No dia 9 de Novembro de 1947, no campo de Teixeira de Castro, o Fluminense venceu o Bonsucesso por 4x3, mas a grande figura foi Alberto da Gama Malcher, o juiz, vítima de violência inaudita.
Meia dúzia de torcedores do Bonsucesso agrediram brutalmente Gama Malcher, que foi transportado para o Hospital Getúlio Vargas, acabando por ser operado no Hospital dos Acidentados pelo cirurgião Dr. Mário Jorge. Veja-se no estado em que ficou o árbitro:

Mas o Fluminense – pelo menos por esta vez – venceu justamente o Bonsucesso. Na verdade os alvos eram outros árbitros – Mário Vianna e Carlos de Oliveira Monteiro, ambos declarados persona non grata ao Bonsucesso. Malcher pagou pelo que não fez.
Gama Malcher foi o árbitro que apitaria, dez anos depois desta ocorrência, a decisão do campeonato carioca de 1957 entre o Botafogo e o Fluminense.
Na rodada seguinte do campeonato, em General Severiano, durante o jogo Botafogo versus Flamengo, ocorrido a 23 de Novembro, Mário Vianna enfrentou a torcida numa das maiores confusões ocorridas num campo de futebol e em Caio Martins, no jogo entre Vasco da Gama e Canto do Rio, o zagueiro Bonifácio agrediu Carlos de Oliveira Monteiro.
Mas vamos ao jogo de General Severiano. A confusão começou perto do alambrado onde estava a torcida do Flamengo, quando um torcedor jogou uma garrafa que caiu entre Sarno, Tião e o bandeirinha. Então, Mário Vianna apanhou a garrafa, enfrentou a torcida e ameaçou atirar a garrafa de volta.

Foi um corre-corre e Vianna gritou: – “Porque correram? É porque a garrafa machuca? Então porque jogaram?” A maioria do público aplaudiu Mário Vianna e o jogo continuou.
O Botafogo já vencia por 4x2, quando ocorreu o lance fatal. Pirilo deu um pontapé em Osvaldo, goleiro do Botafogo, e foi expulso. Tião reclamou e também foi expulso. E quando Mário Vianna passou pelas gerais, onde se encontrava a torcida do Flamengo, foi atingido por um pau. Irritado, pegou no pedaço de pau e devolveu-o à torcida, como se quisesse vingar o amigo Gama Malcher. Porém, uma chuva de pedras, paus e cadeiras caíram no campo, sempre em busca de atingir o juiz. Mário Vianna tentou revidar, mas finalmente recuou e apenas a intervenção da polícia travou a inaudita batalha, num jogo não terminado por falta de garantias.
Mário Vianna foi suspenso pelo Tribunal de Justiça por 30 dias, mas o Conselho Regional de Desportos cancelou a pena após apelação de Mário Vianna.
Mário Vianna apitaria, no ano seguinte, a decisão do campeonato carioca de 1948 entre o Botafogo e o Vasco da Gama.
Gama Malcher e Mário Vianna foram dois dos árbitros que Nilton Santos revelou nunca se ter zangado com qualquer deles devido a arbitragens injustas contra o Botafogo.
Fonte:
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Meia dúzia de torcedores do Bonsucesso agrediram brutalmente Gama Malcher, que foi transportado para o Hospital Getúlio Vargas, acabando por ser operado no Hospital dos Acidentados pelo cirurgião Dr. Mário Jorge. Veja-se no estado em que ficou o árbitro:

Mas o Fluminense – pelo menos por esta vez – venceu justamente o Bonsucesso. Na verdade os alvos eram outros árbitros – Mário Vianna e Carlos de Oliveira Monteiro, ambos declarados persona non grata ao Bonsucesso. Malcher pagou pelo que não fez.
Gama Malcher foi o árbitro que apitaria, dez anos depois desta ocorrência, a decisão do campeonato carioca de 1957 entre o Botafogo e o Fluminense.
Na rodada seguinte do campeonato, em General Severiano, durante o jogo Botafogo versus Flamengo, ocorrido a 23 de Novembro, Mário Vianna enfrentou a torcida numa das maiores confusões ocorridas num campo de futebol e em Caio Martins, no jogo entre Vasco da Gama e Canto do Rio, o zagueiro Bonifácio agrediu Carlos de Oliveira Monteiro.
Mas vamos ao jogo de General Severiano. A confusão começou perto do alambrado onde estava a torcida do Flamengo, quando um torcedor jogou uma garrafa que caiu entre Sarno, Tião e o bandeirinha. Então, Mário Vianna apanhou a garrafa, enfrentou a torcida e ameaçou atirar a garrafa de volta.

Foi um corre-corre e Vianna gritou: – “Porque correram? É porque a garrafa machuca? Então porque jogaram?” A maioria do público aplaudiu Mário Vianna e o jogo continuou.
O Botafogo já vencia por 4x2, quando ocorreu o lance fatal. Pirilo deu um pontapé em Osvaldo, goleiro do Botafogo, e foi expulso. Tião reclamou e também foi expulso. E quando Mário Vianna passou pelas gerais, onde se encontrava a torcida do Flamengo, foi atingido por um pau. Irritado, pegou no pedaço de pau e devolveu-o à torcida, como se quisesse vingar o amigo Gama Malcher. Porém, uma chuva de pedras, paus e cadeiras caíram no campo, sempre em busca de atingir o juiz. Mário Vianna tentou revidar, mas finalmente recuou e apenas a intervenção da polícia travou a inaudita batalha, num jogo não terminado por falta de garantias.
Mário Vianna foi suspenso pelo Tribunal de Justiça por 30 dias, mas o Conselho Regional de Desportos cancelou a pena após apelação de Mário Vianna.
Mário Vianna apitaria, no ano seguinte, a decisão do campeonato carioca de 1948 entre o Botafogo e o Vasco da Gama.
Gama Malcher e Mário Vianna foram dois dos árbitros que Nilton Santos revelou nunca se ter zangado com qualquer deles devido a arbitragens injustas contra o Botafogo.
Fonte:
Acervo e pesquisa de Rui Moura
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