quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Botafogo vence o Império do Rumor

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Fiquei muitíssimo satisfeito com a vitória do Botafogo na semifinal da Taça Guanabara. Qualquer vitória me alegra, em especial quando se trata de uma vitória em decisão, seja contra quem for - para mim os adversários são todos iguais e desejavelmente vencidos por nós.

Porém, não manifestei o meu júbilo antes devido, primeiro, à viagem para Maputo, com escala na África do Sul, que me consumiu 14 horas de energia, e depois porque os primeiros dias de um novo projecto são sempre muito intensos devido a englobarem diversas visitas iniciais de cortesia a diversas entidades oficiais.

Nestas circunstâncias, não vi nem ouvi o jogo, porque em Maputo o fuso horário é atualmente acrescentado de 4 horas. Isto significa que para ouvir o jogo contra o Flamengo teria que me deitar às 4 horas da manhã para acordar às 7h00 a fim de iniciar o 2º dia de visitas.

Não obstante, vi hoje alguns resumos do jogo que nos catapultou para mais uma final, a 10ª final de taças cariocas entre 2006 e 2010, contra o adversário preferido dos senhores do apito e da imprensa cathartiforme.

Repito que estou muito feliz por esta vitória, mas Joel Santana e a equipa não se devem deixar levar por este triunfo. Na verdade, a nossa defesa cometeu novamente muitos erros, quer no 1º gol dos cathartiformes, quer noutras oportunidades perdidas pela dupla de atacantes do adversário. Ganhámos pela simples razão de que Caio é o tal jogador das ‘boas jogadas’ e da oportunidade frente à baliza, cujos resultados são muito mais visíveis quando entra no 2º tempo do que quando se inicia a titular.

Se Joel Santana compreender que um jogador de ‘boas jogadas’ pode decidir um jogo ao entrar a meio do tempo – fisicamente fresco e com o seu futebol inovador –, mas pode não resultar logo como titular porque se adequa cedo demais ao esquema da equipa – que é má em muitas das suas peças – então tornará a não escalar Caio contra o Vasco da Gama e guardá-lo-á para a melhor oportunidade. E que geralmente Joel sabe escolher bem qual é essa melhor oportunidade. Caio vai ser um jogador muito importante para o Botafogo, mas espero que Joel não lhe ‘queime’ a estrela escalando-o já nesta fase como titular – porque é a garantia de que teremos uma arma para mudar um jogo a meio. É que não temos outra arma para mudar o jogo a meio numa final contra a equipa do Vasco, se isso se tornar necessário.

De resto, interrogo-me: fomos a finais da Taça Guanabara, da Taça Rio e do Campeonato Carioca em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010 – feito que nenhuma outra equipa conseguiu nestes cinco anos. Fizémo-lo com Carlos Roberto, com Cuca, com Ney Franco e com Joel Santana. Fizemo-lo com semicraques como Dodô, Zé Roberto ou Lúcio Flávio, mas também com absolutos perebas como Alessandro, Fahel ou Eduardo. A pergunta que não quer calar: e se tivéssemos uma diretoria capaz, onde teríamos chegado em 2009 e onde poderíamos chegar em 2010?... Quer dizer, o Botafogo é algo mais independentemente de dirigentes, treinadores e jogadores. A Estrela Solitária continua no seu lugar a brilhar intensamente, os protagonistas é que não têm ajudado a ser muito melhor ainda do que é.

Finalmente, fiquei hexa-satisfeito:

• Com as declarações de um verdadeiro atleta de espírito botafoguense à moda da tradição do nosso clube. Eis Caio no seu melhor: “Eu nunca tive medo de jogar contra o Flamengo, desde a base que a gente ganha deles". [Nota do editor do blogue: contra eles sempre ganhámos, na base e na equipa principal; não ganhamos é contra as arbitragens]

• Com a vitória numa decisão em que quase todos previam a nossa derrota, quebrando, além disso, a famosa invencibilidade dos cathartiformes, que a imprensa acenava como forma de intimidar os jogadores botafoguenses antes do jogo.

• Com a bofetada sem luvas dada ao Vasco da Gama, que, muito indelicadamente, anunciou que desejava enfrentar os cathartiformes na final.

• Com o chororô que certamente o inclassificável Juan foi fazer para casa, já que anunciara que entre chorar Joel e chorar ele, preferia que chorasse Joel. Mas… quem ri primeiro chora por último…

• Com o acontecimento indesmentível de que, afinal, o time da virada foi o Botafogo…

• Com o supremo derrube da vitória antecipadamente anunciadíssima, a qual não passou de um insignificante e incapaz rumor…

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x1 Flamengo
» Gols: Marcelo Cordeiro 33’ e Caio 82’ (Botafogo); Vinícius Pacheco 24’ (Flamengo)
» Competição: Campeon ato Carioca
» Data: 17/2/2010
» Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro
» Arbitragem: Luis Antônio Silva dos Santos; Ediney Guerreiro Mascarenhas e Marco Aurélio dos Santos Pessanha
» Cartões amarelos: Fahel, Fábio Ferreira, Loco Abreu, Herrera, Alessandro e Marcelo Cordeiro (Botafogo); Toró, Álvaro e Léo Moura (Flamengo)
» Botafogo: Jefferson, Antônio Carlos, Fahel (Wellington) e Fábio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Eduardo, Lucio Flavio (Caio) e Marcelo Cordeiro; Herrera (Renato) e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
» Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim, Juan, Toró, Willians, Kleberson (Fierro) e Vinícius Pacheco (Petkovic); Vagner Love e Adriano. Técnico: Andrade.
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Foto: Cezar Loureiro - O Globo

13 comentários:

Kendier disse...

Estou em Porto Alegre mas ouvi ouvi o jogo todo via a CBN online. Não sabe minha satisfação. O único ruim é que só poderei zoar o pessoal na UERJ na segunda (considerando que vamos ganhar a final)...

Ruy Moura disse...

Kendier, estou tão feliz como você, mas não confio num time que tem Fahel, Eduardo e Alessandro. O que prova que o tal 'timaço' cathartiforme não passa de coisa nenhuma... Como pode alguém perder para Fahel, Eduardo e Alessandro ao mesmo tempo?...

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

É verdade, e o que é feito dos cathartiformes que costumam vir para aqui ofender gratuitamente com as suas emoções e os seus valores subdesenvolvidos?... Ainda não li nenhum dos costumeiros extensos comentários sujos e fedorentos das cultas lixeiras urubuzentas...

Abraços Gloriosos a todos!

Gil disse...

Rui,

Não devemos esquecer do amarelo do lento flávio!

Como demorou esse dia!

Como é saboroso ganhar dos cathartiformes e, principalmente, das entidades e tudo o que representa o lixo "mulambo".

Abs e Sds, BOTAFOGUENSES!!!

Gil disse...

Rui,

Se tivéssemos uma diretoria capaz fico a imaginar como cresceríamos financeiramente, em torcida e instituição.

Fico a imaginar o que estaria divulgando a frapress ou o ministério da propaganda dos cathartiformes se tivessem participados de dez finais de turnos nos últimos cinco anos!
E se tivessem disputados as finais dos últimos campeonatos regionais.

Abs e Sds, BOTAFOGUENSES!!!

Anónimo disse...

O Empurrador e Vagner Engov? Ah! Ah! Ah!
Numa Quarta-feira de FOGO, Caio transformou-os em cinzas!
VIVA O BOTAFOGO!

Abraços,
Marcelão

Aqipossa Informativo disse...

É, Rui... Parece que coisas acontecem de forma diferente do costume. Se estás hexa-satisfeito, digamos que há mais satisfação além de um trocadilho em bom tempo:

Se fôssemos esperar pela nossa diretoria responder à altura o que nos maldizem, não daríamos atenção as declarações de Caio e não se esqueça, de Joel, ao afirmar que não veio aqui para chorar e sim para sorrir.

A imprensa não quer somente intimidar os jogadores alvinegros com tais deturpações de enaltecer o deles e denegrir o nosso, como de costume em longa data, mas sobretudo e ao meu ver, principalmente intimidar a nossa torcida. O tiro saiu pela culatra e vamos todos para a final, provavelmente em maior número que os vascaínos.

O Vasco da Gama começou perdendo a oportunidade de ficar de boca fechada, com muita garra e determinação, poderemos fazer um simples 1 a 0 ser mais indigesto que a meia dúzia de bolas que Jeferson teve que buscar no fundo das redes.

O chororô nunca mudou de lado, sempre foi vermelho e preto, mas a FlaPress tenta reverter isso a todo custo.

Posso estar enganado, e me desculpe por isso, mas se estávamos sem vencer a 3 anos, a penúltima vitória foi de 4 e a última de virada. Podem ser poucas, mas são gostosas.

Contar com a vitória antes do tempo, sempre foi típico de Cathartiformes e nunca dá certo, ao contrário de quem sofre por amar e aprende com a dor, os imbecis e manipuladores da notícia, não aprenderão nunca.

Também estou, como podes ver, hexa-satisfeito.

SOA - Saudações Orgulhosas Alvinegras. Mauro Axlace

Anónimo disse...

Amigo Rui. A vitória do Fogão sobre a soberba, o cinismo, o do oba-oba que é típico da mulambada foi espetacular.

Amigo sempre postei no blog citando que o que faltava no Botafogo era esquema tático. Com a vinda de Joel é notório que o Botafogo passou a jogar com uma estrutura tática que dá certo.

É evidente que alguns jogadores são limitados mas no último jogo mostraram que podem superar suas deficiências com garra e respeito a torcida. Quanto aos mulambos, rede GloBoFRA SPORTMULAMBO fica a lição que o time esfarrapado (lixão da Gávea) não é e nunca será um time imbatível pois a superação, a garra e o respeito a tradição da "Estrela Solitária" prevalecem e mudam a história do futebol.

Valeu Botafogo!!! Valeu a garra e a disciplina!!! Valeu Caio que falou sómente a verdade "NÃO TEMOS E NUNCA TEREMOS MEDO DE JOGAR CONTRA O LIXÃO DA GÁVEA POIS SEMPRE GANHAMOS DELE". VALEU JOEL PELA SIMPLICIDADE EM MOSTRAR AOS SEUS PUPILOS QUE NÃO EXISTE BICHO-PAPÃO.

grande abraço amigo Botafoguense.

Fogão Brasília

Ruy Moura disse...

Gil, sinceramente lamento que eu próprio trate os cathartiformes como a cloaca da história, porque esse não é o meu comportamento normal. Mas são eles mesmos, de petulância asquerosa e arrogância imbecil, portadores de QI abaixo de 50, que geram esta nossa repulsa por um clube que poderia ser simplesmente um valoroso adversário, e não um abutre esfomeado e covarde à espera que alguém mate a carne que, apodrecida, devoram.

Eu fui a três blogues (e não comentei nada, claro, porque não costumo gozar com a 'desgraça' alheia) e os nojentos cathartiformes gabam-se do descanso que vão ter no diomingo e denigrem a vitória botafoguense por todos os meios que podem (mas podem pouco, felizmente, quando os Caios deste mundo não os temem). São tacanhos, mesquinhos, invejosos e absolutamente imbecis. Claro que os imbecis em geral não sabem que o são, embora saibam que valem pouco, porque senão não tratavam os adversários mais próximos com a execrabilidade inigualável da enorme repugnância que geram. Exceto no que respeita ao vasco, que parece que os queria no domingo...

A cultura despreza a cathartitura...

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Marcelão, o ano passado foi o Fluminense que arcou com as cinzas, este ano foram os cathartiformes. Parece que quando as arbitragens não inventam penalties a favor dos adversários nem anulam gols legais do Botafogo, transformamos os adversários em 'cinzas'. Mesmo com Fahel, Eduardo e Alessandro!

Que grande timaço fazem o Empurrador e o Vagner Engov que são capazes de perder para o trio de rapazes que citei!!!

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Concordo com tudo o que o Mauiro escreveu, mas gostaria de realçar: "O chororô nunca mudou de lado, sempre foi vermelho e preto, mas a FlaPress tenta reverter isso a todo custo."

É a pura verdade. Tenho imensas fotos de cathartiformes a chorar e não publico regularmente porque não me interessa essa gente nem é meu feitio gozar debochadamente com os outros. Mas sem dúvida que eles é que choram. Em 2008, após o nosso tão propalado chororô, que foi legítima e discretamente feito no vestiário, os asquerosos cathartiformes pareciam a Madalena Arrependida a chorar as pedras da calçada ainda sobre o gramado do Maracanã. Que figuras de pequenez fazem eles! E fazem as campanhas da mentira para imporem verdades nunca ocorridas... Uns imbecis.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Fogão Brasília, quanto menos craques uma equipa tem, mais importante se torna o treinador e o esquema tático. Por isso o Joel me parece estar a acertar com o BFR. Como ele não é brilhante, adequa-se muito bem a equipas que também não são brilhantes. Acho que o Joel tem a medida das coisas: se a equipa é fraca ou mediana não aposta para além das suas próprias capacidades de controlo. E consegue ganhar com frequência e com certa surpresa. Espero que continue. Apesar desta indescritível diretoria.

Abraços Gloriosos!

Lewis Kharms disse...

Rui, foi indescritível!

O sentimento só é comparável ao da primeira vez na vida que vi, dentro do Maracanã, o Botafogo ganhar um título, sagrando-se campeão da Taça Guanabara em 97. Porque entre 1989 e 1993 estava vivendo fora do Brasil e em 1995 a final foi – injustamente – em SP. Foram 29 anos de espera...

E a vitória sofrida, contra a injustiça e a imprensa tendenciosa, contra a arbitragem criminosa, com um plantel tecnicamente inferior, com a sorte do nosso lado, com a torcida incansável, foi um acontecimento inesquecível.

Saudações botafoguenses!

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