Presidente do Botafogo: “Reestruturar o
Botafogo não é fácil.”
Mundo Botafogo: “Não é fácil reestruturar
o clube, não, mas reestruturar o futebol com Anderson Barros à frente do
departamento e jogar bom futebol com Oswaldo de Oliveira no comando do time é
tarefa apenas para o ‘divino’, e creio que, finalmente, o ‘divino’ fracassaria
na sua manutenção das leis universais.”
Presidente do Botafogo: “Mas será que as
pessoas não enxergam que o Botafogo está em crescente?”
Mundo Botafogo: “Sem ofensa, mas com
muita ironia: E o senhor não enxerga que ser eliminado sucessivamente por times
pequenos na Copa do Brasil (três anos consecutivos), pelo horroroso Palmeiras
na Copa Sul-Americana, pelo vexame de ser engolido pelo Fluminense no
Campeonato Carioca e em quase todos os últimos jogos entre eles, pela
incapacidade de nos classificarmos para a Libertadores, pela falta de
plane(j)amento para contratar uma zaga e dispensar todo o ataque de uma só vez,
pelas priorizações e despriorizações de competições definidas como objetivo, e mesmo
assim considerar que estamos “em crescente” é manifestamente caso para fazer
cirurgias às suas duas vistas? Já comparou, em termos de resultados (títulos,
finais, semifinais, desempenhos futebolísticos), o seu 1º mandato (2009-2010-2011)
com o último mandato do seu predecessor (2006-2007-2008)?
Sei que é apenas dentista, e por isso
especialista em extrações dentárias, mas eu posso indicar-lhe uma cirurgiã
oftalmologista, amiga competente, que trataria da sua vista com a minha
indicação de que é um ilustre Botafoguense. E todo o botafoguense tem crédito
na minha conta esportiva, embora o penalize com elevados ‘juros sociais’ pelas
suas más ‘enxergâncias’ e pela mania patológica de que os outros é que não
enxergam… Mas os outros são tantos, senhor presidente…”
Termino dizendo-lhe que, ainda hoje, o
tenho numa conta acima dos que o rodeiam no futebol botafoguense e garanto-lhe
que com a estratégia que adotou, sem que mude o rumo às coisas urgentemente,
acabará deixando-nos um Botafogo arruinado financeiramente, descredibilizado institucionalmente
e desvitalizado na sua base social de apoio, a torcida.
Sei que quer ter futuro noutras coisas da
sua vida além da profissão de base, e tem esse direito, mas se não conseguir
apresentar um historial de gestão capaz ao fim de seis anos no Botafogo, limitando-se
a um título carioca e a nenhum horizonte no futebol, nunca será mais do que um
“ex-presidente socialmente tolerável do clube do chororô” – e não terá sucesso
político tal como uma certa presidente de um certo clube nem um certo árbitro
do mesmo clube da dita presidente.
O otimismo sem suportes concretos de
apoio é uma espécie de ilusão conformista do quotidiano, e constitui um enorme
desperdício da única vida de que dispomos.
A qualidade constrói-se com visão, rigor,
tenacidade e plane(j)amento, senhor presidente."
4 comentários:
IRMÃO A TEIMOSIA EM VIVER EM TERRAS DE ALICE SÃO EVIDENTES NESTE SENHOR QUE RECEBE A ALCUNHA DE PRESIDENTE DE UM DOS MAIORES CLUBES DO BRASIL.
SER PRESIDENTE DO BOTAFOGO SERIA COM CERTEZA A MAIOR HONRARIA QUE EU PODERIA RECEBER EM MINHA VIDA, MAS PARA ELES É UM TRAMPOLIM PARA QUALQUER OUTRA COISA.
ESPERO QUE A LIÇÃO DADA A PRESIDENTE DO TIME DA LAGOA SIRVA DE EXEMPLO A ESSE SENHOR QUE PESSOALMENTE PARECE TER BOAS IDÉIAS MAS NA REAL, BEM MELHOR NEM FALAR
SAUDAÇÕES ALVINEGRAS GLORIOSAS
MARCOS VENICIUS
Clap clap clap, Rui!
Eu já não tenho mais estômago para esse cara.
Abs e SA!!!
As ideias do presidente são desmentidas pelas suas atitudes, ou pleo que deixa fazer...
Às vezes parece mesmo viver em terras de Alice, mas acho que é apenas a estratégia da 'fuga para a frente'.
Abraços Gloriosos.
Em minha opinião, Rodrigo, as contradições são muitas por falta de 'cultura de gestão'. Gestão profissional parece ter o departamento de marketing, mesmo que às vezes exagere.
Abraços Gloriosos.
Enviar um comentário