terça-feira, 27 de agosto de 2013

A posição do Mundo Botafogo no 'caso vitinho'

Caros leitores, sei que muitos de vós estarão à espera da posição do Mundo Botafogo quanto à situação decorrente da venda, ou melhor, da fuga de Vitinho para a Rússia. Porém, num momento destes eu usaria a minha emocionalidade pela natural revolta que me causou, entre outras coisas, o comportamento inaudito de Vitinho, e toldaria certamente a minha razão.

Nessas circunstâncias, somente amanhã publicarei um artigo completo sobre o assunto após me munir das informações suficientes, porque os intervenientes mais importantes e menos importantes são uns quantos e as suas opiniões e versões são bastante desencontradas: Maurício Assumpção e Chico Fonseca, responsáveis por renovações de contratos; Vitinho e a esposa seduzidos por milhões fáceis e de curto prazo; empresários glutões que não olham a meios para atingir os seus fins; Elena Landau opinando em defesa absoluta da diretoria; Carlos Augusto Montenegro revoltado opinando sempre com o coração na boca; Seedorf que foi completamente surpreendido pelo assunto, o que prova que o artigo de jornal de um babaca flamenguista acerca da influência de Seedorf na carreira dos seus companheiros foi inventado; e ainda os torcedores que num extremo picham as nossas instalações e noutro extremo mostram absoluta submissão à diretoria sem nenhuma perspetiva crítica, vá-se lá saber porquê.

Mantenhamos a calma, porque se o Botafogo se desorientar ou não no campeonato brasileiro, se classifique ou não na Copa do Brasil, será sempre muitíssimo maior do que os nininhos, os chiquinhos, os vitinhos e as mulherezinhas da vida.

Em 1977, Charles Borer deu a machadada necessária para que com a perda da simbólica sede de General Severiano e a ascensão da Globo, a fama do Botafogo se evaporasse em favor de um clube sem títulos expressivos até ali (o flamengo, evidentemente). Recuperamos. Emil Pinheiro, por amor ao Glorioso, resgatou a nossa alegria em 1989 e 1990 e a década foi vitoriosa, salvo o inesperado empate na final da Copa do Brasil.

Em 2002 fomos amargar a 2ª divisão, após diretorias desastradas que nos deixaram na penúria. Recuperamos. Os mandatos de Bebeto de Freitas resgataram o futebol do nosso clube, revitalizaram algumas modalidades olímpicas e recolocaram o nosso time como o adversário a abater, tendo o enorme mérito de ganhar a licitação do Engenhão.

Hoje temos uma diretoria que perdeu o Engenhão sem emitir até agora um único comunicado sobre o assunto, o que só no Botafogo me parece ser possível, tal o absurdo de nenhuma resposta sobre tão delicado assunto que nos custou milhões. Agora foi o enorme balde de água fria que colocou a cereja no cimo do bolo do desmanche do time.

Recuperaremos. Havemos de encontrar uma elite dirigente que algum dia nos leve ao topo.

Joguem-nos aos lobos e voltaremos liderando a alcateia” 
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17 comentários:

Aurelio Bulhões Pedreira de Moraes-Jornalista disse...

O Botafogo é um time de homens. Vão querer mostrar serviço, mesmo sem o Vitinho. Jefferson, Seedorf, Rafael Marques, Doria, Gabriel, Bolivar..e ainda tem no banco Jefferson Paulista, Sassá, o próprio Henrique que voltou faz pouco tempo. Todos vão querer mostrar a estes comentaristas urubus que ninguém ali tá de brincadeira. Falar que as chances do Botafogo na CB e no Brasileiro acabaram por causa da saída do Vitinho é imbecilidade de comentarista-urubu, tipo os babacas da Espn Brasil. Quero ver se o Botafogo confirma a classificação na quarta o que eles vão dizer.

Sergio Di Sabbato disse...

Amigo Rui, qual não foi minha surpresa ao ler as manchetes esportivas hoje, a saída do Vitinho do Botafogo para um time inexpressivo do inexpressivo futebol da Rússia. Sorte do Vitinho seria ir para o FC do Porto, pois em Portugal a adaptação seria muito menos dolorosa do que será na fria, muito fria e racista Rússia. Como escrevi em post anterior, tomara que não aconteça, mas a carreira do Vitinho corre sérios riscos sem a orientação de um jogador experiente como o Seedorf e num futebol sem expressão. É óbvio que o dinheiro seduz, não há como censurar o garoto, de origem humilde, pobre e que vê uma oportunidade para o seu futuro. Nesse momento ele não está ligando muito para a sua carreira de jogador. O que parece evidente é ação dos empresários, que se aproveitam desses jovens talentos, de cultura e experiência mediana, para não dizer nenhuma, tratados como simples mercadorias, fazendo a cabeça deles para ganharem dinheiro fácil. A famigerada lei pelé foi um tiro de misericórdia no combalido e mal administrado futebol brasileiro, num país mal administrado, entre as dez primeiras economias mais fortes do planeta, mas que o povo não vê os resultados dessa expressão econômica, e nós bem sabemos a razão. Curioso é que muitos que defendiam essa lei, vêem agora o grande mal que tem causado ao futebol brasileiro. Não somos Europa e não temos que seguir o que os europeus fazem, pois essa lei foi interessante aos grandes grupos de empresários que exploram o futebol brasileiro. Essa questão de vendermos jogadores promissores e contratarmos jogadores em final de carreira, me lembra um professor de Geografia que dizia que uma das características do países subdesenvolvidos (nosso caso) era a venda de matéria prima e compra de produtos manufaturados dos países importadores. Há uma semelhança incrível com o futebol: vendemos a matéria-prima a ser lapidada, geralmente a um preço irrisório e compramos atletas em fim de carreira. Os feitores mudaram de nome, são Os empresários do futebol sorrindo com o lucro fácil, e o futebol brasileiro sucumbindo. Não quero julgar precipitadamente a direção do Botafogo se houve ou não inabilidade ou como alguns sugerem: alguém tá levando algum por fora. O fato é que o Botafogo mais uma vez é prejudicado e, num momento de decisão. São tantas coincidências ano após anos, tanta mentira veiculada pela mídia invejosa, que custo a crer que seja apenas coincidência. É lógico que o Botafogo não vai acabar, mas sofreu mais um duro golpe. Mas a pergunta que fica é a seguinte: qual pé o objetivo de um grande clube? Ser um balcão de negócios vendendo seus principais jogadores, visando lucro ou ganhar títulos, porque afinal de contas, um clube multi-esportivo, cujo carro chefe é o futebol, vive de conquistas e o lucro, onde está o lucro? E que lucro é esse que o clube está sempre no vermelho. Afinal de contas, somos um indústria que precisa ser lucrativa? Então nesse caso, que vire um clube profissional, com acionistas e não um clube de milhões de apaixonados que vêem suas esperanças escoarem pelo ralo com desmanches ano após ano. Que os homens ligados ao futebol do Botafogo sejam iluminados nesse momento, mas que a coisa ficou difícil, isso ficou. Entre os vários erros que me vem a mente, veio apenas um: a venda do Maurício em 89 num jogo decisivo contra o Vasco. Com ele em campo, teríamos a chance de disputar a final do brasileiro daquele ano, mas. Rui, desculpe o tamanho do comentário, mas acho que todos nós botafoguenses precisamos desabafar. Grande abraço e saudações botafoguenses.

Sergio Di Sabbato disse...

Rui, faltou apenas uma coisa no meu longo comentário sobre a saída do Vitinho: a grande frustração que atingiu a mim e aos torcedores do Botafogo, provavelmente se deve ao fato de vislumbrarmos num futuro próximo,um grande jogador revelado no clube como outrora revelamos inúmeros craques. Acho que o Vitinho vem orientado poderia vir a se tornar um belo jogador, mas parece que a inteligência desse rapaz não o levará muito longe. Há menos de um mês li inúmeros comentários de torcedores que hoje elogiam o garoto, o chamando de burro, egoísta, etc. Perdemos um jogador promissor, mas já perdemos outros infinitamente superiores e continuamos; o Botafogo é grande demais, mas é preciso que quem o dirija, o ame com paixão e não com interesses pessoais. Só se tornando profissional o Botafogo irá resistir. A continuar desta forma, continuaremos com as rotineiras lamentações. Abs e SB!

Anónimo disse...

Ruy, esse CASO VITINHO é escabroso, revoltante, mas pode ensinar muita coisa ao Botafogo e, por tabela, aos demais grandes clubes brasileiros. O CASO VITINHO demonstra claramente o quanto é reacionária, nociva e imoral a atual legislação que rege as relações entre jogadores e associações esportivas (clubes). Como é de conhecimento geral, a legislação que permitiu este esbulho dos legítimos direitos esportivos do Botafogo é uma herança da medonha LEI PELÉ. Mas note, nenhum jornalista ou blogueiro/jornalista ousa criticá-la, pois a imprensa – e a imprensa esportiva em particular – atuam como procuradoras dos grupos capitalistas que se apoderaram do passe dos jogadores (dos craques, é claro), antes pertencentes às associações esportivas (clubes). Os jogadores famosos também não abrem o bico porque só se preocupam com o próprio brinco, esquecendo que a ruína dos clubes brasileiros também os atinge. Nessa estória toda, o CASO VITINHO é exemplar – fica claro que as associações esportivas entram com os custos de formação e a camisa, mais o departamento médico, técnico, jurídico, material esportivo, alimentação, salário, direito de imagem, etc. Já os lucros, fantásticos, ficam com a REDE GLOBO (TV aberta e TV paga) e as arrendatárias; os patrocinadores das competições; os donos de bares e restaurantes (milhões deles); os jogadores e seus agentes; e os tais empresários, ou seja, grupos capitalistas que nada têm a ver com o futebol. Com os outros esportes olímpicos, muito menos. Por falar nisso, como estão na bancarrota, com as veias rasgadas há muito tempo, as associações esportivas praticamente abandonaram as outras modalidades e que contribuíram para a glória de suas cores. Alguns testas-de-ferro dos grupos capitalistas - como esse sinistro Juca Kfouri - acham pouco, pois combatem todas as iniciativas do Governo Dilma voltadas para a abertura de um novo horizonte para as associações esportivas, e exigem que elas se tornem empresas. Fazem isso porque sabem que logo os clubes seriam comprados (a preço de banana, no estilo das privatizações) pelos capitalistas. O CASO VITINHO prova que a situação é insustentável. Os clubes não controlam mais o próprio patrimônio (os atletas). Aliás, não fecham as portas porque isto seria prejudicial aos negócios da REDE GLOBO e dos tais mafiosos. Não é o caso Botafogo. Por eles, o Glorioso já durou tempo demais. Ele está insistindo em viver. Pior! Está insistindo em ganhar títulos e torcedores. Este suborno do jogador é um atentado ao Botafogo. Mas eu disse no começo que o CASO VITINHO encerra lições. A principal delas é de que o Botafogo e as demais associações esportivas, aquelas não inteiramente administradas por testas-de-ferro dos capitalistas, devem se unir para buscar apoio do Governo Dilma e do Congresso Nacional no sentido de ALTERAR A LEGISLAÇÃO ESPORTIVA. Quem não for associação esportiva reconhecida pelo Ministério dos Esportes não pode ser proprietário de direitos sobre o passe de jogador de futebol. Nenhuma venda de jogador de futebol pode ter valor jurídico sem a concordância do clube.
É o que tinha a dizer por enquanto.

Carlos Vilarinho

Anónimo disse...

Ruy, mais algumas coisas. Não podemos fazer o que a REDE GLOBO quer, ou seja, nos voltarmos contra o Botafogo e sua Diretoria. Na minha avaliação, a Diretoria não tem nada a ver com isso. Foi atropelada como nós porque a legislação retirou dos clubes a propriedade do passe dos jogadores. Você acredita que o Brasil teria conquistado os campeonatos mundiais de 1958, 1962 e 1970 se a legislação da época não protegesse os clubes? O que seria do Santos e do Botafogo? Não seriam nada.

Veja bem. A Receita Federal (que quer abocanhar os 19 milhões e pouco) está subordinada ao ministro da Fazenda. Este está subordinado à presidente da República. Pois digo que Maurício Assumpção deve imediatamente falar com a RAINHA. Deve expor o caso do Botafogo para obter as tais certidões que - dizem - o Flamengo conseguiu. Com isso, desbloqueará o dinheiro retido da venda de Andrezinho e Felipe Gabriel, além de proteger o dinheiro do Vitinho da sanha do Fisco.

Está explicado porque o Botafogo jogou de forma ridícula no domingo. Mas na quarta-feira, vai seguramente ser diferente. A vaga será nossa. No Brasileiro, Elias ocupará o lugar de Rafael Marques, para que este ocupe o kugar de Vitinho. Bola pra Frente!!!

Em tempo. Voc~e sabia que o tal Juca Kfouri iniciou uma campanha lá em São Paulo contra os planos do Governo Cabral de entregar novamente a administração do maracanã à SUDERJ? Kfouri sustenta (e os imbecis e os mafiosos aplaudem) que é melhor entregar a outro grupo capitalista (quem sabe, o que perdeu?) do que ao Estado, por causa da corrupção inerente ao Estado, blá, blá, blá.

Um abraço,

Carlos Vilarinho

Ruy Moura disse...

Que os deuses do futebol o ouçam, Aurélio. Que os rapazes mostrem garra e se classifiquem!

Mas quanto a Brasileirão... Nunca tive muita fé devido ao perfil da competição, à falta de elenco (não de time, mas de elenco) e ao nosso amadorismo. Agora acredito ainda menos. Por isso eu sempre priorizaria a Copa do Brasil. Damo-nos melhor no mata-mata. E não necessita da regularidade que geralmente não temos. E classifica para a Libertadores.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Concordo inteiramente, Sérgio. Aliás, não me lembro de alguma discordância de opinião entre nós. O Nelson Rodrigues diría que ambos somos burros por causa da unanimidade. (rs)

Sobre o Vitinho: cultura nenhuma, discernimento nenhum. Vai meter-se na boca do lobo e não lhe auguro a glória que certamente teria no Botafogo e, mais tarde, num clube europeu a sério, que não o CSKA de um futebol sem ecpressão. Ninguém o vai oirientar, coisa que ele teria tanto no Botafogo com o Seeeddorf como no Porto devido à sua rigorosa estrutura profissional que não deixa nada ao acaso. Cada frase de um dirigente do Porto tem um alvo definido, um objetivo concreto e resultados certos.

O futebol, mb rasileiro é isso que diz: é burro, porque dá a matéri-prima e recebe de volta um produto em fim de estação, como são todos os produtos regressados ao Brasil aí pelos seus 32, 33,34 anos, já sem tempo para mais futebol.

Se o Brasil não muda essa lei, se não muda de política, se não se profissionaliza, bem pode dizer adeus ao brilho de outrora, ficando dependente de arbitragens para ganhar uma Copa do Mundo, como já aconteceu.

Por outro lado, se os empresários são maus, os dirigentes são piores, porque permitem (sabe-se lá porquê, ou s ecalhar até se sabe) que os empresários enterrem 'promessas' em lugares inóspitos com o antipático clima russo e as suas gentes introvertidas.

Quanto aos torcedores, já sabemos, Sérgio: em todos os clubes existe, pelo menos, uma franja de idiotas que não entendem nada de futebol nem de gestão do futebol. O BFR não escapa a essa regra. Mas creio que temos uma larga margem de torcedores capazes, que só não se manifestam mais nem vão mais ao futebol porque o amadorismo insiste em imperar e tende a desmotivar as pessoas com melhor qualidade pessoal. Ou que sejam menos tolerantes que outros. Mas o BFR é maior do que todas essas coisas. Em 1911 chegou a ter 12 sócios!!! Na década de 80 parecia ir 'americanizar-se' como o AFC. No início da 1ª década deste século ia sucumbindo. E está de pé!

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Pois tem muita razão, meu caro Vilarinho. A Lei Pelé destruiu tudo porque não salvaguarda, em nenhum momento, os clubes. Porém, quanto à questão dos clubes se tornarem SAD (Sociedades Desportivas), creio que é um assunto a debater. Em Portugal os três grandes clubes – e outros – têm uma SAD, profissionalizada, cotada na Bolsa de Valores, mas o presidente do clube e os seus órgãos não perderam o controlo das coisas. As regras são claras. Por exemplo, as negociações de atletas têm que ser comunicadas à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, e nada acontece com a celeridade que ocorre no Brasil, em que os clubes ficam subitamente privados das suas 'promessas'.

Por outro lado, os grandes clubes ingleses foram todos comprados, mas nem por isso foram uma bagatela. Existe ainda a nova modalidade de os cidadãos comprarem ações suficientes para adquirirem um clube, existindo exemplos desses em vários países, incluindo Portugal que foi pioneiro nisso.

Em suma, quero dizer que a tendência capitalista, que parece que conquistou definitivamente o mundo depois da queda do Muro de Berlim, pode ser controlada por legislação adequada. Creio ser essa a saída para o futebol brasileiro, desde que conte com o apoio do Governo contra tantos e tantos interesses mesquinhos e egoístas que só olham ao individual em detrimento do coletivo. Mas isso exige um governo frontal e capaz. Será o caso do governo Dilma?...

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Meu amigo Vilarinho, estou completamente de acordo que não podemos virar as costas ao Botafogo porque isso seria fazer exatamente o que a Globo quer: acabar definitivamente com o único clube que realmente se atravessa na garganta dos cathartiformes e os tem engasgado há décadas, porque nem a própria Globo, nem a imprensa, em geral, nem as arbitragens, em particular, conseguem destruir a nossa capacidade de renascer das cinzas.

Porém, quanto à diretoria não ter culpa, não poderei estar de acordo. Foi a pequenez da diretoria e a sua falta de visão que arrastou este caso até aqui. Se outra visão houvesse, Vitinho já teria renovado pelo menos hám um mês, depois das brilhantes exibições que fez. Quem não viu isso é incompetente. Pela minha parte, avisei, justamente há cerca de três semanas, para a diretoria aumentar rapidamente o Vitinho e blindar a cláusula de rescisão em 20 milhões. Fizeram o quê? - NADA!!!

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Só mais uma nota, Carlos: o Sporting Clube de Portugal teve uma diretoria infinitamente mais incapaz do que a do Botafogo, levando o clube à pior classificação de sempre no campeonato nacional do ano passado. Veio uma nova direção, começou a arrumar a casa, reestruturou a dívida e renovou todos os vínculos, com cláusulas de rescisão muito superiores. Quem quiser sair agora do Sporting vai ter que arrumar um comprador chorudo, a nadar em dinheiro. Finalmente o SCP aprendeu com o Porto.

Mas creio que os nossos dirigentes conseguem não aprender nada, ano após ano, repetindo os mesmos erros.

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Meu caro Rui, a saída do Vitinho é claro que foi precoce, mas a sua vontade imperou e ponto final.O mundo não acabará e não perderemos por esse motivo.
Meu intuito, quando escrevo em alguns blogs, tem sido alertar para que não caiamos na conversa de que acabou LA,CB,vamos lutar para não cair, etc, pois essas lamúrias só atraem coisas ruins e municia os nossos inimigos da imprensa marrom.
Sou da teoria de que NADA NA VIDA É POR ACASO.Se o rapaz resolveu ouvir empresários e parentes, foi uma decisão sua, SEU LIVRE ARBÍTRIO FOI QUEM DECIDIU.
Como foi dito por alguns, também tenho pena do rapaz que, ainda em formação,trocou uma boa grana momentânea, pela possibilidade futura de ser um grande astro.
Há males que veem para bem,vamos aguardar os dias passarem.
Tem torcedor que julga o jogador um novo Garrincha ou Pelé. Calma minha gente, muita calma nesta hora, o GLORIOSO já sobreviveu a fatos muito piores.JOTA.





Ruy Moura disse...

É claro, Jota! Sem dúvida que o futuro será sempre nosso. Mas vai ser necessário buscar muitas forças sabe-se lá onde para reagir a umgolpe desta natureza. O Vitinho que parecia tão anjinho, nem sequer disse no aeroporto: Peço desculpa à torcida, mas estou fazendo pela minha vida. Nada. Chutou tudo com uma grande dose de desprezo, como se pode inferir do twitter da mulher com quem ele escolheu partilhar a vida (pelo menos por agora...).

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Desde charles borer que o botafogo vive um calvário, atualmente temos a sorte de ter seedorf que é tecnico'no campo'jogador
e diretor-a mais de 100 jogos que o oswaldo náo consegue organizar a defesa-e vamos nos preparar para até dezembro perder seedorf e dória,o pior é que o botafogo deve ate a padária da esquina,e ninguem sabe de algun plano de sair deste buraco,e para piorar a mulher do oswaldo e a de vitinho desmoraliza o clube nas redes sociais.

Anónimo disse...

Ainda sobre a responsabilidade da Diretoria do Botafogo. Se o boneco recusou o salário de 200 mil, naturalmente, é porque a multa seria astronômica. Mas o Botafogo não pode alterar a multa sem alterar o contrato. É o que diz a legislação.

Terá sido coincidência isto acontecer faltando poucos dias da partida pela Copa do Brasil? Terá sido a mesma coincidência que abalou a cobertura do Engenhão, às vésperas da assinatura de contratos milionários entre o Botafogo e patrocinadores?

Mudando de assunto. O Botafogo já é administrado “profissionalmente”. O Botafogo vem sendo administrado “profissionalmente” desde antes de 1910.

Eu usei o termo “capitalistas” para confrontar com o termo “desportistas” e não com o termo “comunistas”. João Citro (comerciante) e Gumercindo Brunet (industrial), empresários de sucesso, trabalhavam no Clube e para o Clube. Neste sentido, não eram capitalistas e sim desportistas. Havia na Diretoria, advogados, promotores e juízes. Ninguém ganhava salário. Eram todos amadores (palavra amaldiçoada pela imprensa). A coisa deu certo até o momento em que a ditadura se apoderou do futebol, afastando os clubes do comando do seu “negócio” e levando-os à bancarrota. No Botafogo, a ruína se consumou com a eleição de Borer (dezembro de 1975). Em dezembro de 1981, foi banido do Clube, mas a terra já estava arrasada. Então, chegou o bicheiro, que se apoderou do Clube, pôs dinheiro do bolso, conquistou títulos e foi parar na cadeia. Saiu um pouco antes, deixando o Botafogo completamente liso. A reconquista da Sede contribuiu para o renascimento do Clube, a esta altura, apenas sobrevivendo e tentando progredir. O grande salto foi o Engenhão. Por isso, foi fechado.

Vejamos o caso do Bangu, criado pela Fábrica. Quem mandava no clube não era a Fábrica, mas os donos da Fábrica, que tiravam o dinheiro do bolso e colocavam no clube. Agiam como desportistas e não como capitalistas. Mas o dinheiro da Fábrica (junto com os lucros dos donos) foi acabando. Então, chegaram os bicheiros (banguenses até a raiz dos cabelos). O pai e o filho se apoderaram do Clube, puseram dinheiro do bolso e colocaram o Bangu de vez no topo do futebol carioca. Mas depois, Castor foi para a cadeia. E o Bangu foi para a cucuia. Emil, Euzébio e Castor agiam como desportistas e não como “empresários”.

No Brasil, por mais que a imprensa faça força (a multinacional ESPN, por exemplo), jamais ocorrerá o que existe na Europa. Aqui, os clubes foram fundados por desportistas e não por indústrias. Mas vamos imaginar que esta anomalia se consumasse. Eles seriam certamente comprados por multinacionais, alguma quadrilha mafiosa ou por um Banco.

Já pensou se o Botafogo passasse a ser propriedade do Bradesco ou do HSBC? Seria a mesma coisa que abrir o sarcófago de Flávio Ramos e cuspir nos seus restos.

Aqui, o que vai acontecer é a evolução do que já existe, ou seja, a eliminação progressiva de alguns clubes para reduzir o número de associações (no Rio e em São Paulo) a 5 ou 6, no máximo. Também poderá aumentar o controle dos que restarem (pelo Brasil afora) através de negociatas de bastidores (os acordos de televisamento), sempre secretas; o que inclui o suborno de dirigentes e jornalistas.

Repito: a legislação precisa ser radicalmente alterada para devolver aos clubes a propriedade sobre os passes dos jogadores de futebol; e para banir os “capitalistas” do negócio-futebol. Estes terão que mudar de atividade, virando patrocinadores, "colaborando" para a fundação de clubes no interior, atuando na Série C, etc. A massa dos jogadores vibrará com a mudança porque voltará a ter emprego por tempo determinado (garantido pelo passe pertencente ao clube).

Carlos Vilarinho

Ruy Moura disse...

Carlos, eu creio que todas essas verdades sobre a atualidade muito se deve à gestão frouxa de Maurício Assumpção. Com Bebeto chegou o Engenhão, com Assumpção foi-se o Engenhão.

E evidentemente que querem acabar com o Botafogo. E só não vê quem não quer ou não pode... Uma tristeza...

Acredito que a perda do Engenhão e do Vitinho são situações orquestradas.

A mudança da legislação ajudaria muito, mas sinceramente não vejo luz ao fundo do túnel.

Abraços Gloriosos!

Marcos Celso disse...

Minha opinião é a seguinte:

Com certeza o Botafogo não depende 100% do Vitinho, mas o Botafogo estava sim FUNCIONANDO BEM com ele. Agora é questão de se readaptar, como teve de se readaptar à saída de Fellyppe Gabriel. O que preocupa é a limitação do elenco. Não temos tantas peças de reposição, e as opções são escassas.

Otimismo é ótimo, mas creio que a torcida como um todo deveria sim se reunir e protestar contra a situação na qual nos encontramos: aceitação passiva da diretoria ao fechamento do Engenhão, perda de titulares e importantes reservas sem reposição adequada (Fellyppe, Andrezinho, agora Vitinho, sem contar a iminente saída de Gabriel e Dória). Esse protesto deveria ser dirigido à diretoria, jamais aos jogadores, que nada tem a ver com tudo isso. Falta pulso e planejamento à diretoria. Ano passado ocorreu algo muito semelhante quando saíram quase de uma vez só Maicossuel, Herrera, e logo depois o Loco. Mas é importante apoiar o time de futebol do Botafogo, ou seja, os jogadores, para que não percamos o que foi conquistado até aqui.

Deveríamos protestar contra a diretoria e apoiar a raça e dedicação do elenco. Me preocupa os rumos que o Botafogo vem tomando, muito mais do que títulos conseguidos ou não.

Saudações Alvinegras.

Ruy Moura disse...

Caro Marcos, estamos de acordo. Mas não vejo a torcida com capacidade visionária para contestar seriamente a diretoria. Basta um título estadual ou um bom início de campanha no Brasileirão para que tudo seja esquecido e comecemos a viver exclusivamente os jogos, esquecendo-nos dos verdadeiros problemas de fundo, que retornam sempre.

Só vejo uma saída: um movimento de oposição forte e desinteressado, capaz de assumir uma forte candidatura e uma equipa de gestão profissionalizada.

Abraços Gloriosos!

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