:

1/4 às 20:00 Botafogo x Vasco da Gama (Juvenil)
5/4 às 09:00 Botafogo x Vasco da Gama (Mirim)
5/4 às 10:30 Botafogo x Vasco da Gama (Infantil)
5/4 às 12:00 Botafogo x Vasco da Gama (Infanto)

Os jogos realizam-se em General Severiano e a entrada é gratuita.

Malcher, Vianna e o Botafogo

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No dia 9 de Novembro de 1947, no campo de Teixeira de Castro, o Fluminense venceu o Bonsucesso por 4x3, mas a grande figura foi Alberto da Gama Malcher, o juiz, vítima de violência inaudita.

Meia dúzia de torcedores do Bonsucesso agrediram brutalmente Gama Malcher, que foi transportado para o Hospital Getúlio Vargas, acabando por ser operado no Hospital dos Acidentados pelo cirurgião Dr. Mário Jorge. Veja-se no estado em que ficou o árbitro:


Mas o Fluminense – pelo menos por esta vez – venceu justamente o Bonsucesso. Na verdade os alvos eram outros árbitros – Mário Vianna e Carlos de Oliveira Monteiro, ambos declarados persona non grata ao Bonsucesso. Malcher pagou pelo que não fez.

Gama Malcher foi o árbitro que apitaria, dez anos depois desta ocorrência, a decisão do campeonato carioca de 1957 entre o Botafogo e o Fluminense.

Na rodada seguinte do campeonato, em General Severiano, durante o jogo Botafogo versus Flamengo, ocorrido a 23 de Novembro, Mário Vianna enfrentou a torcida numa das maiores confusões ocorridas num campo de futebol e em Caio Martins, no jogo entre Vasco da Gama e Canto do Rio, o zagueiro Bonifácio agrediu Carlos de Oliveira Monteiro.

Mas vamos ao jogo de General Severiano. A confusão começou perto do alambrado onde estava a torcida do Flamengo, quando um torcedor jogou uma garrafa que caiu entre Sarno, Tião e o bandeirinha. Então, Mário Vianna apanhou a garrafa, enfrentou a torcida e ameaçou atirar a garrafa de volta.


Foi um corre-corre e Vianna gritou: – “Porque correram? É porque a garrafa machuca? Então porque jogaram?” A maioria do público aplaudiu Mário Vianna e o jogo continuou.

O Botafogo já vencia por 4x2, quando ocorreu o lance fatal. Pirilo deu um pontapé em Osvaldo, goleiro do Botafogo, e foi expulso. Tião reclamou e também foi expulso. E quando Mário Vianna passou pelas gerais, onde se encontrava a torcida do Flamengo, foi atingido por um pau. Irritado, pegou no pedaço de pau e devolveu-o à torcida, como se quisesse vingar o amigo Gama Malcher. Porém, uma chuva de pedras, paus e cadeiras caíram no campo, sempre em busca de atingir o juiz. Mário Vianna tentou revidar, mas finalmente recuou e apenas a intervenção da polícia travou a inaudita batalha, num jogo não terminado por falta de garantias.

Mário Vianna foi suspenso pelo Tribunal de Justiça por 30 dias, mas o Conselho Regional de Desportos cancelou a pena após apelação de Mário Vianna.

Mário Vianna apitaria, no ano seguinte, a decisão do campeonato carioca de 1948 entre o Botafogo e o Vasco da Gama.

Gama Malcher e Mário Vianna foram dois dos árbitros que Nilton Santos revelou nunca se ter zangado com qualquer deles devido a arbitragens injustas contra o Botafogo.

Fonte:
Acervo e pesquisa de Rui Moura

31 de Março

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Desconhece-se a existência de uma data de 31 de Março significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quem te viu, broche?... Quem te vê?...

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Como todos os leitores perceberam a enquete apresentada durante apenas uma semana serviu como protesto sobre as politiquices internas do nosso clube, que, a pretexto de um broche de lapela, continuam evidenciando uns quantos folclóricos botafoguenses 'notáveis' da aldeia... que agora decidiram inaugurar a caça às bruxas...
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Então, eu e mais catorze leitores divertimo-nos imenso a escolher a mais hilariante das opções na visão de cada um, e, creio, a marcar o nosso protesto contra certos dirigentes que não desistem de políticas de baixo nível e de vingançazinhas do tamanho de um camundongo…. Para os leitores mais curiosos revelo que a minha opção foi… ?!%&#(“)”&!())=#.


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Resultados:

O broche foi oferecido ao Atlético Mineiro: 2
O broche foi roubado pelo Flamengo: 2
O broche foi desviado pelo Fluminense: 0
O broche foi sondado pelo Vasco da Gama: 0
O broche anda por aí sem terra e sem teto: 0
O broche é um infeliz, coitado: 0
Tem caroço neste angu: 1
Os amigos da onça ainda mexem…: 2
Tirem-me deste filme!!!: 1
Estou de férias de enquetes: 1
?!%&#(“)”&!())=#: 6

Botafogo 1x2 Fluminense



Caros amigos, no sábado à noite viajei para Luanda toda a noite, de manhã tinha o resultado do jogo no meu telemóvel, segui de avião para Benguela ainda no domingo e descobri que nenhum hotel da cidade tem Internet, o que considero inacreditável para a segunda cidade mais importante de Angola…

Ontem foi um dia de ‘reconhecimento’ do terreno, durante o qual fui apresentado às autoridades locais e provinciais, e somente hoje obtive a Internet móvel no meu computador. Portanto, poderei viajar pelo país com rede permanente. O sinal não é muito forte, mas parece-me suficiente para as necessidades bloguistas deste botafoguense muito apaixonado e dos leitores fiéis e ‘infiéis’ (rsrsrs…) do blogue.

Sobre o jogo confesso que nada li até agora e também não me pronunciarei sobre o assunto por razões óbvias. Fica, apenas, a ficha técnica na memória do blogue.

Mas, também, comentar o quê?... Vencendo por 1x0 aos 75 minutos e com o adversário com um jogador a menos o Botafogo deixou a virada acontecer… Enfim…

FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x2 Fluminense
Gols: Maicosuel 71’ (Botafogo); Alan 79’ e Conca 90’ (Fluminense)
Competição: campeonato carioca
Data: 28/03/2009
Local: Estádio do Maracanã
Arbitragem: Gutemberg de Paula Fonseca; Wagner de Almeida Santos e Vinícius da Vitória Nascimento
Cartões amarelos: Léo Silva, Emerson, Juninho, Maicosuel e Thiaguinho (Botafogo); Edcarlos, Jaílton e Alan (Fluminense)
Cartões vermelhos: Alessandro (Botafogo); Edcarlos (Fluminense)
Botafogo: Renan, Emerson, Juninho e Wellington (Gabriel); Alessandro, Leandro Guerreiro, Fahel, Léo Silva (Diego) e Thiaguinho; Maicosuel e Reinaldo. Técnico: Ney Franco.
Fluminense: Fernando Henrique, Mariano, Luiz Alberto, Edcarlos e Leandro; Jaílton, Maurício (Fabinho), Thiago Neves e Conca; Everton Santos (Maicon) e Roger (Alan). Técnico: Carlos Alberto Parreira.

30 de Março


No dia 30 de Março de 1997 o Botafogo sagrou-se campeão da Taça Guanabara ao vencer o Vasco da Gama por 1x0, com gol de Gonçalves.
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O Botafogo venceu a Taça Guanabara com 12 vitórias em 12 jogos e, na final, alinhou com Wagner, Wilson Goiano, Jorge Luiz, Gonçalves, Jefferson, Marcelinho Paulista, Pingo, Djair, Aílton, Bentinho, Sorato (Dimba). O técnico foi Joel Santana.

Fonte
Acervo de Rui Moura

29 de Março

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Desconhece-se a existência de uma data de 29 de Março significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

sábado, 28 de março de 2009

A gripe do Mário


por Gerson Soares
Conversávamos, Mané e eu, numa noite fria, chuvosa, de um mês de julho, no jardim da bela casa no Jardim Botânico. Os assuntos eram os mais variados sempre que tínhamos chance de dialogar. Confesso que algumas de suas palavras eu não conseguia captar. Não porque fossem inaudíveis, mas porque muitas das vezes ficava emocionado por estar diante de uma personalidade do mundo, um homem venerado e idolatrado por sua genialidade e alegria, transmitidas aos olhos de todos quando exibia o seu futebol.

Estava deslumbrado, feliz pelo privilégio inigualável de poder estar frente a frente com Garrincha. De repente, chegou Mário, um amigo, morador do bairro, tosse incessante. Trocou algumas palavras com Elza na sala e se aproximou, quase que se arrastando, até perto de nós dois: "Boa-noite, seu Mané! Oi, Gersinho! Boa-noite!"

Garrincha não se conteve:

"O que houve, Mário? Todo agasalhado... Está doente?"

"Estou gripado, seu Mané. Dói tudo! Ponha a mão na minha testa, veja como está quente."

Eu também botei a mão na testa de Mário e o amigo estava mesmo com febre altíssima, afônico, queixando-se de dores pelo corpo. Então, perguntei:

"Já tomou algum remédio?"

"Pois é! Só por isso saí de casa. Para pedir a tia Elza um comprimido. Estou sem um tostão."

Mané tirou uma nota de cem cruzeiros da carteira e a ofereceu ao debilitado Mário.

"Cem pratas! Quer?"

"Se quero? Com essa grana vou comprar um hospital..."

Ao esticar a mão para pegar a nota, Mané desafiou:

"Só ganha a nota se pular na piscina. Agora."

"Se eu cair na piscina? Que é isso, Mané?! Com essa gripe, essa febre... Se fizer uma loucura dessas vou morrer na hora!"

"Certo! Então, nada de grana."

Pegou a nota e a recolocou na carteira. Mário reagiu:

"Também não é assim, seu Mané! Preciso de tempo para pensar. Tenho de tomar o remédio."

Tentei demover Mané da idéia da piscina. Caía uma chuva fina, dez horas da noite, Mário com febre altíssima...

"Cale a boca, Gerson!"

Mário estava desesperado. Mesmo ciente do seu problema com a gripe, arriscou:

"Se eu cair na água você me dá essa grana, Garrincha?"

Mané retirou a nota do bolso e a balançou, provocando Mário:

"Será toda sua. Mas ande logo. Se a Crioula chegar, não vai deixar você mergulhar. E ai... Perdeu a grana."

O jardim da casa era belíssimo. Um gramado bem cuidado cercava a piscina. Enquanto caminhava até a beira dela, Mário pensava, espirrava e tossia ao mesmo tempo. Olhou fixamente para a nota que Mané balançava. Hesitou. Ao ver que Mané não parava de balançar a nota que o ajudaria a resolver o problema financeiro, de imediato começou a tirar a roupa. Mané gritou:

"Nada disso! Tem de pular de roupa e tudo."

Mário, lentamente, vestiu a peça que havia tirado e num ato tresloucado mergulhou.

Elza chegou, viu o pobre rapaz dentro d'água e esbravejou:

"Você está maluco? Com essa febre, gripado e pulando na piscina? O que houve, Neném?" Era assim que Elza chamava Mané. E exigiu explicações.

Mané, matreiramente, se saiu com essa: "Sei lá o que aconteceu! Ele chegou aqui, deu boa-noite, dizendo que queria tomar banho de piscina, e mergulhou."

Logo depois. Mané se retirou para o quarto, antes que Elza lhe desse um puxão de orelhas.

Mário saiu da água, foi imediatamente coberto com uma toalha levada por uma empregada. Olhou para mesa e só viu a mim.

"Onde está o seu Mané?"

"Foi dormir", respondeu Elza, sem saber do desafio.

"Não deixou nada para mim?

Mário ficou sem saber o que fazer. Sentiu que fora enganado. Coisas de Garrincha.

O amigo Mário dormiu no quarto comigo e meus irmãos, tossindo sem parar. A febre o fazia delirar. Balbuciava palavrões, seguidos do nome Garrincha, que naquela noite se transformara na obsessão inconsciente de sua febre. No dia seguinte, Mané o chamou e lhe deu o dinheiro, a desejada nota de cem cruzeiros.

Fiquei pensando: por que aquela brincadeira perigosa com o rapaz? E se como conseqüência da exigência de Mané ele morresse? Procurei Mané, pedi explicações sobre o motivo da brincadeira e ele me disse que um bom banho frio baixa qualquer febre. Tudo bem, mas deixo aqui uma reflexão: você deve avaliar seus atos, pois nem sempre dinheiro é a melhor solução.

Fonte: www.sosserve.com.br 

28 de Março

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Desconhece-se a existência de uma data de 5 de Janeiro significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Votar Garrincha

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Aviso a quem não sabe: em http://www.bestfootballer.com/ pode votar Mané Garrincha diariamente - o direito é de um voto por dia. Nos últimos dias Garrincha reduziu 200 votos de diferença para o 10º colocado. Vamos levá-lo aos 10 melhores futebolistas do mundo!

Excursão internacional à América do Sul (1963)


Em 1963 o Botafogo realizou uma nova excursão à América do Sul, cumprindo nove jogos no Uruguai, Equador, Colômbia, Peru e Chile.

Os nove amistosos realizados saldaram-se por 4 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, tendo sido assinalados 12 gols e sofridos 5.
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Botafogo 1x2 Peñarol (Uruguai)
Data: 12/Janeiro/1963
Local: Montevidéu (Uruguai)
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Botafogo 5x0 Barcelona (Equador)
Data: 16/Janeiro/1963
Local: Guayaquil (Equador)
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Botafogo 2x0 América-Cali (Colômbia)
Data: 20/Janeiro/1963
Local: Cali (Colômbia)
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Botafogo 1x0 Independiente-Medellín (Colômbia)
Data: 24/Janeiro/1963
Local: Medellín (Colômbia)
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Botafogo 0x0 Millonarios (Colômbia)
Data: 27/Janeiro/1963
Local: Bogotá (Colômbia)
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Botafogo 0x0 River Plate (Argentina)
Data: 31/Janeiro/1963
Local: Bogotá (Colômbia)
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Botafogo 1x1 Sporting Cristal (Peru)
Data: 04/Fevereiro/1963
Local: Lima (Peru)
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Botafogo 2x1 Colo Colo (Chile)
Data: 06/Fevereiro/1963
Local: Santiago (Chile)
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Botafogo 0x1 Peñarol (Uruguai)
Data: 09/Fevereiro/1963
Local: Montevidéu (Uruguai)
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Fonte:Acervo e pesquisa de Rui Moura

27 de Março


No dia 27 de Março de 1927 o Botafogo assinalou o milésimo gol da sua história, enfrentando o Vasco da Gama em jogo amistoso, o qual perdeu pelo notável placar de 5x4, com gols de Néco (2), Joãozinho e Almo.

No dia 27 de Março de 1966 o Botafogo sagrou-se campeão do Torneio Rio – São Paulo ex-aequo com o Santos, o Vasco da Gama e o Corinthians ao derrotar o Vasco da Gama por 3x0, com gols de Jairzinho aos 43’ e 57’ e Parada aos 62’.

Perante quase 70.00 pessoas o Botafogo alinhou com Manga, Paulistinha, Zé Carlos, Dimas e Rildo; Élton e Gérson; Jairzinho, Bianchini (Zélio), Parada (Sicupira) e Roberto (Afonsinho). Técnico: Admildo Chirol

Fonte
Acervo de Rui Moura

quinta-feira, 26 de março de 2009

Os maiores públicos por clube

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Caros amigos, não pretendo levantar celeuma, mas devido aos últimos comentários botafoguenses sobre a presença da nossa torcida nos estádios, deixo aqui informação sobre os públicos médios nos cinco clubes melhor classificados durante a Taça Guanabara 2009, segundo o sítio oficial da Federação de Futebol do Rio de Janeiro:

1º Botafogo: 18.654 pagantes
2º Flamengo: 18.636 pagantes
3º Fluminense: 13.876 pagantes
4º Resende: 13.257 pagantes
5º Vasco: 10.118 pagantes

Bota(sem)fogo empata com sorte


Sejamos francos sobre o jogo de ontem e admitamos que a nossa equipa tem pouquíssimos jogadores capazes de estarem à altura de uma equipa de futebol do Glorioso. Contam-se pelos dedos de uma mão os titulares realmente capazes: Renan, Leandro Guerreiro, Maicosuel, Reinaldo e Victor Simões. Talvez sirvam para reservas Juninho, Thiaguinho, Gabriel, Fahel e pouco mais. Os outros podem ir para o Tabajara…

Se falha o goleiro ou o Leandro Guerreiro, então teremos seguramente uma baliza absolutamente vulnerável. Foi o que aconteceu no jogo de ontem. Renan teve quatro bolas para defender em todo o jogo: os gols do Americano em que claramente fracassou, a do penalty em que foi completamente driblado e uma bola finalmente espalmada quando a cortina do jogo se preparava para baixar sobre o Engenhão. Se é deste modo que Renan pretende assegurar a titularidade, creio que o Castillo terá fortes possibilidades de o conseguir.

Leandro Guerreiro esteve irreconhecível, a saída de bola continua muito deficitária e por isso o meio campo não consegue armar e o ataque marcado daquele modo pelo adversário é absolutamente inoperante.

Por outro lado, a defesa insiste em fazer faltas muito próximas da área e foi de duas faltas assim que saíram os gols do Americano. O nosso adversário treina-se precisamente para isso, remetendo-se à defesa e explorando essas faltas em contra-ataque. E nós, uma vez mais, fizemos a vontade ao adversário.

No meio campo somente Tiaguinho funcionou com regularidade, fazendo bons lançamentos, mas revelando-se muito deficiente a chutar. Como Maicosuel só fez uma jogada realmente muito boa, quando lançou Reinaldo para gol, o ataque manteve-se desentrosado. Como o ataque não esteve bem, as jogadas de Thiaguinho perderam-se. Reinaldo continua muito aquém das expectativas, salvando-se apenas no giro que fez antes de marcar o segundo gol, e Victor Simões, além de ‘bico’ na bola no primeiro gol, teve por ‘mérito’ obter dois cartões amarelos e ser expulso – um dos quais redundou em gol do adversário.

Ney Franco tentou alterar o esquema, reforçou o ataque, e, com isso, o Botafogo apareceu mais no segundo tempo para tentar ganhar, mas depois do 2º gol a equipa encostou-se novamente e não perdeu por acaso.

Claro que eu não gosto do esquema montado pelo Ney, porque prefiro, de longe, duas linhas de quatro à moda do futebol europeu, as quais revelam enormes virtudes de articulação entre defesa, meio campo e ataque, conferindo ao jogo uma plasticidade e uma eficácia muitíssimo maiores. Um esquema destes, mesmo com os nossos jogadores, dava para ganhar a Taça Rio e o campeonato por antecipação. Porém, respeito o esquema do treinador, porque é a opção dele e, nesse quadro, creio que procura fazer o melhor, mostrando, por diversas vezes, que não é retranqueiro. O que não tem é uma equipa que, apesar de ofensiva e goleadora neste campeonato, mostre qualidades suficientes para o esquema bolado. Por isso é que as duas linhas de quatro seriam essenciais.

Quanto ao Americano, o seu esquema foi muito bem montado, não se desviou um milímetro do alvo, mesmo perdendo por 1x0 e por 2x1. As marcações forma muito fortes e a equipa mostrou que, sendo bem marcada, produz pouco, porque não tem grandes valores individuais. O Botafogo só pode ganhar através do jogo de conjunto, da aplicação em campo e da cooperação entre os jogadores.

Além de montar um forte esquema defensivo, o treinador adversário foi para mim uma enorme e agradável revelação ao fazer as notáveis declarações de lealdade de disputa antes do jogo e, no final, utilizando uma argumentação absolutamente sólida e capaz quanto à grande penalidade não assinalada a favor da sua equipa. Um exemplo raro de civismo linguístico e gestual no futebol brasileiro!

O mesmo não aconteceu do nosso lado. Numa noite que não foi pautada por falta de sorte nossa, a equipa beneficiou claramente de dois momentos anormais: um gol escandalosamente ‘oferecido’ pelo zagueiro adversário logo no início de jogo e uma grande penalidade feita sobre o Americano com Renan completamente batido. O Americano teve aí a hipótese da virada no Engenhão, mas o juiz, bastante mau, favoreceu-nos num jogo ‘menor’ para adiante sermos prejudicados num jogo ‘maior’. A comissão técnica deveria ter reconhecido e repudiado a não marcação da grande penalidade, ganhando poder de intervenção para o futuro (porque o globoesporte, que acha “polémicos” os erros contra os urubus, tratou logo de realçar a grande penalidade “evidente” não assinalada).

O futebol é sempre uma incógnita e creio que teremos hipóteses de ganhar a Taça Rio se a equipa der o melhor de si e trabalhar em conjunto, mas receio que o nosso esquema seja demasiado conhecido e frágil. À falta de valores individuais, é o esquema tático que tem que evoluir, bem como o comportamento dos jogadores em campo, designadamente a sua postura em vontade, em cooperação mútua e em concentração no jogo – e também em traquejo que não têm, evitando situações de faltas muito perigosas para nós à entrada da área.

O crescimento verificado ainda não foi suficiente para assegurar concentração permanente no jogo, saída de bola no chão e não através de chutão, passes calculados e posse de bola com mudanças rápidas de velocidade. Enquanto isto não se consolidar, seja qual for o esquema tático adoptado, viveremos sempre entre extremos – vitória de goleada, derrota de goleada e empates ‘colaborantes’ de arbitragens complacentes.

Eu quero ganhar sempre – mas com mérito!

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x2 Americano
Gols: Victor Simões 12’ e Reinaldo 78’ (Botafogo); Ernani 22’ e Kieza 41’ (Americano)
Competição: campeonato carioca
Data: 25/03/2009
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’
Arbitragem: André Luís Paes Ramos; Raimundo Araújo dos Santos e Ricardo Saldanha Batermarqui
Cartões amarelos: Victor Simões e Alessandro (Botafogo); Anderson, Siller, Kieza e Renan (Americano)
Cartões vermelhos: Victor Simões (Botafogo); Gil (Americano)
Botafogo: Renan, Alessandro, Emerson (Jean Carioca), Juninho e Thiaguinho; Leandro Guerreiro, Fahel, Léo Silva (Gabriel) e Maicosuel; Reinaldo e Victor Simões. Técnico: Ney Franco.
Americano: Jefferson; Elson, Anderson e Carlão; Paulo Henrique, Renan, Siller (Kim), Diego Sales (Cafezinho) e Ernani; Eberson (Gil) e Kieza. Técnico: Toninho Andrade.

26 de Março

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No dia 26 de Março de 1996, num jogo em que o Botafogo venceu por 4x1 a Universidad Católica, o falastrão Túlio ‘Maravilha’, ídolo e artilheiro do Botafogo no campeonato brasileiro de 1995, deu-se ao luxo de driblar o goleiro e, em vez de chutar para a baliza, parou a bola junto à linha de meta e com o calcanhar fez o gol displicentemente.



No dia 26 de Março de 1997 a equipa de reservas do Botafogo venceu o Flamengo por 1x0, com gol de Renato Carioca (fotos abaixo - Extra Globo). O Botafogo já estava classificado para a final e Joel Santana colocou em campo a equipa reserva. Se o Flamengo vencesse ia à final, caso contrário iria o Vasco da Gama.
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O Flamengo foi afastado da final pelo seguinte elenco botafoguense de reservas: Alex, Bruno Carvalho (Arcelino), Grotto, Marcelo Augusto e Alexandre Seixas; Alemão, França, Zé Carlos (Sidicley) e Renato Carioca; Róbson (Clayton) e Serginho. O técnico Joel Santana assistiu ao jogo da bancada, substituído também por um 'reserva' - o seu auxiliar Valinhos.

Fonte
Acervo de Rui Moura

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vote Mané Garrincha

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Que outro jogador em todo o mundo teve oito titulares de um país (México) tentando roubar-lhe a bola numa Copa do Mundo (1962)?...

Gol mil


O Botafogo Football Club assinalou o 1000º gol da sua história contra o tradicional rival Vasco da Gama no dia 27 de Março de 1927, num amistoso estadual.

O jogo foi favorável ao Vasco da Gama, que venceu pelo placar de 5x4, tendo marcado para o Botafogo Néca (2), Joãozinho e Almo.

A equipa alinhou com Babby, Alemão e Otacílio; Alfredo, Almo e Rogério; Ariza, Néco, Joãozinho, Ache e Claudionor.

Fonte
Acervo de Rui Moura

Jogo mil


O ‘Clássico Vovô’ é o mais antigo do Brasil e, provavelmente, o mais antigo da América do Sul. Não seria de admirar, por isso, que ambos os clubes fossem os primeiros a completar ‘mil jogos’

O Fluminense fê-lo no dia 26 de Novembro de 1961, na Rua Bariri, empatando com o Olaria por 2x2. Porém, apenas dezoito dias depois, o Botafogo era o primeiro clube do Rio de Janeiro a atingir a marca do jogo mil com uma vitória.

O sabor dessa vitória e dessa marca ainda foram maiores porque ocorreram num confronto com o próprio Fluminense! Disputando o ‘Clássico Vovô’ no dia 14 de Dezembro de 1961, o Botafogo venceu os tricolores por 1x0, com gol do Glorioso Mané Garrincha aos 51 minutos.

O Botafogo assinalava a data com uma vitória e atingia a invencibilidade em 26 partidas oficiais consecutivas (18 vitórias e 8 empates), conquistando, 14 dias depois, o título de campeão carioca ao bater o Flamengo por 3x0, novamente com uma notável exibição do ‘Anjo das Pernas Tortas’, iniciando desse modo a década mais gloriosa da sua existência.

Fonte
Acervo de Rui Moura

Mini jogos da lusofonia


“Dos dias 15 a 19 de Abril de 2009, decorrem os Mini Jogos da Lusofonia, no âmbito dos 2º Jogos da Lusofonia.

Esta iniciativa está integrada no programa social e multicultural do Lisboa 2009. A Comissão Organizadora do evento é composta por 10 Colectividades Desportivas da Alta de Lisboa, as Juntas de Freguesia, o K’CIDADE e o COJOL. Esta actividade conta com o apoio da Gebalis, CML e SGAL e tem como patrono o Prof. Moniz Pereira.

Os MINI JOGOS DA LUSOFONIA serão disputados entre cinco escolas EB1 da Alta de Lisboa em cinco modalidades diferentes: Atletismo, Futsal, Judo, Mini Andebol e Basquete. A cada escola cabe a representação de 2 ou 3 países da Lusofonia: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Sri Lanka, Brasil, Moçambique, São Tomé, Guiné Equatorial, Timor, Goa e Macau, sobre o qual está a realizar uma pesquisa da realidade sócio-cultural e que dará lugar à Exposição da Lusofonia, que estará aberta ao público de 15 a 19 de Abril no Complexo Desportivo da Alta de Lisboa.

A Cerimónia de Abertura decorre a 15 de Abril, às 14h, na Pista de Atletismo Prof. Moniz Pereira e a Festa de Encerramento, dia 19 de Abril, às 14h, no Complexo Desportivo da Alta de Lisboa, na qual se disputarão as Finais de Futsal, Mini Andebol e Basquete. A Feira das Associações, Exposição da Lusofonia e Espectáculo de Encerramento com artistas convidados concluirá a Cerimónia.”

Fonte
http://www.cplp.org/

25 de Março

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No dia 25 de Março de 2009 o Botafogo sagrou-se campeão do Torneio Dia da Comunidade Árabe no Brasil na categoria juvenil, ao vencer o Vasco da Gama por 3x2 em grandes penalidades, após empate por 0x0 no tempo regulamentar.

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terça-feira, 24 de março de 2009

Nilton Santos e os árbitros

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A agressão aos árbitros não é comum no futebol, mas existem casos envolvendo muitos craques brasileiros e de que Nilton Santos é um exemplo muito conhecido.

Ao contrário da sua arte futebolística notável, a personalidade de Nilton Santos sempre foi muito truculenta, especialmente com as arbitragens. O próprio craque reconhece:

– “Sempre tive problemas com alguns árbitros, exceção de Mário Vianna, Alberto da Gama Malcher, Aírton Vieira de Moraes, José Gomes Sobrinho e Gualter Portela Filho”.

Por exemplo, na década de 1960, a “Enciclopédia do Futebol" levou Armando Marques a nocaute após lhe aplicar um violento soco no Pacaembu, num jogo entre Corinthians e Botafogo, em 1964, que terminou com um empate de 3x3.

Os dois protagonistas voltaram a defrontar-se quatro anos depois no Maracanã. Na época, Nilton Santos era dirigente do Botafogo e, num jogo contra o Atlético Mineiro, partiu para cima de Marques e acertou-lhe um soco em pleno queixo. O árbitro estatelou-se no túnel, sendo amparado pelo bandeirinha José Luís Barreto.


Este episódio encerrou com a carreira de Nilton Santos, que não tornou a entrar num campo de futebol na qualidade de profissional.

Naturalmente que o comportamento de Nilton Santos era anti-desportivo, mas o dos árbitros não era menos. Veja-se o episódio do craque botafoguense com Eunápio de Queirós.

Eunápio apitou um Botafogo contra Santos, no Pacaembu, que estava 0x0 no final. Nilton Santos quis saber o tempo que faltava e o árbitro respondeu:

– “O jogo não acabou.”

Entretanto, Pelé fez 1x0 e Eunápio disse-lhe:

– “Agora acabou, seu Nílton.”

Outra vez, no Maracanã, o Botafogo enfrentou o Atlético Mineiro e lá estava Eunápio novamente. Nilton Santos disse-lhe que ia jogar porque era sem-vergonha. Eis a resposta do árbitro:

– “Hoje eu vou apitar direito.”

E ainda se defendem árbitros após ‘erros grosseiros’ – que são sempre sinónimo de incompetência ou má-fé e para os quais não pode haver perdão.

Fonte:
Acervo e pesquisa de Rui Moura

Botafogo total!

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O Botafogo apresentou neste sábado as equipes masculina e feminina de Pólo Aquático para a temporada deste ano. Na sede do Mourisco Mar, os atletas conversaram com o presidente Maurício Assumpção e outros dirigentes do clube. Assumpção ressaltou o bom trabalho feito pelas equipes dos esportes aquáticos e por isso optou pela manutenção do diretor de Pólo Aquático, Ique, além da comissão técnica.

– "Estou fazendo de tudo para proporcionar a todos vocês as melhores condições possíveis. Vamos trabalhar em conjunto com o Miguel Ângelo, o Alexandre e o Ique. O pólo conseguiu muitos resultados nos últimos anos e quero ver ainda mais títulos agora" – disse o presidente.

O primeiro jogo do Botafogo na temporada será contra o Flamengo, pelo Campeonato Carioca, no Mourisco. E, seguindo a tradição do clube, os atletas poderão jogar o presidente na água, em caso de vitória. A equipe alvinegra é uma das potências nacionais do esporte, ocupando o terceiro lugar no ranking nacional feminino e quarto no masculino. Na última Liga Nacional, o clube foi o único a ganhar do campeão, Pinheiros, nas semifinais, perdendo a disputa em dois jogos por apenas um gol.

Além disso, o Botafogo tem três atletas na Seleção Brasileira adulta: Anderson Ferreira, João Felipe e Mega. O central Henrique, também já fez parte da Seleção Brasileira e foi campeão estadual da Califórnia (EUA), jogando pela Universidade de Golden West College.

Fontes
http://esportes.terra.com.br

24 de Março

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Desconhece-se a existência de uma data de 24 de Março significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pedro Silva rejeita a medalha

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O árbitro Lucílio Baptista assinalou escandalosamente uma grande penalidade absolutamente inexistente a favor do Benfica na final da Taça da Liga portuguesa, que se revelaria fundamental para o título não ir para o Sporting, conforme merecimento em campo.

No final, aquando do recebimento da medalha de 2º lugar, o brasileiro Pedro Silva atirou a medalha para longe. Parece que ficou todo o mundo escandalizado, mas eu estou escandalizado é com o senhor Lucílio Baptista e com a emudecida Comissão de Arbitragem portuguesa.

Pedro Silva pediu desculpas:

- “Aquilo que aconteceu me prejudicou. Mas sei que não fui correto e tenho de pedir desculpa a todos: colegas, treinadores, ao clube, torcedores e... a Lucílio Baptista. Disse coisas a ele que não se devem dizer. Errar é humano, eu sei, mas aquele erro nos tirou um título. Também sei que a atitude com a medalha não é digna de um profissional, mas estava indignado” – explicou Pedro Silva, em entrevista ao jornal português “Record”.

Os leitores do blogue sabem que sou sereno na generalidade das minhas observações e defendo o civismo desportivo. Porém, não condeno a atitude de Pedro Silva, porque sempre defendi que não se deve levar desaforo para casa e aquele foi o único modo de afirmação de Pedro Silva, impotente perante as incompetências – para não dizer pior – das arbitragens, que são soberanas e não podem ser atacadas do tipo “fomos roubados”, etc. É claro que há clubes que são 'roubados'.

A medalha atirada para longe era dele e ele fez dela o que entendeu que devia fazer. Não feriu ninguém, não ofendeu ninguém, não prejudicou ninguém, ao contrário do que fez o senhor incompetente juiz Lucílio Baptista, que prejudicou uma equipa inteira assinalando uma grande penalidade escandalosamente inexistente. Com disse o treinador do Sporting, o juiz marcou o penalty porque foi a sua vontade - uma bola cortada com o peito e fora da área! Acredito que Paulo Bento tem razão na sua afirmação.

Errar é humano, e haverá sempre erros no desporto. Mas há erros indesculpáveis. Eu admito que um árbitro não veja algo que aconteceu em campo e não assinale a ocorrência, mas não admito que veja uma ocorrência que jamais aconteceu. Aí entra a vontade dele.

Eu faria o que Pedro Silva fez! Mas lamento que o jogador tenha pedido desculpas ao senhor Lucílio Baptista, porque ao Sporting ninguém pediu desculpas, a Pedro Silva o árbitro não pediu desculpas e a Comissão de Arbitragem emudeceu. E, além disso, a taça não será entregue na Galeria dos Leões. E se a atitude do atleta, utilizando as suas próprias palavras, é uma atitude indigna de um profissional de futebol, eu diria que a atitude do juiz é indigna de um profissional de arbitragem.

Assertivo e honrado como sempre, Paulo Bento, treinador do Sporting, manteve hoje as contundentes acusações feitas ao árbitro ontem e não retira uma vírgula do que disse.

Eu estou sorrindo…

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O comentário de Gilmar Ferreira de há 33 dias (18/02/2009) sobre o Botafogo é muito discernente e verdadeiramente premonitório:

“Não sei ao certo qual é a dívida dos alvinegros, quantos batem à porta para cobrar os atrasados e qual é a real possibilidade da entrada de novos recursos.

Mas sei é que, ao contrário dos meses anteriores, o clube trabalha em paz e com serenidade, a perspectiva do crescimento através de ações no Estádio João Havelange contempla ações comerciais e institucionais.

Não é só isso: em campo, o time cumpre seu papel com dignidade e autocontrole.

Jogadores experientes, que buscam serem redescobertos, abraçam o plano tático de um técnico sereno e trabalhador, e jovens das categorias de base voltam a ser aproveitados — o futuro agradece.

Assim, aparentemente unido e equilibrado, o Botafogo dribla a crise financeira que o assusta mais do que os adversários e projeta seu crescimento sustentável.”

Fonte

Clássico das Gozações

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Os torcedores do Vasco da Gama não se deram ao trabalho de perder tempo a pintar faixas provocatórias e por isso a tarde de domingo começou melhor para o time dos urubus:

– “Antes vice, agora segundona”.

Os pacientes torcedores do time da caravela, após dois gols sem resposta, acabaram por ordenar aos urubus:

– “Silêncio na favela”.

Para que os urubus pudessem ver e ouvir que “ri melhor quem ri por último”:

– “Vice é o Cuca”.

Aos urubus restou o mote de “quem ri primeiro chora mais por último”…

O “vice” está mudando de dono… Ah… se o Cuca perder contra o Madureira…

Foto: Carlos Mota / Globoesporte.com

23 de Março



No dia 23 de Março de 1958 o Botafogo realizou a maior virada da sua história ao vencer o Atlético Mineiro por 5x4 após estar a perder por 0x4 ao intervalo.

O técnico João Saldanha zangou-se ao intervalo, Didi comandou a orquestra e marcaram Quarentinha (2), Edson, Garrincha e Paulinho Valentim. A virada foi concretizada por Quarentinha no último minuto da partida.

O Botafogo alinhou com Adalberto, Beto, Tomé, Servílio, Pampolini, Nilton Santos, Garrincha (Neivaldo), Didi, Paulinho Valentim, Edson (Rossi) e Quarentinha. O Atlético Mineiro alinhou com Mussula, Anísio, Beniro, Ilton, Jair, Nilsinho, Márcio, Paulinho, Tomazinho, Alvinho e Dino.
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Fonte
Acervo de Rui Moura

domingo, 22 de março de 2009

Liderança: Botafogo 4x0 Duque de Caxias


O Botafogo ganhou facilmente por quatro gols contra o Duque de Caxias, mas a bem da verdade diga-se que foi a Estrela Solitária que desmembrou o adversário com a sua superioridade.

Iniciando o jogo com uma forte marcação, o Duque logrou uma situação de perigo aos 3 minutos e não deixou o Botafogo armar jogadas, apertando sempre com os seus atacantes e médios. Mas isso durou pouco tempo, porque num lançamento longo para a deslocação de Maiocossuel, o jogador ganhou a um defesa, driblou o guardião e empurrou a bola para o fundo da baliza.

Desde aí o Duque de Caxias desapareceu e o Botafogo geriu o jogo à sua maneira, a qual era relativamente lenta, serena e despreocupada. Em contrapartida errava alguns passes, mostrando que esse ainda é um factor muito importante a aprimorar.

Na segunda parte, entrando para decidir o jogo, o placar já acusava 3x0 aos 9 minutos. Emerson recebeu um cruzamento da esquerda e com uma soberba cabeçada para o chão colocou a bola no fundo do barbante logo no início da segunda parte. Depois Reinaldo driblou um jogador dentro da grande área e quando ia ficar frente a frente ao goleiro foi derrubado. Victor Simões cobrou superiormente o penalty e ampliou o marcador.

Num jogo que deu direito a tudo, os aniversariantes Emerson (22/04) e Victor Simões (23/04) fizeram o seu gol comemorativo e, mais tarde, foi a vez de Reinaldo se estrear a marcar no Engenhão. O atacante recebeu nova falta dentro da área, cobrou e marcou a grande penalidade.

Neste segundo tempo, com um panorama de 3x0 aos 9 minutos, o Botafogo fez novamente a gestão do jogo e o treinador testou, uma vez mais, alguns jogadores.

Foi uma segunda parte ao ritmo botafoguense, pausado e sem pressas, até porque o calendário de futebol não é fácil e não vale a pena esforços excessivos, porque além de estarmos classificados para a final encontramo-nos no bom caminho na Taça Rio ao assumirmos a liderança do nosso grupo.

Em suma, continuo a gostar da gestão que está a ser feita na equipa e, sobretudo, dos lançamentos para os espaços vazios (como faz muito bem o Vasco) e dos resultados, mas penso que devemos trabalhar mais ainda os passes e a posse de bola, porque o Botafogo sabe jogar bem com ela, mas sem ela, não. Para nós é mais difícil ir buscá-la do que guardá-la.

Por outro lado, creio que se deve treinar mais a velocidade e mudanças rápidas de flanco, bem como os contra-ataques. Sei que quem ataca muito mais do que os adversários é que é contra-atacado, mas não devemos esquecer que o Vasco joga em velocidade no contra-ataque e é o nosso mais perigoso rival para a conquista do título.

Qualidade de passe, rapidez sem correria, mudanças rápidas de flanco, lançamentos para os espaços abertos e cobrança de bola parada podem ser os nossos melhores ingredientes de conquista.
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FICHA TÉCNICA
Botafogo 4x0 Duque de Caxias
Gols: Maicossuel aos 18'; Emerson aos 48'; Victor Simões aos 55'; Reinaldo aos 71'
Competição: campeonato carioca
Data: 22 de Março de 2009
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’
Arbitragem: Wagner dos Santos Rosa; Marcelo Braz Mariano e Lilian da Silva Fernandes Bruno.
Cartões amarelos: Victor Simões (Botafogo); Cadu, Geovani, Anderson, Henrique, Douglas Silva (Duque de Caxias)
Cartão vermelho: Henrique (Duque de Caxias)
Botafogo: Renan, Emerson, Juninho (Alex Lopes) e Leandro Guerreiro; Alessandro, Fahel, Batista, Maicosuel (Lucas Silva) e Thiaguinho (Gabriel); Reinaldo e Victor Simões. Técnico: Ney Franco.
Duque de Caxias: Borges, Douglas Silva, Henrique, Eduardo Teles e Alan; Cadu, Pingo (Léo Oliveira), Juninho (Cléber) e Geovani; Deni (Dudu) e Anderson. Técnico: Carlos César.

Renan é titular absoluto

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A votação da enquete “Renan é titular absoluto?” decorreu entre 28 de Fevereiro e 22 de Março de 2009.

Resultados da enquete (122 votos):

» Sim, é titular absoluto: 89 (73%)
» Não, Castillo regressará: 18 (15%)
» Alternará com Castillo: 15 (12%)

Renan venceu esmagadoramente no que respeita a ser titular absoluto da equipa botafoguense. A torcida gosta dele, foi revelado pelo clube e é bom jogador.

Em minha opinião, futuramente Renan será muito melhor do que Castillo. Porém, após o quinteto de goleiros que tivemos em 2007, creio que a existência de nomes como Renan e Castillo são uma garantia de que não teremos os sucessivos falhanços de 2007.

A posição de goleiro no Botafogo é a única que, neste momento, tem um reserva à altura do titular e, por isso, apesar da minha preferência por Renan (principalmente devido à sua altura), é-me completamente indiferente que na baliza esteja Renan ou Castillo.

Provavelmente, a necessidade de Castillo mostrar que pode ser titular da equipa uruguaia levá-lo-ia a grandes exibições, mas se o posto continuar a ser ocupado por Renan penso que também estará bem entregue do ponto de vista do clube.

22 de Março

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Desconhece-se a existência de uma data de 22 de Março significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

Golpe de Estádio

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Leitura aconselhada para o domingo.

sábado, 21 de março de 2009

Estrela Solidária – II edição

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por Tatiane De Biasi


Gostaria de comunicar-lhes sobre a 2ª edição da Campanha: Botafogo – Estrela Solidária.

Na 1ª edição, conseguimos mobilizar aproximadamente 150 torcedores que compareceram no Hemorio para realizar doações de sangue. Com o sucesso, resolvemos então fazer uma outra, a fim de ajudar uma outra instituição.

Foram confeccionadas algumas blusas com os dizeres "Eu sou Estrela Solidária" e nosso objetivo era vendê-las e reverter todo o lucro para a compra de leite em pó para o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

A doação acontecerá no dia 30/03/2009, a partir das 11 horas, no INCA, e gostaríamos que os torcedores comparecessem para doar uma lata de leite ou algum outro mantimento.

Estaremos, também, recolhendo-os nos dias de jogos na frente do Engenhão, na Ala Leste, até à data do evento.

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Figueirense, campeão do subdesenvolvimento

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Esta fotografia de um futebolista trajando um vestido como castigo por treinar mal foi realizada na Serra Leoa, na República Centro-Africana ou na República Democrática do Congo, que são os países com menor índice de desenvolvimento humano do mundo?...

Não… Vem da simpática terra catarinense, cujo índice de desenvolvimento humano é elevado no panorama nacional brasileiro… Vem mais precisamente de um treino do Figueirense… No país futebolístico de Ademir da Guia, Friendereich, Garrincha, Heleno de Freitas, Leônidas da Silva e Pelé!...

O que vale é que pelo menos isso se passa num clube que vai militar na segunda divisão… Esperemos que, com este exemplo, seja para ficar por lá ou descer até à terceirona…

Tirem-nos deste filme, por favor!...

Fonte
Globoesporte / Roberto Scola / ClicRBS

21 de Março

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No dia 21 de Março de 1948 estreou-se no Botafogo um garoto vindo das peladas da Ilha do Governador: NILTON SANTOS!
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A ‘Enciclopédia’ não ganhou o seu primeiro jogo pelo alvinegro, mas ainda nesse ano de 1948 conquistaria o seu primeiro título pelo Botafogo, que venceu o famoso Expresso da Vitória vascaíno na final do campeonato carioca por 3x1.

Na sua estreia como jogador alvinegro Nilton perdeu de 2x1 para o América de Belo Horizonte, em amistoso interestadual, tendo o gol do Botafogo sido marcado por Negrinhão contra a sua própria baliza. O Botafogo alinhou com Oswaldo, Marinho e Sarno; Santos (Nilton I), Ávila e Juvenal; Nerino (Rosinha), Geninho, Pirilo, Octávio (Darcy) e Demóstenes (Reinaldo).

Fonte
Acervo de Rui Moura

sexta-feira, 20 de março de 2009

Ele é dirigente?... Ah! Ah! Ah!


Kleber Leite, dirigente dos urubus, foi questionado sobre o Botafogo estar na final do campeonato carioca e respondeu na lembrança do grito da torcida botafoguense, “Vice é o Cuca”. Eis as suas palavras:

– “O Botafogo passou a ficar exposto com aquela cantoria. Hoje, realmente quem tem mais possibilidade de ser campeão é o Botafogo, pois está na final. Mas também é o que tem mais possibilidade de ser vice e se isso acontecer o bicho vai pegar”.

Pessoalmente condenei o grito da nossa torcida, porque Cuca sempre nos demonstrara apreço – apesar da sua resposta à torcida ter sido muito infeliz. Mas, convenhamos, é apenas torcida, não tem responsabilidades de conduzir um clube nem de salvaguardar a imagem de dirigentes.

O senhor Leite não sabe dessa diferença: a missão e a postura que se exige a um dirigente e a missão e a postura que cabe às torcidas. Talvez por isso mesmo o Flamengo esteja em crise. O senhor Leite é um dirigente ignorante, auto-desclassifica-se e dá uma má imagem de um grande clube – e que, por acaso, é o dele….

Pessoa a ignorar, simplesmente, pela excelente diretoria botafoguense até ao presente momento – em competência e em ética.

Mas a vida tem coisas muito engraçadas que acabam por virar o feitiço contra o feiticeiro: os urubus foram eliminados pelo Resende da Taça Guanabara e o novo ônibus que o Flamengo apresentou ontem, em parceria com uma montadora de veículos, tem placa da cidade de… Resende!!!...

Jogos inesquecíveis: Botafogo 5x3 Flamengo

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No campeonato carioca de 1948 ocorreu uma das mais extraordinárias “viradas” da história do Botafogo de Futebol e Regatas.

No dia 27 de Novembro de 1948 defrontavam Botafogo e Flamengo e os rubro-negros foram melhores nos quarenta e cinco minutos iniciais, frente a um Botafogo apático e sem vontade.

Numa jogada de Zizinho para Jair e devolução deste para Zizinho, um drible para lá e outro para cá, e num passe para Gringo que deixou Durval em frente ao goleiro Osvaldo, o Flamengo fez o primeiro gol. Noutra saída de bola e com nova jogada da dupla Jair e Zizinho aconteceu o segundo gol, através de Gringo. Um locutor dizia ao microfone da sua emissora:

– “Esse é o Flamengo do tricampeonato”.

Os rubro-negros continuaram a jogar bem e a torcida antecipava a vitória acenando com lenços brancos ao Botafogo, prevendo uma vitória tranquila. Porém, de repente, o Botafogo surgiu do nada e reagiu. O Flamengo hesitou e recuou, aguardando na sua defensiva. O intervalo chega com o placar favorável ao Flamengo em 2x0.

No início do segundo tempo Paraguaio recebeu uma bola em profundidade, driblou o goleiro Borracha e assinalou o primeiro gol do Botafogo. Foi um gol de raça que deu mais força à equipa e esperança à torcida.

Mas, num lance verdadeiramente inesperado, o goleiro Osvaldo chutou a bola para a frente, ela chegou aos pés de Gringo, quase no meio do campo, o qual a devolveu com um chutão enquanto Osvaldo regressava à baliza de costas para o jogo. A torcida e os companheiros de Osvaldo gritaram, ele correu, saltou, abraçou-se à bola mas acabou com ela dentro da baliza – 3x1 para o Flamengo.

Ataque do Botafogo: Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otavio, Braguinha

Parecia o fim e ninguém duvidava da vitória do Flamengo. Mas o Botafogo estava em forma, voltou a engrenar e Otávio acabou por reduzir o placar para 2x3. E a seguir Braguinha empatou para Pirilo desfazer a igualdade e colocar no placar: Botafogo 4x3. Não satisfeitos com o resultado, Paraguaio ainda fez 5x3 para o Botafogo.

A façanha, num jogo entre grandes equipas, mostrava o Botafogo candidato ao título, que conquistou contra o Vasco da Gama no último jogo do campeonato de 1948.

O Botafogo alinhou com Osvaldo, Gérson e Nílton Santos, Rubinho, Ávila e Juvenal, Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha. O Flamengo alinhou com Luiz Borracha, Newton e Norival, Biguá, Bria e Jaime, Luizinho, Zizinho, Gringo, Jair da Rosa Pinto e Durval. Os gols do Botafogo foram assinalados por Paraguaio (2), Otávio (1), Braguinha (1) e Pirilo (1).

Fontes:
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Alceu Castro: O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, 1951

20 de Março


Em 1995 o Botafogo iniciou o ano como equipa sensação. No primeiro clássico do returno carioca, após vitórias sobre Olaria, Barreira, Itaperuna, Entrerriense e São Cristóvão, o Botafogo tinha um teste fundamental contra o Vasco da Gama.

No primeiro tempo o Vasco demonstrou melhor capacidade, mas Jair Pereira, o técnico botafoguense, colocou no segundo tempo uma equipa demolidora, vencendo por 2x0 com dois gols de Túlio Maravilha e excelentes defesas de Vágner.

Túlio marcou aos 52’ e aos 57’ para o Botafogo, perante mais de 33.000 torcedores, num ano que haveria de ficar coroado com a conquista do campeonato brasileiro de futebol.

A primeira página do Jornal dos Sports anunciava: “Com Túlio não tem escrita – Fogão na final da TG: 2 a 0”.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x0 Vasco da Gama
Gols: Túlio Maravilha aos 52’ e 57’
Competição: campeonato carioca
Local: Estádio do Maracanã
Arbitragem: Vágner Tardelli; Luís Leitão e António Arménio
Cartões amarelos: Adriano e Beto (Botafogo); Paulão, Leandro, Luisinho, Valdir, e Clóvis (Vasco da Gama)
Botafogo: VágnerWilson Goiano, Gotardo, Márcio Teodoro e Jéfferson; Jamir, Moisés (Winck), Sérgio Manoel e Adriano (Narcísio); Beto e Túlio. Técnico: Jair Pereira.
Vasco da Gama: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Tinho (Cláudio Gomes) e Cássio; Leandro, Luisinho, Richardson e Gian (Hernande); Clóvis e Valdir. Técnico: Nelsinho.
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Fonte
Acervo de Rui Moura

quinta-feira, 19 de março de 2009

Novos garotos no nosso Botafogo


A minha rede de 'espionagem botafoguense' assegura que na próxima segunda-feira embarcam para o Rio de Janeiro, com destino ao nosso Botafogo, três garotos da categoria juvenil, oriundos de famílias humildes de Esteio e de Canoas, que pretendem mostrar o seu futebol e fazer carreira n’O Glorioso.

Everton Diego Martins, 15 anos, Alisson da Silva, 15 anos, e Giácomo Mello Corbellini, 16 anos, vão ter a primeira grande oportunidade das suas vidas e todos nós botafoguenses desejamos-lhes a maior estrelinha possível nessa caminhada.
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O presidente do clube Novo Horizonte, Rudimar Marques Cardozo, fez uma parceria com o ex-zagueiro Scheidt, que viu os meninos e gostou deles. Palavras de Cardozo:

– “Para nós é uma grande notícia. São anos de trabalho”.

Cardozo transformou, em Dezembro passado, o centro de treinamento de futebol, que montara há cerca de seis anos, em clube desportivo. A mudança pretende apoiar a montagem de equipas em categorias mais avançadas, tais como juvenil e júnior.

Everton Diego, que quer dar um salto na carreira, conta que mal espera para chegar ao Botafogo e mostrar o seu futebol:

– “Quero chegar lá e mostrar o que sei fazer. Desde cedo luto por isso. É minha primeira oportunidade e vou agarrar com as duas mãos” – conta o atacante que pretende ajudar a família no futuro e é por ela apoiado.

O lateral direito Alisson, também acredita que vai mostrar o seu talento:

– “Todos nós sonhamos em nos tornar profissionais”.

O meia esquerda Giácomo também confia na mudança para o seu novo clube:

– "Vou chegar mostrando meu trabalho”.
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Já elogiei a nossa diretoria, inclusive apoiando-a formalmente, mas creio que está na altura de fazer um elogio ainda maior a Maurício Assumpção, à diretoria e aos novos dirigentes empossados que estão realmente fazendo um trabalho admirável para quem está à frente dos destinos do clube apenas há cerca de três meses.

Aos dirigentes agradecemos a retoma das categorias de base do futebol e dos desportos olímpicos, a Cardozo e a Scheidt esperamos que desenvolvam excelentes parcerias e aos novos garotos desejamos que sejam craques e que conquistem a torcida botafoguense com os seus talentos.

A dentada


por Gerson Soares
A tarde de uma quinta-feira, dia da pelada semanal, estava chuvosa. Era uma pelada muito concorrida, disputada no campo circundado por uma vala negra e que ficava atrás de nossa casa na Barra da Tijuca.

Nesse dia, a não ser que caísse um dilúvio, a pelada tinha de ser realizada. Mais uma vez, aparecera gente de fora e conhecidos querendo vaga num dos times ou simplesmente para ter o privilégio de ver Garrincha e alguns de seus convidados famosos, como Oliveira (Au) e Mário Tilico e Vermelho (ambos do Bangu), entre outros, darem show sem a responsabilidade profissional.

Geralmente, era pai contra filhos, ou seja, Mané contra Carlinhos, Gílson e eu. Não preciso dizer que éramos fregueses de caderno do time escolhido por Mané, mas mantínhamos nossa esperança diante dos craques e tentávamos, no grito, vencer. Vencemos algumas vezes; as que perdemos, os culpados foram os árbitros, que torciam por Mané.

Antes de seguirmos para o campo, fizemos um rápido lanche. Quando digo rápido, refiro-me a Carlinhos, Mané e eu. Gílson permaneceu, como de hábito, à mesa, degustando lentamente pães, queijos, presunto, bolo, tudo muito bem acompanhado de um copo duplo de café com leite. Por isso, tinha uma obesidade, combatida, inutilmente, por Mané e Elza.

Mas meu irmão nem ligava, ele gostava de comer e não escondia isso. Dificilmente poderia fazer regime, diante da fartura de guloseimas na casa. Fato que o impedia de atender aos apelos dos pais para emagrecer.

Ainda batíamos bola no campo, enquanto os capitães escolhiam os times no par ou ímpar, e Gílson chegou, mastigando um dos sanduíches, arrastando seus quilos e requisitando a sua vaga. Confesso que a maioria não gostava de jogar do seu lado, pois era o ponto fraco do time. Mas a escalação era sempre assegurada por Mané, que gostava do menino e exigia que jogasse.

Nesse dia, porém, Mané se arrependeu de defender sua participação na pelada. GíIson jogou na lateral. E como todos sabiam ser ali o ponto fraco, os melhores jogadores do adversário tramavam por seu lado, para desespero dos companheiros do time de Gílson.

Mané, que gostava de brincar com zagueiros profissionais, divertia-se ao fazer Gílson de João e resolveu jogar como ponta-direita, sua verdadeira posição. Foi um passeio. Ele driblava meu irmão como se não houvesse ninguém a marcá-lo. Então, Carlinhos, irritado, ao término do primeiro tempo mexeu com os brios do irmão mais novo.

Chamou-o no canto, deu-lhe um puxão de orelhas, exigiu que não se deixasse ser ridicularizado diante de tanta gente e que marcasse Mané com mais dureza, evitando de qualquer forma a progressão das jogadas por seu lado. Como se isso fosse fácil ou possível.

Gílson encheu-se de orgulho, dizendo que na segunda etapa seria outro, que não seria feito de bobo. Prometeu segurar o ponta de qualquer jeito. Não acreditamos. Mané jogava como queria, como gostava, brincava com qualquer um que tentasse marcá-lo.

Mas algo inusitado aconteceu. No primeiro lance, Mané partiu despreocupadamente para cima de Gílson, que se agarrou ao seu corpo e o jogou ao chão. No segundo lance, Gílson, segurou com firmeza sua camisa e para não tê-la rasgada Mané parou. E mais uma vez Mané não conseguiu driblá-lo, para espanto e surpresa de todos, que, mesmo de maneira irregular, viram que meu gordinho irmão estava conseguindo o seu objetivo

Nos dois lances seguintes, Gílson segurou a camisa de Mané, que não prosseguiu a jogada. Então, Mané teve a idéia de tirá-la. Gílson, não tendo onde agarrar, passou a se pendurar no seu calção. Agora Mané não corria o risco de perder a camisa, mas sim de ficar nu. E foi parado. Melhor dizendo, anulado.

Mas Gílson começou a sentir cansaço. Conseqüência, claro, da obesidade, das muitas horas que passava todos os dias à mesa. Para ser mais claro, conseqüência do pequeno (?) lanche que fizera pouco antes da pelada que não podia deixar de ser disputada naquela quinta-feira chuvosa. Mané, então, sorrindo, driblou Gílson seguidas vezes.

Num dos lances, depois de mais uma seqüência de dribles, Gílson, suando muito, boca aberta, implorando por ar, agarrou-se às costas de Mané. De nada adiantou. Gílson foi sendo arrastado por Mané. A cada passo do ponta-direita, Gílson mais escorregava. E escorregou até chegar à altura do calção.

Desesperado, imaginando que seu ato fosse uma forma de vingança contra Mané, Gílson não resistiu: deu uma dentada na bunda de Mané. Sem resistir à dor, Mané gritou. E para alívio de Gílson, abandonou a pelada.

Fonte: www.sosserve.com.br 

19 de Março

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Desconhece-se a existência de uma data de 19 de Março significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

quarta-feira, 18 de março de 2009

A maldição de Criciúma

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O Metropol, lendária equipa de Santa Catarina, desapareceu de cena em 1969, mas continua a fascinar os adeptos do futebol. O desaparecimento deu-se precisamente no ano que o Metropol foi campeão catarinense e chegou aos quartos-de-final da Taça Brasil.

O Metropol foi o clube da cidade de Criciúma que maior sucesso obteve entre as décadas de 1940 e 1970. A sua fundação remonta a 15 de Novembro de 1945, cuja intenção era abafar uma greve de mineiros e aproximar empregados e patrões através do desporto.


Patrocinado pelo mais bem sucedido empresário da época, Dite Freitas, o Metropol (de branco na foto, em jogo contra o Comerciário) manteve a hegemonia do futebol catarinense durante toda a década e conseguiu importantes títulos para a cidade e para o Estado de Santa Catarina.

A cidade de Criciúma era alvo de notícias, dentro e fora do Estado, graças ao futebol, e até um padre agradecia nos sermões de domingo pela benção chamada “Esporte Clube Metropol”.

O Metropol, que até 1959 fora uma equipa criada para dar alegria aos trabalhadores do carvão nos torneios da LARM, entrou para a história na década de 1960 quando, durante uma greve dos mineiros, um dos administradores da Carbonífera Metropolitana, José Francione, então com 30 anos e filho do empresário Diomício Freitas, o ‘Dite’ Freitas, decidiu reforçar a equipa de futebol, aumentar o seu poder de competição e ‘esfriar’ por quase dez anos os movimentos grevistas.

Remonta a esta época o carneiro como mascote da equipe porque a torcida adversária, inconformada e obrigada a digerir as derrotas, afirmava que os mineiros-jogadores não passavam de um ‘bando de carneirada’. Porém, ao cabo de 466 partidas em toda a sua existência, o Esporte Clube Metropol arrecadou 265 vitórias, 113 empates e apenas 88 derrotas.


Apesar da qualidade futebolística do Metropol o seu destino foi traçado há 40 anos devido a duas ocorrências: o fim da sociedade Freitas-Guglielmi que mantinha a equipa e a eliminação para o Botafogo na Taça Brasil de 1968.

Naquela época apenas os campeões estaduais disputavam a mais importante competição nacional – a Taça do Brasil – e o Metropol era um campeão consagrado. A equipa já havia vencido o Água Verde, campeão paranaense, e o poderoso Grêmio, uma fabulosa máquina de jogar futebol que acabara de ser heptacampeão gaúcho. No caminho do Metropol encontrava-se agora o fantástico Botafogo do técnico Zagallo e dos craques Gérson e Jairzinho, num desafio que, diz-se, marcaria o destino das duas equipas.

No dia 5 de Dezembro de 1968 a manchete do jornal O Globo anunciava a estreia do Metropol no Maracanã. Porém, a tão propalada equipa dos mineiros de Criciúma frustrou toda a expectativa do Rio de Janeiro e, absolutamente irreconhecível, foi goleada por 6x1. Como nessa época ainda não existia a vantagem pelo saldo de gols, o Metropol obrigou a um terceiro após vencer o Botafogo em casa por 1x0. O jogo seria em solo catarinense, mas aí entrou em campo uma decisão administrativa.

O Botafogo alegou falta de segurança no Estádio Heriberto Hülse, emprestado pelo Comerciário, sustentando a sua razão no facto de a torcida adversária não ter sido hospitaleira com os botafoguenses – principalmente porque julgavam que a arbitragem estava empenhada em facilitar a vida ao Botafogo. E, após a segunda partida, a antiga CBD, sob o comando de João Havelange, decidiu paralisar a competição.

O Botafogo saiu de Criciúma pensando num terceiro jogo em campo neutro, mas a decisão da CBD determinou que a partida decisiva ocorreria em General Severiano, reduto alvinegro. Apesar de contrariado, o Metropol viajou para o Rio de Janeiro com a finalidade de enfrentar o Botafogo a 2 de Abril de 1969, com Armando Marques a arbitrar.

Logo no início da partida o Metropol levou um gol olímpico que o goleiro Rubão garantia não ter entrado completamente. Porém, ainda no primeiro tempo, Leocádio marcou para os catarinenses. Entretanto, a chuva torrencial criava enormes poças no campo e, aos 13 minutos do segundo tempo, 30 das 96 luzes de iluminação do estádio foram apagadas. Armando Marques decidiu interromper a partida e o patrono do clube, Dite Freitas, interrogou:

– “O que a gente faz?”

– “Volta para Criciúma. Quando marcarmos a data para jogar o resto da partida, a gente avisa” – assegurou o pessoal da CBD.

Porém, o aviso foi logo no dia seguinte. O Metropol havia acabado de chegar a Criciúma e um telegrama anunciava que o jogo seria naquela mesma data. Como não havia como retornar a tempo os catarinenses seriam eliminados por falta de comparência, enquanto o Botafogo prosseguiu na competição até conquistar a Taça Brasil. O acontecimento foi um balde d'água fria paras as pretensões do Metropol e desmotivou os seus dirigentes a prosseguirem com o futebol, apesar das conquistas acumuladas.


Em Santa Catarina diz-se que a eliminação do Metropol, a qual acelerou o desaparecimento do clube, impôs uma maldição de vinte anos sobre a equipa da Estrela Solitária.

Realmente foi o início de uma época de grande sofrimento para o Botafogo, que se afundou em dívidas, perdeu a sede e esteve vinte anos sem vitórias oficiais. Diz-se que a maldição significava o sofrimento dos botafoguense “até o dia em que alguém que tenha algo a ver com o Metropol venha tirá-los desse vale de lágrimas”.

Eis-nos, então, neste artigo, chegados ao ponto da clássica e sublime superstição botafoguense: no ano de 1989, quando terminou o jejum de vinte anos sem títulos por virtude da conquista do campeonato carioca, quem liderava o ataque da equipa era, precisamente, Paulinho Criciúma – sobrinho de Zezinho Rocha, ex-lateral do Metropol!
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Fonte

Acervo e pesquisa de Rui Moura

18 de Março

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Desconhece-se a existência de uma data de 18 de Março significativa na história do Botafogo. Aceita-se contributo.

terça-feira, 17 de março de 2009

Resultados do turfe botafoguense


Os resultados da noite de homenagem do Jockey Clube Brasileiro ao Botafogo de Futebol e Regatas foram os seguintes:

1° Páreo
Prêmio Garrincha - Vencedor: Ptfuego - Carlos Antonio Platzeck - T.J.Pereira - M.André

2° Páreo
Prêmio Nilton Santos - Vencedor: Messala - Stud Cadir - M. mazini - J.C Sampaio

3° Páreo
Prêmio João Saldanha - Vencedor: Ptwinner Stud Amil - T.J.Pereira - S.B.Silva

4° Páreo
Prêmio Jornalista Luiz Mendes - Vencedor: Happy Dancer - Stud Pluma Second - R.D.L.Santos - J.R.Loureiro

5° Páreo
Prêmio Liquigás - Vencedor: Op Cologne - Stud Rodrigo e Juliana - M.Aurélio - M.B.Santos

6º Páreo
Prêmio Botafogo de Futebol e Regatas Campeão da Taça Guanabara 2009, carreira vencida por Boy Band (New Colony e Água Pesada), de propriedade do Stud Pé-de-Vento do Rio, a premiação foi feita pelo presidente do clube alvinegro, Mauricio Assumpção, a cantora Beth Carvalho, o técnico Ney Franco e os jogadores Leandro Guerreiro e Maicossuel.


7° Páreo
Prêmio Jairzinho - Vencedor: Longines - Marcio C. Couto/Luis do S. Maffei - R.D.L.Santos - J.L.Pedrosa Jr.

8° Páreo
Prêmio Amarildo - Vencedor: Ranke - Stud Top Gun - G.Souza - L.M.Quintas

9° Páreo
Prêmio 20 anos da conquista do Campeonato Carioca 1989 - Vencedor: Madame Final - Stud Força K - M.Almeida - J.L.Pedrosa Jr.

Fonte
Sítio Oficial do Jockey Clube Brasileiro

Marcelo de Almeida e Isabella Gomes conquistam 5 medalhas no Pan-Americano de Remo

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