
por Pelé
Os torcedores, de modo geral, dos mais veteranos aos mais novos, sabem com certeza quem foi Nílton Santos, que hoje completa 78 anos. Poucos, porém, conhecem suas mais curiosas histórias, vividas ao longo de 18 anos de futebol fino, aristocrático, baseado muito mais na inteligência do que na força, muito mais no talento e na visão de jogo do que no chutão que caracteriza os zagueiros de hoje. Inúmeros comentaristas de sua época só faltaram dizer que Nílton dos Santos colocava a bola no bolso.
Realmente, o lateral-esquerdo mais famoso do futebol brasileiro, não fazia isso, até porque o uniforme não permitia. Mas realmente faltou pouco, muito pouco mesmo para que ele concretizasse essa façanha como o leitor pode conferir na história abaixo:
No auge de sua carreira, Nílton Santos foi convocado para fazer um comercial de uma famosa loja de roupas prontas, patrocinadora de grandes eventos desportivos. Qual seria a aparentemente difícil tarefa do jogador do Botafogo? Simplesmente, fazer uma “embaixadinha” com uma moeda e, depois de algum tempo, guardá-la ou encaixá-la no bolso do paletó.
Nílton Santos, sempre cumpridor de sua palavra, compareceu ao estúdio e ficou desapontado com o tamanho dos bolsos do paletó. Preocupados com a possível falta de habilidade de alguns dos jogadores convidados para o anúncio, os proprietários da loja de roupas mandaram confeccionar um paletó especial, de bolsos largos, para que não houvesse dificuldade na filmagem da cena. Bastava abrir o bolso para que a moeda ali caísse.
Nílton Santos ficou envergonhado. Como apareceria num anúncio, que seria exibido pelas emissoras de televisão, com aquele paletó de bolsos tão desproporcionais? O pior é que não havia tempo para que alguém fosse pegar um paletó de bolsos normais e o comercial seria cancelado. Foi então que Nílton resolveu o problema:
– "Pode deixar" – disse ele. "Pode deixar que eu me viro".
Pegou a moeda, jogou para cima, matou-a no sapato e fez três ou quatro embaixadas. No momento em que o director do comercial começou a ficar inquieto, Nílton Santos colocou mais força no controle da moeda e, quando ela caiu, deu um passo atrás e a encaixou no bolso de níquel da calça. Quem estava presente ficou embasbacado.
Fonte:
http://www.contrapie.com/vercronicas.asp?ID=1904&idioma=3
[Jornal dos Sports, 16 de Maio de 2003]
Os torcedores, de modo geral, dos mais veteranos aos mais novos, sabem com certeza quem foi Nílton Santos, que hoje completa 78 anos. Poucos, porém, conhecem suas mais curiosas histórias, vividas ao longo de 18 anos de futebol fino, aristocrático, baseado muito mais na inteligência do que na força, muito mais no talento e na visão de jogo do que no chutão que caracteriza os zagueiros de hoje. Inúmeros comentaristas de sua época só faltaram dizer que Nílton dos Santos colocava a bola no bolso.
Realmente, o lateral-esquerdo mais famoso do futebol brasileiro, não fazia isso, até porque o uniforme não permitia. Mas realmente faltou pouco, muito pouco mesmo para que ele concretizasse essa façanha como o leitor pode conferir na história abaixo:
No auge de sua carreira, Nílton Santos foi convocado para fazer um comercial de uma famosa loja de roupas prontas, patrocinadora de grandes eventos desportivos. Qual seria a aparentemente difícil tarefa do jogador do Botafogo? Simplesmente, fazer uma “embaixadinha” com uma moeda e, depois de algum tempo, guardá-la ou encaixá-la no bolso do paletó.
Nílton Santos, sempre cumpridor de sua palavra, compareceu ao estúdio e ficou desapontado com o tamanho dos bolsos do paletó. Preocupados com a possível falta de habilidade de alguns dos jogadores convidados para o anúncio, os proprietários da loja de roupas mandaram confeccionar um paletó especial, de bolsos largos, para que não houvesse dificuldade na filmagem da cena. Bastava abrir o bolso para que a moeda ali caísse.
Nílton Santos ficou envergonhado. Como apareceria num anúncio, que seria exibido pelas emissoras de televisão, com aquele paletó de bolsos tão desproporcionais? O pior é que não havia tempo para que alguém fosse pegar um paletó de bolsos normais e o comercial seria cancelado. Foi então que Nílton resolveu o problema:
– "Pode deixar" – disse ele. "Pode deixar que eu me viro".
Pegou a moeda, jogou para cima, matou-a no sapato e fez três ou quatro embaixadas. No momento em que o director do comercial começou a ficar inquieto, Nílton Santos colocou mais força no controle da moeda e, quando ela caiu, deu um passo atrás e a encaixou no bolso de níquel da calça. Quem estava presente ficou embasbacado.
Fonte:
http://www.contrapie.com/vercronicas.asp?ID=1904&idioma=3
[Jornal dos Sports, 16 de Maio de 2003]
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