sábado, 21 de março de 2009

Figueirense, campeão do subdesenvolvimento

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Esta fotografia de um futebolista trajando um vestido como castigo por treinar mal foi realizada na Serra Leoa, na República Centro-Africana ou na República Democrática do Congo, que são os países com menor índice de desenvolvimento humano do mundo?...

Não… Vem da simpática terra catarinense, cujo índice de desenvolvimento humano é elevado no panorama nacional brasileiro… Vem mais precisamente de um treino do Figueirense… No país futebolístico de Ademir da Guia, Friendereich, Garrincha, Heleno de Freitas, Leônidas da Silva e Pelé!...

O que vale é que pelo menos isso se passa num clube que vai militar na segunda divisão… Esperemos que, com este exemplo, seja para ficar por lá ou descer até à terceirona…

Tirem-nos deste filme, por favor!...

Fonte
Globoesporte / Roberto Scola / ClicRBS

4 comentários:

Fernando Lôpo disse...

Um verdadeiro paspalhão o senhor Roberto fernandes. Fez um bom trabalho no Náutico, tinha tudo para iniciar boa carreira, se perdeu no gerenciamento da carreira indo para o Atlético-PR e voltando ao Náutico. Teve aquela palestra em que ensinava a "falta inteligente" e agora essa coisa abominável.

Não tem desculpa. Não me venha dizer que foi "ideia dos jogadores". Tão importante quanto o autor é quem apoia a ideia. E ele decide o que pode ou não.

Pior para o jogador que teve sua imagem de forma constrangedora no noticiário nacional e quem sabe mundial.

Patético.

Ruy Moura disse...

Fernando, o Victor Simões foi entrevistado e questionado sobre o acontecimento, porque ele pertenceu ao Figueirense no ano passado. Foi uma entrevista descontraída dele, mas o repórter não foi nada inocente e questionou-o sobre se o Ney o obrigasse a fazer o mesmo como é que ele reagiria. O Victor admitiu que só vestiria tal coisa "se fosse mesmo obrigado"!... Obrigado?!?!?!... Aqui o Victor falhou. E esta comunicação social arruma sempre maneira de falar do Botafogo quando se trata de diminuir o clube, mesmo quando nada tem a ver com o assunto, como é caso.

Jornalistas ridículos e incompetentes que se aproveitam da pouca cultura dos jogadores.

E tudo isto porque há treinadores (???) do calibre deste. Nunca vai ser 'ninguém' e ainda por cima liquidou moralmente com o Jairo.

Abraços Gloriosos!

Fernando Lôpo disse...

Algumas passagens interessantes da biografia de Heleno de Freitas. Heleno encarava qualquer um, fosse uma grande estrela da seleção ou um companheiro desconhecido de time.


Páginas 105 e 106, sobre uma goleada de 9 a 2 no Equadro em 1945, com dois gols dele:

"Embora Zizinho tenha dito ao longo da vida que jamais se atritara com Heleno, Jair Rosa Pinto quebraria o mito de que o atacante, com a camisa da seleção, era dócil, disciplinado:

- Quando tomávamos café ele era nosso amigo. Mas botava o uniforme e entrava em campo, se transformava, ficava diferente. Passavam 20 minutos e não tinha feito gol, como contra o Equador, se alucinava. Cheio de banca, chegava para mim e para o Zizinho e dizia: "Como é que eu vou fazer gol com esses meias que eu tenho aqui, que não me passam a bola?"

- Caramba, queria meias melhores do que a gente? O goleiro Medina, baixinho mas muito ágil, falava para ele que não meteria gol nenhum, aí ele descontava na gente. Quando fez o primeiro se acalmou; acabou fazendo outro. Mas não nos pediu desculpas depois - reclamaria Jair, ao evocar a goleada."


Já muito prejudicado pela doença, praticamente sem condições de jogar ou mesmo de levar uma vida normal, Heleno foi para o vasco em 1949 (página 196):

"Revela Armando Nogueira que, ao término do primeiro tempo do coletivo, enquanto os jogadores recolhiam-se ao vestiário, uns para beber água, outros para lavar o rosto, Heleno de Freitas tomou uma chuveirada depressa e começou a mudar de roupa. Flávio Costa chegou junto para avisar que o treino não havia terminado. Levou o primeiro susto:

- Pra mim terminou! - mandou na lata
- Por quê?

Apontando para os companheiros de linha, Heleno explodiu:

- Esses dois aqui (Maneca e Ipojucan) não me passam a bola porque não querem; aqueles dois ali (Nestor e Mario) não me passam porque não sabem. Não tenho nada a fazer aqui."


Página 197:

"Anos depois, Ademir revelaria a Roberto Porto que ali sentiu o que seria conviver uma temporada inteira com o astro:

- Ele nem correu para tentar alcançar. Simplesmente me repreendeu: "Olha aqui, Ademir, não adianta você em passar essas bolas horrorosas que eu não vou correr para pegar, não. É melhor caprichar. Estou acostumado a receber bola no pé, ouviu?"

O Botafoguense Otávio conheceu bem aquela faceta de Heleno:

- Ele era sádico - diz. - Às vezes você errava um passe, questão de dois palmos, cosia boba, que se ele corresse pegava a bola na boa, mas só para te sacanear, ele não se esforçava. Geralmente não xingava, mas abria os braços, fazendo a torcida achar que a culpa era sua e não dele. Balançava a cabeça, punha-se meio que de costas para o lance e compunha a mímica perfeita e suficiente para fazer desabar sobre o colega a vaia da massa. Dava vontade de matar."



Já imaginaram o Heleno hoje no time do Botafogo o que não faria com alguns jogadores?

Ruy Moura disse...

O Heleno era assim mesmo. Eu compreendo-o, porque apesar de eu ser um sujeito normal e não ter os problemas de mente megalómana que o Heleno sempre teve, porque tomo café com as minhas equipas de trabalho, mas quem não cumpre com qualidade e prazos estipulados leva bronca 'feia'. Mas depois tornamos a tomar café, porque eu não me zango com a 'pessoa', eu zango-me é com o 'comportamento' da pessoa - o que pouca gente sabe separar devidamente. Como se diz proverbialmente por cá, "trabalho é trabalho, conhaque é conhaque".

Abraços Gloriosos!

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