por
RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Em futebol é
costume dizer-se que, frequentemente, quem não marca, leva. Também é costume
afirmar-se que quem domina o meio campo ganha a partida.
A primeira
asserção o Palmeiras foi capaz de confirmar; a segunda asserção o Botafogo foi
incapaz de confirmar.
Olhando o jogo
numa perspetiva global diria que o Botafogo buscou muito mais o resultado do
que o Palmeiras, que se mantinha meio apático e sem iniciativas de ataque.
Durante todo o 1º
tempo as iniciativas de ataque foram mais do Botafogo. Houve um grande esforço
nesse sentido, mas se olharmos para os detalhes descobre-se facilmente por que
razão o Botafogo não inaugurou o marcador, deixando isso a cargo do único
remate do Palmeiras enquadrado à baliza.
A saída de bola a
partir da defesa funcionava, mas os passes errados foram frequentíssimos. Os
atletas não conseguiam o domínio de bola necessário para avançar nas jogadas ou
os últimos passes não eram bem direcionados.
Nos lançamentos
longos a bola morria geralmente nos pés dos adversários; em jogada corrida os
lançamentos de último passe para espaços abertos levavam velocidade excessiva.
Quanto aos
remates à baliza, ou iam para fora ou acabavam em remates frouxos fáceis de
defender. Ainda assim, Joaquín Correa, que perdeu 2 ou 3 gols quase feitos na
última partida, tornou a perder escandalosamente a possibilidade de marcar
quando aos 23’, sozinho, cara a cara com o goleiro, rematou à figura. E depois foi
Mateo Ponte que, apenas com o goleiro pela frente, rematou para fora aos 42’.
O Botafogo
dominava o meio-campo e o Palmeiras era uma sombra de si mesmo, mas como o
Botafogo se negou a marcar em duas oportunidades flagrantes, foi o Palmeiras
que marcou aos 45’, após mais um erro de Joaquín Correa e uma distração de
Alexander Barboza, no único remate enquadrado com a baliza, levando a vantagem
para o intervalo.
No desespero,
Ancelotti efetuou várias substituições na 2ª parte, algumas erradas, em minha
opinião, mas o panorama dos sucessivos erros de passe e de tomadas de decisão
equivocadas permitiram que o Palmeiras – que até poderia ter ampliado o placar –
gerisse a partida, reforçasse o seu meio campo e anulasse o Botafogo nas suas
vãs tentativas de empate, não tendo efeitos práticos as substituições do lado
botafoguense.
E assim se
entregou mais um jogo no Nilton Santos.
Praticamente
perdida a possibilidade de disputa do título Brasileiro, vamos torcer pela
redenção da equipe na altitude do Equador e prosseguir para as quartas-de-final
da Copa Libertadores da América.
FICHA TÉCNICA
Botafogo
0x1 Palmeiras
» Gols: Felipe
Anderson 45’
»
Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 17.08.2025
» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Público: 16.469
pagantes / 18.183 espectadores
» Renda: R$
1.052.565,00
» Árbitro: Davi
de Oliveira Lacerda (ES); Assistentes: Bruno
Raphael Pires (GO) e Douglas Pagung (ES); VAR: Rodolpho Toski Marques (PR)
» Disciplina: cartão amarelo – Danilo (Botafogo); Aníbal Moreno e Murilo (Palmeiras)
» Botafogo: John;
Mateo Ponte (Jeffinho), Marçal, Alexander Barboza (Vitinho) e Alex Telles;
Allan (Danilo), Marlon Freitas e Joaquín Correa; Santi Rodríguez (Savarino),
Nathan Fernandes (Álvaro Montoro) e Matheus Martins. Técnico: Davide Ancelotti.
» Palmeiras: Weverton; Khellven (Giay), Gustavo Gómez, Murilo (Bruno Fuchs) e Piquerez;
Aníbal Moreno, Lucas Evangelista e Felipe Anderson (Allan); Facundo Torres,
Flaco López (Maurício) e Vitor Roque (Luighi). Técnico: Abel Ferreira.
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2 comentários:
Eis uma verdade no futebol: quem não faz leva. De que adianta jogar bem e não conseguir finalizar com precisão. O gol perdido pelo Corrêa foi inacreditável, parece que ele não finalizou mas se livrou da bola, pois tinha a opção de jogar por cima do goleiro ou escolher um canto, mas chuta em cima do Weverton. E para piorar, foi um erro do Corrêa que originou o contra-ataque que saiu o gol do Palmeiras. É interessante que a finalização do gol do Palmeiras foi muito parecida com a oportunidade do Botafogo, a diferença é que o atacante do Palmeiras soube finalizar. Podemos colocar essa derrota na conta do Joaquim Corrêa, muito embora o gol perdido pelo Mateo Ponte é algo que também deve ser estudado, pois até agora eu estou na dúvida se ele tentou cruzar com o gol todo escancarado ou tentou acertar a meta. Em resumo, o Botafogo mesmo com o time reserva jogou bem, na minha opinião foi melhor que o Palmeiras, mas em futebol de nada adianta ser melhor se as finalizações são ineficientes e não redundam em gol. Aliás, o problema nas finalizações a gol parece ser um problema crônico nesse time do Botafogo.
Embora não coloque a derrota já conta da arbitragem, mas o pênalti no Corrêa no final da partida, só não é pênalti contra o Palmeiras. Curiosamente nos dois jogos contra o Palmeiras pelo brasileiro em dois lances de pênalti, em nenhum deles o var chamou o árbitro. O curioso são os pênaltis inexistentes marcados para o Palmeiras. Eu achei a arbitragem de ontem um horror, o soprador de ontem deve considerar deixar o jogo correr com não marcar faltas absurdas. A arbitragem brasileira é muito ruim, e fica cada vez pior.
Nós resta agora é torcer para que o Botafogo com briga sucesso nas copas, muito embora eu não esteja muito otimista, pois como eu li num comentário que o time do Botafogo está tentando se entrosar no meio da temporada, é como se alguém tentasse trocar o pneu de um carro com ele em movimento. Consequências de um planejamento completamente equivocado. Abs e SB!
Sergio, Joaquín Correa, até agora, e já atuou diversas vezes, tem sido um perfeito desastre. Até agora, a única das últimas contratações que tem mostrou alguma capacidade tem sido a de Montoro, que se aprimorar o 1x1 poderá ser um grande desequilibrador. Mas o molengão do Correa não me parece servir para uma equipe que queira jogar com intensidade e sem cometer tantos erros, quer atrás, quer à frente.
Sobre arbitragens já sabemos como é: os grandes influenciadores da atualidade dos bastidores são alviverdes e rubro-negros. Ganhar contra eles é necessário jogar o dobro deles.
O Brasileirão já se foi: resta lutar pelos lugares da classificação à Libertadores. Agora sobram a própria Libertadores e a Copa do Brasil. E andamento da carruagem continua a deixar-me temeroso. Tomara que conseguíssemos chegar às finais, e chegando tud é possível.
Abraços Gloriosos.
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