domingo, 11 de agosto de 2024

Botafogo 2x3 Juventude – inqualificável!

É verdadeiramente triste que, mude-se a direção, mude-se a comissão técnica, mude-se os jogadores, os equívocos fatais permanecem irmãos siameses – e o Walter sempre regressando, quando parecia ter enfim partido neste 2024.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Inqualificável o modo como o Botafogo se apresentou em Caxias do Sul. Parece que se esqueceu que estamos apenas em duas competições e que as probabilidades de conquistar a Libertadores são escassas. Então, por que razão se deve colocar a liderança do Brasileirão em jogo? Não disse AJ, em tempos, que o Botafogo apresentar-se-ia sempre com o seu melhor? E, acrescento, que talvez só com um placar razoavelmente favorável é que se devia, então, poupar peças substituindo os titulares?

A arbitragem, também inqualificável  como seria esperar , trucidou novamente o Botafogo com a complacência do país futebolístico, e a CBF/Arbitragem continua impunemente a escalar árbitros claramente inadequados para os jogos do Botafogo, mas com um propósito único: evitar que ganhemos!

Rafael Rodrigo Klein, árbitro do jogo contra o Bahia, foi nome que constava das denúncias de John Textor, vazadas ilegalmente e sem punição; Marcelo Carvalho Van Gasse foi nomeado assistente no jogo contra o Juventude, sabendo-se que é presidente da ABRAFUT e permanentemente se manifesta contra o Botafogo; e Rodrigo D’Alonso Ferreira foi o VAR que não recomendou ao árbitro de campo o visionamento do pisão de Martinelli sobre Gregore no jogo contra o Fluminense.

MAS TODOS OS COVARDES DO FUTEBOL BRASILEIRO SE CALAM!

Independentemente da safadeza ilegalmente sancionada escandalosamente pelas omissões dos responsáveis do futebol brasileiro – que são muitos! –, o espetáculo protagonizado pelo Botafogo foi mau demais, não apenas pela arbitragem, mas a todos os níveis, desde o treinador aos atacantes, com escalação equivocada, sem nenhum gol assinado pelo ataque, criação quase nula e zaga surreal, o que se traduz na minha negação em comentar uma partida de vitória obrigatória que foi perdida aos 47’ de jogo, embora faltasse ainda 50’ para o apito final.

Cansado de tanto equívoco...

Mal se começa a jogar bem e há sempre qualquer entrave, externo (p.e. arbitragem contra o Bahia) ou interno (p. e. estratégia equivocada de AJ contra o Juventude), a estragar uma caminhada tão ansiosamente desejada pela torcida e a reforçar a eterna vontade de nos chamarem de ‘cavalo paraguaio’. Não à toa...

Entre acertos anteriores e erros recentes, independentemente de se rodar a equipe, a Liderança persiste (embora com mais um jogo do que Fortaleza e Flamengo), e nesta altura crucial do campeonato brasileiro terei, a partir de agora, TOLERÂNCIA ZERO seja a quem for – porque um valor mais alto se levanta: foco em ganhar 3 pontos, rodada a rodada, no campeonato brasileiro.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 2x3 Juventude

» Gols: Cuiabano, aos 68’, e Marçal, aos 80’ (Botafogo); Danilo Boza, aos 8’, Carrillo, aos 45+4’, e Marcelinho, aos 47’ (Juventude)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 11.08.2024

» Local: Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS)

» Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP); Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Gustavo Rodrigues de Oliveira (SP); VAR: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)

» Disciplina: cartão amarelo – Óscar Romero, Alexander Barboza, Marlon Freitas, Marçal e Lucas Halter (Botafogo) e Davi Goes, Erick Farias e Mateus Claus (Juventude)

» Botafogo: John; Mateo Ponte, Lucas Halter, Alexander Barboza (Marçal) e Cuiabano; Danilo Barbosa (Marlon Freitas), Allan (Gregore), Óscar Romero (Savarino) e Thiago Almada; Matheus Martins (Igor Jesus) e Carlos Alberto. Técnico: Artur Jorge.

» Juventude: Mateus Claus; Ewerthon, Danilo Boza, Zé Marcos e Lucas Freitas (Gabriel Inocêncio); Davi Goes (Yan Souto), Jadson e Nenê (Gabriel Taliari); Erick Farias, Carrillo (Diego Gonçalves) e Marcelinho (Edson Carioca). Técnico: Jair Ventura.

9 comentários:

Sergio disse...

Não vi o jogo mas vi os melhores momentos e li vários comentários, minha conclusão: Time escalado de forma equivocada, vários jogadores sem vontade, erros inacreditáveis dos defensores, em especial o Halter, posicionamento errado do Almada por erro do treinador colocando ele para jogar na ponta esquerda, perda de gols por incompetência do ataque, nesse caso o Carlos Alberto e para variar uma atuação desastrada e canalha da arbitragem.
Porém o mais incrível é a direção do clube não percebe que precisa de bons zagueiros e que o elenco é desequilibrado? Não se ganha campeonato sem boa defesa .
Realmente está começando a cansar esse planejamento do Botafogo. Abs e SB!

jornal da grande natal disse...

Na batalha de longo curso a estratégia é fundamental... Repetições de erros nos flancos e retaguarda.

Ruy Moura disse...

Se há coisa que não compreendo é haver tantos mihões a serem gastos, talvez só para jogadores direcionados ao Lyon, como Luiz Henrique e Thiago Almada, e continua se mantendo uma equipe desequilibrada, claramente com deficiências sérias nas laterais e na zaga. Creio que a velha máxima de que uma equipe se constrói de trás para a frente continua a ser boa conselheira. Porém, no Botafogo, antes e durante John Textor, a máxima é encher o meio campo; depois ter um único atacante realmente artilheiro (que quando se lesiona a equipe pifa claramente por falta de substituto - LH só substituiu JS na dinâmica de jogo por necessidade, mas não ocupa o lugar de JS ou TS); seguidamente um goleiro inspirado por São Francisco Xavier para fazer milagres e... bem... e... nada, porque quando tivemos uma zaga realmente capaz, John Textor mandou o chefe da zaga direitinho para o Lyon. Laterais para John Textor deve ser algo muito, muito... lateral! E se aparece algum meio capaz, não tem substituto se tomar cartão amarelo ou sofrer uma lesão.

Já dirigi instituições e dirijo muitas equipes, e sempre me orientei por três eixos: foco nos objetivos com equilíbrio dos papéis da equipe e equidade interna. As equipes tiveram sempre sucesso, porque os esforços eram maiores, menores ou enormes consoante a dificuldade de alcançar os objetivos. Ontem, o lema de Artur Jorge de "foco nos 3 pontos" não entrou em campo e quanto à dimensão dos esforços viu-se bem no 1º tempo: foram esforços para Zero pontos. E as substituições posteriores não tiveram por alvo o equilíbrio, e por isso nem um empate conseguiram contra uma equipe claramente limitada.

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

É exato, Vanilson! Não há campeão se não houver defesa, seja no Brasil, na África do Sul ou nas Ilhas Fidji! E renovo a minha chamada de atenção: AJ no Braga tomou 3 goleadas do Sporting, todas por 5x0, num espaço de 14 meses. Que não repita o descuido, mas já começo a ver o Sporting a tomar três gols num só jogo... E algo que não escrevi no texto: os jogadores estão com confiança a mais, e isso sempre fez perder jogos. Confiança a menos e confiança a mais é altamente perigoso. A confiança tem que existir, mas com todas as 'antenas' ligadas em campo.

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Adenda: concordo com a estratégia de longo prazo do AJ face ao 'calendário assassino' da CBF. Porém, a Estratégia é um instrumento necessariamente flexível para encaixar em si mesmo todas as abordagens e táticas que se lançam, mas abordagens e táticas desfocadas da estratégia de médio/longo prazo trazem maus resultados a prazo. As dinâmicas de jogo ganhadoras, quando o caminho é longo, equilibram sempre estratégia, táticas e opções operacionais compatibilizando-as entre si.

jornal da grande natal disse...

Esqueci de dizer. O Botafogo está perdendo chances de abrir pontos quando os adversários mais próximos tropeçam. Isso é mal. Nem gordura faz...

Sergio disse...

Ruy, média, quantos jogos os times europeus realizam por ano incluindo a liga dos campeões.

Ruy Moura disse...

Exatamente! E se Fortaleza e Flamengo ganharem o jogo que cada um tem em atraso, somos relegados para o 3º lugar. É a chamada 'gordura congelada', quer dizer, abaixo de zero...

Ruy Moura disse...

Por exemplo, em Espanha, Inglaterra e Portugal existem 4 provas nacionais: 1 Campeonato, 2 Taças/Copas e 1 Supertaça/Recopa. Acrescentemos Liga dos Campeões ou Liga Europa. Se um clube desses campeonatos ganhar tudo, chega a 57 a 61 jogos, aproximadamente (há campeonatos com 20 clubes [Espanha e Inglaterra] e com 18 clubes [Portugal]). Mas como não é norma que um clube ganhe tudo o que disputa, então o número pode baixar.

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