Pedro Eloy García, jornalista peruano
por CARLOS EDUARDO
Crônicas de Quinta, no Mundo Botafogo
São inúmeras as
manifestações de estrangeiros que respeitam e admiram o Botafogo e os seus
craques de futebol de antigamente. Logo no início da Copa América houve
peruanos que mostraram a sua admiração pelo Botafogo.
I
Armando, peruano e torcedor
do Botafogo, explicou a Daniel Braune, no estádio do Maracanã, como se tornou
botafoguense:
– "Eu cheguei no Brasil na época daquele time GLORIOSO do Botafogo de 95, com Túlio Maravilha, Donizete, Leandro e vários. Ficava na arquibancada com a torcida do Botafogo e sou Botafogo até morrer.”
Perguntado sobre a
importância de Didi, ídolo botafoguense e ex-técnico da Seleção Peruana entre
1970-1975, Armando respondeu:
– "Didi, lá no Peru, é muito querido e mora no
nosso coração. Ele deu início a uma técnica primordial para o futebol
Peruano."
II
Pedro Eloy García, jornalista peruano cobrindo a Copa América, contou para mais de 100 mil
seguidores no Twitter, um pouco da história da camisa do Botafogo e dos dribles
do ídolo Garrincha:
– “Essa
camisa, claramente do Botafogo, é um modelo clássico. O maior de todos os
tempos, para muitos neste país, depois de Pelé, foi Garrincha. E Garrincha
jogou pelo Botafogo de forma brilhante e usava essa camisa. Hoje, o Botafogo
tem outro modelo, mas a clássica, dos anos 1960, era tipo essa, mas com a
camisa 7.”
– “Como
não existiam dois Garrinchas, todos sabiam o que ele ia fazer, mas não QUANDO
ia fazer. E aí está o truque de Garrincha: os marcadores sabiam que ele ia para
um lado, e depois saía pelo outro. Por isso ele foi grande. Garrincha um
grande!”
Porém…
III
Porém, se fora de portas a admiração é tradicionalmente
habitual, dentro de portas a cáfila de pseudo-jornalistas invejosos,
mesquinhos, maldosos e profundamente incompetentes, se não mesmo
antipatrióticos no seu exacerbado clubismo, não para de florescer no lodo em
que se debatem.
Segundo um pseudo-jornalista palrador errante
e charlatão de opiniões imbecis – de nome ‘flávio prado’ –, “Neymar foi mais jogador que o Garrincha”.
E continua na maior imbecilidade que deixa
qualquer um incrédulo:
– “É
lógico, é óbvio, vocês viram o Garrincha jogar? Era jogador de uma jogada só.
Ele não ganhou um título no Brasil, só ganhava Campeonato Carioca. Ele teve uma
Copa do Mundo brilhante que o Brasil foi vergonhosamente favorecido pela
arbitragem, não era nem para ter passado da primeira fase. De cara, tem isso.
Segundo, em 1958, ele ganhou posição no meio da Copa e em 1962 ele “fez essa
Copa”. E não fez mais nada. Quando jogava no Botafogo, ele ganhava Campeonato
Carioca. Nunca ganhou uma Copa no Brasil. Ora, pera aí. Neymar ganhou tudo.”
E embora haja gente desta, é claro que outros
dos participantes não se contiveram. O veterano jornalista Alberto Helena Júnior, de 78 anos, comentou logo e imediato:
– “Eu
sou jornalista há mais de 60 anos e acompanho futebol desde menino, desde meus
7 ou 8 anos. O que acontece é o seguinte: o Garrincha, vocês não viram jogar.
Portanto, não
deem opinião a respeito do que não sabem. O Garrincha era um
jogador de uma jogada só, como ele disse, era sempre o drible pela direita,
era absolutamente excepcional.”
E Emerson Leão, rival de Garrincha no início
da carreira, também opinou para dizer que o Anjo das Pernas Tortas era “fora de
série”, além de fazer gol de várias maneiras e ser sempre decisivo:
– “Eu
acho que o Garrincha era fora de série. Se ele tivesse meia jogada (não
importa), só que ele usava todas positivamente e terminava em gol. Então temos
que rever esse caso. Ele só foi decisivo. Fazia gol de esquerda, batia
falta, fazia gol de cabeça, era um homem show que não tem comparação. Não dá
para comparar com os atletas de hoje. Ele não era um atleta, era um homem show
dentro de campo que funcionava direito. E se jogasse hoje seria escalado.”
O jornalismo
esportivo brasileiro (ou pseudo…) é uma piada de mau-gosto e completamente sem
graça. Salve Luiz Mendes, João Saldanha, Sandro Moreyra, Roberto Porto e todos
os outros gigantes dessa profissão que souberam respeitar os ídolos rivais!
O futebol não nasceu
na década de 1980 ou nos anos 2000!
Didi mudou a história
da Seleção Peruana, Nilton Santos mudou a história da lateral seja ela esquerda
ou direita, Garrincha inaugurou o futebol artístico, o BOTAFOGO e o SANTOS
mudaram a história do futebol no final da década de 1950 e início da década de
1960, globalizando o futebol brasileiro à escala mundial.
Rinus Michel, Cruyff
e Guardiola, adaptaram parte de um estilo de jogo brasileiro à realidade do
futebol europeu e nós o que fizemos?! Desrespeitamos a nosso próprio passado de
glórias.
Respeitem aquilo que
é patrimônio histórico do futebol brasileiro, em especial o Botafogo de Futebol
e Regatas responsável pelas três linhas de ataque campeãs do mundo em 1958,
1962 e 1970!
PS: Títulos de Garrincha pelo Botafogo:
Internacionais
Torneio Quadrangular
Interestadual: 1954
Torneio Pentagonal do
México : 1958
Torneio Internacional da
Colômbia: 1960
Torneio Internacional da
Costa Rica: 1961
Torneio Pentagonal do
México: 1962
Torneio Internacional de
Paris: 1963
Torneio Jubileu de Ouro
da Associação de Futebol de La Paz: 1964
Copa Ibero-Americana:
1964
Copa Panamaribo: 1964
Nacionais
Torneio Rio-São Paulo:
1962, 1964
Taça dos Campeões Estaduais
Rio-São Paulo: 1961
Campeonato Carioca: 1957,
1961, 1962
Torneio Início: 1961,
1962, 1963
5 comentários:
Prado, simplesmente, eh uma besta quadrada.
E ainda... redonda, retangulada e triangulada!
😄😄😄😄😄😄😄
Abraços Gloriosos.
O que faz a inveja e a imbecilidade, Carlos Eduardo! Mal conseguem dormir só de pensaram que estamos vivos e que continuamos estimados por tanta gente que nos mantém orgulhosamente a altivez.
Abraços Gloriosos.
Ruy,eu gostaria de escrever sempre uma crônica mais leve exaltando o clube e seus feitos,mas a imprensa só fala mal do que é nosso,aí precisamos nos defender kkk
Um clube como o Botafogo em qualquer outro país seria motivo de orgulho,mas pela nossa somos motivo de deboche.
O Botafogo não merece a mediocridade dos dirigentes e a má vontade da mídia.
O Botafogo é mal-visto aqui por conta da sua História, a mesma História que é a nossa base e que nos mantém de pé,mesmo nas adversidades.
E tem 2 coisas que me dão desespero/agonia quando os jornalistas brasileiros falam: uma é quando falam sobre os maiores times da história do séc 20 e demoram para citar o Botafogo,e a outra é sobre o fato do Garrincha não ser tão lembrado da forma que merece;mas será que alguém da imprensa deu voz(fora os jornalistas botafoguenses) para alguém falar toda hora merecidamente sobre o que era Garrincha,fora os que torcem para o Botafogo???
Porque ele é esquecido pela própria imprensa não-botafoguense,porque por parte dos nossos e a torcida,ele sempre é exaltado,mas alguém já parou para nos ouvir?????
Abraços!!!
Creio que ambas a coisas - e uma terceira - fazem sentido, Carlos Eduardo: (1) Exaltar o Clube; (2) Combater quem nos desmerece; (3) Escrutinar a Diretoria - máxima responsável do Clube - apontando os problemas, sugerindo soluções e aplaudindo se for caso disso.
Abraços Gloriosos.
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