por Fogo Eterno
Não, essa não foi mais uma derrota [Fluminense,
07.10.2012] do time do incompetente, bravateiro e patético Oswaldo de Oliveira,
do time sem centroavantes, do time que cria chances mas não sabe as aproveitar,
do time que vacila na hora que não pode vacilar, do time que não tem
alternativas no banco, do time cujo técnico manda contratar um centroavante no
outro lado do mundo e este “reforço” só entra aos 40 minutos do 2º tempo, do
time cujo treinador reclamou do excesso de jogos e quando teve uma sequência de
tempo para treinar e jogou apenas no fim de semana tudo que conseguiu
conquistar um mísero ponto, do time que padece pela inconstância do rendimento
de Andrezinho e Fellype Gabryell, do time que não pode ter um lateral sem
nenhum senso de marcação como é Márcio Azevedo, do time cuja diretoria não sabe
montar elenco mas faz um marketing que é uma beleza (certamente está no G4 e
vai conseguir uma vaga na Libertadores de feijoadas pelo Brasil), do time que
parece ter esquecido o que é necessário para vencer um clássico, do time que
não disputa mais nada esse ano.
Não, esse tipo de derrota já aconteceu
outras vezes ao longo do campeonato. Muitas, muitas vezes.
Dessa vez, a derrota foi do maior
reforço dos últimos tempos a vestir a camisa com a estrela solitária.
Seedorf sucumbiu.
Ele bem que se esforçou: no primeiro
tempo, deu passes açucarados, abriu espaços preciosos, chamou o time para
avançar e não dar oportunidades para o rival, peitou o juiz. Mas todo o seu
talento logo foi confinado, quando o adversário dobrou a marcação, e
desperdiçado pelos colegas improdutivos.
No segundo tempo, quando vi Seedorf –
cercado por três oponentes – tentando resolver sozinho uma jogada e saindo com
bola e tudo pela lateral, percebi que o apequenamento desse Botafogo atingiu
também o holandês.
Logo ele, que fez o que deveria ser
feito ao longo da semana, ao cobrar mais empenho de seus colegas. Logo ele, o
único nome de nosso elenco que ainda desperta respeito nos outros times. Logo
ele, que nos conduziu a vitórias tão garbosas como aquela em cima do Cruzeiro
no Independência.
Em 2012, Seedorf foi derrotado pelo
Botafogo. Sua irritação é visível – ele esperava mais, como todos nós
merecíamos mais.
Feliz 2013, alvinegros.
Com um grupo de jogadores, uma comissão
técnica e uma diretoria à altura do empenho, da técnica e das conquistas de
Clarence Seedorf.
2 comentários:
Tem toda razão em seu raciocínio Rui, pensar que esse time com alguns ajustes táticos poderia está entre os quatros primeiros.
Se pelo menos nessa diretoria tivesse alguém que realmente entendesse de futebol.
Feliz 2013.
Orlando, o texto é do Marcelo, do Fogo Eterno, mas o meu raciocínio coincide inteiramente com o dele. Aliás, se não sempre, quase sempre.
Se o Botafogo tivesse definido uma estratégia e elaborado uma tática suficientemente flexível para ajustamentos, estaria a lutar pelo título. Não só este ano, mas em outros anos, porque o futeboll praticado pelos clubes da série A é geralmente muito ruim.
Porém, não há técnicos brasileiros com capacidade tática e fica a maioria das coisas ao sabor da inspiração dos atletas e do acaso.
É isso que me dói, nada mais. Perder é coisa para pessoas normais, entregar jogos de bandeja é para anormais...
Abraços Gloriosos.
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