por RUY MOURA |
Editor do Mundo Botafogo
Inqualificável o modo como o Botafogo se apresentou
em Caxias do Sul. Parece que se esqueceu que estamos apenas em duas competições
e que as probabilidades de conquistar a Libertadores são escassas. Então, por
que razão se deve colocar a liderança do Brasileirão em jogo? Não disse AJ, em
tempos, que o Botafogo apresentar-se-ia sempre com o seu melhor? E, acrescento,
que talvez só com um placar razoavelmente favorável é que se devia, então,
poupar peças substituindo os titulares?
A arbitragem, também inqualificável – como seria esperar –, trucidou novamente o Botafogo com a complacência do país futebolístico, e a CBF/Arbitragem continua impunemente a escalar árbitros claramente inadequados para os jogos do Botafogo, mas com um propósito único: evitar que ganhemos!
Rafael Rodrigo Klein, árbitro do jogo contra o Bahia, foi
nome que constava das denúncias de John Textor, vazadas ilegalmente e sem
punição; Marcelo Carvalho Van Gasse foi
nomeado assistente no jogo contra o Juventude, sabendo-se que é presidente da
ABRAFUT e permanentemente se manifesta contra o Botafogo; e Rodrigo D’Alonso
Ferreira foi o VAR que não recomendou ao árbitro de campo o visionamento do
pisão de Martinelli sobre Gregore no jogo contra o Fluminense.
MAS TODOS OS COVARDES DO FUTEBOL BRASILEIRO SE CALAM!
Independentemente da safadeza ilegalmente
sancionada escandalosamente pelas omissões dos responsáveis do futebol
brasileiro – que são muitos! –, o espetáculo protagonizado pelo Botafogo foi
mau demais, não apenas pela arbitragem, mas a todos os níveis, desde o treinador
aos atacantes, com escalação equivocada, sem nenhum gol assinado pelo ataque, criação
quase nula e zaga surreal, o que se traduz na minha negação em comentar uma
partida de vitória obrigatória que foi perdida aos 47’ de jogo, embora faltasse
ainda 50’ para o apito final.
Cansado de tanto equívoco...
Mal se começa a jogar bem e há sempre qualquer
entrave, externo (p.e. arbitragem contra o Bahia) ou interno (p. e. estratégia equivocada
de AJ contra o Juventude), a estragar uma caminhada tão ansiosamente desejada
pela torcida e a reforçar a eterna vontade de nos chamarem de ‘cavalo paraguaio’.
Não à toa...
Entre acertos anteriores e erros recentes, independentemente de se rodar a equipe, a Liderança persiste (embora com mais um jogo do que Fortaleza e Flamengo), e nesta altura crucial do campeonato brasileiro terei, a partir de agora, TOLERÂNCIA ZERO seja a quem for – porque um valor mais alto se levanta: foco em ganhar 3 pontos, rodada a rodada, no campeonato brasileiro.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x3 Juventude
» Gols: Cuiabano, aos 68’, e Marçal, aos 80’ (Botafogo); Danilo Boza, aos 8’,
Carrillo, aos 45+4’, e Marcelinho, aos 47’ (Juventude)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 11.08.2024
» Local: Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS)
» Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP); Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Gustavo
Rodrigues de Oliveira (SP); VAR: Rodrigo
D’Alonso Ferreira (SC)
» Disciplina: cartão amarelo – Óscar Romero, Alexander Barboza, Marlon Freitas,
Marçal e Lucas Halter (Botafogo) e Davi Goes, Erick Farias e Mateus Claus
(Juventude)
» Botafogo: John; Mateo
Ponte, Lucas Halter, Alexander Barboza (Marçal) e Cuiabano; Danilo Barbosa
(Marlon Freitas), Allan (Gregore), Óscar Romero (Savarino) e Thiago Almada;
Matheus Martins (Igor Jesus) e Carlos Alberto. Técnico: Artur Jorge.
» Juventude: Mateus Claus; Ewerthon, Danilo Boza, Zé Marcos e Lucas Freitas
(Gabriel Inocêncio); Davi Goes (Yan Souto), Jadson e Nenê (Gabriel Taliari);
Erick Farias, Carrillo (Diego Gonçalves) e Marcelinho (Edson Carioca). Técnico:
Jair Ventura.
9 comentários:
Não vi o jogo mas vi os melhores momentos e li vários comentários, minha conclusão: Time escalado de forma equivocada, vários jogadores sem vontade, erros inacreditáveis dos defensores, em especial o Halter, posicionamento errado do Almada por erro do treinador colocando ele para jogar na ponta esquerda, perda de gols por incompetência do ataque, nesse caso o Carlos Alberto e para variar uma atuação desastrada e canalha da arbitragem.
Porém o mais incrível é a direção do clube não percebe que precisa de bons zagueiros e que o elenco é desequilibrado? Não se ganha campeonato sem boa defesa .
Realmente está começando a cansar esse planejamento do Botafogo. Abs e SB!
Na batalha de longo curso a estratégia é fundamental... Repetições de erros nos flancos e retaguarda.
Se há coisa que não compreendo é haver tantos mihões a serem gastos, talvez só para jogadores direcionados ao Lyon, como Luiz Henrique e Thiago Almada, e continua se mantendo uma equipe desequilibrada, claramente com deficiências sérias nas laterais e na zaga. Creio que a velha máxima de que uma equipe se constrói de trás para a frente continua a ser boa conselheira. Porém, no Botafogo, antes e durante John Textor, a máxima é encher o meio campo; depois ter um único atacante realmente artilheiro (que quando se lesiona a equipe pifa claramente por falta de substituto - LH só substituiu JS na dinâmica de jogo por necessidade, mas não ocupa o lugar de JS ou TS); seguidamente um goleiro inspirado por São Francisco Xavier para fazer milagres e... bem... e... nada, porque quando tivemos uma zaga realmente capaz, John Textor mandou o chefe da zaga direitinho para o Lyon. Laterais para John Textor deve ser algo muito, muito... lateral! E se aparece algum meio capaz, não tem substituto se tomar cartão amarelo ou sofrer uma lesão.
Já dirigi instituições e dirijo muitas equipes, e sempre me orientei por três eixos: foco nos objetivos com equilíbrio dos papéis da equipe e equidade interna. As equipes tiveram sempre sucesso, porque os esforços eram maiores, menores ou enormes consoante a dificuldade de alcançar os objetivos. Ontem, o lema de Artur Jorge de "foco nos 3 pontos" não entrou em campo e quanto à dimensão dos esforços viu-se bem no 1º tempo: foram esforços para Zero pontos. E as substituições posteriores não tiveram por alvo o equilíbrio, e por isso nem um empate conseguiram contra uma equipe claramente limitada.
Abraços Gloriosos.
É exato, Vanilson! Não há campeão se não houver defesa, seja no Brasil, na África do Sul ou nas Ilhas Fidji! E renovo a minha chamada de atenção: AJ no Braga tomou 3 goleadas do Sporting, todas por 5x0, num espaço de 14 meses. Que não repita o descuido, mas já começo a ver o Sporting a tomar três gols num só jogo... E algo que não escrevi no texto: os jogadores estão com confiança a mais, e isso sempre fez perder jogos. Confiança a menos e confiança a mais é altamente perigoso. A confiança tem que existir, mas com todas as 'antenas' ligadas em campo.
Abraços Gloriosos.
Adenda: concordo com a estratégia de longo prazo do AJ face ao 'calendário assassino' da CBF. Porém, a Estratégia é um instrumento necessariamente flexível para encaixar em si mesmo todas as abordagens e táticas que se lançam, mas abordagens e táticas desfocadas da estratégia de médio/longo prazo trazem maus resultados a prazo. As dinâmicas de jogo ganhadoras, quando o caminho é longo, equilibram sempre estratégia, táticas e opções operacionais compatibilizando-as entre si.
Esqueci de dizer. O Botafogo está perdendo chances de abrir pontos quando os adversários mais próximos tropeçam. Isso é mal. Nem gordura faz...
Ruy, média, quantos jogos os times europeus realizam por ano incluindo a liga dos campeões.
Exatamente! E se Fortaleza e Flamengo ganharem o jogo que cada um tem em atraso, somos relegados para o 3º lugar. É a chamada 'gordura congelada', quer dizer, abaixo de zero...
Por exemplo, em Espanha, Inglaterra e Portugal existem 4 provas nacionais: 1 Campeonato, 2 Taças/Copas e 1 Supertaça/Recopa. Acrescentemos Liga dos Campeões ou Liga Europa. Se um clube desses campeonatos ganhar tudo, chega a 57 a 61 jogos, aproximadamente (há campeonatos com 20 clubes [Espanha e Inglaterra] e com 18 clubes [Portugal]). Mas como não é norma que um clube ganhe tudo o que disputa, então o número pode baixar.
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