terça-feira, 9 de outubro de 2012

A derrota de Seedorf


por Fogo Eterno

Não, essa não foi mais uma derrota [Fluminense, 07.10.2012] do time do incompetente, bravateiro e patético Oswaldo de Oliveira, do time sem centroavantes, do time que cria chances mas não sabe as aproveitar, do time que vacila na hora que não pode vacilar, do time que não tem alternativas no banco, do time cujo técnico manda contratar um centroavante no outro lado do mundo e este “reforço” só entra aos 40 minutos do 2º tempo, do time cujo treinador reclamou do excesso de jogos e quando teve uma sequência de tempo para treinar e jogou apenas no fim de semana tudo que conseguiu conquistar um mísero ponto, do time que padece pela inconstância do rendimento de Andrezinho e Fellype Gabryell, do time que não pode ter um lateral sem nenhum senso de marcação como é Márcio Azevedo, do time cuja diretoria não sabe montar elenco mas faz um marketing que é uma beleza (certamente está no G4 e vai conseguir uma vaga na Libertadores de feijoadas pelo Brasil), do time que parece ter esquecido o que é necessário para vencer um clássico, do time que não disputa mais nada esse ano.

Não, esse tipo de derrota já aconteceu outras vezes ao longo do campeonato. Muitas, muitas vezes.

Dessa vez, a derrota foi do maior reforço dos últimos tempos a vestir a camisa com a estrela solitária.

Seedorf sucumbiu.

Ele bem que se esforçou: no primeiro tempo, deu passes açucarados, abriu espaços preciosos, chamou o time para avançar e não dar oportunidades para o rival, peitou o juiz. Mas todo o seu talento logo foi confinado, quando o adversário dobrou a marcação, e desperdiçado pelos colegas improdutivos.

No segundo tempo, quando vi Seedorf – cercado por três oponentes – tentando resolver sozinho uma jogada e saindo com bola e tudo pela lateral, percebi que o apequenamento desse Botafogo atingiu também o holandês.

Logo ele, que fez o que deveria ser feito ao longo da semana, ao cobrar mais empenho de seus colegas. Logo ele, o único nome de nosso elenco que ainda desperta respeito nos outros times. Logo ele, que nos conduziu a vitórias tão garbosas como aquela em cima do Cruzeiro no Independência.

Em 2012, Seedorf foi derrotado pelo Botafogo. Sua irritação é visível – ele esperava mais, como todos nós merecíamos mais.

Feliz 2013, alvinegros.

Com um grupo de jogadores, uma comissão técnica e uma diretoria à altura do empenho, da técnica e das conquistas de Clarence Seedorf.

2 comentários:

Orlando CSJ disse...

Tem toda razão em seu raciocínio Rui, pensar que esse time com alguns ajustes táticos poderia está entre os quatros primeiros.
Se pelo menos nessa diretoria tivesse alguém que realmente entendesse de futebol.

Feliz 2013.

Ruy Moura disse...

Orlando, o texto é do Marcelo, do Fogo Eterno, mas o meu raciocínio coincide inteiramente com o dele. Aliás, se não sempre, quase sempre.

Se o Botafogo tivesse definido uma estratégia e elaborado uma tática suficientemente flexível para ajustamentos, estaria a lutar pelo título. Não só este ano, mas em outros anos, porque o futeboll praticado pelos clubes da série A é geralmente muito ruim.

Porém, não há técnicos brasileiros com capacidade tática e fica a maioria das coisas ao sabor da inspiração dos atletas e do acaso.

É isso que me dói, nada mais. Perder é coisa para pessoas normais, entregar jogos de bandeja é para anormais...

Abraços Gloriosos.

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